sábado, 30 de março de 2013

Aproveitamento de claras



Depois de ontem ter feito uns pasteís de nata que ficaram com um aspecto, chamemos-lhe, diferente, fiquei com uma série de claras no frigorífico.

Para as aproveitar, lembrei-me de arriscar fazer um molotof. Desta vez fui ler umas coisitas, para minimizar o risco de a coisa correr mal pois todos sabemos que op molotof é um doce muito caprichoso.

Aparentemente, correu bem. Pelo menos não abateu, que era o meu temor.

Hoje ao almoço vamos dar cabo dele, em homenagem a quem dele tanto gostava.

Este é para ti, Zézinho.

Ensinamento

Tita, TU tens de "partirar" os TEUS brinquedos".

Percebeste? TENS de "partirar".

sexta-feira, 29 de março de 2013

Anda uma mãe a criar uma filha para isto

Há dias, a Tita parou à minha frente e começou a olhar para mim, séria e fixamente, ao mesmo tempo que mordia o lábio inferior.

Demorei algum tempo até perceber o porquê. A safada estava a imitar-me nos momentos em que tenho de exercer um grande auto-controle para não lhe enfiar, a ela ou à Leonor, umas valentes palmadas no rabo. Sim, também tenho desses momentos.

Esta é agora uma das gracinhas que a menina adora fazer. Gozar com a cara da mãe.

Esta foto foi tirada a meu pedido, pelo que há que descontar o sorriso à verdadeira imitação.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Como emagrecer em 4 dias

A vontade de emagrecer é comum à grande maioria das mulheres, muitas das quais dão a vida por métodos infalíveis, e rápidos, para emagrecer uns quilinhos.

Pois bem, acabo de descobrir um tão simples e eficaz que até a mim, que o comprovei pessoalmente, me custa acreditar e não me sentiria bem sem o partilhar.

Basta conviver com criancinhas virulentas. Dar-lhes muito colinho e beijinhos. Apanhar a gastroenterite delas e a limpeza intestinal fará o resto.

Até as calças, cujo botão andou desaperatdo muiiiiiiiitos meses, dançam no corpo.

A coisa tem um senão (tudo tem), é que dá bastantes dores no corpo e cabeça. Acho que é o chamado preço da elegância.



Perseguição religiosa

Ontem foi dia de ensaio dos cânticos para a Missa de domingo de Páscoa, com o Adoramus TE.

Tenho sido uma ovelha tresmalhada e há muito não aparecia. Tinha muitas saudades daquele ambiente de paz e alegria e fez-me muito bem.

Como acontece sempre, fiquei com algumas músicas no ouvido e esta manhã comecei a cantarolar "Quero te dar a paz, do fundo do meu coração. E dizer com alegria que tu és o meu irmão".

Logo ouvi a Maria Leonor, em resposta, "CALA-TE, cá em casa não cantas essas músicas. Se quiseres, cantas-as na rua".

Bem diz a minha avó que tenho de começar a falar de Jesus às meninas.

Ela já as começou a evangelizar e a Tita já enche de beijos o Jesus que a bisa traz ao pescoço. A mim, atira-me fraldas cheias de xi-xi à cabeça como fez no dia em que esu estava deitada no sofá, tolhida com cólicas. Penso que não é a isto que se chama caridade cristã, mas tenho fé que as sementes fiquem.

Desabafos à parte, deixo o convite a quem quiser ouvir vozes angelicais cheias de alegria. Apareçam na Igreja do Carmo em Aveiro (rua da GNR), do domingo de Páscoa, pelas 18h30m.




quarta-feira, 27 de março de 2013

Como derreter o coração de uma mãe num segundo

Quando entrei na sala, vi o chão pejado de guardanapos destruídos.

Preparava-me para começar a ralhar contra o desperdício, quando a Leonor olha para mim (placidamente), estica a mão onde tinha um guardanapo enrodilhado, e diz  "mãe, olha a prenda que eu fiz para ti".


Knock Out imediato. Quem é que teria coragem para dar um ralhete perante tão lindo gesto?

terça-feira, 26 de março de 2013

Peço desculpa por ter ficado doente

Apesar de ainda estar toda empenada, cheia de dores no corpo, hoje já fui trabalhar.

Às nove e pouco da manhã recebi o 1.º telefonema.

"Mandei-lhe um e.mail ontem, não sei se já viu."

"Ainda não tive oportunidade pois ontem não estive cá".

"Pois, eu sei que esteve doente mas não faz mal".

O senhor, que já sabia o motivo da minha ausência, nem perguntou se eu estava melhor. Limitou-se a tranquilizar-me pelo facto de eu, às nove e pouco de um dia, ainda não ter conseguido ler o e.mail que me tinha enviado, na véspera, ao final da tarde.

Este episódio, que pode parecer insignificante para muitos, deixou-me a pensar pois revela o stress em que vivemos, a ânsia de querer tudo para ontem e o impacto que isso causa na nossa relação com os outros.



segunda-feira, 25 de março de 2013

Afinal não foi dia de IPO

Depois de um dia de domingo a correr para a casa de banho, a noite foi mil vezes pior. Não preguei olho, com tanta corrida e dores no corpo.

De manhã tinha a cabeça tão zonza que decidi trocar a rota e, em vez de ir ao IPO, fui directinha à CLIRIA.

Tal como imaginava, a tensão estava muito baixa e lá estive a receber um saco de soro. Agora estou para aqui a vegetar, para ver se me recomponho.

Tudo aponta para uma virose, transmitida pela fofinha da minha filha mais nova e seus adoráveis amigiuinhos que têm sido corridos a gastroenterites. A ela passou-lhe quase ao lado (felizmente), ao pai, um bocadinho mais forte e a mim acertou-me em cheio. Tem-se safado a Leonor.

domingo, 24 de março de 2013

Amanhã é dia de IPO

Amanhã lá vou até ao IPO para uma consulta de revisão. Desta feita, a de nefrologia; seguir-se-á (na próxima semana) onco-hematologia.


Estou tranquila (a sério que estou), mas não deixa de ser um dia marcante em que passo sempre por mil e um sentimentos contraditórios.

Não é suposto ter notícias para dar amanhã, mas sempre direi alguma coisa sobre a consulta.

Fim das festividades

Como o 2.º aniversário de sua alteza real, Maria Benedita, a calhar numa 2.ª feira, tivemos quase uma semana em festa (não contantando com os meses em que andámos eufóricos a pensar na comemoração).

Ontem encerraram-se as festividades e estou a ver se arranjo coragem para arrumar a casa. A animação foi tanta, por estes lados, que houve uma artista (quase aposto que sei quem foi) que até a ponta das traves que seguram o colchão pintou com marcador.


Para além das arrumações, tenho a delicada tarefa de dirimir um conflito latente entre a duas manas.

No meio do entusiasmo, a Leonor esqueceu-se que a festa (e as prendas) era da irmã. Já andou a tiras as medidas aos vestidos que a Benedita recebeu e que, segundo ela, ainda lhe ficam grandes para os vestir.

Será que a festa acabou mesmo?

sexta-feira, 22 de março de 2013

Aprende Susana, aprende

"Mãe, quando eu fizer anos podes omprar tinta cor de rosa para me pintar duas aranhas na cara, podes mãe?

"Ó filha, não tenho jeito para fazer pinturas"

"Mas tenta, mãe, tenta. Se quiseres fazer um desenho esquisito fazes, mas tenta".

Sócrates na RTP

Acho deliciosa esta novela criada à volta da contratação do Sócrates pela RTP.

Mais mais deliciosa que a própria novela é a 1.ª notícia que ouvi sobre ela e que dizia qualquer coisa como "Sócrates não vai receber qualquer contrapartida financeira directa".

Chamem-lhe defeito de profissão, mas aquela frase levou-me ao longínquo ano de 1995 no qual a então caloira, Susana Neves, aprendia as bases mais elementares da interpretação jurídica.

Se não há contrapartida financeira directa deve entender-se "a contrario sensu" existir contrapartida financeira indirecta. Óbvio.

Contrapartidas à parte, tenho imensa curiosidade em ouvir o comentador Sócrates falar do 1.º ministro Sócrates. Assistiremos a sessões de Mea Culpa, Mea Culpa ou haverá um período da história recente de Portugal que ficará por analisar?

Qual será a isenção de alguém que está envolvido na própria história? Terá coragem para assumir os seus erros, ao mesmo tempo de aponta o dos seus antecessores e sucessores?

A ver vamos. Pelo menos o primeiro programa conto ver. Afinal também vou pagá-lo.

quinta-feira, 21 de março de 2013

O "de" que faz toda a diferença

A Benedita come tudo.

Quando digo isto a alguem a resposta ´´e, invariavelmente, "que bom".

E la tenho eu de explicar que a Benedita come de tudo, o que ´´e bom, mas tambem come literalmente tudo o que ja não ´´e assim tão bom.

Desde sabonete a lapis de cera, passando pelo tradicional papel e enchimento de edredon, marcha tudo.

Hoje fui dia de consulta na pediatra e, ao que parece, o fenomeno chama-se pica. Esta mania da minha mais nova pode indiciar falta de sais minerais, segundo a pediatra.

A mim, e apesar de confiar cegamente na pediatra, ninguem me tira a ideia de que ela gosta ´´e de ver a minha cara de aflição cada vez que percebo que esta a mastigar algum corpo estranho.

Põe-me velha, a miuda.




terça-feira, 19 de março de 2013

Eu tenho um anjo e um pai

"Eu tenho um anjo, anjo da guarda

Que me protege de noite e de dia

Eu não o vejo, eu não o oiço

Mas sinto sempre a sua companhia"

E depois, cá na terra, tenho o meu pai.

O meu anjo rezingão de carne e osso que está sempre comigo e nunca me deixa cair.

Beijinho pai, neste que é o teu dia.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Crónica de um bolo embruxado





Este ano meti na cabeça que devia ser eu a fazer o bolo de aniversário da Tita.

Cheia de boas intenções, toca de ir à net procurar uma receita. Descobri uma que me pareceu interessante, de um bolo de chocolate que tinha a particularidade de o recheio de leite condensado ir ao forno, e resolvi arriscar.

O objectivo era fazer o bolo para a festa que vamos fazer em casa, mas algo me levou a experimentar a receita hoje. Em boa hora o fiz.

Quando vi a quantidade de massa que tinha feito e olhei para o tamanho da forma (enorme para o efeito), percebi de imediato que a coisa ia correr mal.

Lá tive de ir, a correr, comprar uma forma mais pequena. Ultrapassado o primeiro obstáculo, a falta de forma adequada, cheguei à conclusão que a forma que tinha comprado não fechava bem e deixava escorrer massa.

Ao desenformar o raio do bolo, e como não podia deixar de ser, escangalhei a minha obra de arte.

Já chateada, corri para a pastelaria a encomendar um bolo em condições para levar para o infantário.

Entretanto, a minha mãe convenceu-me a finalizar a obra de arte que ficou como se pode ver na foto pois o raio da hóstia resolveu ficar toda abaulada.

Enfim, um verdadeiro desastre. Pelo menos o sabor, não é mau de todo.

Moral da história, cada um é para o que nasce. A minha Tita há-de ter outros motivos para se orgulhar da mamã. Pelo menos assim o espero.

A correr se passaram 2 anos



E a correr se passaram 2 anos de muita vida e traquinice.

Parabéns Benedita e obrigada por inundares a nossa vida de sol, sempre que nos mostras esse sorriso irresistível.

domingo, 17 de março de 2013

Comparação desnecessária

Há uns bons 25 anos, uma das coisas que me fazia mais feliz era dizerem-me que me achavam parecida com a minha avó Silvina.

Sabia que era mentira, que puxei ao lado do pai, mas delirava com a comparação.

Um quarto de século passou, o Amor que sinto pela avó Silvina é o mesmo ou maior mas já não acho piada à comparação de outrora.

Aos 35 anos, ouvir dizer que as nossas mãos são parecidas com a da nossa avó (que tem 79) não soa lá muito bem, especialmente se a comparação é feita com a objectividade que só aos 4 anos se consegue ter.

sábado, 16 de março de 2013

O namoro do Papa Franciso

No dia seguinte ao anúncio do novo Papa, a conversa em casa dos meus avós girava em torno do seu namoro de juventude.

A minha avó, católica fervorosa e acérrima defensora do fim do celibato, só dizia "acho muito bem, eles (os padres) deviam namorar todos que era para darem valor".

Depois de pisar e repisar a sua teoria, virou-se para mim e disse "olha o Nelson, já deve estar arrependidinho de ter casado; filho único e cheio de mimo".

Afinal, parece que o maltratado no casamento é o pai da Leonor e não a mãe.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Em defesa da honra e bom nome do meu marido

Quando, a educadora da Leonor me viu, esta manhã, desatou a rir-se.

Depois de se recompor, disse "a tua Leonor é terrível". Ontem, enquanto fazíamos a prenda para o dia do pai, pedi-lhe para falar sobre o pai e ela disse que o dela era mau. Perguntei-lhe porquê e disse-me "o meu pai bate na minha mãe".

Segundo a educadora, a Leonor disse aquilo com ar sério e que seria convincente, caso lá no infantário não conhecessem a peça e os pais.

Lá nos rimos um bocado mas, pensando bem, a coisa poderia ser séria.

Não porque pudesse ter fundo de verdade (como diz a minha avózinha, só apanhava a 1.ª), mas porque pode levar alguém a acreditar nesta pequena efabuladora o que, convenhamos, não será a coisa mais engraçada do mundo.


Frontalidade acima de tudo

Amo-te tanto, filha. O meu Amor por ti é tão grande que chega até à lua, nem cabe no coração, dizia-lhe eu.

Ela faz um olhar dengoso, estica os braços e dá-me um abraço apertado, ao mesmo tempo que diz "está bem, mãe, dá-me uma barrita Kinder".

Leonor, não ouviste o que a mãe te estava a dizer? Amo-te tanto, tanto ...

Está bem mãe, disse já com ar enfastiado, mas eu quero é uma barrita Kinder.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Um brinde à Amizade


Quando fiquei doente, houve um grupinho de meninas que decidiu complementar o meu tratamento químico com recurso a uma, vejo agora, poderosa terapia alternativa, a do riso.

Apareciam lá em casa e, depois de mandarmos o Nelson e a Leonor para a cama, ficávamos horas na risota.

Esta terapia, para além de eficaz no combate a Mr. Hodgkin, teve o condão de criar uma Amizade daquelas raras.

O grupinho de 4, alargou-se a um 5.º elemento, e às respectivas caras metades..

O riso continua a ser a nossa bandeira e, acreditem, faz milagres.

Tal como no início, continua a ser panaceia contra todos os males e tudo é motivo de festa.

Com a mesma convicção de uma adolescente, mas com a maturidade dos 35 meus anos, acredito que esta Amizade será para sempre. E em todos os momentos.

E quando o estado (que não é o meu) não permite brindar com champanhe, a malta brinda com Champomy, enquanto se lambuza com os melhores muffins alguma vez já vistos.

Tchim tchim





quarta-feira, 13 de março de 2013

Gostos bizarros

Não há-de tardar muito para que a minha Benedita acabe por ser notícia de uma daquelas secções de jornais que se dedicam a relatar gostos bizarros.

Agora deu-lhe para mastigar tudo o que lhe aparece à frente e entre outras várias coisas, que até consigo perceber (caso de moelas e tripas enfarinhadas), está o papel e enchimento de edredão.

No caso destas últimas, não sei se lhe dá maior gozo sentir o gostinho do material ou ver a minha cara de pânico  quando me apercebo daquilo que tem na boca, sendo que, depois de tudo bem triturado e envolvido em saliva, gosta de se vir plantar à minha frente com ar de quem se diverte à custa dos outros.

À distância tem uma certa piada, só tenho é receio que avance para materiais mais tóxicos ou cortantes.

terça-feira, 12 de março de 2013

Educar rapazes e educar raparigas

Há poucos dias, li uma reportagem sobre o regresso de um método pedagógico utilizado na altura em que a minha mãe andava na escola. Meninos de um lado, meninas no outro.

Confesso que a ideia, que fiquei agora a saber chamar-se educação diferenciada, me causa alguma confusão mas se há coisa que a idade me está a trazer é abertura de espírito para não negar, à partida, ciências que desconheço (como dizia a Maria Helena Candeias no famosos anúncio).

Por isso fiquei com alguma curiosidade quanto aos argumentos a favor desta forma de ensino.

Nem de propósito, passado algum tempo, recebi um e.mail a informar que a EASSE – European Association of Single-Sex Education / Associação Europeia de Educação Diferenciada vai lançar o livro "Educar rapazes e Educar raparigas", da autoria de María Calvo Charro.

Segundo informam, a educação diferenciada carateriza-se pelo ensino em turmas separadas por género, com o objetivo de respeitar as características próprias dos rapazes e das raparigas, e deste modo adequar a melhor metodologia a cada aluno/a.


Ao que parece as experiências de educação diferenciada por sexo foram bem acolhidas em países como Austrália, Reino Unido e Estados Unidos da América, locais onde as escolas públicas oferecem aos pais a possibilidade de optar por um sistema misto ou diferenciado.

Em Lisboa a apresentação do livro é na próxima quinta-feira dia 14 de Março no Centro de Congressos do MYRIAD by SANA Hotels, às 21h.

No Porto vai realizar-se no dia 15 de Março no auditório da fundação Dr. António Cupertino de Miranda, às 21h.

Não vou poder estar presente, precisamente por questões relacionadas com a educação das minhas raparigas, mas achei por bem divulgar aos possíveis interessados e preocupados com a educação das suas crias.

As presenças podem ser confirmadas por email jsousa@inforpress.com ou para através do n.º 963461291







segunda-feira, 11 de março de 2013

domingo, 10 de março de 2013

A raiva que dá ...

...ter a roupa seca.

Esquecer-me de a recolher.

E vir uma grande chuvada, de repente.


Raios e coriscos

sábado, 9 de março de 2013

Vírus e bactérias

Tenho horror a imprecisões técnica, do género "alugar casa e arrendar carro" e por isso evito escrever sobre coisas que não domino.

Só que no dia a dia passamos por tudo e entre essas coisas estão os famosos vírus e bactérias (especialmente cá por casa).

Recebi um comentário muito simpático, no post sobre as amigdalites, a falar-me da diferença entre vírus e bactérias, e que me deixou a pensar sobre as minhas limitações.

Realmente falo indistintamente sobre vírus e bactérias pois não sei qual a diferença. Depois tenho uma grave limitação (e não estou a ser irónica), que creio ter algo de genético, que é a total incapacidade de fixar certas coisas.

Ainda nesta última consulta na pediatra, supliquei-lhe que me escrevesse direitinho as orientações que me estava a dar sobre a toma dos medicamentos.

Ia jurar que me falou em amigdalite vírica, mas de facto receitou antibiótico. Se há coisa pela qual não ponho as mãos no fogo é pela minha memória.

O que vale é que tenho como princípio confiar nos profissionais e aceitar o que me dizem. Quando não gosto, ou desconfio de algo, mudo. E nesta pediatra tenho toda a confiança do mundo, o que é algo muito tranquilizador especialmente quando deixo lá centenas de euros todos os anos. Daqui a menos de 15 lá voltaremos para a consulta dos 2 aninhos da minha Benedita.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Projecto de Mulher




Nova fase deste projecto de mulher - striptease.

Deus me ajude, é só o que peço.

Dia Internacional da Mulher ?!!!

No Dia Internacional da Mulher fui brindada, logo de manhã, com um "Não, Tita não má. Mãe má".

Numa 1.ª reacção sorri e fiquei toda orgulhosa por a minha mais nova já conseguir fazer este tipo de raciocínios (abstraindo-me, naturalmente, da sua óbvia falta de correspondência com a realidade).

Na 2.ª reacção, já a frio, pensei "bolas, se uma mulher trata assim outra, como é que havemos de querer que os homens tratem de outra forma".

PS

divagação que tem em conta a origem histórica deste dia. Felizmente, já existem seres do género masculino bastante evoluídos

quinta-feira, 7 de março de 2013

Amigdalites a dois

Dava-me imenso jeito que a venda de antibióticos pudesse ser feita sem receita médica. Ia poupar-me uns euros valentes por ano.

Maria Leonor e seu papá resolveram, de há algum tempo para cá, partilhar amigdalites de origem vírica.

Quando vejo o homem pegar na caixa dos comprimidos já sei o que vem a seguir. Q qual o tratamento.  Nem precisavamos de ir ao médico buscar a receita, se a venda fosse livre.

Ironia das ironias, o médico diz que para descobrir quem é o portador do nosso "vírus de família" terá de fazer exames aos quatro.

 Ao que parece existe a possibilidade de o bicho estar alojado num portador são, ou seja alguém em quem a doença não se manifeste.

O corpo humano é mesmo complexo. Já tinha ficado surpresa quando me disseram, à conta na proteínuria, que posso ter "uma doença daquelas que não chateia" e agora mais esta novidade.

Mas não foi a única coisa que aprendi hoje (aprendo sempre muito na pediatra). Fiquei a saber que a valeriana, que sempre pensei relaxasse uma pessoa, pode ter o efeito contrário em crianças, o que explica o estado eufórico da Benedita na noite em que me surripiou os comprimidos (um deles era o Valdispert).

BEN-U-RON ou BRUFEN?

Depois da Benedita ter decidido auto-medicar-se, e quase matar os pais de susto, foi a vez da Leonor adoecer.

Desde 3.ª feira que a febre sobe e desce.

 Desta vez a doença trouxe-lhe insónias.

Ontem acordou perto das 05h30, com febre mas a querer tomar o pequeno almoço e ver desenhos animados, o que é sempre estimulante em vésperas de auditoria no trabalho.

Hoje a insónia começou mais cedo. Eram 03h00 e estava eu a medir-lhe a temperatura, dar-lhe água, e colocar o supositório.

Devo dizer que não é muito fácil, depois de ser arrancada do sono à bruta, fazer contas às horas que passaram desde o último antipirético e decidir entre o BEN-U-RON e o BRUFEN. Não garanto ter feito a escolha certa, mas esforcei-me.

Depois de realizados os actos médicos, cismou que queria tomar o pequeno almoço (os remédios causam uns efeitos estranhos às minhas filhas) e ver o Noddy.

Não a consegui demover e lá lhe dei a sua Bledina de frutos variados. De seguida viemos para a sala onde ficámos a ver o Noddy até há, sensivelmente, 1 minuto, altura em que comecei a ouvir o seu profundo ressonar.

Resta agora ver se aqui a escrava vai conseguir retomar o sono, depois de 2 horas de actividade.

Só a título de curiosidade, e para quem possa interessar, o Canal Panda (que fui espreitar antes de ligar o DVD escolhido pela marquesa) tem programação non stop. Pelos vistos ainda não há tele-vendas para cachopos.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Fofinho, mas com o seu quê de promíscuo

- Quando eu for crescida vou ter muitos filhinhos, não vou mãe?

- Vais, filha (respondi, enquanto pensava só se fores tolinha)

- Como é que vão chamar-se os meus filhinhos, mãe?

- Não sei, vais ter de escolher os nomes juntamente com o teu marido

- Quem é que vai ser o meu marido, mãe?

- Vais ter muito tempo para o escolher, filha, e logo se vê.

- Ah, já sei, vai ser o pai Nelson, não é mãe?

Chegada a este ponto hesitei entre explicar-lhe o coneito de incesto ou terminar a conversa.

Escolhi a 2.ª hipótese

terça-feira, 5 de março de 2013

Linha de Saúde - 808 24 24 24

A vida é mesmo irónica.

Ontem à noite, estava eu a beber um cházinho para relaxar, Maria Benedita resolveu testar a resistência do meu coração.

Em segundos (foi só eu olhar para o lado), palmou-me dois comprimidos que tinha em cima da mesa e emborcou-os.

Quando dei conta já só consegui tirar-lhe da boca o invólucro de uma cápsula.

No meio do stress tive o discernimento de ligar para a Linha de Saúde (é para aí a 3.ª vez que recorro a esta linha e só tenho boas experiências).

Passaram a chamada para o Centro de Venenos e a médica que me atendeu tranquilizou-me dizendo que aqueles medicamentos não tinham grande nível de toxicidade.  Sugeriu que a fizéssemos vomitar à moda antiga (com os dedos enfiados no gargalo) e assim fizemos.

O receio que ficasse sonolenta não se concretizou, antes pelo contrário, a rapariga estava eléctrica.

Tudo não passou de um susto dos grandes.

Estas pequenas preciosidades que pomos no mundo, com tanto amor, são um perigo ambulante.

Isto aconteceu comigo ao lado dela. É nestes momentos que acredito que Deus existe.

Não sei o que ela pretende, mas se é mostrar-me que vai ser mil vezes mais traquina que a, já de si traquina, Leonor, está a conseguir.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Lição de vida, by Os 3 porquinhos

- Mãe, a Tita não percebe as regras.

- Que regras, filha?

- Aquelas que eu lhe digo (dizo, na versão original).

- E quais são, Leonor?

- Que há tempo para tudo. Há tempo para trabalhar, tempo para estudar, tempo para brincar ...

domingo, 3 de março de 2013

Coisas que me mexem com o sistema nervoso

Ando aqui a remoer a reacção, que tanto tem dado que falar, a um post de uma das bloggers mais famosas de Portugal.

Não vale a nomear nomeá-la, até porque todos saberão de quem falo. O post não teve nada de novo já que a autora se limitou a fazer aquilo que tantas vezes faz - criticar a roupa e o gosto de alguém.

A novidade foi o facto de ter criticado uma jovem portuguesa que sofre de cancro e foi à cerimónia dos Oscares através de uma associação que se dedica a realizar sonhos.

O que me irrita nesta história já nem é existirem pessoas que se arrogam o direito de criticar as opções estéticas dos outros só porque sim.

O que é verdadeiramente enervante nisto tudo é o facto de este post ter merecido uma crítica tão veemente pelo facto de a visada estar doente, como se essa circunstância fizesse dela uma pessoa diferente e digna de pena.

Digo, sabendo-o bem, que o pior que pode acontecer quando estamos doentes é sentir que nos olham com comiseração.

A doença torna-nos mais vulneráveis, é um facto, mas não nos torna uns coitadinhos.

O errado deste post é o post em si. O que dá pena nesta história é ver que as vozes críticas  só se levantaram porque se estava a falar de uma pessoa doente. O que é lamentável é que noutras situações de escárnio e maldizer não se reaja de forma igualmente crítica.

Com inho se diz tudo

Inho é, no dicionário beneditês uma palavra polisémica que serve para dizer tudo aquilo que a marquesa Maria Benedita quer ou precisa.

Regra geral utiliza o inho para se referir a comida, quea vida dela gira um pouco à volta da mesa (a moça gosta de enfardar).


Queij(inho), fiambr(inho); leit(inho); chocolat(inho); bonequ(inho), o inho dá mesmo para tudo.

Basta associar ideias, tendo em onta a conversa que acabou de ouvir ou aquilo que está no seu raio de visão.

Continuo a dizer que os adultos só complicam, com tanta palavra no dicionário.

sábado, 2 de março de 2013

A difícil arte de educar

Agora que sou mãe ao quadrado, e me vejo e desejo para educar as minhas crias, percebo o quão inocente era ao acreditar que para ser boa mãe basta ter muito amor para dar.

Ser boa mãe, na perspectiva de dar uma boa educação aos filhos, é difícil como o caraças.

Costuma dizer-se que em pediatria há tantas teorias educacionais quantos pediatras, mas a dimensão deste complexo mundo é bem maior.

Não há quem não tenha a sua própria teoria sobre o assunto.  Só existe um problema, é que as teorias só se aplicam aos filhos dos outros.

Ultimamente a discussão sobre a razoabilidade de dar, chamemos-lhe, corretivos aos filhos anda ao rubro na blogosfera.

As posições dividem-se entre aqueles que dizem que há uma altura em que os pequenos têm os ouvidos no rabo (não conhecia a expressão) e os que consideram criminoso "sacudir o pó" aos garotos.

A pediatra das minhas pequenas delinquentes é defensora da Lei de Talião. Elas mordem, nós mordemos; puxam os cabelos e pagamos com a mesma moeda tudo, naturalmente, com a devida proporção.

O objetivo é, após a nossa reacção, perguntarmos-lhes se gostaram e concluir "o pai/mãe também não", o que faz todo o sentido pois há coisas que só conseguimos perceber quando as sentimos na pele.


Ao longo destes, quase, 4 anos só consegui chegar a uma conclusão. Se há matéria que não é matemática é esta. Por mais perfeitas que sejam as teorias educacionais, cada criança é única e diferente de todas as demais.

Nunca será demais ler ou questionar pediatras, pais e avós (....), e ouvir as suas opiniões, mas só o conhecimento que temos da nossa cria e da sua personalidade, juntamente com a nossa sensibilidade, permitirá saber a melhor forma de actuar perante aquelas birras monumentais em  atiram para o chão o prato ou, como a Tita costuma fazer, o prato.

Educar não é só difícil, é a maior das responsabilidades. Não só estamos a preparar os nossos filhos para se defender, num mundo nem sempre meigo, como a dá-los a esse mundo do qual serão o futuro.

Confesso que tenho vivido momentos de angústia nesta busca daquilo que se espera de uma boa mãe.

O Amor sobeja e não é problema. A dúvida está em tudo o mais que isso implica.

Tempo de Amar (lyrics by Leonor)

É tempo de Amar
No meio da tempestade
Tu dás-me abraços
És tão querido
É bom Amar


Fiquei tão apatetada quando comecei a ouvir o improviso da Leonor que não sei se as frases foram antadas por esta ordem. Sei que cantou o Amor com estas e outras palavras, que o estado apatetado não me deixou decorar.

E sei que a rapariga ainda não fez 4 anos.

Mais uma vez questiono, deverei preocupar-me?

sexta-feira, 1 de março de 2013

Os planos de Leonor

Tudo indica que D.ª Maria Leonor venha a ser uma mulher com objectivos bem definidos.

Depois de ter fixado a sequência de aniversários da família, devidamente intervalados por outras datas igualmente importantes na sua cabecinha (caso da feira de Março e da Páscoa), a minha mais velha passa os dias a planear os eventos.

Agora anda numa de convocar reuniões para discutir os pormenores da festa de aniversário da Tita (essa já se justifica), da sua festa de anos (em Maio), da viagem à Madeira (em Junho) e por aí fora.

Desde a decoração dos bolos, aos convidados, a Leonor pensa em tudo e está uma verdadeira organizadora de eventos.

Ainda lhe falta, é certo, algum refinamento já que é peremptória ao dizer que na sua festa só entrarão os amiguinhos que levarem outras prendas, mas os princípios estão lá.

E até seria engraçada  esta característica, não fosse a rapariga ainda ter dificuldades em situar-se no tempo e passar a vida a perguntar "mãe, quando é que chega o próximo Natal; e o carnaval? É amanhã que eu faço anos mãe?

Tudo o que tenha piada deixa de o ter depois de ouvirmos as mesmas perguntas 50 vezes seguidas, várias vezes ao dia.

Estranha forma de dizer bom dia

O papá desce as escadas, dirige-se às suas meninnas, e diz "bom dia"


A menina mais velha faz o seu melhor sorriso e responde, a cantarolar, "ah,ah,ah, vou-te matar".


Questão da mãe - devemos preocupar-nos?

15 anos depois

15 anos depois, eis que tive alta da consulta de onco-hematologia.  Diz a médica que as maleitas de que me queixo parecem ser coisas de “pes...