sábado, 10 de outubro de 2020

O arroz de pato que me aconchegou o coração

 Estava a ver a ementa quando o empregado me informou que já não havia arroz de pato. 

Brinquei com ele e disse que ia ficar com desejos. 

Passado algum tempo aproximou-se e segredou-me que ainda havia um bocado de arroz de pato. Estava guardado para o seu almoço mas iria partilhar comigo pois era muito para ele.

Agradeci e escolhi outra coisa. Eis senão quando o Cecil ( é este o seu nome) me surpreendeu com um prato cheio de arroz de pato. Aquele que seria para o seu almoço.

Agradeci, comovida, e só ouvi “espero que não leve a mal”.

No final, o Cecil não aceitou gorjeta. Foi um gesto genuíno porque o Cecil é assim.

Este arroz de pato aconchegou-me a alma.

Obrigada Cecil.

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