quarta-feira, 3 de julho de 2013

Democracia pura e dura

Depois de participar numa iniciativa do Dia Mundial da Criança, recebi um e.mail (endereçado também às pequenas Maria  Leonor e Maria Benedita) que convidava para uma reunião e questionava a opinião sobre o destino a dar ao dinheiro angariado.

Respondi ao e.mail, a elogiar a iniciativa e a efectuar algumas sugestões de melhoria na organização.

Quanto ao destino a dar ao dinheiro, propus que fosse entregue às instituições que participaram (entre as quais o infantário das cachopas).

A resposta foi surpreendente e demonstradora daquilo a que se pode chamar "democracia pura e dura".

De acordo com o regulamento da iniciativa que, vergonhosamente, desconhecia, devem ser as crianças a decidir o destino do dinheiro.

Tive de sorrir e responder que, obviamente, questionaria as meninas embora tivesse o pressentimento de que responderiam que o investimento deveria ser efectuado em gomas e chocolates.

Como compromisso é compromisso, já perguntei a opinião da Leonor (que a sua sombra e eco, Benedita, certamente subscreve).

Numa fase inicial, olhou para mim com cara de espanto, como quem diz "a mamã pirou".

 A rapariga é uma ditadora, como se sabe, e não está habituada a estas coisas da democracia; depois, mais calma, respondeu"NÃO quero comprar nada".

Quando lhe expliquei melhor a ideia, disse que se devia comprar um elefante (dos verdadeiros).

Para finalizar a proposta,e  mais sensatamente, propôs a aquisição de um avião do Panda, "daqueles que se dá corda".

Isto sim, é dar voz ao povo.

1 comentário:

  1. No nosso tempo nem nos perguntavam que sapatos queríamos calçar. Como as coisas evoluem em apenas alguns anos :)

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