domingo, 11 de outubro de 2020

Ontem é passado e ponto final!

- Afinal o que é que se passou ontem para o avô se zangar tanto?

- Ontem é passado e ponto final!

E não é que a cachopa tem razão?

sábado, 10 de outubro de 2020

O arroz de pato que me aconchegou o coração

 Estava a ver a ementa quando o empregado me informou que já não havia arroz de pato. 

Brinquei com ele e disse que ia ficar com desejos. 

Passado algum tempo aproximou-se e segredou-me que ainda havia um bocado de arroz de pato. Estava guardado para o seu almoço mas iria partilhar comigo pois era muito para ele.

Agradeci e escolhi outra coisa. Eis senão quando o Cecil ( é este o seu nome) me surpreendeu com um prato cheio de arroz de pato. Aquele que seria para o seu almoço.

Agradeci, comovida, e só ouvi “espero que não leve a mal”.

No final, o Cecil não aceitou gorjeta. Foi um gesto genuíno porque o Cecil é assim.

Este arroz de pato aconchegou-me a alma.

Obrigada Cecil.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Tem paciência que vais precisar sempre dela!

 A páginas tantas, devia eu estar a resmungar, quando ouço uma vozinha que me trouxe de volta à terra.

- Tem paciência que vais precisar sempre dela!

Cheia de sabedoria esta minha mais nova.

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

E eu a pensar que estava a alucinar!

 À hora do almoço vi uns trabalhadores a instalar iluminações festivas na rua. Tive de me situar no tempo para perceber qual a celebração  que mais se aproxima e achei que o Halloween e o S. Martinho não justificariam tal decoração.

Vai daí pensei que estava a alucinar, já que me pareciam luzes a ligar num Advento ainda longínquo.

Mas eis que ao final da tarde tive alguém que pode testemunhar o mesmo que eu. Já temos luzes de Natal na cidade!


terça-feira, 6 de outubro de 2020

Sim, quero.

 É maravilhoso chegar a cada dia 6 de Outubro (e já são 13) e perceber que a resposta que daria hoje ao Frei Silvino seria a mesma, só que com certezas redobradas.

Cada dia 6 de Outubro é momento de relembrar aquele mesmo dia em 2007 e fazer uma retrospectiva desta caminhada a dois.

Tão pouca coisa planeada, tanta nem sonhada, alguns pesadelos até. Tanta toalha quase deitada ao chão, segurada à vez consoante aquele que mais necessitava. Tanto equilíbrio nos bons e maus momentos.

Tantos aqueles que lá estiveram e agora vivem em nós, tantos aqueles que foram nascendo e lembrando que a vida é um constante devir.

Tão boa esta caminhada. Muito longe do mar de rosas de que falam os contos de fadas porque a vida é assim e é o Amor que lhe dá forma.

Sim, quero. Hoje como há 13 anos.






domingo, 4 de outubro de 2020

Dizer não para afirmar

 Foi preciso chegar a esta provecta idade para interiorizar que a afirmação passa por dizer não de forma segura e sistemática.

Algo, só aparentemente contraditório, dificílimo de fazer a mais das vezes porque nós somos nós e as nossas circunstâncias.

Dizer não para afirmar é uma ciência que se pretende exacta e eu sou de letras. 

Volte sempre senhor carteiro

  Volte sempre senhor carteiro. Volte sempre.