Na impossibilidade de irmos viver, como gostaríamos, no Museu da Vista Alegre, resolvemos casar na sua capela.
Quando o sr. padre me perguntou o motivo de casarmos numa paróquia à qual não tínhamos qualquer ligação, fui sincera.
Disse que gostávamos do local e da história da empresa. Podia ter inventado uma especial devoção pela Nossa Senhora da Penha de França, mas acho indecente mentir a padres. Apesar de tudo, tenho fé e mentir (especialmente por um motivo tão fútil) seria, no mínimo, estúpido.
Quase 5 anos após o dia D, continuo a manter a esperança de vir a ter uma grande colecção de chávenas de café antigas da Vista Alegre. Por enquanto, vou vivendo com este exemplar que tem resistido estoicamente às investidas da Benedita que adora ir, à socapa, abrir a vitrine, agarrar numa das chávenas de porcelana e fingir que bebe o chá das 5 (uma finesse a minha mais nova).
Mas um dia chego lá, nem que seja nas bodas de ouro.
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