segunda-feira, 30 de março de 2020

Chegaste silencioso


Chegaste silencioso
Trouxeram-te as brumas que levaram Sebastião
E nos hão-de levar à vitória
Hino feito história de mil mares navegados
E outros tantos medos vencidos

Julguei-te maior que Deus
Na cegueira de quem deseja ser amada
Acreditei-te eterno

Chegaste silencioso
E silenciosamente te esfumaste
Entre os dedos das minhas mãos
Que nunca te tocaram
Pois se nem os olhos te viram
Sonhei-te
E no silêncio me encontrei
Contigo que de seres sonho és tão real

Qualquer coisa Rodrigues

O texto era sobre o reconhecimento do fado como património imaterial da humanidade e a primeira pergunta que fiz foi a mais elementar.

-Sabes o que é fado não sabes?
-Sei! É aquela música que canta a Mariza, a Raquel Tavares ... e a qualquer coisa Rodrigues.

Um poço de cultura a patroa mais nova.

sábado, 28 de março de 2020

Lembrança boa


Ver fotografias de família dá-me um enorme prazer. Sou capaz de as ver 1001 vezes seguidas que nunca me canso.

As lembranças estão na cabeça e no coração, mas as imagens ajudam a revivê-las com mais intensidade.

E nestes dias, mais do que nunca, preciso de me focar em coisas boas.

Comecei a ir a Fátima com a minha avó e, com o tempo, comecei a ser eu a levá-la. Esta foto foi tirada na última vez que lá fomos.

Apesar do medo (porque o Alzheimer já se tinha instalado nela) com a preciosa ajuda dos meus Amigos do Adoramus Te, passámos um fim de semana memorável.

Grata, muito grata é como me sinto por ter podido viver mais este momento com uma das pessoas mais importantes da minha vida.

É a estes momentos que me agarro, agora que não posso ir visitar a minha avó o que é das coisas que mais me angustia nesta altura.

Nunca na vida imaginei ser possível estar tanto tempo sem a ver pessoalmente e poder enchê-la de beijos.

Saudades tuas minha querida avó.



Amor

O Amor revela-se quando o nosso marido nos chama para vermos um videoclipe dos Bon Jovi.
It’s my life (o meu marido, naturalmente).

quarta-feira, 25 de março de 2020

Por cá estamos assim


Sejamos papoilas


Não diria sobre as papoilas mais que frases feitas, que a sua  (aparente) fragilidade a isso me convida. Fico-me pelo encantamento que sinto ao vê-las despontar nos solos mais bravios mostrando (com as suas finas pétalas, cor de sangue vivo) que a força se encontra sempre quando e onde menos se espera.
Sejamos papoilas.

Desta vez sim, estou livre do IPO

 Depois da onco-hematologista me ter dado alta do IPO, foi a vez da nefrologista o fazer (ainda que com indicação de ser seguida em consulta...