sábado, 31 de agosto de 2013

Um grande aplauso para os soldados da paz

Pela primeira vez na vida, não me chocou assitir ao "desrespeito" de um minuto de silêncio, em memória de alguém que partiu.

Comoveu-me o grande, e muito merecido, aplauso de homenagem aos soldados da paz que se ouviu hoje no estádio de Alvalade antes do início do Sporting-Benfica.

Se há vidas que merecem ser aplaudidas são as daqueles bravos guerreiros que, numa manifestação de puro altruísmo, dão (ou arriscam) a vida para salvar a vida de outros com os quais nem sequer têm uma ligação afectiva.

Todos os aplausos serão poucos para estes heróis.



Chiça maluco !!!

Leonor - Mãe, quantos anos tens?

Eu  - Tenho 36.

Leonor - 36?!!! Chiça maluco.

Chiça maluco (também existe a versão chiça penico, que me lembra sempre a minha querida Evita) foi a interjeição utilizada pela minha mais velha para mostrar o seu espanto pela minha idade.~

Para ela, ao que parece, sou uma espécie de dinossauro o que não é de espantar em alguém que ainda só sabe contar até "vinte e dez".



24 Kitchen e o regresso à vida activa

Descobrimos estas férias, entre os trezentos e tais canais que os avózinhos têm disponíveis, o 24 Kitchen que, sei agora, até tem site e tudo.


Como cá em casa estamos limitados ao Canal Panda e a um ou outro DVD infantil, andamos um pouco arredados deste tipo de informação.

Seja como for, o que interessa é que nos actualizámos e deu para aprender umas coisas engraçadas e relembrar outras.

Uma das coisas que retive foi o método da Jamie Olivier para conseguir executar as suas famosas "Receitas em 30 minutos" que têm direito a livro e tudo.

O passo n.º 1 é, segundo ele, ter a cozinha arrumada e os utensílios e ingredientes todos à mão. Nada mais certo, atesto que que perco eternidades à procura de tampas e outras coisinhas que tal.

E, claro, esta dica pode ser transposta para o resto da casa. É incrível o tempo que se desperdiça à procura de coisas mal arrumadas.

Gostei do lembrete. Agora é pô-lo em prática, o que já acho mais difícil já que padeço de desorganização crónica.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Novelas da campanha

Houve um artista que se divertiu a desenhar uns bigodes e outros adereços nos cartazes dos candidatos autá
 
rquicos que se encontram colocados no centro de Esgueira.

O artista que, segundo o meu avô, "só pode ser um comuna" não poupou nenhuma das 3 forças políticas representadas no local.

Com pena minha, não tinha a máquina fotográfica comigo naquele momento e hoje, quando voltei ao local do crime, já só o cartaz da coligação encabeçada pelo PSD é que se mantinha embelezado (diga-se de passagem que o bigodinnho, a fazer lembrar as personagens de Eça de Queirós, até dá uma certa graça ao candidato Ribau Esteves).

As máquinas de campanha do PS e do BE foram lestas em substituir os cartazes. Já o candidato independente, e actual presidenteda Câmara de Aveiro, Élio Maia, jogou em antecipação, na verdadeira acepção da expressão, e para evitar este tipo de manifestação artística não tem cartazes na cidade (pelo menos ainda não vi nenhum).

Pedindo desculpa por não ter sido tão eficiente quanto as equipas de campanha acima citadas, publico a única foto que consegui captar.


 







 

 

E para acabar de me estragar - Gelado com Ovos Moles. Nham, nham

Há dias falei nas minhas férias "cá dentro". Podia ter-lhes chamado "férias gourmet", pois não estaria longe da verdade, e tinha outro impacto. É nestes pormenores que vejo que nunca serei chique.

Andava a morrer de vontade de experimentar o gelado com ovos moles, que a Fabridoce lançou há tempos, e de hoje não passou. Só a foto da caixa dá vontade de lamber os beiços.

O sabor faz jus à foto. O raça do gelado é mesmo bom, é feito cá na terra e há que incentivar a economia local, o que me parecem bons motivos para repetir a dose.

Já agora, o gelado sabe mesmo a ovos moles (como seria suposto), mas não é tão enjoativo como os próprios. Gostei.

Há outros sabores que devem ser também interessantes. Mas a prova terá de ficar para as próximas férias. Os próximos tempos terão de ser de desintoxicação alimentar, que este corpinho já não tem 20 anos.



Os menus dos avózinhos

Com a minha habitual desorganização, acabei por abandonar a "postagem" diária dos menus preparados para os avózinhos, uma aventura que hoje termina.

O balanço final é extremamente positivo e tive até direito a um elogio espontâneo feito pelo avô ao meu caldo verde, o que me inchou (isso e os 500 kgs de gordura ingeridos por estes dias) de orgulho.

Só o arroz de frango (na verdade era galinha caseira) é que correu menos bem, já que a carne ficou demasiado, chamemos-lhe, "al dente" e, por isso mesmo, impossível de mastigar.

Se tivesse sido a minha avó a cozinhar, tinha caído "o carmo e a trindade". Como fui eu a coisa passou, sem qualquer comentário.

Como tudo está bem, quando acaba bem, deixo uma imagem (captada pela Leonor) que vale sempre mais do que mil palavras.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Porque a morte faz parte da vida

Os meus pais e avós moram mesmo ao lado de um cemitério, o mesmo onde está sepultado o meu tio e padrinho.

Não será por isso que nos lembramos mais dele, pois nunca nos sai da memória e, muito menos, do coração, mas de certa forma ajuda a que o sintamos mais perto de nós.

A minha avó sempre encarou a morte com muita naturalidade e educou-nos nesse sentido. Toda a vida a ouvi dizer que temos de pensar na morte como algo normal, que faz parte da vida.

Foi essa maneira de ver as coisas, aliada à sua fé inabalável que fez com que encarasse a morte do filho mais velho como um afastamento físico.

Apesar da dor que sente (cuja intensidade não consigo sequer imaginar), nunca vi a minha avó lamuriar-se.

Ontem levou as meninas a passear a cadela. Discretamente, fui atrás e encontrei-as paradas em frente ao cemitério, onde a minha avó lhes explicava que era ali que estava o Zézinho e que um dia iria lá com elas.

Quando me viu, disse-lhes que, se eu ficasse cá fora com a cadela, entrariam nesse momento.

Fiquei com o coração apertado e o meu 1.º impulso foi o de negar. Depois pensei melhor e acabei por deixar que entrassem. Sabia que iria ser um momento sereno, porque a minha avó é assim, e achei que não tinha o direito de a impedir de o fazer.

Claro que hesitei muito, mas acho que tomei a decisão certa. De facto, a morte é uma passagem e faz parte da vida. Tudo depende da nossa capacidade de a encarar.

Obviamente não estivemos com grandes explicação, que as meninas ainda são pequenas. Aconteceu tudo com muita paz e, para elas, foi um passeio como outro qualquer.

Apesar disso continuo com o coração apertado, mas acho que é das saudades.

Na Tita ninguém manda


A Tita é uma menina de personalidade forte e que sabe bem o que (não) quer. Não vale a pena tentar impor-lhe o que quer que seja.

A minha mais nova só funciona à base do diálogo, coisa que a Leonor tem de perceber rapidamente se quiser evitar continuar a ser esgadanhada sempre que tem o azar de estar no lugar errado com o brinquedo errado.

Se a Leonor lhe pedir um brinquedo com jeitinho, a Tita não lho nega. Se quiser usar as suas prerrogativas de irmã mais velha e impor que lho dê, não consegue nada. Eventualmente, conseguirá mais um arranhão ou dentada.

Neste Verão a pequena teve uma evolução enorme. Desde os pés até ao vocabulário tudo cresceu muito.

Ao nível da expressão oral então deu um verdadeiro salto. É pena que muitas das expressões sejam a fugir para o vernáculo, mas nada que não se resolva.

Quando solta o seu "meu Deus, tu és teimosa" ou o "está muito bom, quem é que fez?", não há como lhe resistir.

Quem quiser companhia para uns petiscos, pode contar com a Tita. A pequena é cá das minhas e não nega uma comidinha típica portuguesa. Consegue, porém, superar-me no gosto por sabores fortes. É dar-lhe um queijinho de cabra curado para a ver regalada.

Com os seus mil e um encantos continua a dar anos de vida à bisa Sissi, que agora vive na ilusão de ir à sua 1.ª comunhão e vê-la com um "lindo vestido branco", num Amor que enternece todos em redor.

Agora aproxina-se o regresso à escolinha que este ano envolve mudança de salinha e de professora. Estou ansiosa por ver a sua reacção.

Crescem rápido demais estas pestinhas.



quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Isto sim é uma conversa cheia de nível

Benedita - Isso não é assim, carago!

Leonor - Claro que é, Deves estar maluca!

Benedita - Não é, porra! Teimosa!

Nota da mãe - pelo menos, desta vez, não meteu agressões físicas

Leonor, Tita, ai Íris

 
 
Eu e as minhas mana riamo-nos às gargalhadas quando ouvíamos a avó Bena, nossa bisa, a desfiar os nomes de toda a família antes de acertar naquele que realmente queria dizer.
 
Agora virou-se o feitiço contra o feiticeiro e dou por mim a fazer exatamente o mesmo, com as minhas filhas, irmãs e...  a cadela Íris.
 
Com os meus pais de férias, acabámos por adoptar a Íris, por alguns momentos. A Leonor pediu para a trazer cá para casa e assim fizemos. Foi muito giro ver a alegria da Leonor ao entrar em casa, com a Íris pela trela, e exclamar "é a primeira vez que tenho uma cadela".
 
 
As meninas adoram tratar da Íris, o que se resume a levá-la a passear mas as faz sentir gente grande.
 
Por mim, já teríamos cá em casa um bichinho de 4 patas. Acho que faria muito bem às  pequenas, apesar de saber perfeitamente quem iria ficar com o trabalho todo.
 
O que vale é que existe alguém que, em certos momentos, é mais racional do que eu e me traz à terra, lembrando que a disponibilidade para levar a Íris a passear não será igual em tempo de trabalho.
 
 
Assim, as minhas patroas terão de se contentar com uma cadela emprestada, o que não é nada mau.
 
 
 
 

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Ir para fora cá dentro

Nestas férias de Verão decidimos interiorizar o conceito "ir para fora cá dentro" e, depois de 3 dias em Portalegre, voltámos para o nosso lar, doce lar.

Devo dizer que estava com algum receio destes dias. Já se sabe que em casa há sempre que fazer, e as pequenas não dão tréguas, mas o receio está a mostrar-se infundado.

Depois de um período muito stressante no trabalho, durante o qual não há tempo sequer para nos sentarmos no sofá, está a saber-me muito bem estar por casa, dar uns passeios pelas redondezas (especialmente onde existam parques infantis colados a esplanadas) e, coisa de que sentia falta, ir mimando os meus avózinhos que andam radiantes por ver as suas meninas lá por casa.

Estão a ser, por isso, umas férias bem mais calmas que as do ano passado. Se se lembram, aventurámo-nos (eu e a mana do meio) a ir até à Suécia, onde íamos morrendo de exaustão, às mãos (e energia) das cachopas.

A única coisa negativa destes dias está a ser o facto de comermos como uns alarves (até tenho vergonha de dizer as iguarias que temos metido para o buxo, mas posso dizer que chegámos ao cúmulo de comer arroz de cabidela e francesinha, "home made", no mesmo dia). Um bom português não diz que não a uns petiscos, não é? Felizmente não me pesei antes das férias e garanto que não tenciono fazê-lo tão cedo, mas isso não interessa nada.

O que interessa é que as férias estão a ser muito relaxantes, que era aquilo de que precisava.



4 cafézinhos por favor

Era inevitável. penso eu. Na sua tentativa de imitar os mais crescidos, chegou o momento de as meninas quererem tomar o seu cafézinho.

Depois de muito pedirem, o papá lembrou-se de lhes fazer uma cevada que beberam regaladas.

O engraçado é que lhe tomaram o gosto e agora não há vez que nos vejam tomar café e não peçam um também.

Em casa, vamos contornando a coisa. Nos cafés é ver-nos a troar olhares com os empregados e a falar através de mímica para que as ladies não percebam a marosca. Claro que nao há-de demorar muito até porque já estranharam a diferença de cor.

Até esse dia chegar, a conta do café fica duplicada e nunca estaremos descansados ao bebê-lo em público, com receio que alguém pense que estamos a dar cafeína às crianças e chame a CPCJ.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Mãe, tu és vaca.

A primeira e segunda vez que ouvi este "mãe, tu és vaca", pensei que tinha ouvido mal.

À terceira vez caí na dura realidade. Não era por acaso que a pirralha o dizia, sempre em momentos nos quais a estava a repreender.

Algumas almas mais inocentes, ou caridosas, têm tentado fazer-me crer que a pequenita não tem noção do que está a dizer.

E eu quase acredito. Acredito que não tenha malícia, mas também tenho a certeza que a menina Maria Benedita sabe que chamar vaca a alguém não é propriamente um elogio.

Apesar dos seus 2 anos e 5 meses, a Tita já conhece muitos outros animais. Podia ter decidido chamar-me gata ou coelhinha, mas não.

A pergunta que se impõe é a tradicional "onde é que ela terá ouvido isso?". Talvez nunca venha a saber.

domingo, 25 de agosto de 2013

Contigo até à morte

 
Se eu fosse uma verdadeira profissional, estaria a aproveitar estes dias de férias para ler o novo Código de Processo Civil que entra em vigor a 1 de Setembro.
 
Como não o sou, e ando a precisar de descansar o neurónio, deliciei-me a ler um belo, e cândido, romance de cordel da Colecção Côr de Rosa, especialmente dedicado às senhoras brasileiras (segundo informação da capa).
 
 
Abri o livro por piada, já que se trata de uma verdadeira relíquia. A edição é de 1939 e pertenceu à minha bisavó Maria José, grande apreciadora deste género literário. A autora é Courths-Mahler, uma alemã nascida no final do século XIX.
 
Para descrever o estilo, posso comparar este romance com os da Harlequin (confesso que já li dois ou três, há muitoooooos anos), só que sem malícia.
   
 
"Ninon não compreendia que o próprio facto de procurar convencer-se da sinceridade do seu amor demonstrava a sua fragilidade".
 
E assim vou passando alguns dos meus momentos livres destas férias das quais tanto estava a necessitar.
 
 
 
 
 
 

Tão pequena e já hipocondríaca

Quando a Leonor se aleija, a Tita farta-se de chorar, agarrada a uma perna, e dizer que também tem dói dói.

Sempr que ouve alguém queixar-se de alguma maleita, a pequena começa a dizer que tem "muita febe" e precisa de tomar um remédio.

Começo a desconfiar que a minha mais nova é hipocondríaca.

sábado, 24 de agosto de 2013

Tributo a Ana Moura


Eu vou-me a ele

À conta de um herpes, tenho uma ferida feia num lábio.

Quando a Tita se apercebeu, olhou-me nos olhos, fez uma cara preocupada e exclamou "oh pá, foi o pai?".

Ah,ah,ah. Quem visse a cena ia ficar a pensar coisas pouco simpáticas sobre o papá da Tita.

São mesmo teatrais estas minhas filhas.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Espelho meu, espelho meu. Há alguém mais belo do que elas?

 
 
 

Acabaram-se as fraldas cá em casa - hip hip urra

Nunca na vida planeei ter filhos com uma diferença tão pequena. Para mim, um intervalo de 4 anos era o ideal.

Mas o destino trocou-me as voltas e ainda bem.

As minhas cachopas, com os seus 22 meses de diferença, conluiram juntas mais uma etapa do seu crescimento e deixaram as fraldas, coisa que a economia familiar agradece bastante.

A Leonor já não usava fraldas durante o dia desde os 3 anos, mas à noite continuava a pô-las.

A Benedita largou-as um pouco mais cedo, por obra (e coragem) da Carina de da Luísa.

E agora, juntinhas, largaram-nas durante a noite.

É uma alegria ver as suas carinhas de orgulho quando, ao acordar, lhes dou os parabéns por mais uma noite sem xixi.

Estão umas mulheres, as minhas bebés.




Menus - Dia 3

Tenho recebido excelentes sugestões de menus para agradar ao meu amantíssimo avô. Lamentavelmente, poucas são praticáveis no caso concreto.

O take away fica limitado à alternativa frango de churrasco, já que o avô só gosta de comida caseira.

Claro que há sempre a hipótese de colocar a comida em tachos lá de casa, mas a consciência (que teima em não me deixar) impede-me de o fazer.

O MacDonald´s seria uma excelente ideia tia Eva, apesar de ter algum receio de propor uma alternativa tão pouco higiénica (leia-se saudável). Isto apesar de o avô ser uma caixinha de surpresas. Até há uns tempos recusava-se a comer gelados, pois faziam-lhe mal à garganta, mas agora devora-os já que descobriu que "está imune".

Posto isto, vou continuar com as minhas propostas, claramente limitadoras de qualquer criatividade que possa haver em mim.

Hoje vou experimentar moelas, que preparei ontem. Esta parte da confecção terá de ser omitida (consciente, mas nem tanto), pois o avô só gosta de comida feita no dia.

Entretanto, cá por casa, a manhã de ontem foi dedicada à cozinha e, entre outras coisas, fiz esta
experiência gastronómica .

A sopa de peixe ficou excelente (os coentros dão sempre aquele toque especial e os croutons com alho deram o toque final). Só ficou a faltar o pão, já que tive um pequeno contratempo, mas tirando esse pequeno pormenor ficou igual ao original.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Menus - Dia 2

A primeira grande prova foi superada.

Como contei ontem, o 1.º desejo do nosso patriarca foi arroz de marisco e a coisa correu bem, tanto que não houve a mínima queixa (acreditem que é raro).

Hoje voltei à carga.

- "Avô, gostas de lulas?"

- "Ah, não gosto muito"

Desta vez não continuei com as perguntas e acho que amanhã resolvo a coisa com uns bifinhos de frango.

Um destes dias há-de ser bacalhau à braz (sugerido pelas minhas amigas Cláudia e Gigi).

Obrigada, obrigada, obrigada, pela vossa ajuda :)

Continuo a aceitar sugestões

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Menus - Dia 1

Os meus pai foram de férias e fiquei responsável por regar 1001 vasinhos, alimentar três periquitos e um cágado (acho que não me estou a esquecer de nenhum bichinho) e acompanhar os meus avós.

Quem conhece o meu avô sabe que é uma pessoa muito peculiar. É-o em tudo, mas especialmente com as refeições.

Tenho, assim, a suprema responsabilidade de escolher menus do seu agrado, sendo que o plano B será fazer omoletes com esparguete cozido (dito desta forma não parece nada difícil, mas acreditem que é).

Enquanto as minhas patroas dormem a sua sesta, que já vai em 3 horas (as maravilhas que o ar da praia faz), tenho estado a puxar pela cabeça para me lembrar de pratos que possam satisfazer o nosso patriarca.

Ponto de situação - Dia 1

- Avô, gostas de salmão?

- Ah, nem por isso.

- E arroz de cabidela?

- Nem lhe toco. Eu gosto é de sopas de sarapatel (NOTA: qualquer coisa feita com sangue de porco cozido)

- E coentros?

- Nahhhhhhhh

- Vá lá, dá-me ideias. Tens de me ajudar.

- O que eu comia bem era arroz de marisco. Há tanto tempo que não como. Eu gosto dele é com caldo.

E para amanhã tenho o problema resolvido.

Sugestões aceitam-se, que a cozinheira habitual só regressa dia 30.


One Direction - momento de cultura geral para jovens adultos a caminho dos 40

Há dias, ao procurar um presente para oferecer a uma pré-adolescente vi-me rodeada de merchandising com a cara de uns meninos, para mim, desconhecidos.

Percebi então que eram os One Direction que correspondem, basicamente aos New Kids on the Block, a banda sensação dos meus tempos de menina e moça.

Já tinha ouvido o nome, mas desconhecia-lhes as feições.

Presumo que quando as minhas crias chegarem à bela fase da adolescência (até tremo de medo), estes meninos já façam parte da história, mas nunca é demais um pouco de cultura geral.

Não há coisa mais humilhante para um adulto do que fazer figura de ignorante junto de um adolescente.

Fica a partilha.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Perspectivas (da Maria Leonor) #1

 
 
 
A Maria Leonor tem alma de artista. Um dos seus hobbies é a fotografia. Já sabe ligar a máquina fotográfica e disparar. Claro que não conhece o zoom, nem o flash mas, ainda assim, já se vai safando melhor do que a mãe (já sei que não é difícil, mas lembremo-nos que só tem 4 anos)
 
 
 
 

 
 

O que me surpreendeu nesta história do Lorenzo Carvalho


O que me surpreendeu nesta história do Lorenzo não foi a postura da Judite de Sousa (apesar de nela ser mais difícil de perceber, já que todos conhecem o seu gosto por malinhas e sapatos pouco económicos).

Também não fiquei surpreendida com o jobem Lorenzo Carvalho cuja vida não invejo em nada.

 Deve ser muito triste viver sem grandes objetivos e, muito provavelmente, rodeado de pessoas interessadas em viver à sombra da árvore das patacas. Imagino que tenha uma vida muito solitária, no meio de tanto fausto.

O que verdadeiramente me surpreendeu nisto tudo foi a reacção popular à entrevist,a  que decorreu de forma "pouco feliz" (palavras da própria Judite de Sousa).

Achei interessante este "ataque" à jornalista e defesa do pequeno playboy.

Numa altura em que a tendência é diabolizar os ricos, não esperava tanta compreensão com este jovem que, num momento de crise, esbanja rios de dinheiro em futilidades.

Com futilidades ou não, a verdade é que o Lorenzo movimenta muito dinheiro e isso ajuda a criar emprego.

Não é uma realidade fácil de aceitar, é certo,  mas desta vez parece que a mensagem passou.

Fica aqui o link para quem ainda não viu a entrevista.



Momentos a 4

 
Namoro pegado
 
 
 
A palha do costume, em Abrantes
 

 
O geladinho da praxe


 
 
Os porquinhos do mê Tonho
 

 
Uma mãe feliz

domingo, 18 de agosto de 2013

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Milagre é ...

Milagre é estar em casa, quase a dar em doida sem saber como entreter as catraias, os nossos pais aparecerem só para nos entregar o telemóvel esquecido e, do nada, lembrarem-se de as levar a passear a S. Pedro do Sul.

Ah maravilha das maravilhas.

Aquele sofázinho estava mesmo à minha espera. O cinema é que se foi à vida pois quando acordei, depois de uma sesta de duas horinhas (há anos que não o fazia), estava com uma dor de cabeça que nem via.

Passada a dor de cabeça, percebi que o meu corpinho estava mesmo a precisar daquela pausa.

A tarde terminou em beleza, com um passeio pela bela Veneza portuguesa, rematado por umas ameijoas à Bolhão Pato regadas com o, incontornável, ice tea de limão.

À noite enchia-as de beijos. Ou seja, ficámos todos felizes.

Conclusão: tenho de me esquecer mais vezes do telemóvel em casa dos papás que são, sem dúvida alguma, do céu.

"Nets go" to Alentejo

As férias deste ano serão caseiras, mas não resistimos a uma das nossas "visitas de médico" ao Alentejo.

Tenho raízes na zona de Portalegre e, simplesmente, adoro aquela terra e aquelas gentes.


Como diria a, autodidacta, Maria Leonor, "nets go".

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Já estou a ver a minha prima à pesca

Parece que encontraram destes amáveis peixinhos na Suécia. Ao que consta, gostam de morder testículos.

A ser verdade, já estou a ver a minha primaça Sandra à pesca, para oferecer peixinhos no Natal.

Capaz disso era ela.

PS

Se apanhares algum a mais, manda para cá, que também lhes dou destino-

Finalmente ouvimos a Ana Moura ao vivo

O avô babado e a fã atenta


Eu, do outro lado da objectiva (como se pode perceber pela péssima qualidade da foto)

Excelente concerto, em Ílhavo, no festival do bacalhau.

A fã n.º 1, D.ª Maria Leonor, diz que gosta mais de ouvir as músicas ao vivo do que no CD. O avô Fernando já tem companhia.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Inspirar, expirar

Quando fazia exames na faculdade, o meu coração disparava assim que via o enunciado.

Numa 1.ª leitura, feita na diagonal, ficava sempre com a sensação de que não sabia uma única resposta.

Depois parava, inspirava e expirava, e pensava que tinha estudado e, por pouco que tivesse sido, alguma coisa havia de saber.

O método foi resultando, tanto que concluí o curso em 5 anos (sou desse tempo pré-bolonha).

Com a doença tive a confirmação de essa é a melhor forma de reagir a todas as contrariedades que surjam na vida, independentemente da sua dimensão.

A notícias boas, seguem-se algumas menos boas e a essas outras boas. E assim sucessivamente. A vida é assim. Estou, por isso, convencida que "inspirar e expirar" faz maravilhas aos pensamentos de uma pessoa (deve ser por arejar o cérebro).

E à vista também, já que depois de inspirar e expirar tudo me parece menos negro.

Comigo resulta assim. Dar com a cabeça na parede é coisa para ter efeitos semelhantes, só que mais dolorosos pelo que acho que vou manter a minha técnica.

Saudades das férias

A um dia das férias, ando cheia de saudades das férias da minha juventude.

Todos oa anos eram iguais, apesar da diversidade de destinos. Porto Santo, S. Miguel, Ibiza, Lanzarote, Las Palmas , Tenerife, foram alguns dos sítios por onde passámos.

A coisa era mais ou menos assim, andávamos sempre as três zangadas, umas com as outras ou com os pais (as fotos comprovam-no). Passávamos os dias na piscina. A seguir ao almoço, lá havia a guerrinha habitual porque o papá insistia que dormíssemos a sesta (já eu devia ter 20 anos) e nós não queríamos, obviamente.

À noite íamos dar um passeio ou ficávamos no hotel, a participar nas actividades e a jogar dominó.

Pelo meio havia sempre um miúdo inglês que se apaixonava por uma das três irmãs.

Apesar de na altura resmungar, pois havia momentos verdadeiramente secantes, os dias antes da partida eram sempre de grande expectativa.

As últimas férias da família Neves devem ter sido há uns bons 10 anos, altura em que fomos a S. Miguel (ilha linda de morrer) e a mana mais nova resolveu virar ovo, lacto, vegetariana (perdoem-me se estiver mal escrito), com pena das vaquinhas.

Hoje tenho saudades dessas férias pois, por circunstâncias da vida, são raros os momentos em que nos juntamos os cinco. Como diria o tio caçula, é a vida.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Conversas sobre o sofá

Mãe - Quem é que riscou o sofá?

Pai - Foi a Leonor.

Mãe - E tu não lhe disseste nada?!!! Isto foi feito agora.

Pai - Oh, foi sem querer.

Mãe - Sem querer ?!!! Uma cara, com olhos e boca?

Pai - Uma cara?!!! Ah. Não tinha visto.

Mãe - Leonor, anda cá! (20x)

Leonor - Sim, mãe.

Mãe - Leonor, porque é que riscaste o sofá?

Leonor - Olha, foi para ficar mais bonito, não achas, ó parvinha.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Prendinhas

Todos os anos vamos à Feira de Artesanato de Vila do Conde e todos os anos trazemos uma prendinha.

Desta vez escolhemos umas luvas com fantoches que são qualquer coisa de fenomenal.
 
 
O presépio para a mamã.
 
 
Os três porquinhos para a Leonor
 
 
 
A gata borralheira para a Tita
 
 
Obra da D.ª Bernardete Marques, de Canas de Senhorim. Um mimo.

VOLUNTARIADO - desafio para a malta de Aveiro e arredores

Recebi a divulgação deste projecto de voluntariado e não podia deixá-la na gaveta.

Em tempos também me dediquei ao voluntariado, no caso com a comunidade imigrante, e guardo excelentes recordações dessa experiência com a qual ganhei, enquanto ser humano, muito mais do que aquilo que dei.

Desisti porque o tempo começou a ser escasso e não basta a vontade de fazer voluntariado. Ao assumir o compromisso é preciso cumpri-lo de corpo e alma e, nesta situação específica, estamos a falar de expectativas colocadas na nossa disponibilidade que não podem ser defraudadas.

Tenho pena, mas já ficarei contente se conseguir a inscrição de um voluntário que seja para este projecto que me pareceu interessante.

Mas chega de paleio, vou passar a transcrever a informação que chegou ao meu e.mail. 

"A AEVA – Associação para a Educação e Valorização dos Recursos Humanos do Distrito de Aveiro criou recentemente a marca SERVIR, uma valência dedicada ao voluntariado, que pretende ser um ponto de encontro entre pessoas da região aveirense, que desejem partilhar e enriquecer o seu tempo livre, de acordo com os seus conhecimentos, experiências e motivações, dinamizando acções de voluntariado em diversas áreas, nomeadamente nas seguintes:


·         Apoio a alunos com necessidades educativas especiais
·         Apoio a alunos com dificuldades de aprendizagem
·         Apoio pedagógico
·         Ateliês de artesanato
·         Ateliês de artes e expressões
·         Ateliês de cozinha
·         Apoio nas refeições
·         Apoio na horta comunitária
·         Ocupação dos tempos livres


A SERVIR encontra-se em fase de constituição de um grupo de voluntários, pelo que o(a) desafiamos a efetuar a sua inscrição. Para o efeito, e porque seria muito gratificante contar com a sua colaboração, remetemos um breve formulário de adesão, disponível no seguinte link

Estamos ao inteiro dispor para prestar esclarecimentos adicionais.
Muitos gratos, sempre ao dispor.
Atentamente,

Maria Manuel Azevedo
Coordenadora CIEDA
EDIC´s Coordinator
Email. mazevedo@aeva.eu
Tel. 234 373 170

Tlm. 965 003 189

domingo, 11 de agosto de 2013

Baby Shower do Francisco

É sempre uma festa quando a elite se junta.

Desta vez o pretexto foi o baby shower do pequeno Francisco (uma surpresinha das tias para os papás).




O bolo de fraldas
 
 
 
 
As papas da prova cega (feita ao papá, não fosse o diabo tecê-las e a mamã enjoar)
 
 

A barriga de gesso (e respectivas artesãs)
 
 
 
O Francisco
 
Os papás felizes


sábado, 10 de agosto de 2013

Trabalha pai, trabalha

Tita - Mãe, onde está o pai?

Mãe - Foi trabalhar e ganhar dinheiro para comprar ...

Tita - xumos, xelados, binquedos


Tudo bens de 1.ª necessidade, portanto. Trabalha pai, trabalha.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Alguém sabe que é feito da Ana Faria?

A Ana Faria faz parte do meu imaginário.

Já perdi a conta às  vezes que ouvi o "Brincando aos Clássicos", um album com músicas clássicas adaptadas para a miudagem, cujas músicas têm o nome das crianças que, juntamente, com a Ana Faria, as cantaram.

Para além das músicas serem giríssimas, o album tinha o encanto de juntar mãe, 3 filhos (se não me falha a memória) e mais uma resma de miúdos, numa coisa a lembrar a família Von Trapp, só que sem pai.

É, de facto, um trabalho intemporal e que as minhas filhas também adoram.

Alguém sabe o que é feito da Ana Faria?

Supertaça Cândido Oliveira ou uma boa forma de limpar o pó

Amanhã realiza-se mais uma final da Supertaça Cândido de Oliveira no Estádio Municipal de Aveiro.

A alegria de ver esgotar a lotação do estádio não supera, porém, a desilusão por saber que este jogo não é mais do que uma boa forma de limpar o pó àquelas cadeiras multicolores, muito raramente utilizadas.

Não lamento a realização do EURO 2004. Foi excelente toda a animação e movimento que nos trouxe.

Continuo é sem perceber (e engolir) o que se terá passado nas cabecinhas pensantes que idealizaram os estádios (e já agora naquelas que agora têm o petisco de os gerir).

É desolador ver este estádio às moscas e a desbotar, no sentido mais literal do termo. E pior que isso é o facto de não se vislumbrar que o cenário se altere o que significa que o mais provável é que o estado de degradação, e quase abandono,  do estádio aumente.

Mas como tristezas não pagam dívidas, vamos aproveitar estes raros momentos de vida do estádio e esperar que ganhe o melhor.


quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O pedido de desculpas do Cardozo

Toda a gente percebeu que o Cardozo se iria arrepender e fazer questão de apresentar um pedido de desculpas público aos adeptos, colegas e equipa técnica. Era o desfecho óbvio, especialmente depois de se perceber que o mercado não está assim muito receptivo à ideia de desembolsar uns milhõezitos pelo passe do tempestuoso menino. Foram necessários 73 dias para o, pouco convincente e forçado, pedido de perdão (que Óscar aqui só o nome), . Eu percebo as leis do mercado. É difícil ter um activo destes sem obter rendimento. Não queria era estar na pele do Jesus que, no calor do momento, recebeu os mimos, mas foi esquecido na hora do arrependimento. É preciso ter estômago.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

1.ª consulta de oftalmologia da Leonor

A Leonor foi à sua 1.ª consulta de oftalmologia. Depois de ter gritado aos 4 ventos que não iria à consulta, chegou lá e portou-se lindamente. Passada a fase inicial, em que paciente e médico falaram com recurso a linguagem gestual, resolveu colaborar e começou a responder às questões. A visão da rapariga é simétrica, o que é bom segundo o médico, mas terá de colocar umas gotas para dilatar as pupilas, altura em que será novamente para ser observada e perceber-se se necessitará de óculos. Em Setembro voltaremos à consulta, com a esperança de que a hipótese de a rapariga necessitar de óculos seja uma miragem. É que não estou mesmo a vê-la a usá-los e, mais que isso, tratá-los com o devido cuidado. A ver vamos.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

PEDALAR CONTRA O LINFOMA ONLINE

O “Pedalar contra o Linfoma” é uma iniciativa que se tem realizado anualmente no Porto. Este ano realiza-se dia 06 de Setembro (podem ver toda a informação aqui). Mais uma vez, não poderei estar presente na pedalada (sendo que eu iria sempre a pé, porque biclas não são comigo). Mas é possível aderir via facebook, pelo que não há desculpa. O Pedalar Contra os Linfomas online será uma aplicação que irá estar alojada em separador próprio, dentro da página da APLL (Associação Portuguesa de Leucemia e Linfomas). Através da mesma, é possível ao participante monitorizar o percurso ao longo das capitais de distrito de Portugal; A iniciativa irá decorrer de 8 de setembro até ao fim do mês de outubro; O primeiro passo do participante consiste em aderir à página de Facebook da APLL, tornando-se fã; Os quilómetros serão mais rapidamente perfeitos sempre que se convidem amigos a participar na aplicação ou, numa etapa final, quando se responde adequadamente a um conjunto de perguntas; Quais os principais objetivos deste pedalar virtual? Sensibilizar e mobilizar ainda mais pessoas para a patologia; Demonstrar que é possível ajudar e contribuir sem grande esforço. Qual a necessidade de existirem iniciativas deste tipo? Dar a conhecer à população características específicas de uma doença que tem vindo a aumentar a incidência no nosso país, ao longo dos últimos 25 anos; Familiarizar as pessoas com os sintomas a que devem estar atentos, explicando a importância da detecção precoce para uma recuperação total; Angariar fundos para as necessidades e melhoria da qualidade de vida dos actuais doentes. E agora toca a pedalar.

Falta-me o sangue quente das gentes do Norte

Dificilmente páro o carro em 2.ª fila para ir tratar de algum assunto. Mesmo que chova torrencialmente e tenha de levar as meninas à escolinha, o que já aconteceu várias vezes, procuro lugar para estacionar e sujeito-nos à, consequente, molha. Acho que é uma questão, básica, de respeito pelos outros. Claro que, em certas circunstâncias, consigo perceber quem o faça. Entre essas circunstâncias não está, porém, a necessidade de tomar café e fumar um cigarrinho. Esta manhã, depois de entregar as pequenas, cheguei ao carro e tinha outro a trancar a saída. Pensei que pudesse ser de algum pai que tivesse ido levar o filho ao infantário e esperei, esperei, esperei. Ainda buzinei, mas de nada me valeu. Lá resolvi ir colar o nariz ao vidro do dito carro (por azar o raio do vidro era escuro) e percebi que no interior não existia nenhuma cadeirinha de bebé. A bufar por todos os lados, atravessei a estrada e fui direitinha ao café onde estava o dono do carro a satisfazer as suas necessidades de cafeína e nicotina. Nunca, como naquele momento, lamentei tanta a falta do sangue quente das gentes do norte. Aquele senhor merecia ter ouvido um ralhete. E eu, parva, não lho dei. Já nem falo em ver o carro arrastado pelo meu, coisa que cheguei a pensar fazer mas rapidamente me passou da ideia especialmente porque o meu carro tem pára-choques metalizados (ou lá o que é). Mas umas verdades devia ter dito. Talvez não produzissem efeito no senhor, mas a mim aliviavam-me.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Se isto não é Amor cego e surdo, não sei que será

Diz um dos famosos da nossa praça, numa entrevista a uma revista cor-de-rosa "A minha mulher é ucraniana, mas não é parva nenhuma. É arquitecta". Perante uma pérola destas, só me ocorre que esta mulher pode não ser parva, mas cega e surda será, certamente. Coisas do Amor, provavelmente. O homem não tem ponta por onde se lhe pegue, naquilo que se vê exteriormente e, ao que parece, o interior também é pr´o oco. Mas o que interessa é que sejam felizes. O Amor é lindo ainda que, por vezes, incompreensível.

Contos de réis

Eu só queria ter tantos contos de réis quantas as vezes que percorro a casa à procura de chupetas e outros objectos que tais.



domingo, 4 de agosto de 2013

Como era a vida antes do google?

- Sabes onde é Taboeira?

- Claro, é onde eu trabalho.

- E onde fica o parque de merendas?

- Ah, isso não sei.

- Diz aqui (no google) que é ao lado de um lago.

- Então continua a pesquisar, que deves encontrar mapas.

E assim descobrimos um local, bem agradável por sinal, para fazer um piquenique dominical.

 

Solidariedade entre mães

Ontem levei as meninas aos insufláveis que estão na Feira do Artesanato.

Tudo correu lindamente ... até à hora de vir embora pois, como está bom de ver, as cachopas recusaram-se a sair e foram encostar-se ao canto mais afastado da saída, onde ficaram inalcançáveis.

No momento em que me preparava para descalçar e entrar no insuflável, houve uma mãe, com um problema igual ao meu, que se antecipou e fez o mesmo que eu pensava fazer.

Perdi a vergonha e pedi-lhe para me agarrar a Tita. A senhora deu-me o filho dela para as mãos, agarrou a Tita e fizemos a troca das criancinhas, num exemplo de verdadeira solidariedade entre mães.

Com metade do problema resolvido, lá convenci a Leonor a sair do insuflável. Saiu, efectivamente, mas fugiu-me para o insuflável do lado e foi o cabo dos trabalhos tirá-la de lá, conseguir calçá-la e arrastá-la (os berros) para o carro.

Quem disse que os fins de semana são bons para descansar?

sábado, 3 de agosto de 2013

Brancos, pretos, amarelos e assim assim

Na sala da Leonor há meninos de ascendência angolana, ucraniana e brasileira e a educadora Bela comunicou aos pais que, no próximo ano lectivo, vai trabalhar a questão da multiculturalidade.

Quem vê os meninos a brincar, diria ser escusado tratar o tema. Na verdade, as crianças não vêem diferenças entre si. Ali são todos iguais.

A necessidade (e dificuldade) de abordar o tema nasce de nós, os adultos, que não perdemos uma oportunidade para apontar diferenças e, ainda que muitas vezes inconscientemente, não as deixamos passar despercebidas.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Brincar aos pobrezinhos

A questão já foi falada mais de 1000 vezes, mas não consigo evitá-la.

Hoje li este artigo de opinião sobre a polémica causada à volta da entrevista dada pela Cristina Espírito Santo e estou plenamente de acordo com o autor.

A meu ver, o que se passa é que há pessoas que, pelas circunstâncias da sua vida, estão tão longe daquilo que é a verdadeira pobreza que não têm noção de algumas realidades.

E  não é preciso ir à Comporta para o perceber. Basta ver pessoas que acham normalíssima a ideia de se cobrar 2€ para entrar na festa de Natal do infantário e nem se lembram que, provavelmente, algumas das famílias não terão disponibilidade para gastar 2€ por semana em pão.

Por um lado ainda bem que assim é, pois significa que não têm dificuldades financeiras.

O problema será se não tiverem a sensibilidade necessária para tentar perceber as dificuldades dos outros e, dentro das suas possibilidades, contribuir para as minimizar.

Mas isso daria muito "pano para mangas".


Carago não, carago

Há dias, a Tita estava a resmungar comigo (coisa que faz frequentemente, aliás) e terminou com qualquer coisa semelhante a "carago, mãe".


Atónita, mas ao mesmo tempo com vontade de rir, quis certificar-me se tinha ouvido bem.

- Disseste carago, Tita ?

E ela, nada.

- Mas tu disseste carago?

À vigésima vez que fiz a pergunta, a tia Dulce não se conteve e chamou-me à razão. " Se não disse, vai dizer agora, não achas?".

É verdade, vá-se lá perceber este gozo que paizinhos e restante família sentem ao ouvir as criancinhas dizerem os primeiros palavrões.

É assim um misto entre "isso não se diz" e o "é tão giro".

Mas sim, a minha Tita diz carago e porra. A Leonor prefere dizer, 1000 vezes ao dia, cócó e xi xi, que acredita ser o pior insulto que se pode fazer a alguém.

Espero que se vão ficando por aí, as minhas ladies.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O que uma mãe faz por amor ao (seu) pai



Depois de ter comprado um equipamento do FCP para cada neta, o avô Fernando quase morria se as meninas não fossem ao fotógrafo.

Como boa filha, que tento ser, permiti. Amor a quanto obrigas.

Mas queria deixar bem claro. Permiti porque acredito na capacidade de discernimento das minhas filhas. A seu tempo escolherão o seu clube, de forma livre e esclarecida. Só tenho pena que quando isso acontecer, provavelmente, já não exista o clube dos meus amores - Sport Club Beira Mar que, pelo andar da carruagem, um dia destes passará a ser só uma lembrança.

15 anos depois

15 anos depois, eis que tive alta da consulta de onco-hematologia.  Diz a médica que as maleitas de que me queixo parecem ser coisas de “pes...