quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Da série coisas que me enervam

Ora, parece que o Tribunal de Contas descobriu um valor jeitoso de valores indevidamente pagos a falecidos.

É inconcebível, de facto, nesta era da informática mas choca-me ainda mais a imensidão de malta que nestes anos tem andado a receber o dinheirito e não achou sequer estranho.

Certamente, a mesma malta que reclama que a Segurança Social funciona mal, a saúde está uma desgraça, a justiça ainda pior.

Convençam-se de uma coisa, todo o sistema social (como os outros, de resto) exige recursos.

Sendo eles escassos, e a árvore das patacas uma figura mítica, é necessário que esses mesmos recursos sejam bem geridos. Isso exige que o sistema informático funcione, a informação circule mas também que quem recebe valores indevidos não seja conivente com as falhas do sistema.

E não me venham dizer que a culpa é das reformas e outros subsídios baixos (que são, sem duvida) porque,enquanto não remarmos todos para o mesmo lado, nunca subirão.

E é isto que me vai na alma

Chuva, a versão ateia que só os aveirenses perceberão

- Espero que não chova no dia do meu aniversário!
- Tens de falar com o S. Pedro!
- São Pedro?!!! Tenho é de falar com a Feira de Março



quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Termino o dia com uma certeza, no meio de inúmeras dúvidas

Há momentos na vida em que levamos abanões com tal impacto que é obrigatório parar para reflectir.
Um dia ouvi a notícia que o meu linfoma estadio IV tinha uma taxa de sobrevida de 65%. Dentro do contexto nem era mau mas, ainda assim, aterrador. Ao meu lado tive muita gente que nunca me deixou duvidar do Amor que me tinha, fazendo-me acreditar que iria fazer-lhes falta. Meio caminho para a cura, portanto.
Hoje, 10 anos passados, despedi-me de um dos meus maiores amigos. Um daqueles que ajudou a tornar o fardo da doença mais leve.
Jovem, saudável, cheio de planos ... uma partida incompreensível, se acreditarmos que a vida acaba aqui. Porquê ele e não eu, que podia fazer parte dos 45%? Esta é, entre outras, uma dúvida que me assola.
Terei de fazer um longo caminho para perceber o sentido disto tudo.
Uma certeza tenho, em resposta a todos quantos nestes dias me perguntaram se o Simão era da minha família. O conceito de família está longe de se limitar a uma ligação genética. Creio que não existirá quem nunca tenha sentido isso. Não confundamos relação de parentesco com família. Aquela constitui-se independentemente de escolha. Esta é muito mais do que uma questão de sangue.
E creio que está tudo dito

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Se eu pudesse

Se eu pudesse ia aí acima, puxava-te por um pé e obrigava-te a assentar no chão, enquanto te dava um ralhete.

Obedece à "madrinha" diria! Tu irias sorrir, responder-me-ias que sim (dizias sempre) e continuarias a surfar na tua nuvem, ignorando-me com aquele teu jeito singular.

Sinceramente, penso que o mundo ficou pequeno demais para a tua grandeza de carácter e (como diria a nossa Gena) foste à frente para preparar a festa do reencontro.

E eu, que tinha tantas expectativas quanto à possibilidade de me arranjares um "tacho" aqui na terra, vivo agora consolada pela certeza de teres partido feliz e sentir ter agora o melhor dos intermediários junto do Criador.

Só assim terá algum sentido.

Mas não me conformo...




domingo, 24 de fevereiro de 2019

Até ao céu

Ainda não acredito. Não sei se algum dia acreditarei.
 
De ti só sei seres Amigo sempre presente, incapaz de me dizer não. Presente quando precisava de ultrapassar obstáculos, quando metia metia gasolina, em vez de gasóleo; para me dar música ou ajudar a segurar a 2.ª voz.
 
 Guardião da palavra passe deste blogue, cuja origem muito te deve e ficará eternamente sem o prefácio que ias prometendo em tom de gozo, sinto que nada será agora como dantes. Faltará a selfie da praxe em todas as igrejas e capelinhas.
 
A Amizade essa permanecerá alterada, gravada no coração e em tantos momentos bons partilhados.
 
Até ao céu, engenheiro.
 
PS(D): não fizemos a tatuagem, mas talvez a venhamos a fazer (deixa só ver se inventam um método indolor, que a tua Amiga é uma maricas)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Choupette Lagerfeld e o cúmulo da falta de piada

Depois de ver reportagens com pais venezuelanos a deslocar-se a pé à Colômbia para arranjar comida e vacinas para os filhos, não consigo sequer sorrir ao ler  ESTA notícia sobre milionária gata do Karl Lagerfeld.

Devia haver limites para a estupidez humana, digo eu com os nervos.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Ver-te assim envergonhada, envaidecida pelo orgulho sentido após mais um projecto terminado com a ajuda do teu papá herói, revela-me a infinitude de limites de um Amor que se projecta muito além do sistema solar.




terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Estou de lua


Sobre motivação e charros

Em conversa com uma amiga sobre aquilo que nos motiva a prosseguir um objectivo concluí que idealizo ignições tão intangíveis e etéreas que a coisa dificilmente lá vai sem um charrito.

Logo eu, que nunca sequer tabaco experimentei.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Que raio de visita de estudo foi essa?!!!

-Mana, que é que levaste para comer na visita de estudo?
- Nada!
- Nada?!!! Que raio de visita de estudo foi essa?!!!

Palavras

Saem, atropelando-se, umas empurradas outras puxadas por coisas e sons que (nos) tocam.
Dizem tanto em pequenos nadas.
Ora discretas ora diletantes geram e matam amores, outrotanto mil e uma dores.
E voam, ou não, quando se crivam no coração.
São palavras, por uns temidas por muitos outros amadas e bem, que nos revelam e ao mundo.

domingo, 17 de fevereiro de 2019

Conan Osíris

Quando vi o primeiro post sobre o Conan ( Mariana filha) não percebi.
Estava a leste da nova bizarria colectiva.
Conan Osíris é tipo yah. É que é mesmo uma cena que, tipo, me deixa sem palavras. Mas se a malta, tipo, gosta, só tenho que respeitar apesar,tipo, da minha dificuldade em  compreender. Mano, gosto de cenas tipo mais simples. Tipo, performance só no palco. Mas,tipo, toda a gente sabe que sou quadrada.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

A eterna menina do papá


Assim fica difícil uma pessoa interiorizar que está a chegar aos 42. E que assim seja até ao fim dos séculos.

O papel dos pais de hoje no dia de S. Valentim

Ao pai, coube a parte de fazer o origami em forma de coração. Azul, que o eleito do seu coração é do clube rival.
A mãe lá teve de ir a correr durante a hora de almoço para entregar a prenda esquecida, depois de ter sido escondida das mãos daninhas da mana.
Como diria a minha avó " estou para morrer e não tenho vagar". Não era suposto o Amor nascer uns aninhos mais tarde e, até lá, ser fiel aos pais?

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Terra à vista

Terra à vista é caminho unívoco de um sentir sem tradução
Hora de desarmar e ansiar sentir-lhe o chão
É pairar sob as luzes que iludem a noite, impedindo os sentidos de baixar a guarda
Certeza de não querer contemplar as estrelas, sem acreditar firme o chão que havemos de lá pisar.
É tanto e tão só o que nos faz capazes de ir além do visível,
Por saber que nela está o fim de cada batalha,
Fim que marca o recomeço, a cada antemanhã, neste bulício que é viver.

No dia dos corações e frases pirosas, a minha partilha

Lidas algures na parede de um lar de idosos.






quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Assim se arrasa uma mãe _ parte 2

Cheguei a casa morrinha de saudades, após uma semana fora. Decidi ir espreitar a cria mais nova no recreio. Entrei e recebi dezenas de beijinhos e abraços. Todos correram para mim, a pular de alegria ... excepto ... a minha filha que ficou cheia de vergonha e praticamente me ignorou.

Como se arrasa uma mãe



"Ok, não sei quem enviou nem percebo nada desta letra"

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Naqueles ( e nestes) tempos!

É difícil como tudo, parar para olhar interiormente e aceitar a nossa quota parte de responsabilidade que (não) acontece na nossa vida.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Pedaços de Portugal em Lund

Pedaços de Portugal em Lund. Que orgulho.

Depois de João Miguel Tavares, Zé Pedro

Depois da escolha do JMT para presidir às comemorações do dia 10 de Junho, que deixou muita malta cheia de urticária, eis que a TAP resolveu baptizar um dos seus aviões com o nome do Zé Pedro. Relativamente a esta decisão ainda não vi reacções mas imagino que tenha deixado também muita gente com dores de barriga.
Que legitimidade tem um mero jornalista para se misturar com os ditos intelectuais, sejam lá isso da intelectualidade o que for? Desde quando o rock é música e, mesmo que seja, quanto tempo após a morte é necessário para que alguém possa ser considerado como fazendo parte da história de Portugal?
Estes são alguns dos dilemas vividos por quem, do alto da sua auto proclamada superioridade, se sente chocado e arroga no direito até de invocar, ofensivamente, nomes alheios para criticar escolhas "fora da caixa" ( como fez uma ex ministra ao dizer que qualquer dia até a Cristina Ferreira seria convidada pelo nosso PR.
As dúvidas sobre os critérios que devem ser todos em conta para avaliar o mérito do trabalho dos escolhidos em situações como estás são naturalmente legítimas. E as escolhas jamais serão consensuais. O que é normal. O que não deveria ser condiconsid normal é continuar a julgar pelas aparências ou berço e confinar coutadas em que só entram ilustres conhecidos pertencentes a elites, de nobreza nem sempre clara senao aos olhos dos próprios.
Sou suspeita, porque gosto do trabalho dos dois, mas apoio estas escolhas disruptivas.


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Saída rápida

Há momentos em que anseio por saídas rápidas. Concluo sempre que não existem; há que procurar as outras saídas. Não serão rápidas mas acredito poderem ser mais eficazes. Paciência e perseverança ajudarão a encontrar esses outros caminhos. Assim seja.

Volte sempre senhor carteiro

  Volte sempre senhor carteiro. Volte sempre.