sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Impotência

Se o mundo tivesse caído mesmo sobre mim, como me pareceu ter caído hoje, não pesaria tanto de certeza.
Como pesa a impotência de não poder senão amar sem que, com isso, se evitem as quedas.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Acordem-me na Primavera

Dou-me mal com o inverno. Afecta-me a mente e o corpo parece que encolhe.


Acordem-me na Primavera, por favor!

A professora é que sabe

Algum dia teria de ser e foi ontem.


Estava o papá, cheio de boas intenções, a tentar ensiná-la e ouviu em troca "não e assim! A professora é que sabe!


Já à tarde o avô se tinha queixado que tinha tentado ajudá-la a juntar as letras, mas tinha ouvido que agora não era assim que se ensinava e tinha medo de a confundir.


Tem muito que se lhe diga esta história da escola primária. Acho que vou inscrever-me em explicações.



quarta-feira, 25 de novembro de 2015

A resolução que subscreveria sem hesitar

"Resolvi chegar ao escritório uma hora mais tarde. Assim, estou muito mais descansado e fresco quando lá chego e evito aquela primeira hora descontroladora do dia de trabalho, durante o qual o meu sistema nervoso, ainda lento, e o meu corpo fazem de todas as pequenas tarefas um tormento. Descobri que, se chegar tarde, o trabalho que executo é de muita mais qualidade".


Em "Uma conspiração de estúpidos"

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Os portugueses (aos olhos de uma taxista brasileira)

- Menina, sabe que eu tenho reparado que aqui há mais gente com mau hálito?! Acho que é da carne. Gente, vocês comem muita carne. Lá no Brasil, á carne é quase só para dar gosto ao arroz e feijão. Mas vocês .... Depois, a carne fica apodrecendo no estômago ....Meu namorado (na verdade não é mais, pois saiu de casa faz 40 dias, me dava 250€ para as despesas mas era pouco. Ele comia muita carne. Na verdade eu até economizei depois de ele sair de casa.




PS
Vou acreditar que não me estava a dar nenhum recado subliminar. Eu como muita carne, na verdade. Aiiii.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Tudo dividido com régua e esquadro

  - Mãe, já te zangaste comigo. Agora tens de te zangar com a Tita!



Que grande susto/obrigada Linha de Saúde 24

Ontem de manhã, a Tita resolveu despenhar-se de um banco e bater com a cabeça no chão.

Aparentemente ficou bem, mas passado algum tempo começou a ficar mais paradita e acabou por vomitar.

O meu impulso foi levá-la ao hospital mas o papá manteve o sangue frio e sugeriu que ligássemos primeiro para a Linha Saúde 24.

Assim fiz e fui respondendo às perguntas da enfermeira que fez uma avaliação clínica e nos deu algumas orientações muito importantes, para além de tentar despistar a hipótese de ter havido alguma agressão.

Basicamente, ficámos vigilantes e com indicações de a deixar dormir, se quisesse (sempre sob vigia).

Assim foi. A cachopa acabou por dormir 3 horas seguidas e acordou fresca como uma alface.

Esta noite dormi com ela, por precaução (na verdade, foi também um pretexto para o fazer. Gosto tanto.).

De manhã, recebi uma chamada da Linha de Saúde 24, para saber se a Tita tinha passado bem a noite.

Um excelente trabalho que não posso deixar de realçar, até para lembrar os papás aflitos que antes de voar para o hospital (consoante o caso, naturalmente) têm aqui um importante apoio.

De referir que esta manhã, fui dar com a cachopa em cima de uma cadeira a tentar alcançar não sei o quê, mas quando caiu  estava placidamente à mesa a voluntariar-se para me ajudar a fazer um bolo.

É precisa muita cautela com estes monstrinhos, mas muita sorte também.

Felizmente não passou de um susto valente.

domingo, 22 de novembro de 2015

Sobre a morte (na perspectiva física e espiritual)

Fiquei apaixonada pelo Fernando Santos e pela sua vivência espiritual.


Este é o testemunho que todos os que se questionam sobre a morte deviam ouvir. É qualquer coisa fenomenal. Em especial por volta do minuto 10 e seguintes.


Ouçam mesmo.



Filme para adultos

 Ontem arranjámos babysitter (obrigada Nice) e resolvemos ir ao cinema.


Quando expliquei à Leonor o que iríamos fazer,começou a dizer que queria ir connosco o que me obrigou a explicar que o filme era para adultos. Claro está que me arrependi da expressão assim que a disse pois se a cachopa começar por aí a repeti-la existirão logo umas mentes mais criativas a imaginar outro tipo de filmes.


E lá fomos nós, em cima da hora e ainda sem bilhete, com esperança de ir ao cinema num sábado à noite.


Claro está que havia uma fila gigantesca que nos demoveu da ideia e o filme para adultos (que por acaso era o 007) converteu-se num passeio para ver as iluminações de Natal.


Seja como for, soube bem esta singela escapadinha a 2.



sábado, 21 de novembro de 2015

Fraca

Dores,
Piores que as minhas
São as que em ti sinto
Que me travam a língua
E prendem os braços
Impedindo que tas tire
Ou sequer divida
Fraca que sou
Prefiro as minhas.
Desculpa.

E nós temos flores

Este video já tem uns dias e foi visualizado por milhões de pessoas, mas é tão lindo que serão poucas todas as partilhas. Para pensar

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Predisposição para votar a favor

E eis que o meu dia começa de forma completamente diferente do habitual. Pela 1.ª vez na vida, concordo com as afirmações de Jerónimo de Sousa as quais considero de uma lucidez impressionante.


Diz JS que apesar do acordo (seja lá ele qual for, digo eu), não pode garantir que o PCP aprove o Orçamento de Estado a apresentar pelo PS pois não se podem assinar cheques em branco e estamos a falar de um documento que ainda não foi elaborado.Admite sim "uma predisposição para votar a favor".


Tem toda a razão, na minha perspectiva. Agradeço a frontalidade e a forma como revela as garantias de governabilidade à esquerda, advenientes da tão proclamada maioria no parlamento.



Ser mãe não é um emprego e os advogados ajudam as pessoas

- A mãe do D. não trabalha na escola, porque é mãe dele!
-Oh Tita, ser mãe não é um emprego. Ela é mãe, mas também trabalha na escola esclareceu a Leonor.


Ao ouvir esta conversa deliciosa, não resisti a meter o bedelho.


- Pois Tita, não vês a mãe? Sou tua mãe e trabalho.Sabes o que é que eu faço?


- Não!


-Sou advogada.


-Que é isso?


- Ahhh..... Leonor, sabes explicar?


- Os advogados ajudam as pessoas e têm muitas reuniões.


E cá está, quem sou eu para contrariar a definição imparcial desta criança?

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Ainda na sequência da história com o seguro de saúde

Ainda na sequência da história com o seguro de saúde, e peço desculpa se me estou a tornar chata, mas ando com esta questão atravessada na garganta.


Ora vejamos. Para o Estado, o atestado multiusos emitido na sequência de doença oncológica tem validade de 5 anos, necessitando de ser revalidado após análise clínica.


Para as seguradoras (quero acreditar que não para todas), uma vez paciente oncológico sempre paciente oncológico. Manda o algoritmo


Agora pergunto. Acham normal? Ou seráo facto de ser juiz em causa própria que me está a toldar o raciocínio?

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Seguros/doenças oncológicas - A minha indignação


Sempre disse, relativamente aos seguros, que o melhor é não precisar deles, tais os entraves e fugas ao cumprimento por parte das seguradoras.

Mas a verdade é que nunca tinha tido nenhum problema com eles, até este momento.

A minha entidade empregadora decidiu subscrever um seguro de saúde de grupo.

 Preenchi o boletim de adesão com rigor e verdade, dizendo estar em remissão de um linfoma de Hodgkin desde Dezembro de 2009 e não ter qualquer tipo de incapacidade certificada.

Confesso que não estava à espera do balde de água fria que recebi, ao ler uma cartinha (de poucas linhas) que dizia tão, somente, isto:

“em virtude de estado(s) clínico(s) pré-existente(s) não nos é possível aceitar o seguro em referência, pelo que o mesmo não tem efeito”.



Não conseguiria (por mais que tentasse) expressar o que sinto desde que tive conhecimento desta decisão, desde logo pela carga psicológica que encerra.



A dita seguradora que, por ora, não divulgarei, não se dignou a pedir um relatório médico actualizado limitando-se a catalogar-se como uma "bomba relógio" pouco apetecível em termos comerciais,  segundo aquela que será a sua estratégia comercial.



A agravar a minha mágoa e revolta, veio a explicação de alguém que, a tentar justificar o injustificável, disse que o que aconteceu foi culpa de um algoritmo e resultou somente da introdução (cega) de dados no sistema informático.


No meio dos meus desabafos, por aquilo que acho  ser uma verdadeira discriminação (digam o que disserem há aqui violação do princípio da igualdade) vão-me dizendo para não ligar, "que as seguradoras são assim".


Ao que respondo que, se são, não deviam ser. Digo-o por mim e por todos quantos passam/passaram e passarão por situações semelhantes.


Já é altura de as pessoas deixarem de ser tratadas como números. E se há legislação, já de 2006, que proibe este tipo de práticas, há que fazer cumpri-la.


Estou decidida a denunciar a questão junto das entidades competentes.


Por outro lado, e continuando a falar de estratégias comerciais, começam a surgir os seguros especiais para doentes oncológicos, o que não será por acaso e reflecte o actual estado de arte e a cada vez maior taxa de sobrevida.


Algo me diz que ainda hei-de ser contactada por um comercial da seguradora que agora me está a descartar.


Podem ler a notícia  AQUI.


Peço, a quem tenha histórias semelhantes, que as partilhe (pode ser por mensagem privada) .

La piazza è mia

Todas as praças/ruas têm o seu tolo. Hoje cruzei-me com o da minha. Haja pachorra e estupidez natural

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Hoje vai haver espetáculo

D.ª Maria Leonor regressa hoje à escola, depois de uma semana de baixa.
Só que não é muito aconselhável que ande a correr como uma doida, e a suar, pois ainda tem bastante tosse.
Perante as advertências, reage muito mal. Na sua perspectiva, não vale a pena ir à escola se não puder brincar e, por isso, NÃO VAI!
Já usámos todos os argumentos sensatos que conhecemos, tentando desconstruirateoria, mas começa sempre a espernear.
Estou mesmo a ver que, daqui a pouco, vamos ter espectáculo.

domingo, 15 de novembro de 2015

Hoje foi dia de brincar em família

Temos a casa (mais propriamente o chão) cheia de brinquedos.
 
 A variedade é muita mas, na hora H, as cachopas acabam a brincar com as coisas mais insuspeitas.
 
Garrafinhas de iogurte, caixas de papelão, roupa da mãe, etc,etc,etc. Ou seja, gostam mesmo é de dar asas à imaginação e facilmente esquecem os brinquedos que brincam sózinhos.
 
Nas alturas festivas debato-me sempre com um dilema quanto às prendas a dar-lhes. Para além de achar tudo caríssimo, sei que será mais alguma coisa para ficar espalhada pela casa.
 
Até que, cortesia da Science4you, chegaram cá a casa uns brinquedos educativos/científicos que preencheram o domingo da família (Boris incluído) e nos deixaram completamente rendidos.
 
Desde modelagem, a pinturas de areia, foi uma animação. Claro que meteu muita discussão à mistura, mas se assim não fosse nem se fazia a festa. Acho que as patroas já não vivem sem uma boa bulha.
 
Foi um belo momento de partilha.
 
Acho que este Natal será muito mais fácil escolher os presentes.
 
PS O papá ia delirar com o drone.







 
 
 
 

Uma conspiração de estúpidos

Estar a ler ´"Uma conspiração de estúpidos", neste momento, parece ironia do destino. De facto, não me ocorre frase melhor para descrever o actual momento.


Mas adiante, o que me leva a partilhar esta obra de John Kennedy Toole não é o título mas o que me levou a começar a lê-la.


Tinha o livro cá em casa há muito tempo, vindo nem sei de onde, e há dias fui ler a sinopse e o resumo da vida do escritor.


O que me fascinou e despertou curiosidade foi ter ficado a saber que este livro, que ganhou o prémio Pulitzer de Ficção em 1981, só foi publicado depois da morte do escritor, graças ao inconformismo da mãe que, convencida do seu valor e certamente querendo cumprir um sonho do filho, batalhou, batalhou até conseguir convencer alguém a editá-lo, coisa que  filho não conseguiu.


Este livro, cómico e completamente esquizofrénico, terá sido o segundo e último que John Kennedy Toole e está a prender-me a atenção. Admito que ainda não sei se por gostar ou pelo reconhecimento e admiração pela tenacidade daquela mãe que tudo fez para perpetuar a obra do filho.


A título de curiosidade, o 1.º livro " A Bíblia de Neon" veio a dar o nome a um album dos Arcade Fire.










Curioso como esta história confirma o que penso e escrevi AQUI

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Este dedo parece que adivinha

Quando a vejo ranhosa, tenho a certeza que mais dia menos dia virá a febre e, tempos depois, o antibiótico.


Uma vez mais assim foi. A febre andou a jogar ao gato e ao rato connosco. Uns dias aparecia, outros não como foi o caso no dia em que teve consulta na médica de família.


E a cachopa sempre na iminência de ser mandada para a escola no dia seguinte. Até que a dita começou a ser mais persistente. Tal como o meu dedo me dizia, lá chegou o antibiótico e a recomendação de repouso e recolhimento até 2.ª feira.


Para mim continua a ser um mistério como é que20 Kgs de gente conseguem andar a correr a guerrear  com a irmã, na sala de espera de um consultório médico, quando o termómetro assinala 38,5º.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

S. Martinho rima com carinho


Tenho um carinho particular pelo dia de S. Martinho, desde logo pelo  nascimento da minha irmã mais nova e depois porque me causa uma sensação de aconchego, que atribuo à lenda que lhe deu origem (das mais bonitas que conheço), e apela à partilha, em redor da fogueira ou de uma mesa a comê-las, quentes e boas.

Há uns anos atrás por esta hora estaria, com os amiguinhos do colégio, na Santa Rita a assar castanhas. Hoje cumpri a tradição à hora do almoço. As castanhas assadas no forno não têm o mesmo sabor, mas também já não tenho 8 anos. Tudo tem a sua hora.

Para quem não conhece a lenda, aqui fica a partilha (texto de autor desconhecido).


A Lenda de S. Martinho

Em Portugal, o Outono e a chegada definitiva do tempo frio são comemorados no dia 11 de Novembro, dia de São Martinho. Neste dia, um pouco por todo o país, comem-se sardinhas, assam-se castanhas, bebe-se vinho novo e água-pé e, em alguns pontos do país, ainda há quem reúna familiares e amigos à volta de uma fogueira ao ar livre. Mas poucos são aqueles que sabem qual o real significado do Dia de São Martinho, ou mesmo o que é o água-pé.

São Martinho, também conhecido por S. Martinho de Tours, cidade onde foi bispo, nasceu em Panónia, na Hungria, em 316 ou 317. Filho de um oficial romano, que lhe deu uma educação Cristã, fez estudos humanísticos em Pavia. Aos 15 anos, Martinho foi para Itália e alistou-se no exército Romano tornando-se num corajoso general, rico e poderoso.

O nome de Martinho foi-lhe dado em homenagem a Marte, o Deus da Guerra e o protector dos soldados. Um dia, de regresso a casa, São Martinho cavalgava debaixo de forte tormenta. A chuva e o granizo caíam furiosamente, o vento uivava e o frio parecia esmagar os ossos. Quando atravessava as montanhas dos Alpes, Martinho encontrou um mendigo esfomeado, mal agasalhado e gelado que lhe pedia esmola.

O general ao ver o mendigo comoveu-se e como não tinha esmola para lhe dar, retirou o seu manto vermelho, espesso e quente que o protegia do frio e da chuva dando-lhe um golpe de espada e dividiu em duas estendendo uma das partes ao mendigo e agasalhou-se o melhor que pôde para continuar o seu caminho.

Apesar de mal agasalhado e a chover torrencialmente, Martinho continuou o seu caminho de regresso a casa, cheio de felicidade.

Devido ao gesto de solidariedade, Deus presenteou este gesto fazendo desaparecer a tempestade. Imediatamente o céu ficou azul e surgiu um sol de verão, cheio de luz e calor. O bom tempo continuou durante os três dias, tempo que levou o general a chegar à sua terra Natal, França. E assim todos os anos em Novembro somos presenteados com três magníficos dias de sol para que a memória dos homens não se esqueça do gesto que salvou a vida ao mendigo.

São Martinho abandonou o serviço militar aos 40 anos e ingressou na vida religiosa, tendo ido ao encontro de Santo Hilário, bispo de Poitiers que lhe conferiu ordens sacras e lhe deu a oportunidade de entrar na vida religiosa. A sua intensa actividade pastoral valeu-lhe a alcunha de Apóstolo das Gálias e quando se tornou bispo de Tours, vivia como um monge, fora da cidade, num local modesto que mais tarde foi transformado num mosteiro.

Foi então no dia 11 de Novembro, dia que todos nós festejamos como o dia de S. Martinho, comendo castanhas assadas quentinhas ou cozidas e bebendo um copo de água-pé ou jeropiga, do ano 297 que São Martinho morreu em Candes, França.

São Martinho e o Magusto

São Martinho é considerado como o santo dos bons bebedores. É nesta atura do ano que se faz a prova do vinho novo acompanhado das respectivas castanhas. É por tradição, no dia 11 de Novembro que se prova o vinho novo e que se atestam as pipas. O vinho novo é especial uma vez que deve ser bebido antes do Verão, devido às suas características de fermentação.

Aliado aos festejos do dia de S. Martinho está também o tradicional magusto, tradição ainda mais antiga que a data consagrada a este santo. Os magustos começavam no dia 28 de Outubro, dedicados a S. Simão e duravam até ao S. Martinho. Nesse dia, decorria o magusto familiar em que se reuniam os familiares na casa de um deles, assavam-se as castanhas e na lareira era pendurada uma panela furada. Depois de assadas as castanhas, as famílias jogavam ao “par ou pernão” e diziam os seguintes versos: “Dia de S. Simão, Só não assa castanhas, Quem não é cristão”.

Durante a noite de 11 de Novembro, era formada a “confraria” que, com tachas de palha, acesas, andavam pelas ruas da freguesia a cantar e a tocar harmónio, guitarra, zabumba e ferrinhos, já tocados pela bebida e chamando a atenção das raparigas, passando pelas várias adegas ou tabernas.

Já fui mais sãzinha, já

Percebemos que já fomos mais sãzinhas da cabeça, quando damos por nós a programar ir a determinada frutaria propositadamente, só para comprar os vegetais favoritos de uma porquinha da índia, a saber: pimentos e pepinos.

A coisa não seria tão grave se suportássemos bem o cheiro dos pimentos, o que definitivamente está fora de questão.

Mas ela merece.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Na 1.ª metade da vida

De repente parece que começo a gostar de filosofar, eu que sempre abominei filosofia.


Outras vezes sou assolada por vontades (passageiras, diga-se) de voltar a estudar algo que não sei o quê.


Talvez seja do aproximar dos 40 e as questões existenciais que dizem surgir nessa altura (já vos disse que faço hoje 38 anos e meio eque adoro festejar o dia 10, independentemente do mês?).


Seja como for e estou só (tudo a correr bem) na 1.ª metade da vida.


A avaliar tudo o que já fiz, e vivi, até agora presumo ter tempo espaço para fazer ainda muitas coisas diferentes.

Vacina da meningite

Há uma nova vacina contra a meningite no mercado, que não faz parte do Plano Nacional de Vacinação.

Aproveitando que a Leonor tinha consulta na médica de família, quis saber a opinião dela sobre esta vacina.

De forma resumida, o que disse foi que ela própria está indecisa quanto ao ministrar a vacina ao filho já que a vacina é muito recente e não existirem muitos dados sobre os possíveis efeitos secundários.

Percebo a resposta, atendendo ao "estado da arte" mas, enquanto mãe, será das situações mais desconfortáveis que já vivi (já tinha acontecido o mesmo relativamente à vacina da gripe A e na altura, depois de consultar a pediatra, optámos por não a dar).

A decisão é chata de tomar pois podemos "pecar" qualquer que seja, sendo que existe sempre o cenário (em que quero acreditar) de nunca mais ter de me lembrar que um dia tive de escolher.

Entretanto já sei (por interposta pessoa pois ainda não a questionei) que a pediatra das meninas (cuja opinião será decisiva, dada a confiança que temos) já aconselhou a vacina a alguns meninos.

E vocês, já falaram com os pediatras dos vossos filhos? Qual o feed- back (sendo certo que cada caso é um caso e nunca será prescindível uma consulta individual)?

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Tola sim, tolinha não

Pensava eu que era tolinha ... até ver a notícia sobre 3 mulheres que se pegaram à pancada, na sequência de um desentendimento entre 2 crianças que estariam a disputar um brinquedo na Feira de Brinquedos do Continente.

Afinal sou só tola.

domingo, 8 de novembro de 2015

Deve ser a maneira dela dizer que me ama

Para a Tita, eu faço tudo mal. Desde pentear a lavar os dentes, passando pela simpática tarefa de limpar o rabo.


Hoje perguntei-lhe se queria trocar-me por uma mãe que soubesse fazer tudo aquilo bem.


Perante a pergunta, arregalou os olhos, pensou uns segundos e disse que podia fazer tudo sózinha o que interpretei como um não.


Deve ser a maneira dela dizer que me ama. Ou então tem receio que venha outra pior.

38.6º

Assim que me enfiei na cama dela, para os mimos matinais, senti-a a escaldar.


38.6º marcava o termómetro.


Virei costas para ir buscar o xarope e, qando vi, já se tinha escapulido para ir ver os desenhos animados.


São um fenómeno da natureza estas criancinhas.


Com menos 1 grau de temperatura e já não me mexia.


Agora quer ir andar de bicicleta.


Que saudades tinha das viroses (essa coisa que nunca ninguém viu, mas todos acusam).


Começaram com a Tita, na semana passada, e agora apanham D.ª Maria Leonor na curva.

sábado, 7 de novembro de 2015

Quando a morte é notícia

Ontem ouvi um cronista que, a propósito do falecimento do cineasta José Fonseca e Costa, lamentava as vezes em que a morte é notícia  e que suplantam o reconhecimento do mérito e valor expressado em vida.


De facto, acho que (uns mais dos que outros) padecemos todos de uma grande dificuldade em expressar admiração e elogiar os que nos rodeiam.


Talvez por ter tido uma experiência pessoal muito forte que me fez temer o fim da vida, tornei-me mais expansiva ao nível dos afectos. Quando estava doente, sentia uma vontade, quase irreprimível e por vezes embaraçosa, de dar abraços e beijos a quem se cruzava comigo.


Gosto de mostar os afectos e também lamento todas as vezes em que não conseguimos exteriorizar todos os sentimentos bons que alguém ou algo nos inspiram.


Apesar disso, quando ouvi aquela expressão "quando a morte é notícia", detive-me na ideia de que se isso acontece é porque a obra que nos foi deixada perdurará no tempo e nas memórias, como se o seu autor fosse imortal. Caso contrário, ninguém noticiaria a morte.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Sobre o Amor às letras e à Interpretação


Eis que, passados muitos anos passados sobre a opção que tomei relativamente ao meu futuro profissional, descubro que o culpado de tudo é o art.º 9 do Código Civil que, poeticamente, nos ensina que a letra/palavra é o ponto de partida da interpretação e, simultaneamente, o seu limite.

E que este limite é quase tão abrangente quanto aquilo que quisermos que seja, desde que não nos falte a razoabilidade e consigamos que o nosso pensamento tenha um mínimo de correspondência com aquilo que lemos.

Mais mundanamente, o art.º 9 do Código Civil é também o culpado de eu conseguir ver 1001 significados possíveis numa frase em que só se diz "gosto de pão com queijo" o que nem sempre me facilita a vida, é certo, mas me dá um gozo daqueles.


Artigo 9.º
(Interpretação da lei)

1. A interpretação não deve cingir-se à letra da lei, mas reconstituir a partir dos textos o pensamento legislativo, tendo sobretudo em conta a unidade do sistema jurídico, as circunstâncias em que a lei foi elaborada e as condições específicas do tempo em que é aplicada.
 
2. Não pode, porém, ser considerado pelo intérprete o pensamento legislativo que não tenha na letra da lei um mínimo de correspondência verbal, ainda que imperfeitamente expresso.
 
3. Na fixação do sentido e alcance da lei, o intérprete presumirá que o legislador consagrou as soluções mais acertadas e soube exprimir o seu pensamento em termos adequados.

Cenas matinais

Imaginem 3 alminhas a sair de casa.


A mais velha esbaforida, a toque do relógio.


A do meio em estado de euforia, daqueles originado por uma boa bulha.


A mais pequena lavada em lágrimas, depois de 1001 birras e outras tantas "picadelas" recebidas da do meio (a tal que estava eufórica).


Depois passa a vizinha que, em vez de consolar a pequena, resolve elogiar a "carinha de felicidade" da do meio o que a faz inchar como um perú, enchendo-a de razão para continuar a picar a outra.


Enquanto isso, a pequena continua lavada em lágrimas e a mais velha esbaforida.


Felizmente foi só uma questão de 3 minutos até as entregar ao avô e poder ir trabalhar. Arre.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Precioso

 
Sou só eu que acha que o JJ ficou com ar de vampiro nerd e que esta capa parece encomenda do LFV para o envergonhar?
 
 

Das coisas que me deixam doida (além da contratação colectiva)

... é ainda haver quem queira selecionar a modalidade de contrato de trabalho ( a termo ou sem termo), em função do número de dias a que o colaborador terá direito. Desiludam-se. É igual. Nananana

As paixões antigas são tramadas

Perdi a conta ao número de horas que passei a ouvir Madredeus, creio que durante a secundária e faculdade. Estupidamente, porque um grupo só o é no conjunto (passe a redundância), para mim os Madredeus acabaram com a saída da Teresa Salgueiro. E o mais curioso é que, depois disso, não segui nem o grupo (que continuou e muito bem), nem a carreira a solo da Teresa Salgueiro. Não sei se foi por ter ficado amuada mas não me agradava nenhuma das sonoridades. Enfim. Mas com a divulgação do novo disco, e nova voz dos Madredeus (Beatriz Nunes, acho que a paixão se está a reacender. Pelos vistos estaria só adormecida. Como não consigo entrar video desta fase actual, volto à antiga. As paixões antigas são tramadas. Para vocês - Coisas Pequenas

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Mas o que é que se passa com os homens?

Sou eu que tenho um nariz demasiado sensível ou os homens decidiram começar a tomar banho em perfume?

Tenho sofrido sucessivos, e diários, ataques à minha integridade física, à conta do cheiro que deixam nos corredores e salas de reunião e só ainda não vomitei (em diversas ocasiões) por mero acaso.

Quem avisa o nosso "sexo forte" que um só pump é suficiente (isto quando não é demasiado)?.

Continuo a votar no gel de banho.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

SOS - Receitas precisam-se

Às almas caridosas que por aqui vão passando, lanço um apelo desesperado. Por favor, partilhem receitas rápidas que possam ser feitas no final de um dia de trabalho por uma mulher trabalhadora. As ideias andam fracas; o homem enjoou as massas; as patroas são selectivas ... Helpppppppppppppp me! Pleaseeeeeeeeeeeeeee!

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Adele - Hello

Já ouvi várias vezes a nova música da Adele e continuo sem perceber o motivo da histeria que se criou à volta dela. O que sei é que não queria estar na pele da Adele. Deve ser terrível estar a ser, constantemente, julgada e sujeita a críticas tão violentas pelo simples facto de mostrar um trabalho. Porque é que quem não gosta não se limita, simplesmente, a abster-se de ouvir ao invés de agredir. Mundo de doidos!

Dúvidas difíceis de esclarecer

A 5 meses de chegar aos 5 anos (a cachopa já sonha com o dia), a cabecinha da Tita anda cheia de dúvidas tão difíceis de esclarecer quanto pertinentes. - Mãe, quando estávamos na tua barriga havia lá dentro uma casa de banho? - Mãe, como é que mamávamos quando estávamos dentro da tua barriga? - Mãe, porque é que os adultos têm pais? - Mãe, como é que aqueles (bonecos siameses) fazem xixi? .... Devo dizer que, apesar de me fazerem sorrir, estas questões (das quais seleccionei uma ínfima amostra)me revelam o quão ignorante sou. Há delas que me deixam mesmo sem resposta.

domingo, 1 de novembro de 2015

Ouçam ...

Vou querer sobreviver ao dia de amanhã (e a todos os outros amanhãs) E se há flores por abrir ....

Consentimento informado

Pai - eu vou tentar colar a cabeça à boneca, mas há a possibilidade de estragá-la. Posso tentar, mesmo assim?


Acho que é a isto que se chama consentimento informado.



15 anos depois

15 anos depois, eis que tive alta da consulta de onco-hematologia.  Diz a médica que as maleitas de que me queixo parecem ser coisas de “pes...