Desde que soube da morte de David Bowie que me questiono onde é que andei estes 38 anos e meio de vida.
As manifestações de pesar e enaltação do génio são tantas e tão intensas que me sinto uma alienada do mundo que me rodeia.
Não que não lamente a sua partida, porque todas as vidas me são caras, mas porque parece que passei ao lado de uma grande obra sem nunca, sequer, suspeitar.
A sonoridade e imagem de David Bowie não me agradavam e, por isso, nunca senti curiosidade em conhecer melhor o seu trabalho.
Para mim a arte é algo que deve dar prazer imediato, o que não acontecia com Bowie. Talvez seja uma visão simplista e até mesmo insensível. Se calhar sou mesmo bruta.
Em todo o caso, tenho a noção clara que a obra que sempre ignorei terá o condão de conferir imortalidade a David Bowie já que, como bem escreve Miguel Guedes nesta crónica lindíssima, "Nunca ninguém morreu assim".
E (esta não poderia deixar escapar), contrariando um dos títulos infelizes que são apanágio de um dos jornais da nossa praça, não. O cancro não levou o génio de Bowie. Levou-lhe tão só o corpo, o que é bem diferente.
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