Nos últimos tempos, D.ª Maria Leonor faz um berreiro cada vez que a deixo na escolinha.
Entra no edifício sem problemas, deixa a irmã, sobe as escadas e pendura o casaco no cabide e até veste o bibe.
O problema começa no nomento em que viro as costas. Aí parece que a matança do porco, tais são os guinchos.
Invariavelmente, tento acálma-la e dou-lhe os vinte beijos que me pede. De nada serve e chega sempre o momento em que tenho de me afastar, deixando-a quase a espumar.
Quando vê que não vou voltar atrás, os guinchos sobem de tom e começa a gritar que só quer "dar um beijinho à mãe".
E é este o cenário. Sem tirar nem pôr.
Ainda não percebi bem a razão destes filmes.
1.º porque quem devia chorar era eu, que vou trabalhar enquanto ela fica na boa vida, vai ao teatro (...)
2.º porque NUNCA venho embora sem lhe dar beijos (muitos).
3.º porque mesmo sabendo que a madame fica muito bem entregue, e depressa se esquece da mãe, aquilo não deixa de atormentar o meu pobre coração.
Por isso quando hoje a mãe da MM me disse que se tinha cruzado com a Maria Leonor e que ela estava a chorar porque "queria dar um beijinho à mãe", percebi que tinha de exercer o meu direito de resposta.
Esta cachopa há-de dar comigo em louca.
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Volte sempre senhor carteiro. Volte sempre.
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Leonorices; há que ter paciência.
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