quarta-feira, 26 de maio de 2021

Venenosa

 - Pai, estás a usar a aliança!

- Claro, eu uso sempre a aliança!

- Deves usar, deves! Mas é só quando fazes videochamadas com a mãe!


segunda-feira, 17 de maio de 2021

Quando é que comecei a olhar para trás?

Comecei a olhar para trás no dia em que saí do carro e fui em direcção a casa deixando a porta escancarada.

Já era tempo de começar a olhar para trás que, no caso, significa algo aparentemente tão simples quanto focar-me no presente. Paradoxal mas nem tanto.

domingo, 16 de maio de 2021

Obrigada vida. Obrigada a todos quantos nela se fazem presentes

Foram inúmeras as manifestações de carinho que recebi por altura do meu aniversário.

Peço desculpa por não agradecer individualmente mas posso garantir que foi com genuína alegria que as senti a todas, vindas dos mais diversos pontos geográficos e sob as mais variadas formas.

Ficou a faltar uma muito importante e que não tornarei a receber mas faz parte desta viagem que é a vida. Terei de me habituar a essa ausência física e à saudade que nunca findará.

Obrigada a todos quantos se fazem presentes na minha vida e me fazem sentir renascer a cada ano.

Um grande abraço a todos com votos de que contem muitos anos plenos de saúde, aceitando sempre de coração aberto tudo o que a vida tem para vos oferecer.




sexta-feira, 14 de maio de 2021

Para o ano fazemos!

 Por motivos que facilmente podem adivinhar, faz-me muita confusão aquela conversa do “este ano não foi possível mas para o ano fazemos!”.

Trata-se do maior erro que podemos cometer, deixar de fazer por falta das condições “ideais”, adiando sem saber como será o segundo seguinte.

O segredo é fazer hoje, onde estamos e com quem estamos, mesmo que chova torrencialmente. Esses momentos ninguém nos tira. 

Façam hoje!

quarta-feira, 12 de maio de 2021

Há 12 anos, mais ou menos por esta hora, a primeira contracção

 Há 12 anos, mais ou menos por esta hora, senti aquilo que mais tarde percebi ser a primeira contracção. 7 horas mais tarde nascia a Leonor. Amanhã celebrarei 12 anos e 9 meses como mãe. 

segunda-feira, 10 de maio de 2021

É genético!

Como é da praxe, mandei mensagem ao meu tio a avisá-lo que fazia anos.

Quando me ligou, disse-me que não era preciso tê-lo avisado pois a minha tia já o tinha feito.

Consta que o diálogo foi hilariante:

- A tua sobrinha faz anos hoje.

- Qual delas?!

- A Susana!

- Mas a Susana faz anos em Maio!

Depois admiram-se das minhas confusões. É genético. 

De morrer a rir, especialmente porque o meu tio faz anos precisamente em Maio!


domingo, 9 de maio de 2021

Alerta o mundo deve estar para acabar

 Acabei de testemunhar que as minhas filhas estão no sofá, em sã convivência a ver um filme.

Se isto não é um sinal do fim do mundo então não sei que será.

Foi só para que não serem apanhados desprevenidos.

Bom domingo.

sábado, 8 de maio de 2021

Apontamentos de um dia feliz

 Declarámos aberta a época dos piqueniques e não podia ter corrido de forma melhor.

Aqui ficam alguns apontamentos de um dia feliz para memória futura.






sexta-feira, 7 de maio de 2021

Uma sábia a avó do Odracir

O meu primo Odracir está sempre a lembrar-me que tenho de cuidar de mim e a dar o exemplo da avó que dizia “primeiro como eu porque se eu cair vocês caem também”.

Assim de repente, soa estranho uma avó dizer aos netos que é sempre ela a primeira a comer mas, pensando bem, tem toda a razão de ser. 

O princípio é o mesmo que nos transmite o pessoal de bordo quando explica as regras de segurança. Os adultos com crianças devem colocar a máscara antes de colocar a da criança porque se fizerem ao contrário correm o risco de ficar sem oxigénio e a criança também, naturalmente. 

Uma sábia a avó do Odracir. Vou lembrar-me do ensinamento.

quinta-feira, 6 de maio de 2021

É o despertar da rádio Renascença

Hoje, ao falar com a patroa mais velha sobre a minha infância e início de juventude, lembrei-me das manhãs em que o meu pai irrompia quarto dentro em direcção à persiana enquanto cantava “É o despertar da rádio Renascença”.

Como detestava ser acordada assim. Como é bom poder ter (agora) esta lembrança. Como será bom que as minhas filhas um dia digam o mesmo. PS já tenho reportório actualizado.

quarta-feira, 5 de maio de 2021

Ainda sobre Odemira e afins

 Posso estar enganada mas imagino que a escravatura existente em Odemira acontece também noutros pontos do país e noutros sectores de actividade para além da agricultura.

Esta passividade (para não chamar indiferença) de entidades oficiais com as mais diversas competências e da própria comunidade é algo que me inquieta muito.

Entre as várias interrogações que me assolam, há uma que tem predominado e que se refere às nossas escolhas e visão económica do mundo.

Com facilidade, enchemos a boca para criticar o facto de as grandes marcas comprarem por tuta e meia aquilo que pagamos a peso de ouro a países como a China, Bangladesh, Índia (....).

A mesma facilidade com que defendemos a compra da produção nacional.

Tudo muito certo no campo das teorias porque descendo à terra percebemos que afinal também compramos frutas e legumes nacionais plantados e colhidos por mão de obra escrava. Provavelmente calçamos belos sapatos de marcas italianas mas produzidos em Portugal por pessoas muito mal pagas.  E podia ir por aí fora nos exemplos.

Qual a diferença, então, entre o que se passa em Portugal e naqueles outros países?    O número e proporção de oportunistas. Pouco mais.

Há algo de muito errado nisto tudo,ainda que continue (como sempre) a acreditar que todos os homens nascem bons e só alguns (uma minoria) são corrompidos pela sociedade.

Assim cada um faça a sua parte.

Fim de pregação.


terça-feira, 4 de maio de 2021

Odemira, a realidade que nos devia envergonhar a todos

De acordo com os dados que estão no site da Câmara Municipal, o concelho de Odemira terá cerca de 26.000 habitantes.

Presumo que nesse número não estejam contabilizados os 10.000 imigrantes que trabalham em estufas vivendo em condições piores do que a maioria dos animas que conheço e de que as notícias tanto falam por estes dias.

Juro que tive de ouvir e ler várias vezes para me certificar que estava a perceber bem o tal número.

Um que fosse seria mau é certo mas ainda percebia que poucos dessem conta. 10.000 em 26.000 já é coisa que me ultrapassa, revolta e envergonha.

Que o COVID sirva para alguma coisa. Quanto mais não seja pelo medo de propagação (já que o sentido humanista parece andar arredado de todos os responsáveis, desde as autoridades a quem arrenda casas).


Volte sempre senhor carteiro

  Volte sempre senhor carteiro. Volte sempre.