domingo, 27 de dezembro de 2020

Um dia vou ter saudades

 Um dia vou ter saudades de estar a tomar banho e vê-las entrar na casa de banho a berrar uma com a outra, sentando-se na borda da banheira já antevendo que a discussão seria longa.

Hoje (ainda) não foi esse dia.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Nunca tão poucos pareceram tantos

 Nunca na minha vida pensei viver uma consoada com 7 pessoas. Sempre tivemos a mesa cheia de gente e os últimos anos juntámos até várias nacionalidades.

Foi estranho mas não me queixo, de todo. Nunca tão poucos me pareceram tantos. No meio de uma maior calmaria senti com mais intensidade a presença dos ausentes na memória e bem dentro do meu coração.

Na verdade, todos os natais são diferentes dependendo das circunstâncias e da forma como os vivemos.

Espero que o vosso tenha sido sereno e doce como o meu.



terça-feira, 22 de dezembro de 2020

O que têm em comum a maquilhagem e os bonecos bebé reborn?

 O que têm em comum a maquilhagem e os bonecos bebé reborn?

Ambos constam da lista de pedidos de uma miúda de 11 anos. 

Explica muita coisa desta fase, como lhe chamam.

domingo, 20 de dezembro de 2020

SCP e a prova que 2020 não é um ano totalmente atípico

 Afinal ainda existe alguma normalidade neste ano de 2020.

Basta vermos a tabela de classificação do campeonato da primeira liga de futebol. SCP campeão de inverno, sempre.

É só questão de procurarmos os sinais de que 2020 não é um ano totalmente atípico. Ainda assim esperemos pelo fim do campeonato. Tendo começado em 2020 nunca se sabe.

Parabéns aos meus amigos sportinguistas.

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Quem diz a verdade não merece castigo

Fui comprar pão e pedi também uma fatia de bolo com frutos secos.

Fiquei surpreendida quando o senhor me disse que a fatia de bolo era oferta e, instantaneamente, pensei que já devia ser da véspera.

De imediato, senti-me culpada pelo pensamento maldoso mas passou-me rápido quando o senhor me esclareceu “já deve estar seco, foi cortado esta manhã“.

Ok, não era da véspera mas só foi oferecido por estar seco.

Confesso que admirei a sinceridade. O senhor poderia ter omitido o pormenor pois o bolo até estava bom mas preferiu ser sincero.

Quem diz a verdade não merece castigo.

domingo, 6 de dezembro de 2020

Não havia loja dos 300 que nos escapasse

 Há uns anos, por estes dias, não havia loja dos 300 que nos escapasse. Juntávamos as nossas patacas e lá íamos nós cidade fora, comprar presentes e papel de embrulho.

Quem me dera hoje num desses périplos.

Lembram-se meninas?

sábado, 5 de dezembro de 2020

Dar tempo de nós

 É fácil apoiar causas fazendo donativos e incentivando outros a fazê-lo.

Difícil mesmo é apoiar essas causas dando tempo de nós.

Hoje é dia internacional do voluntariado e é inevitável deixar de sentir o cheirinho do leite com café exalado dos carrinhos empurrados pelos voluntários que dão tempo de si no IPO. 

É inevitável lembrar os seus sorrisos e palavras amigas que tanto aconchegam nas horas intermináveis que se passam lá, entre consultas, exames e tratamentos.

A todos que dão tempo de si, um muito obrigada.

Seja qual for a causa, fazem a diferença na vida de muitos.

domingo, 29 de novembro de 2020

Abaixo os calendários de Advento

 Começa hoje o Advento e estou orgulhosa de este ano não ter caído na tentação de comprar calendários de chocolate para as patroas.

Ano após ano são origem (mais uma) de discussão entre as patroas. Fui sempre acalentando a esperança que no ano seguinte a coisa melhorasse e nada.

Este ano pus um ponto final nessa ilusão. Afinal já não acredito no Pai Natal.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Não anseio pelo fim de 2020

 Quando vejo as pessoas desejarem que 2020 acabe, questiono-me se realmente acreditam nessa coisa de existirem anos bons e anos maus. Anos em que tudo corre como se planeia e outros que nada têm de bom. Será que realmente olham para os anos como uma novela que termina a 31 de Dezembro para dar lugar a outra?

A mim, a vida já se encarregou de ensinar de variadas maneiras que isso não existe. Há dias bons e dias maus. 

E a ânsia de que  cheguem aqueles dias com que sonhamos impede-nos muitas vezes de perceber quão bom é podermos queixar-nos. É tão só sinal que estamos cá e em condições de o fazer. O futuro é sempre um incentivo mas não faz sentido se deixarmos de viver o presente.

Por isso não anseio que 2020 acabe, só quero conseguir vivê-lo da melhor forma possível ainda que esteja a ser muito difícil e a culpa esteja longe de ser só do covid.

domingo, 22 de novembro de 2020

Primeira Comunhão em tempos de confinamento



 A minha mais nova comemorou o seu nono aniversário mesmo no início do confinamento. Em casa, com os mais chegados, numa festa bem diferente das dos anos anteriores em que juntávamos dezenas de pequenos e graúdos.

Aqui a mamã estava cheia de pena da menina tendo sido surpreendida quando, no final do dia, a pequena afirmou que aquele tinha sido o melhor aniversário da sua vida.

Hoje foi dia da sua Primeira Comunhão. Uma cerimónia com um grupo muito pequeno de crianças, comemorada em casa só com o núcleo familiar mais próximo. Também desta vez cheguei a lamentar as circunstâncias e fui novamente surpreendida. A pequena terminou o dia num estado de euforia difícil de controlar.

Comum a estas duas comemorações, a presença (física e virtual) daqueles que ama, um bolo da madrinha e o foco no essencial. 

Uma lição de vida, indubitavelmente.


Há 41 anos fez-se Natal


 Há 41 anos nascia uma prima que se tornou irmã. 

Não me lembro de mim sem ela e seremos, provavelmente, as pessoas mais diferentes do mundo. Eu, a prima velha e quadrada. Ela, a prima determinada e aventureira sempre pronta para ir à luta. 

Não concordamos em quase nada mas amamo-nos profundamente, como se amam aqueles que se completam, e não temos deixado de o dizer uma à outra. A distância física é mesmo só isso, fisica. Ela está a milhares de quilómetros de mim mas tem o coração dentro do meu.

Parabéns minha primana. Um beijinho do tamanho do mundo. Amo-te muito.

domingo, 15 de novembro de 2020

Há abraços que se recusam por amor

 Ando sequiosa por abraços e há dias foi-me recusado um por uma das pessoas mais importantes da minha vida.

No momento doeu, confesso. Apesar de saber o motivo, achei que não se devia sobrepor àquela minha necessidade de sentir o conforto de uns braços que foram sempre o meu porto seguro.

Passado o choque, percebi que há abraços que se recusam por amor e foi (seguramente) o caso.

Continuo inconformada mas o amor é assim. Manifesta-se de muitas maneiras. E, como tudo na vida, não há linearidade na forma de o expressar. Assim o saibamos sentir.

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

E os meninos que ainda acreditam no Pai Natal?!

 Ao meu reparo de que este ano não há a casinha do Pai Natal no shopping, as patroas reagiram com preocupação.

E os meninos que ainda acreditam no Pai Natal?! Não sou como responder. Acho que teremos todos de ser criativos para que a tensão existente no ar não se sobreponha totalmente à capacidade de sonhar.

domingo, 8 de novembro de 2020

Amo-te Cristina S. Sousa


 Há anos que me cruzo com esta declaração de amor “amo-te Cristina S. Sousa” escrita num viaduto à entrada do Porto. E há anos que me questiono se este amor vingou ou foi só uma daquelas paixões assolapadas que se esfumam rapidamente.

Alguém sabe dizer-me algo sobre esta história?

domingo, 11 de outubro de 2020

Ontem é passado e ponto final!

- Afinal o que é que se passou ontem para o avô se zangar tanto?

- Ontem é passado e ponto final!

E não é que a cachopa tem razão?

sábado, 10 de outubro de 2020

O arroz de pato que me aconchegou o coração

 Estava a ver a ementa quando o empregado me informou que já não havia arroz de pato. 

Brinquei com ele e disse que ia ficar com desejos. 

Passado algum tempo aproximou-se e segredou-me que ainda havia um bocado de arroz de pato. Estava guardado para o seu almoço mas iria partilhar comigo pois era muito para ele.

Agradeci e escolhi outra coisa. Eis senão quando o Cecil ( é este o seu nome) me surpreendeu com um prato cheio de arroz de pato. Aquele que seria para o seu almoço.

Agradeci, comovida, e só ouvi “espero que não leve a mal”.

No final, o Cecil não aceitou gorjeta. Foi um gesto genuíno porque o Cecil é assim.

Este arroz de pato aconchegou-me a alma.

Obrigada Cecil.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Tem paciência que vais precisar sempre dela!

 A páginas tantas, devia eu estar a resmungar, quando ouço uma vozinha que me trouxe de volta à terra.

- Tem paciência que vais precisar sempre dela!

Cheia de sabedoria esta minha mais nova.

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

E eu a pensar que estava a alucinar!

 À hora do almoço vi uns trabalhadores a instalar iluminações festivas na rua. Tive de me situar no tempo para perceber qual a celebração  que mais se aproxima e achei que o Halloween e o S. Martinho não justificariam tal decoração.

Vai daí pensei que estava a alucinar, já que me pareciam luzes a ligar num Advento ainda longínquo.

Mas eis que ao final da tarde tive alguém que pode testemunhar o mesmo que eu. Já temos luzes de Natal na cidade!


terça-feira, 6 de outubro de 2020

Sim, quero.

 É maravilhoso chegar a cada dia 6 de Outubro (e já são 13) e perceber que a resposta que daria hoje ao Frei Silvino seria a mesma, só que com certezas redobradas.

Cada dia 6 de Outubro é momento de relembrar aquele mesmo dia em 2007 e fazer uma retrospectiva desta caminhada a dois.

Tão pouca coisa planeada, tanta nem sonhada, alguns pesadelos até. Tanta toalha quase deitada ao chão, segurada à vez consoante aquele que mais necessitava. Tanto equilíbrio nos bons e maus momentos.

Tantos aqueles que lá estiveram e agora vivem em nós, tantos aqueles que foram nascendo e lembrando que a vida é um constante devir.

Tão boa esta caminhada. Muito longe do mar de rosas de que falam os contos de fadas porque a vida é assim e é o Amor que lhe dá forma.

Sim, quero. Hoje como há 13 anos.






domingo, 4 de outubro de 2020

Dizer não para afirmar

 Foi preciso chegar a esta provecta idade para interiorizar que a afirmação passa por dizer não de forma segura e sistemática.

Algo, só aparentemente contraditório, dificílimo de fazer a mais das vezes porque nós somos nós e as nossas circunstâncias.

Dizer não para afirmar é uma ciência que se pretende exacta e eu sou de letras. 

sábado, 26 de setembro de 2020

A gente fala e chega à compreensão

A senhora que me estava a atender não percebeu o que eu disse e a conversa descambou para as máscaras e a dificuldade que traz para a comunicação.

Mais troca menos troca lá nos entendemos e a conclusão da senhora foi das mais assertivas que ouvi nos últimos tempos. A gente fala e chega à compreensão.

Seria tão mais fácil se falássemos.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

As aulas começaram mas podem estar descansados

 As aulas começaram mas podem estar descansados, pelos menos os pais de pré-adolescentes particularmente dados a adquirir material escolar de marca xpto.

Este ano temos os cadernos inteligentes e quem quer ser “hoje em dia” tem de ter um.

Não nos preocupemos muito que os resultados estão garantidos.



quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Só Deus tem os que mais ama

 Só Deus tem os que mais ama. Alguém o escreveu e cantou e esta é a frase que hoje ecoa na minha mente.

Será essa a resposta para a partida inesperada de mais um jovem saudável e bom?

Tantas dúvidas me assolam neste momento, tantas quantas as certezas do muito tempo que perco com ninharias. Porquê? Mais um caminho a percorrer até às respostas de que preciso.

sábado, 22 de agosto de 2020

Apesar dos pesares

Apesar dos pesares

Sorrisos e esgares

Do pouco que se sonhou

E o muito inesperado 

Só no agora se faz vida

Costas direitas

Peito cheio de ar

Olhar fixo em frente

Coração aberto para receber

O que for

Pois apesar dos pesares 

A vida tem sempre algo para dar


terça-feira, 11 de agosto de 2020

Sobre confiança

 Hoje vivi uma história deliciosa sobre confiança que não posso deixar de partilhar.

Marcámos mesa no restaurante Nossa Senhora do Almortão, em Almortão, um sítio lindo mas longe da povoação.

Quando chegámos vimos o aviso sobre a falta de multibanco, algo impensável para uma família citadina. Meios chateados, confesso, perguntámos onde ficava o ATM mais próximo e a resposta deixou-nos de queixo caído. Não se preocupem, depois passam em Idanha-a-Nova onde temos uma esplanada e pagam.

Idanha-a-Nova fica a 9 kms, refira-se.

Uma prova de confiança cega que muito me tocou.

Não menos importante, a perdiz estava de truz como diria o meu avô.

Recomendo, por todos os motivos

domingo, 2 de agosto de 2020

Há explicação para isto?

Por razões de trabalho, uma das minhas irmãs teve de ir para a Áustria devidamente munida do teste ao Covid. Sucede que fez escala na Suíça o que deve ter neutralizado o vírus pois, chegada ao destino ninguém lhe pediu o teste.
Mais tarde, já na Hungria, foi a um supermercado com duas colegas. Uma delas não tinha máscara e foi barrada por um segurança que (de máscara no queixo) lhe indicou uma farmácia. Comprada a máscara, colocou-a no queixo e entrou no supermercado.
E é Portugal o país de risco.
Como estes, tinha outros exemplos de comportamentos inexplicáveis face ao Covid. A única conclusão que consigo retirar é que este vírus enlouquece a malta.

sábado, 1 de agosto de 2020

É hora de desapego e partilha

Diz-me a experiência que a grande maioria de nós (os que têm possibilidade de se queixar nas redes sociais) tem excesso de bens materiais.
Isso não significa liquidez, obviamente, mas sejamos francos quem é que precisa de acumular roupa, louça, electrodomésticos, brinquedos (...)  intocados há séculos e que poderiam ser úteis a tantas famílias.
Desde que o Covid surgiu na vida da humanidade que a minha maior preocupação tem sido as suas consequências económico-sociais. Assusta-me (moderadamente) a questão da saúde, naturalmente, mas eu sou aquela que foi apanhada por cancro acerca do qual nem sequer se conhecem causas que o possam acordar. Por isso, o problema (gravíssimo) da saúde não pode ser o único foco da nossa atenção.
Isto tudo para não deixar esquecer que há muitas famílias a precisar daquilo que acumulamos e existirão muitas mais quando se acabarem as moratórias concedidas às empresas.
É momento de desapego e partilha. Aos que não acreditam em instituições, experimentem falar com amigos, vizinhos e conhecidos. Há sempre quem conheça alguém que precise do que temos a mais ou que passe a palavra.
Não custa mesmo nada, bem pelo contrário.
Final de sermão.

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Raízes

Há algo de inexplicável no regresso ao sítio de onde as raízes nunca saíram, de tão arreigadas numa terra tão árida quanto bela.
Queria descrever-lhe o cheiro das noites veranis pintalgadas de incontáveis estrelas. Reproduzir o som envolvente das cigarras, indiferentes à passagem humana. Perpetuar-lhe os sabores, intensos como os sentimentos que despertam.
Queria tanta coisa que fico aquém da vontade da imaginação. De tudo o que queria, tenho quase nada mas é tanto sabê-la no sangue que me deram os meus avós.





A Amiga Genial

E passado quase um ano terminei de ler a Amiga Genial da Elena Ferrante.
Não que o livro seja mau, bem pelo contrário que até estou cheia de vontade de ler o resto da tetralogia, mas pelas constantes interrupções causadas pela minha dificuldade em parar.
Andava curiosa por conhecer a escrita desta mulher (pensa-se) que ninguém conhece, achei que só pelo título tinha de o oferecer a uma amiga genial, aproveitei que essa amiga genial me pediu uma dedicatória para o pedir emprestado (lata é comigo).
Desde então o livro tem-me acompanhado por todo o lado. Até na Suécia já esteve. Até que o fim de semana passado parei (Deus sabe como precisava de o fazer) e terminei a empreitada.
Muito bom, com retratos psicológicos profundos e realistas. Gostei.
Acho que este ano te ofereço o segundo da saga, querida amiga genial.

domingo, 12 de julho de 2020

Em dia de casamento. Recordações.

Hoje é dia de casamento de uma amiga e foi inevitável recordar o meu.
Recordo de sorriso nos lábios, os dois convidados inesperados que preencheram o lugar dos outros dois que não puderam vir (tudo no dia); a "guerra" com a florista que não se conformava por eu querer um ramo tão simples; a menina das alianças, chegada na noite anterior e a quem fui comprar a roupa possível (atendendo à hora); os livros da cerimónia que me esqueci de entregar atempadamente e foram distribuídos a correr, segundos antes de eu entrar na capela (tendo o querido Frei Silvino ficado sem um); o coro celestial de Amigos; a surpresa que foi ter o violinista à saída (o mesmo que iria estar na quinta e se esqueceu); as lembranças das crianças e livro de dedicatórias esquecidos aos meus pés, debaixo da mesa; o meu avô e a avó do Nelson, verdadeiros (e inesperados) anfitriões que abrilhantaram a festa; a família e amigos reunidos; as nuvens em que pairei e não me deixaram ver arranjos de flores e outros detalhes.
Recordo de sorriso nos lábios um dia muito feliz.










Se algum dia quiserem saber de mim!

Se algum dia quiserem saber de mim, procurem-me nestes (e noutros) bloquinhos.
Pensamentos com mais ou menos nexo, receitas de culinária, listas de convidados. De tudo um pouco de mim nestes retratos escritos do dia a dia.

sábado, 11 de julho de 2020

Venha o diabo e escolha!

Estávamos a ouvir rádio quando começaram as notícias. Covid, número de novos casos, número de mortes, desgraça atrás de desgraça.
De repente, a patroa mais nova soltou o desabafo - estou farta do Covid! Já nem falam dos incêndios ou das crianças desaparecidas!
Fiquei a pensar na ansiedade que tudo isto gera (principalmente) nas crianças. Na vida que parece não existir para além do Covid. Na vontade de acordar e perceber que foi só um sonho dos maus.
Quanto às notícias alternativas, venho o diabo e escolha mas a verdade que há mais para viver lá fora e estou desejosa que as minhas filhas possam fazê-lo sem medo!

2 filhas, 10 estojos!

Tenho duas filhas e dez estojos em casa! Assim, contas feitas por alto. 10 estojos repletos de material duplicado, triplicado, quadruplicado. Há algo de profundamente errado nisto. Sinto.

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Começar o banho pelos pés - é hora

Esta semana alguém me chamou a atenção para um facto tão óbvio que nunca o tinha notado.
Começamos sempre a tomar banho pela cabeça.
Fiquei a matutar nisso.
Começar a tomar banho pelos pés - é hora de fazer por isso.

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Passaram

E hoje foi dia de boas notícias para as patroas. O friozinho na barriga foi substituído pelo brilho nos olhos quando receberam a notícia da passagem de ano.
E de repente tenho uma no quarto e outra no sexto ano.
Mesmo sabendo que seria este o desfecho foi particularmente reconfortante ver o alívio das minhas crias depois de um terceiro período tão duro.
Filhas felizes, mãe feliz. 

domingo, 28 de junho de 2020

Caminho




Caminho
Para onde não sei
Caminho porque sei 
Que não sabendo o caminho
Sei-o sempre em frente.

Preciso da vossa ajuda e sensibilidade

Como já contei aqui, fui ao estádio Mário Duarte buscar a relíquia que podem ver na foto e que em tempos foi amarela.
Mesmo sabendo que irei ser gozada o resto da minha pela maioria, e correndo o risco de ver as malas na porta, estou decidida a recuperar a cadeirinha.
Preciso pois da vossa ajuda e sensibilidade. Há ideias por aí?

sábado, 27 de junho de 2020

É o terror

Entro num espaço fechado e deixo de ver por causa das lentes dos óculos  embaciadas.
Tiro os óculos e ainda vejo menos. Por alguma coisa preciso deles.
Entretanto quase sufoco, que nunca me dei bem com coisas que se me tapem o nariz e a boca.
É o terror.

sexta-feira, 26 de junho de 2020

O ano lectivo acabou. Demos graças

Já saí da escola há umas décadas mas celebro o dia de hoje como nunca o fiz durante o meu percurso escolar.
Este terceiro período foi alucinante. Uma verdadeira prova de fogo que espero não se repita.
A única certeza que tenho é que todos saímos dele um bocado mais tolo.
Quanto às aprendizagens (e falo nas pessoais) o tempo o dirá.
Concordando, ou não, com o que foi feito tenho de deixar um enorme agradecimento aos professores que (tal como as famílias) foram carne para canhão nesta provação que é viver em plena pandemia.

domingo, 21 de junho de 2020

Na hora do adeus ao estádio Mário Duarte

Durante anos não falhei um jogo do Beira Mar no estádio Mário Duarte e acompanhei a equipa em muitos dos jogos na zona norte. Vila da Feira (sou desse tempo), Vila das Aves, Santo Tirso, Moreira de Cónegos, Porto (Boavista, Salgueiros), Póvoa do Varzim, Paços de Ferreira (...).
Tantas e tantas tardes de domingo, passadas com o meu pai. A rezar para que não desistisse de sair de casa nos dias de chuva intensa em que, sabíamos, o relvado ia estar um autêntico lamaçal ou que não decidisse regressar por achar o preço dos bilhetes muito caro.
Tantas e tantas memórias. Do caderninho em que apontava os resultados dos vários jogos da jornada. Da vitória que era não descer de divisão. Da tristeza pela injustiça de algumas derrotas (como se alguma fosse justa para que perde). Do carrinho dos gelados. Dos cachorros quentes vendidos por jovens empreendedores. Da alegria de era (simplesmente) poder ir.
Com o tempo (e as decisões de alguns que a todos acabam por tocar) fui vendo o clube ir ao fundo. Ficar sem a casa de sempre. Mas também vi a força dos adeptos que (com tenacidade) voltaram a dar alguma cor ao velhinho estádio Mário Duarte, mesmo sabendo que o seu fim estava (há muito) anunciado. É assim a dedicação, movida pela eterna esperança de que o tal final seja (afinal) feliz.
Até que chegou a hora do adeus. A Direcção convidou os adeptos a fazer uma última visita e a levar uma recordação. 
E lá fui eu de máscara (como os tempos impõem) e lagriminha no olho à conta das 1001 memórias, dos Amigos lembrados, de tantas vidas lá vividas.
Fui e trouxe uma cadeira desbotada, em tempos amarela. Se precisava de uma cadeira para me lembrar do estádio Mário Duarte? Não, não precisava. O que lá vivi nunca me será tirado. 
Afinal tudo tem um fim. Novos dias virão e, naquele espaço, muitos ganharão nova vida já que servirá para ampliar o hospital. Parece-me um excelente destino para o Mário Duarte.
Ei avante rapaziada, ei avante sem parar. Ei avante, ei avante. Beira Mar, Beira Mar, Beira Mar!







quarta-feira, 17 de junho de 2020

A honra de ser nomeado fiel depositário de um diário

- Mãe, não sei onde guardar a chave do meu diário!
- Primeiro tens de arranjar uma caixinha e depois pensar num sítio para a colocar.
- Pai, fica aqui a guardar o meu diário!
E assim o pai foi nomeado fiel depositário do diário, sem ter noção da honra que é ser merecedor de tamanho voto de confiança.

domingo, 14 de junho de 2020

70 Primaveras


O melhor sogro do mundo fez ontem 70 anos e sabíamos que a melhor prenda que lhe podíamos dar seria estar com os seus tesouros que não via há tempo demais. Assim resolvemos rumar até Ponte de Lima e recriar (naquilo que é possível) o mesmo dia de há 10 anos. Ementa incluída. Foi tão bom ver a sua cara de felicidade.






quinta-feira, 11 de junho de 2020

Agora percebi a origem do racismo

Foi preciso começar a ver notícias sobre malta a vandalizar estátuas do Cristovao Colombo e canais de TV a retirar da sua programação filmes como “E tudo o vento levou” para perceber a origem do racismo.
O problema é que somos todos uma cambada de acéfalos a quem insistem em ensinar história mas que depois não consegue perceber que entretanto chegámos ao séc. XXI.
É por isso que há pais que (neste tal séc. XXI) recusam deixar os filhos numa festa infantil por o animador ser negro (toda a gente sabe que os loiros de olhos azuis são muito mais confiáveis.
Vamos (pois) arrancar as páginas dos livros de história e todo e qualquer tipo de referência ao passado.
É assim que se ultrapassa o racismo. Vão-se mas é encher de pulgas com estas manifestações grunhas e inconsequentes.

sábado, 6 de junho de 2020

Objectividade subjectiva

Quem me acompanha pelas redes sociais já viu estas fotos. Objectivamente, trata-se do tronco de um manequim amarrado a um poste. Como adereços, um soutien branco e (entretanto) uma máscara cirúrgica.
Subjectivamente, este manequim já deu origem a 1001 teorias. Há quem o ache aterrador, há quem o ache uma forma de expressão artística. Outros interpretam-no como forma de protesto ou denúncia. E até existe quem o leve para os lados da feitiçaria.
Eu cá estou cada vez mais curiosa em relação ao significado que o autor lhe atribuiu, certa de que se este manequim estivesse no Museu de Serralves seria considerado uma obra de arte contemporânea.
Engraçado como algo tão objectivo quanto um manequim amarrado a um poste desperta tanta subjectividade não é?



O karma é tramado

-Mãe, cala-te! Não cantes, que vergonha!
Filho és pai serás.

terça-feira, 2 de junho de 2020

Acordem-me quando o SCP for campeão

Podia ter recorrido a qualquer outro evento incerto ou pouco provável, mas caí na tentação da piada fácil.
Acordem-me quando o SCP for campeão, por favor. Preciso de hibernar.

terça-feira, 26 de maio de 2020

O poder terapêutico dos afagos

Há donas que vão para o spa relaxar. Há outras que preferem afagar o pelo dos seus bichanos (que não se importam nada de ser usados de forma terapêutica, diga-se)




domingo, 24 de maio de 2020

Seria hoje a primeira comunhão da Tita

Seria hoje a primeira comunhão da Tita, não fosse a bicheza que veio alterar as nossas vidas e hábitos.
A sensação é estranha hoje, maior do que nos outros dias, mas só reforça a minha certeza de que não controlamos a vida. Temos de a viver da forma como se apresenta e ponto final.
Entristece-me que o medo de algo que não sabemos se acontecerá nos impeça de caminhar ao encontro dos nossos.
Todos vamos morrer um dia. É a única certeza que podemos ter. Até esse dia, que pode ser hoje ou daqui a um século, não podemos colocar a vida em pausa.
Desculpem o desabafo. Há os cuidados básicos que devemos ter e há todas as variantes incontroláveis. Não nos deixemos morrer de medo.

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Lentamente tudo volta ao novo normal

E lentamente tudo volta ao novo normal. E o novo normal inclui o sorriso mais bonito e pacificador que algum dia conheci.. É tempo de esperança. Tempo de reencontros.  Por agora ainda através de foto, um dia (cada vez mais próximo) face a face. Pele na pele.



sábado, 16 de maio de 2020

O drama de sair de casa

Andam os adultos todos preocupados com as saídas à rua e os riscos de contágio com o covid 19 e ninguém se lembra do verdadeiro drama que é para uma pré-adolescente ter de usar máscara. Segundo a pré-adolescente cá de casa não está para “fazer figuras ridículas”.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Dia Internacional da Família

Hoje comemora-se o Dia Internacional da Família.
Não me vou alongar em lamechices porque sabem bem como amo a minha.
Não existem pessoas, muito menos famílias, perfeitas. Há sempre algo que gostaríamos de poder mudar em nós e nos outros. Faz parte da natural inquietação da natureza humana.
Importante é que não deixemos de valorizar a família (seja ela de sangue ou de coração) como base do nosso ser; que não deixemos de exteriorizar os sentimentos bons (como tão bem fazemos com os maus). É disso que precisa a humanidade. De ser família.

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Memória olfactiva

Não sei se será a memória olfactiva dos tempos do Hospital de Dia, mas o cheiro o álcool gel deixa-me agoniada.
Tem sido complicado aguentar o aroma que paira por todo o lado, inclusive nas minhas mãos.
Não morro da doença mas ainda me passo pela cura.

Foi numa manhã de Maio


 Foi numa manhã de Maio.
Assim mesmo, no meio da primavera
Que me rasgaste o ser
Para, qual manhã soalheira, nascer
De tua graça Maria
Como a padroeira que, também numa manhã, se revelou.
Num dia treze, 133.ª manhã do ano
Fizeste-te presente, devolvendo em dobro a vida que te dei
Enquanto a minha ameaçava fugir, consumida pela doença
Que venci, só para te ter em cada manhã
E se hoje vivo a ti o devo
E à vida que arrancaste de mim naquela manhã, há 11 anos
Parabéns meu Amor

terça-feira, 12 de maio de 2020

domingo, 10 de maio de 2020

O mellhor dia que podia ter tido







Obrigada a todos os que me encheram de mimos neste dia do qual gosto tanto. Foi um dia repleto de emoções, partilhadas com os que sempre estão comigo na vida. Presencialmente ou fisicamente distantes, nunca me deixam sós.
Neste ano particularmente estranho, recebi o que de melhor há na vida e confirmei a teoria sempre defendida. O melhor da vida é sempre intangível.
Obrigada a todos por terem tornado este meu dia tão especial. Não foi o dia perfeito mas foi o melhor dia que podia ter tido.

43 anos - é bom chegar aqui

43 anos - é bom chegar aqui e continuar a ter os pais a mandar comer fruta depois das refeições. É bom continuar a ter capacidade de me desapontar e acreditar que o mundo está cheio de coisas e pessoas boas.
Acima de tudo, é bom chegar aqui rodeada de uma família e amigos amorosos que caminham sempre a par comigo.
Venham mais 43 anos, pelo menos.

quinta-feira, 7 de maio de 2020

As minhas desculpas

Peço, antecipadamente, desculpa a todos os conhecidos que possa não cumprimentar nos próximos dias.
Isto de usar máscara e óculos é coisa que (além de me bulir com os nervos) me confunde os sentidos todos.

domingo, 3 de maio de 2020

Amor de mãe

Desde que me conheço por gente tive sempre o forte desejo de ser mãe.
Sem medo de falhar ou dúvidas sobre se teria essa vocação. Queria ser mãe e ponto final.
Gostava de o ser no mês de Maio e o desejo concretizou-se. Fará este Maio 11 anos que fui mãe pela primeira vez.
Ser mãe é tudo aquilo que imaginei. Só nunca tinha pensado que o Amor não é matemática, não evita evita incertezas quanto ao caminho a seguir, não resolve (por si só) todos os dilemas.
Faria tudo de novo outra vez. Tornaria a dar a minha vida sem hesitações, só que agora com muito menos segurança quanto a ser a melhor do mundo.



sábado, 2 de maio de 2020

Nada te turbe

Há cerca de 10 anos, o meu grupo de Amigos do Adoramus Te organizou uma oração de louvor pela minha recuperação.
Foi um momento único onde reuni muitos Amigos e conhecidos, crentes e não crentes.
Como mote escolhi a música inspirada no poema de Santa Teresa de Ávila "Nada te turbe", que sempre me inspirou grande serenidade.
Hoje cruzei-me novamente com esta música especial, cantada em circunstâncias também elas especiais.

Espero que gostem tanto como eu.

Lugar dos afectos

Numa das minhas idas ao baú, descobri fotos de uma visita que fizemos ao lugar dos afectos e escolhi esta para partilhar, por motivos óbvios.
Numa altura em que estamos todos como os tolos no meio da ponte mas igualmente sedentos de afectos, deixo a sugestão de visita a este lugar tão especial que fica em Eixo, uma das freguesias de Aveiro.

quinta-feira, 30 de abril de 2020

Efeitos do confinamento alheio

Quando chego a casa do trabalho, parece que vejo criaturas não identificadas a passar por mim, velozmente, em cima de patins e hoverboard.
São alucinações, certamente. Gostaria de ver a comunidade científica a debruçar-se sobre a questão.

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Não se deixem enganar

Na semana passada comecei a receber sucessivas SMS de uma entidade a solicitar um pagamento, sob pena de comunicação ao Banco de Portugal.
A cada SMS seguia-se um telefonema sui generis. Atendia e ouvia uma gravação telefónica que pedia para aguardar. Entretanto a chamada caía.
Sendo uma suposta entidade de crédito, comecei por procurar informação no site do Banco de Portugal.
Confirmei que a entidade existe, é francesa e tem sucursal em Portugal mas encontrar um email de contacto foi tarefa difícil.
Entretanto lá descobri um e (sem certezas) tentei a sorte e enviei reclamação, com conhecimento ao Banco de Portugal e Comissão Nacional de Protecção de Dados.
A CNPD foi super rápida a responder e facultou-me o email do Encarregado de Protecção de Dados da dita entidade.
 No meio de todas estas diligências, que me consumiram tempo e paciência, recebi uma resposta inacreditável da empresa em questão. Secamente, e sem sequer esboçar um pedido de desculpas, informaram-me que devia ter sido um erro de digitação do número de telemóvel na ficha de um cliente. Resumindo, tive azar. Alguém se enganou (alegadamente) e o meu número de telemóvel acabou por ficar associado a um cliente devedor. A empresa, que tem uma forma de comunicar que indicia tudo menos boa fé, achou super normal a confusão e (quase aposto) ainda alguém me deve ter roído na pele é chamado chata.
Eu cá, espero que o Banco de Portugal esteja atento e supervisione bem este tipo de empresas. Tenho a certeza que muita gente, com receio das ameaças em letras maiúsculas, acabaria por fazer a transferência.
Por isso não se deixem enganar. Havendo dúvidas relativamente a determinada entidade, procurem informação junto de quem a tutela e não deixem de reportar este tipo de situação. Se não tivesse falado no Banco de Portugal e na CNPD ainda a esta hora estaria a receber contactos arreliadores.

terça-feira, 28 de abril de 2020

Corsários, nova tendência para o pós confinamento

A avaliar pelo ritmo a que as patroas crescem, e extrapolando para o resto da criançada, estou certa que os corsários serão a nova tendência para o pós confinamento.

É ver as calças ficar-lhes todas um palmo acima do tornozelo!

domingo, 26 de abril de 2020

Aí não dá só para a novela?!!!

- Os meninos que queiram ver outra vez a aula e tenham box podem puxar atrás e procurar.
-Aí sim?!!! Não dá só para as novelas?!!!

Se

- Mãe, se não fosse o COVID hoje acabava a Feira de Março! Agora é só “se”.
É assim anda a cabeça não só da minha patroinha mas do mundo.

sexta-feira, 24 de abril de 2020

Planos para o futuro?

Por estes dias, os cochichos ecoam cá em casa, tamanha é a cumplicidade entre as patroas.
Ontem, ao chegar a casa, consegui ouvir os planos que têm para o futuro - meter-nos num lar e ir estudar para fora para não terem de nos visitar.
E é isto!

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Conversas de gajas em tempos de pandemia

- É uma chatice isto de não podermos ir pintar o cabo! Os homens até ficam charmosos com o cabelo branco, mas nós....

Ouvido este desabafo continuei o meu caminho, aliviada por não sentir na pele o drama existencial daquela senhora.

Andar sempre desgrenhada e assumir a madeixa branca, ainda discreta é certo, afinal tem algumas vantagens. Agora ninguém nota a diferença.

terça-feira, 21 de abril de 2020

Porque as boas notícias são para partilhar

No post anterior falei em macaquinhos do sótão das patroas mas, a verdade, é também vou tendo os meus lá bem no fundinho do subconsciente.

Assim, depois ouvirmuitos comentários sobre se eu seria considerada mais vulnerável a este bicho que se anda a passear pelo mundo e de uma resposta inconclusiva de um médico, arranjei coragem e fui directamente a deus (leia-se a minha onco-hematologista).

A reposta foi a melhor possível, dado o tempo decorrido desde os tratamentos (e apesar de me manter sob vigilância) não me considera uma doente oncológica e, como tal, estou fora do grupo de risco.

Palmilhas ....

Telescola aos olhos de uma pequena hipocondríaca

- O que achaste das aulas?
- Gostei. Preferia ir à escola mas não quero morrer com o vírus!

Resumindo, do mal o menos. A patroa pequena não desgostou da telescola.

Entretanto, vou aproveitando estas conversas para tentar que as patroas exteriorizem os medos (não há nada pior que macaquinhos escondidos no sótão) e desmontar alguns.

Tenho constatado que há muitos receios que lhes povoam a cabeça, por tudo aquilo que vão vendo e ouvindo (por mais que evitemos ouvir notícias na sua presença há sempre algo que lhes chega) e mais que nunca é importante conversar com estas pequenas criaturas.

Se para nós, adultos, é difícil, imaginemos para as crianças.

É por aí, como tem sido a experiência?

sábado, 18 de abril de 2020

Liberdade?!!! Que Liberdade?!!!

Quem me conhece bem sabe que há poucas coisas que me irritem ao ponto de as verbalizar. Normalmente os nervos arrumam-se-me para o estômago, mas esta história das celebrações do 25 de Abril e do dia do Trabalhador estão a dar cabo de mim.
A ver se percebi bem - o estado de emergência foi ontem renovado até 2 de Maio; há uma semana celebrou-se a Páscoa e as famílias não tiveram liberdade para a celebrar juntas nem os cristãos de participar nos momentos de culto; há milhares de pessoas sem a liberdade de se despedir dos seus entes queridos acompanhando-os até à sua última morada; há milhares de pessoas sem liberdade para trabalhar pois foi proibido o exercício das suas actividades profissionais.
E tantos outros exemplos podia dar.
Mas há os iluminados que acham que a liberdade só será realidade se for celebrada institucionalmente, com discursos ocos, enfadonhos e mais que estafados, exibindo ao povo cravos vermelhos.
Era bom que fosse assim tão simples.
Só é pena que não tenham a mínima noção que a nossa liberdade começa onde acaba a do outro e de que as comemorações em tempo de estado de emergência serão só um péssimo exemplo que passará a imagem de que, afinal, os avisos que a polícia faz quando anda de megafone na rua são mero teatro.
Fiquem em casa, pá. Olhem pela janela. A liberdade está também nas flores silvestres que, com grande probabilidade, conseguirão ver.
É primavera e para o ano repete-se o calendário.

Graças à telescola! - rectificação

Graças à telescola fiquei sem televisão na cozinha! Agora digam-me se não é de cortar os pulsos!
Como a horas na cozinha assim, considerando que a máquina da louça me fez um manguito e passo horas da minha vida naquela divisão da casa qual Gata Borralheira?

PS: após a publicação deste post apercebi-me da terrível injustiça que cometi com o querido Boris que me quis compensar pela falta de TV na cozinha, disponibilizando-se para a substituir.



As mãos da minha avó

As mãos da minha avó são as mais macias que alguma vez conheci, tão belas como o seu enorme coração.
É encantador o sorriso vaidoso que solta cada vez que a visito e elogio a maciez da sua pele.
E que saudades tenho de a visitar, meu Deus. Que saudades de segurar nas suas mãos e dizer-lhe que é uma rainha.
Que angústia não saber quando poderei voltar a abraçá-la e sentir a sua pele.


sexta-feira, 17 de abril de 2020

Os meus dias são todos teus mas este é especial

Posso dar voltas e voltas à cabeça que não me lembro de um único momento da minha vida em que não tenhas estado presente.
Com esse jeitinho rezingão, de quem vive permanentemente preocupado com a família e dá a pele para que esteja sempre feliz e unida, deste-me muito mais que a vida. Dás a tua por mim, a cada segundo e dás-me a certeza que pode o mundo estar de pernas para o ar mas terei sempre o mais seguro porto de abrigo no teu colo.
Parabéns pai. Que tenhas um dia muito feliz e esta data se repita por outras tantas décadas e pico.









quinta-feira, 16 de abril de 2020

Jesus ainda está vivo?

-Mãe e agora, Jesus ainda está vivo ou já morreu outra vez?
A patroa mais nova parte-me toda com as suas dúvidas existenciais.

Como é que uma pessoa não se há-de enervar?!

Está a moura a trabalhar e recebe fotos deste animal (é que é mesmo um animal) que passa o dia na sorna só acordando quando a (mesma) moura chega a casa, momento em que desata a miar para que lhe seja servido o jantar.
Como é que uma pessoa não se há-de  enervar?!
Caso para dizer que há gatos com pulgas e gatos sem pulgas!



Este é para quem gosta de hamburguer´s e culpa sempre a vontade

Antes de mais devo dizer que ninguém me encomendou o sermão, juro.

Há poucos meses uma jovem (empreendedora e altruísta) que me dá a honra de ser minha amiga, resolveu por-se ao caminho e reabrir a Culpa da Vontade, uma hamburgueria 5 *.

Com esta decisão criou o seu emprego e deu emprego a outros. Ajudou outros negócios na freguesia (lembro-me do talho, por exemplo) e alegrou muitas almas (toda a gente sabe que um bom hamburguer é algo faz ressuscitar mortos).

Passados poucos meses, o negócio (recém nascido) apanhou com este tsunami que nos está a abalar.

Em vez de se deixar abater, aquela jovem empreendedora e altruísta reinventou o modelo de negócio e voltou (agora) com serviço de take away e entregas ao domicílio.

Fiz questão de dizer "presente" no primeiro dia e posso assegurar que a qualidade é a mesma de sempre e as medidas de higiene das melhores e mais rigorosas que tenho visto por aí.

Por isso malta que gosta de hamburguer´s é correr e fazer a encomenda. Não se arrependerão.

NOTA: Menu e contacto nas fotos abaixo.

PS: A Culpa é da Vontade e a Quaresma já terminou.











Volte sempre senhor carteiro

  Volte sempre senhor carteiro. Volte sempre.