quarta-feira, 29 de abril de 2020

Não se deixem enganar

Na semana passada comecei a receber sucessivas SMS de uma entidade a solicitar um pagamento, sob pena de comunicação ao Banco de Portugal.
A cada SMS seguia-se um telefonema sui generis. Atendia e ouvia uma gravação telefónica que pedia para aguardar. Entretanto a chamada caía.
Sendo uma suposta entidade de crédito, comecei por procurar informação no site do Banco de Portugal.
Confirmei que a entidade existe, é francesa e tem sucursal em Portugal mas encontrar um email de contacto foi tarefa difícil.
Entretanto lá descobri um e (sem certezas) tentei a sorte e enviei reclamação, com conhecimento ao Banco de Portugal e Comissão Nacional de Protecção de Dados.
A CNPD foi super rápida a responder e facultou-me o email do Encarregado de Protecção de Dados da dita entidade.
 No meio de todas estas diligências, que me consumiram tempo e paciência, recebi uma resposta inacreditável da empresa em questão. Secamente, e sem sequer esboçar um pedido de desculpas, informaram-me que devia ter sido um erro de digitação do número de telemóvel na ficha de um cliente. Resumindo, tive azar. Alguém se enganou (alegadamente) e o meu número de telemóvel acabou por ficar associado a um cliente devedor. A empresa, que tem uma forma de comunicar que indicia tudo menos boa fé, achou super normal a confusão e (quase aposto) ainda alguém me deve ter roído na pele é chamado chata.
Eu cá, espero que o Banco de Portugal esteja atento e supervisione bem este tipo de empresas. Tenho a certeza que muita gente, com receio das ameaças em letras maiúsculas, acabaria por fazer a transferência.
Por isso não se deixem enganar. Havendo dúvidas relativamente a determinada entidade, procurem informação junto de quem a tutela e não deixem de reportar este tipo de situação. Se não tivesse falado no Banco de Portugal e na CNPD ainda a esta hora estaria a receber contactos arreliadores.

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