No sábado, a meio de um belo passeio, assisti a uma cena deplorável.
Enquanto passava uma arruada da coligação, um vendedor de livros antigos resolveu comentar da forma mais audível possível que o cancro se tinha enganado na pessoa e em vez de atingir a mulher devia era a atingir o nosso 1.º Primeiro Ministro.
Aquilo revolveu-me as entranhas de tal forma, que fiquei estacada no meio da rua com vontade de descer dos saltos, atirar-me ao pescoço do energúmeno e desancá-lo ali em público.
Até aqui tudo normal, no meio da anormalidade dita pelo homem. O que já não será tão normal é que uma das coisas que me apeteceu foi desejar que lhe aparecesse um cancro na língua.
Acho que este meu impulso, irracional e contido mas que ainda assim aconteceu, foi o que mais me perturbou. Basicamente, estaria a fazer o mesmo que o senhor fez.
Há, de facto, pesoas que despertam o pior de nós. Ou então será só a confirmação do facto de que "violência gera violência".
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