sexta-feira, 25 de março de 2022

São os pequenos nadas que nos acrescentam






 São os pequenos nadas que nos acrescentam

Os que por aí estão sem que os sintamos

Esquecidos que somos de os ver passar

Tolos por só achar grandeza no que se nos impõe 

São os pequenos nadas que nos acrescentam

Dando cor a caminhos que se formam discretos

Esperando ser escolhidos assim de um nada que de tão pequeno nos há-de levar até uma qualquer Roma


quarta-feira, 23 de março de 2022

Uma gota de água no oceano

Hoje, do nada, um lojista perguntou a uma das minhas filhas se já tinha visto a herança que ia receber. Perante o nosso olhar de interrogação lá esclareceu, “já viste que vais pagar os efeitos de uma guerra que não começaste?!”.

A questão foi despropositada e violenta para uma criança, especialmente porque surgiu sem qualquer tipo de contexto, e a única coisa que consegui balbuciar foi que se todos fizermos um pouquinho daquilo que está ao nosso alcance o mundo será melhor.

Não insisti porque percebi que o senhor só devia querer desabafar e não iria ouvir nada.

Seja como for, a conversa trouxe-me à memória madre Teresa de Calcutá e a sua mensagem “O que eu faço é uma gota de água no oceano mas sem ela o oceano seria menor”. 

Parece-me tão claro que me irrita a inércia de quem só lamenta as guerras e se esquece de agir ao seu redor.

quarta-feira, 9 de março de 2022

Nunca é tarde

Nunca é tarde se em nós mandar a vontade de alcançar metas e lugares não sonhados.

Nunca é tarde se ousarmos avançar, esquecendo medos de um amanhã cuja chegada desconhecemos.

Nunca é tarde porque só no presente vivemos.

Nunca é tarde porque só vivendo guardamos o passado, sem perder o futuro que está já ali no segundo seguinte.


quinta-feira, 3 de março de 2022

E eu que tantas vezes me esqueço de agradecer!



 Hoje foi dia de recarregar baterias. Receber colo com direito a beijinho e tudo. E eu que tantas vezes de esqueço de agradecer a sorte de ser tão amada!


quarta-feira, 2 de março de 2022

Como podemos ajudar a Ucrânia?

Temos assistido a uma mobilização espectacular da sociedade civil com 1001 iniciativas de recolha de bens para ajudar a Ucrânia e essas ajudam a dar resposta às necessidades de bens materiais. Ao mesmo tempo porém, vão-nos chegando notícias do bullying que muitos russos vão sentindo em todo o mundo.

Perante esta realidade só me ocorre perguntar a quem tem este tipo de comportamento se não tem pais, tios, amigos ou meros conhecidos que tenham sido obrigados a combater na guerra colonial (para dar um exemplo bem próximo de nós) a . Se essas pessoas o fizeram por acreditar na causa. Se (apesar do privilégio que é viver em democracia) se revêem sempre nas decisões dos seus governos.

Confundir o povo russo com o sistema russo é uma forma de violência. Instigar o ódio perpetua sentimentos que em nada contribuem para a paz que todos dizemos defender. Ajudar a Ucrânia (o mundo todo na verdade) passa por não nos esquecermos desta verdade, sendo dela exemplo para graúdos e miúdos. 

terça-feira, 1 de março de 2022

Haverá medida certa para o tempo?

Passamos o tempo a queixar-nos do que deixamos fazer por escassez de tempo. Telefonemas ficam por fazer, cafés por tomar, atenção por dar.

Por outro lado diz-se que aqueles que o têm não o sabem utilizar, desperdiçando-o com coisas fúteis e por vezes menos boas.

Haverá pois o “pouco tempo” e o “muito tempo” sem que se ouça falar no “tempo necessário”.

Questiono-me se haverá medida certa para o tempo mas não vislumbro resposta. 

Presumo que seja algo demasiado intangível e por isso muito dependente de análises qualitativas só possíveis quando temos o coração e os cinco sentidos alinhados e receptivos para dar e receber.

Volte sempre senhor carteiro

  Volte sempre senhor carteiro. Volte sempre.