sábado, 27 de fevereiro de 2010

II ENCONTRO DE DOENTES ONCOHEMATOLÓGICOS



Dia 13 de Março realiza-se na Ordem dos Médicos (Porto) o II Encontro de Doentes Oncohematológicos. O encontro tem início às 09h e a participação é gratuita.

Eu vou estar presente, pois sinto necessidade de conhecer outras pessoas, com histórias semelhantes à minha e ouvir profissionais, de saúde ou outros, a abordar a temática dos linfomas e leucemias.

Fica o convite aos colegas que estiverem aí desse lado.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Notícias

Hoje fiz análises e tive consulta no IPO.

Segundo a médica, as análises estão espectaculares, Vou só, à cautela, fazer um TAC, por causa de um gângliozito detectado no PET (e que segundo os médicos não é de valorizar) e depois é marcada a cirurgia para remoção do cateter.

Estou ansiosa que chegue esse dia, pois continua a meter-me confusão saber que tenho um corpo estranho dentro de mim e cada vez que faço força, para pegar no ovo da Leonor, por exemplo, tenho medo que aquela gaita rebente.

Quando perguntei se era normal que me sentisse meia zonza ao final do dia (de trabalho), a médica disse-me que já é normal que uma mulher se sinta assim só por ter tido um filho, pelo que muito mais será depois de ter um filho e feito quimioterapia.

Já eu, nas suas palavras,nunca mais poderei considerar-me uma pessoa normal. Isto porque nunca se sabe quais os efeitos secundários que a quimio pode vir a trazer (coisas simpáticas tipo infertilidade e uma nova neoplasia).

Mas como pensar, e falar, nisso é fazer futurologia (coisa de que eu não sou nada adepta), o que interessa é que presentemente está tudo óptimo e o que não está ainda a 100% tem uma explicação científica e será rapidamente solucionado.

Como se não bastassem as boas notícias, tive um elogio que fez com que inchasse como um peru. Fiquei tão vaidosa, tão vaidosa que não resisto a contar.

Diz a minha oncologista que eu sou uma super mulher. Porque cheguei à consulta ´grávida, com um diagnóstico de uma neoplasia de células T. Tive a bebé, foi-me diagnosticado um linfoma de Hodgkin, fiz quimio e respondi melhor do que era de esperar aos tratamentos, tratei sempre da minha bebé.

Ouvir o resumo deste período da minha vida, feito pela ´minha médica assistente, fez-me relembrar os períodos mais duros desta caminhada. Tão recentes e, simultaneamente, já tão longes. Realmente não sei de onde me veio a força e daí o aumento da minha Fé. Não tenho a tal explicação científica para esta força.

No entanto, essa Fé continua a precisar de ser reforçada, ou não teria o receio que tenho de voltar a ter de passar pelo mesmo. Por pouco que pense nisso, há sempre momentos em que é inevitável pois sei que há essa probabilidade. E uma coisa que aprendi com o meu marido é que se há probabilidades (por mais pequenas que sejam) elas têm de ser ponderadas.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Sem novidades

Tal como a TeresaM, não tenho nada de muito interessante para contar.

A Leonor continua amuada com os papás e deve ter chorado mais nestes 6 dias de infantário que no resto da sua, curta, vida. Mas pelo menos hoje já comeu a sopa e a fruta todas. Hoje de manhã ficou a chorar e devo ter ficado com uma cara que a educadora achou que devia tentar dar-me força. "Vai ser forte, como tem sido até agora", foram as palavras dela. E eu a pensar que a minha cara não reflectia a alma.

Mas a coisa há-de compor-se.

Continuo movida pela adrenalina do regresso ao trabalho (= vida normal) mas chego ao fim do dia com a cabeça meia zonza. É muita informação, assim de repente. Deve ser da falta de ritmo.

6.ª feira lá vou voltar àquela que foi quase a minha 2.ª casa, em 2009, para análises e consulta de rotina.

E agora vou dormir, que amanhã é outro dia de labuta.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Novas da Leonor

Acho que a minha filha já descobriu a sua vocação.

A pequena quer (só pode) ser doméstica e ter empregada interna. Só assim vejo que consiga manter as rotinas que gosta de manter. Basicamente, dormir 2 horas, a cada hora e meia.

Não está a achar piada nenhuma ao facto de a mãe ter vida própria e ter a ousadia de se afastar dela durante 5 horas e meia (mal sabe ela que, daqui a menos de 3 meses, o afastamento será de 7 horas e meia). Deve pensar que o dinheirinho nasce nos vasos.

Como forma de protesto, resolveu amuar e não fala comigo :). hehe, nunca falou, eu sei, mas agora é diferente. Anda mesmo chateada.

E recebe-me a chorar quando a vou buscar ao infantário. A mim que quando a deixo no infantário só tenho no pensamento o momento em que a irei buscar, levando como expectativa e força motriz a ideia do sorriso que fará, fico completamente

domingo, 21 de fevereiro de 2010

O blog da minha mãe



Tem mãe, a minha, que é artista.

Ela desenha, tricota, jardina (...), é uma verdadeira caixinha de surpresas. Quando pensamos que não nos vai conseguir surpreender mais na escolha dos hobbies que escolhe, eis que surge mais uma das suas invenções.

Do artesanato urbano, à colecção de merchandising, postcrossing, grupo de tricot em público, voluntariado na AVA-Associação Viver Alfena, faz um pouco de tudo.

Não sei onde arranja forças, pois a sua lista de maleitas (na qual se encontra o "maldito", claro está) é maior que a de devedores ao Fisco.

A última é a criação de um blog que não podia deixar de divulgar. Apesar de estar ciente do risco que é dar-se liberdade de expressão a uma mãe (contam sempre demais), cá fica o endereço http://conversaqui.blogspot.com

PS Se alguém tiver a sorte de possuir um desenho de uma destas bonecas, que sempre adorei, guarde-o bem pois há-de valorizar muito. Pela beleza, mas acima de tudo pela raridade, que a autora, qual verdadeira artista, tem as suas luas e não desenha a pedido.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O regresso ao trabalho

O regresso ao trabalho ocorreu de forma tranquila, apesar de me sentir uma caloira inexperiente. A sensação foi estranha, mas boa, porque ao mesmo tempo parecia que tinha saído de lá só há 15 dias.

Fui recebida com um lindo ramo de flores e muito mimo. A cereja no topo do bolo foi o almocinho no chinês, que me soube, literalmente, pela vida.

Em casa, com os avós, deixei a Leonor que continua doentinha. Apesar de me custar deixar a minha princesa, especialmente por saber que daqui para a frente terei muito pouco tempo para estar com ela, a alegria de regressar à vida normal é muita. Afinal de nada vale ter tempo, se isso significa estar doente, não é?

Sinto-me muito bem, física e psicologicamente.

Já a minha princesa rainha é que não está a achar piada à situação. Ao 3.º dia de infantário ficou com uma virose e hoje, quando cheguei a casa, não olhava para mim. Veio ao meu colo, mas virava a cara para não me ver. Parece que ficou sentida com a minha ausência e eu sentida, com a chantagem psicológica deste "cinco réis de gente".

Vamos ver como será na 2.ª feira, quando a deixar no infantário. Cheira-me que não vai ser fácil.

Parabéns Suzzz



Parabéns Suzzzzzzzzz, que mantenhas sempre essa genica, a inconfundível, e sonora, gargalhada, a espontaneidade com que falas e reages, fruto de um grande coração localizado mesmo junto à boca.

Não esquecerei nunca todos os momentos em que nos divertimos juntas, nem a força que me tens dado nesta fase da minha vida( e que não deve ter sido fácil também para uma hipondríaca como tu).

És, de facto, única e genuina. Não mudes nunca Amiga.

Como vês, não me esqueci de ti, nem da promessa que te fiz. Agora o blog já pode acabar. A hora "tardia" de publicação deste post deve-se ao facto de este grande dia ter coincidido com o meu regresso ao trabalho (sobre isso falarei mais tarde).

Beijinhos para ti, para os teus piolhitos e para o santo do Valter.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Dia de Pica-Boi

Amanhã é dia de pica-boi que, no caso, sou eu.

Como se não bastasse a ansiedade natural para quem esteve "nos estaleiros" durante 9 meses, a Leonorzinha resolveu adoecer e está com febre. Vai ser uma noite de vigília, que é para amanhã ir bem desperta.

Desperta e com o coração apertadinho, por me afastar da minha bonequinha.

Mãe sofre, mas como me dizia a minha avó (sempre muito racional) devia ter pensado nisso antes de a ter porque agora vou passar o resto da vida preocupada.

Ai,ai.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

6 de Março - Colheita de Medula Óssea em Aveiro

Como era de esperar, houve muitos aveirenses a aceitar o convite para se inscreverem como dadores de medula óssea.

A colheita, nesta 1.ª fase, de um pouco de sangue para inscrição na base de dados de dadores de medula óssea é dia 6 de Março.

A iniciativa realiza-se na empresa Extrusal, a quem saúdo por este gesto revelador de grande responsabilidade social.

O horário é o seguinte: 9h-12h30 e 14h-16

Quaresma

Hoje é 4.ª feira de Cinzas, dia em que inicia a Quaresma e que está associado ao jejum e abstinência.

Como já estou desabituada de ser acordada pelo despertador, levantei-me meia atordoada e só quando ouvi a notícia na TV é que lembrei do dia e do seu significado para os católicos.

Claro que estava precisamente a lambuzar-se com uma deliciosa fatia de tarte de ananás (feita por mim) e quase me engasguei. É que a gula é um dos pecados mortais, não é?

Felizmente, fui educada numa fé católica bem diferente daquela que vê pecado e culpa em tudo aquilo que dá prazer e consegui serenizar, antes de ter a iniciativa de me ajoelhar em cima de grãos de milho, como forma de expiar tão terrível falha.

Fui então pesquisar alguma informação sobre a Quaresma ( que vem de Quadragésima), o período de 40 dias que antecede a festa mais importante para os católicos, a da Ressurreição de Cristo.

Neste período, que deve ser de conversão, a Igreja apela à meditação, oração e penitência.

Por ser a mais conhecida, e quase sempre mal interpretada, detenho-me sobre a penitência. Há muitas formas de a fazer, que não o jejum ou auto-flagelação. Pense-se, por exemplo, na prática de boas acções e na esmola.

O meu professor da escola primária, Prof. Pereira, incutiu-me uma forma de jejum muito interessante e que era se me apetecesse alguma guloseima ou outra coisa desnecessária, renunciava a ela e o dinheiro que deixasse de gastar seria dado aos pobres. Eram as chamadas "renúncias". O "problema", para mim e para os meus colegas, era que ele estendia as "renúncias" ao ano inteiro e qualquer centavo (sou desse tempo) que achássemos tinha de ir para a caixinha. Mas o fundamento ficou.

Agora que penso nisso, e associando essa forma de jejum, aos ensinamentos da minha avó, concluo que a proibição de comer peixe na 4.ª Feira de Cinzas e 6.ªas feiras da Quaresma não passa de uma forma de contribuição (pelo menos devia) para a caixinha das "renúncias".

Não esqueçamos que até há alguns anos atrás a carne era bem mais cara que o peixe. E daí uma das explicações possíveis para a origem da expressão "Fiel Amigo" enquanto designação do bacalhau. Parece que no sec. XVI, os pobres que não podiam pagar a bula que os isentava da proibição de comer carne, tinham de se contentar com o peixe e, pelos vistos, o bacalhau seria o mais barato.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Carnaval

Sempre tive uma relação amor-ódio com o Carnaval.

Gosto muito de ver crianças e adultos mascarados, mas não entendo a mania de tentar recriar um clima tropical em pleno Inverno. Morro de pena ao ver as sambistas, roxinhas de frio e quase mumificadas. Bem fazem os Venezianos com os seus sumptuosos trajes que, além de serem lindos, são bem mais apropriados ao clima europeu.

Acho mesmo que o Carnaval devia ser uma festa móvel, a realizar-se em data a definir de acordo com o clima de cada país. Em Portugal, por exemplo, podia ser logo a seguir à Páscoa para não colidir com a Quaresma. Agora que está na moda, podia lançar-se uma petição, dirigida a quem de direito.

Em todo o caso, a festividade tem este ano, e como não podia deixar de ser, um significado especial para mim. É que em 2009 o meu Carnaval foi, literalmente, o Carnaval dos Hospitais. Como já contei noutro post, a minha Leonor resolveu armar-se em Karateca e, às 29 semanas de gravidez, resolveu que a mãe devia ir passar uma semana ao hospital. Tanto pressionou o rim direito que eu, depois de passar uma semana sem comer e sem dormir, tantas eram as dores, lá fui para uma semaninha de internamento.

Piores que as dores, era a angústia e o medo que a bebé tivesse algum problema. Parecia uma presidiária a fazer contagem decrescente e a festejar cada semana que passava, que era mais uma em que nos aguentávamos e os órgãos da Leonor iam ganhando maturação naturalmente.

Agora à distância, não sei como aguentei, sei é que passei a ver o Carnaval de outra forma.

Aproveito para mandar um beijinho às meninas com qem partilhei aquela semana. Lúcia, Belmira e Carina que tanto lutaram pelos seus bebés e foram para mim um exemplo de força e perseverança.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

DIA INTERNACIONAL DA CRIANÇA COM CANCRO

Hoje assinalou-se o Dia Internacional da Criança com Cancro.

Nas várias notícias que ouvi, chamou-me a atenção a referência ao facto de, em regra, as crianças com cancro reagirem melhor aos tratamentos do que os adultos.

E de facto, posso dizer (por experiência própria) que estas crianças dão uma verdadeira lição de vida a quem com elas se cruza.

A sua força é espantosa e deixa-me a pensar como era bom que mantivéssemos sempre a sua inocência e ausência de preconceitos.

A todos os pais que enfrentam a dor de lidar com a doença, seja ela qual for, dos seus filhos, envio um grande beijinho e os meus votos de coragem para superar esse momento difícil.

1.º dia no Infantário

Um dia tinha de ser e foi hoje.

A princesa rainha ficou, pela 1.ª vez, no infantário.

Sem dramas, tal como eu imaginava, lá foi para os braços da auxiliar, deixando os papás muito comovidos.

O problema, tal como eu já suspeitava, vai ser a alteração de horários. Metade dos ascendentes de Sua Alteza Real são alentejanos e isso é bem notório.

É uma verdadeira soneca e 1.º que acorde é preciso uma boa meia hora. E isto depois de mais de 10 horas, CONSECUTIVAS, de sono.

Passada 1 hora e meia já tem sono outra vez. Ou seja, chegou ao infantário cheia de sono e na hora do almoço queria era deitar-se. Lá comeu meia sopita e aterrou.

O combinado tinha sido ir buscá-la logo a seguir ao almoço. Chegámos e a Bela Adormecida estava nos braços de Morfeu. Voltámos pelo mesmo caminho e regressámos passada 1 hora.

A senhorita tinha acabado de acordar e estava muito mal humorada, pois tinha sido acordada pelo choro de um dos coleguinhas. Quando veio para o meu colo, em vez de sorrir, choramingou, como que a fazer queixinhas.

Pobrezinha, vai ter mesmo de alterar os seus horários pois 6.ª feira já vai ser a sério, das 10h às 17h.

Este foi um dia muito ansiado pelos papás, que queriam saber como reagiria no infantário.

Teve também o simbolismo de representar o regresso da família à sua rotina normal

domingo, 14 de fevereiro de 2010

A propósito do Dia dos Namorados

Sou tão romântica, tão romântica que quando o meu marido, então namorado, me ofereceu um ramo de margaridas, logo no início do namoro, lhe disse que quando via um homem a oferecer flores pensava logo - já fez asneira e quer desculpar-se.

Não que pensasse que fosse o caso concreto, não que não gostasse de flores. Estava só a dizer qual costumava, regra geral, ser o meu 1.º pensamento naquele tipo de situações.

Resultado, agora pago pela língua. Nunca mais vi uma florzinha que fosse, nem uma papoila daquelas que se apanha na beira da estrada.

Moral da história: "aos homens nunca se pode mostrar as mangas todas" (conselho sábio da minha avózinha).

Tirando isso, nenhum de nós dá valor ao Dia de S. Valentim que nos parece uma importação americana com intuitos comerciais e apesar de não haver flores, há muito Amor no Ar (afinal parece que até tenho alguns laivos de romantismo) todos os dias.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

9 Meses de uma linda borboleta



Cá está a minha borboleta, 9 meses depois de ter saído da crisálida, a viver o seu 1.º Carnaval.

Esta semana descobrimos-lhe mais 4 dentinhos, são já 8 no total. A danadinha já começa a pensar que é gente e reclama quando a coisa não lhe agrada.

Adora puxar-me o cabelo com as duas mãos e eu adoro que o faça, depois de meses em que não deixava que, sequer, lhe tocasse.

Um Amor, cada vez maior.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Acham mesmo?

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Acham mesmo que não há liberdade de expressão em Portugal?!!!!!!!

Fenómeno do Entroncamento

Se não fui já, devo estar a entrar para o rol dos chamados "Fenómenos do Entroncamento".

Como se não me bastassem as aventuras em que me meto por azelhice, eis que a Segurança Social resolveu "fazer-me" (salvo seja) um filho.

Ora, uma vez que a Leonor faz amanhã 9 meses e que o pai assistiu ao parto do princípio ao fim, assegurando-se que era mesmo só uma cria, a criancinha tinha de ter nascido antes.

Eu lembrava-me se tivesse tido outro filho, não acham?

E mesmo que fosse verdade, a notícia não se dá assim, por ofício. Entra-me o homem em casa, ontem à noite, esbaforido, com o tal ofício da Segurança Social que solicita a restituição de prestações que, segundo eles, me foram pagas à conta do filho que não sabia que tinha.

"Não tornas a escrever para lá", diz-me ele, a ferver de raiva.

Agora rio-me, mas ontem (por segundos) não achei piada.

Das duas umas, ou é vingança da Segurança Social ou há alguém que se deleita a ler as minhas contestações (esta será a 4.ª). Se for a 1.ª hipótese, lamento porque se há sentimento feio é o de vingança. Caso se verifique a 2.ª hipótese, era só dizer, não era necessário criarem crises conjugais.

Certo, certo é que alguém ficou baralhado quando eu, a verdadeira tecla 3 (nas palavras do meu amigo engenheiro), interrompi o gozo da licença parental, por motivo de doença. Eu devia ter desconfiado quando fui entregar o 1.º CIT e vi 3 funcionários, quais baratas tontas, a andar de um lado para o outro, sem saber se aquilo era possivel. Depois disso tenho recebido Notas de Reposição, atrás de Notas de Reposição, e lá mato saudades de fazer umas contestações (sem resposta até à data).

Agora começaram a jogar mais pesado.

Enfim, só para a minha paciência que está a "modos que" esgotar-se.

Dão-se alvíssaras

........ a quem conseguir encontrar o SOL hoje.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

É oficial

É oficial.

A partir de hoje, quando pedirem que me defina, posso dizer que sou "aquela que, por motivo de perda ou anomalia, congénita ou adquirida, de funções ou de estruturas do corpo, incluindo as funções psicológicas, apresente dificuldades específicas susceptíveis de, em conjugação com os factores do meio, lhe limitar a actividade e a participação em condições de igualdade com as demais pessoas", que é como quem diz sou considerada uma pessoa com deficiência.

Fui hoje a uma Junta Médica, para efeitos de Benefícios Fiscais, que me atribuiu uma incapacidade de 60%.

Se conseguir abstrair-me do motivo que originou a minha inclusão na definição acima transcrita, e me concentrar na parte materialista da coisa, até posso dizer que me sinto cheia de sorte.

Quanto ao processo de atribuição da incapacidade, o que me ocorre dizer é "No comments". Se é para ler relatórios (os mesmos, diga-se de passagem) porque é que tive de ir lá 2 vezes? Não podia ter enviado os documentos por correio?

Há coisas que ultrapassam a minha capacidade de entendimento. Deve ser por causa da deficiência.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

HISTÓRIA DELICIOSA

Digam lá se esta história, publicada no JN de hoje, não é uma delícia.

Pobre homem, estou quase tentada a concordar com os franceses que querem proibir o uso das burkas. É que há por aí muita fraude, onde é que já se viu tentar ludibriar alguém desta forma. Magoado e com o bolso mais leve, não podemos admitir isto em pleno século XXI.

Aqui deixo o meu protesto e apelo no sentido da defesa dos direitos dos homens.

Ai que a minha mãe passou-me a causticidade.



Noiva árabe escondia barba debaixo do véu

Um árabe descobriu que a noiva escondia barba quando a tentou beijar. Ao levantar o véu constatou, ainda, que era vesga.

A burka e o niqab podem ter a vantagem, da perspectiva machista, de proteger a mulher da cobiça alheia. Mas, antes do casamento, podem ser uma armadilha, especialmente quando a falta da virtude é essencialmente a nível espiritual.

Um embaixador árabe dos Emirados Árabes Unidos descobriu que a noiva era vesga e tinha barba pouco antes do casamento. O adido, cujo nome não foi divulgado, tinha visto a mulher apenas algumas vezes, mas esta, recatada pensaria ele, nunca mostrou o rosto, escondido pelo niqab.

Depois de assinado o contrato do casamento, o embaixador tentou beijar a noiva e foi então que descobriu que a mulher tinha pelos na cara e trocava os olhos. O véu, que serve para cobrir de modéstia as virtudes, escondia a fealdade de corpo e mente, de filha e mãe.

Contou o embaixador a um Tribunal islâmico dos Emirados Árabes Unidos, que foi enganado pela mãe da noiva, que lhe mostrou fotografias de uma irmã, crê-se, uma beldade, dizendo que se tratavam de imagens da filha barbuda.

Desiludido e enganado, pediu a anulação do contrato de casamento e exigiu à ex-noiva o pagamento de cerca de 92 mil euros, montante que diz ter gasto para presentear a ex-futura mulher com roupas, jóias e outros prendas.

O tribunal anulou o contrato mas rejeitou o pedido de compensação financeira, conta o jornal Gulf News.

Tio Patinhas

Presa por ter cão e por não ter, é assim que me sinto quando recuo à minha adolescência e recordo algumas pessoas a chamar-me forreta. Quer dizer, se fosse desgovernada era porque era desgovernada, como era/sou poupada é porque sou forreta. Ninguém os entende.

Ainda mais injustiçado neste campo é o meu avôzinho, um verdadeiro Tio Patinhas, que, venho a descobrir agora nas minhas deambulações por n blogs de poupança doméstica, afinal é "muito à frente" nos seus hábitos de poupança.

Pois é avô, agora vamos calar a boquinha daqueles ignorantes (eles sabem quem são).

Ide, ide ver o wwww.poupaeganha.com e depois digam quem tinha razão, se tiverem essa humildade.

Afinal há malta ainda mais criativa que o meu avô, no que aos hábitos de poupança se refere, e ainda vende livros e alimenta blogs.

Tirando algumas "ideias do arco da velha", há algumas bem interessantes nesses blogs todos, e neste em especial cuja leitura recomendo (NOTA: chegou ao meu conhecimento através de e.mail, enviado pela grande ursinha que é a minha irmã do meio).

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Angústia do guarda-redes antes do penalty

Estou assim com qualquer coisa que se deve assemelhar à angústia que os guarda-redes sentem antes de um penalty.

Depois de 9 meses de inactividade profissional, eis que estou prestes a voltar a picar o ponto.

Apesar de já sentir a falta do trabalho, coisa que, estou certa, passará poucos segundos depois de o iniciar, não deixo de sentir alguma ansiedade. É que por mais que tenha procurado manter-me sempre actualizada, e arejado os meus códigozinhos, que se fartaram de passear entre a Feira e Alfena, estou completamente sem ritmo.

Valha-me, uma vez mais, a minha Leonor pois à sua conta, e até fazer 1 anito, terei direito às duas horas para aleitação, ajuda preciosa neste recomeço.

Estou curiosa para ver o que mudou, ou não, em mim e só o saberei quando for lançada no mundo real.

Assim de repente, penso estar igual. Mas perguntas como a que me fizeram há dias, se já me sentia a mesma Susana de antes, e comentários de quem já passou por situações similares e diz que nunca mais nada será como dantes, deixam-se a pensar e aguçam esta curiosidade.

A coisa até deu direito a sonho e tudo. Esta noite deu por mim a sonhar que me tinha enganado e regressado ao trabalho um dia e meio (achei curiosa a precisão) antes.

Como não estavam à minha espera, ninguém me recebeu e as pessoas que estavam lá no trabalho eram-me desconhecidas. Para completar o quadro, o meu gabinete (que no sonho era o meu quarto de solteira, em Allfena) estava todo mudado e tinha sido ocupado por outras pessoas. E assim fiquei eu, sózinha no edifício e sem saber para onde ir.

Esquisita a mente humana, não?

Dia 19 à noite já vos conto como foi.

Banco Público de Sangue do Cordão Umbilical



Para as Futuras Mamãs, aqui vai uma informação importante.

O LUSOCORD é um Banco Público de Sangue do Cordão Umbilical, de âmbito nacional, que deverá receber as dádivas de sangue do cordão umbilical (SCU) de todas as mães que o queiram doar para uso em transplantação e investigação.

Foi assim que a Carmen conseguiu o seu dador de medula óssea. Podem encontrar mais informação em http://www.chnorte.min-saude.pt/lusocord.php

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Psicologia

Caso não tivesse optado pelo curso de Direito, o de Psicologia seria certamente a minha escolha.

Acho fascinante perceber o motivo de certas reacções individuais ou colectivas e a melhor forma de lidar com elas (seja com as nossas, seja com as de quem nos rodeia).

Gostava, por exemplo, de saber porque é que a humanidade (na qual me incluo, pois claro) se pela por ver os deslizes e fragilidades do seu semelhante.

Ontem à noite estava a ver o Ídolos, enquanto teclava com uma grande Amiga que certamente se virá aqui acusar, e diz-me ela "vista a queda do Pedro Abrunhosa?". E eu, não, quando foi?!!!. estava distraída com o PC, mas amanhã já vou ver ao youtube, respondi automaticamente.

E hoje de manhã lá fui, claro e claro que o que não falta são videos com a queda e dezenas de comentários. Coisas de quem não tem que fazer, ou não.

Ver a queda não me alegrou nem entristeceu, são coisas que acontecem. Todos nós já caímos. Então porquê o interesse? Isto deixa-me a pensar, especialmente porque o nosso voyeurismo não se resume, em regra, a quedas.

Algum psicólogo aí desse lado que me ajude a perceber o fenómeno?

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Madrinha babada



Ontem foi mesmo um dia cheio de emoções. Depois de passar a manhã na bola, eis que à tarde fui cumprir uma missão que muito me honrou.

A Maria, ou Rita, mas nunca Maria Rita, convidou-me para ser sua madrinha de Crisma e, ufana de orgulho, lá fui eu acompanhá-la a receber o Sacramento da Confirmação.

Obrigada pelo privilégio que me concedeste, Maria ou Rita :)

A Leonor aguentou estóicamente durante as 2 horas que durou a cerimónia e foi o encanto das velhinhas que estavam ao redor, deixando o seu papá todo vaidoso.

Viemos para ganhar

Aproveitando que, nas palavras da minha Amiga Joana, estou a viver uma 2.ª vida, resolvi fazer uma viagem ao passado.

Ontem meti-me na máquina do tempo e recuei uns bons 20 anos. O destino escolhido foi o estádio Marcolino de Castro, aqui na Feira, que está igualzinho.

O Beira Mar veio jogar aqui à Feira e lá arrastei o meu pai à bola, tal como nos bons velhos tempos.

Exceptuando a nossa aparência física, que não deu para alterar, foi tudo como dantes. A ansiedade, até ao último minuto, de saber se o meu pai queria ir ou não, a pequena claque com os seus bombos, os treinadores de bancada, os homenzinhos a pisar a relva no intervalo, o estádio velhote (...) e eu histérica de felicidade.

Quando entrei a claque estava a cantar "Viemos para ganhar" e ganhámos mesmo. 2 secos.

Como estou uma piegas, caiu-me logo a lagrimita, assim que entrei e passei pelo meio da claque.

Sempre fui de lágrima fácil. Até aos meus 25 anos, bastava alguém levantar-me a voz ou ser injusto que eu desatava logo a chorar. Nunca fui de me emocionar chorar com músicas ou filmes, por exemplo. Chorava por situações da vida real, nada de romantismos.

Agora qualquer coisinha que veja faz-me vir a lagrimita ao olho. É a bola, o carnaval, as músicas mais pirosas e meladas (....).

Parece que é mesmo verdade que "de velho se torna a menino". Vamos lá ver se isto passa, porque começa a ser constrangedor fazer beicinho a toda a hora e em qualquer lugar.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Como se afastam os fiéis

A minha avó sempre me ensinou que não íamos, ou deixávamos de ir, à Igreja por causa do padre que lá estava. Íamos por uma questão de fé e devoção e ponto final.

E de facto é assim que devia ser. No entanto, é inegável que o bom acolhimento dos intermediários de Deus na Terra é determinante para cativar ou desmobilizar os fiéis.

A capacidade de transmitir os princípios da fé, de forma adequada à vida actual e sem fechar os olhos à realidade e a linguagem clara e sem falsos moralismos são características que muitas vezes faltam na Igreja e é com tristeza que o constato.

Ontem tive mais um triste exemplo de como o facto de encontrar um "mau Pastor" pode fazer com que o rebanho se disperse.

Quero baptizar a Leonor em Maio, aproveitando para festejar o seu 1.º ano de vida. Por todos os motivos possíveis e imaginários, sonho com um dia especial e queria marcá-lo com uma Eucaristia de Acção de Graças. Uma cerimónia individual e animada pelo meu Grupo de Jovens "Adoramus TE".

Como não me passa pela cabeça ter de mentir a um Padre(como sei que sucede muitas vezes) para conseguir contornar algum requisito, caí no erro (pelos vistos) de dizer a verdade.

Expliquei ao sr. padre que não vivíamos naquela Paróquia, mas queríamos que a cerimónia se realizasse ali, pois é onde vivem os padrinhos e onde se realizará o convívio com familiares e amigos. E que gostava que a cerimónia fosse individual pelo significado que a comemoração encerra (lá contei que me tinha sido diagnosticado cancro durante a gravidez ...).

O que eu fui fazer. Parece que cometi um crime lesa-majestade. Para já, nas palavras do Sr. Padre, a minha intenção de ter uma cerimónia individual é pouco eclesial. Segundo me disse (e consigo perceber) a intenção de quem vai à Igreja deve ser igual independentemente de a pessoa ir agradecer ou pedir. Ok e o que é que isso tem a ver com o facto de que goistar de ter uma cerimónia mais intimista? Será que é egoísmo da minha parte?

Depois veio a lição de Direito Canónico. Segundo o Cânone ..., do Código de Direito Canónico de 1982, rege o Princípio da Territorialidade. Ou seja, a criança deve ser baptizada na paróquia onde reside, mesmo que não tenha ligação nenhuma a essa Paróquia, como é o caso. O que significa que teríamos de fazer um requerimento ao nosso pároco que, caso o entendesse, o remeteria ao Bispo da Diocese do Porto. Este, por sua vez, remeteria o requerimento ao Bispo de Diocese de Aveiro e logo se veria.

De repente pensei estar a sonhar, mas um sonho daqueles de mau gosto. Tenham dó, farta de códigos estou eu. Uma aula de direito canónico era a última coisa que queria. Nunca vi nada tão descabido. E eu até frequentei as aulas da disciplina, extra-curricularmente, durante 1 semestre.

Por acaso a minha formação académica é o Direito, coisa que o sr. padre desconhecia, pelo que a linguagem técnica e alusões ao "espírito do legislador" me são familiares, mas por favor. Eu só queria baptizar a minha filha. Não é assim que se recebem as pessoas. Por estas e por outras é que as Igrejas estão cada vez mais vazias. Este tipo de entrave não faz sentido nenhum. Quem é que, nos tempos que correm, tem disponibilidade para fazer requerimentos e andar de um lado para o outro para tratar de burocracias sem sentido?

Não admira que as pessoas desistam. Senti também uma falta de humanismo que me chocou. O sr. padre nem me perguntou como me sentia ou sequer desejou as melhoras. LImitou-se, pura e simplesmente, a debitar a sua interpretação pura e dura do Código de Direito Canónico.

E tinha sido tão simples. Bastava-me ter dito que morava na Paróquia e dar a morada da minha Dina.

Enfim, uma experiência para esquecer.

Felizmente não sou de generalizar e tenho consciência que é pelos Princípios da Fé Cristã, nos quais acredito, que me devo reger e não pelo que dizem ou fazem alguna maus representantes da Igreja que não passam de Homens como eu.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

As melhores Notícias

Hoje tive a melhor das notícias, as análises deram negativo.

Ou seja, tenho qualquer coisas (as mãos comprovam-no), que não lúpus ou artrite reumatóide. Estou super contente, claro.

Posto isto, tenho de me retratar (deve ser assim que se escreve, agora com o acordo ortográfico). A minha querida oncologista sempre tinha pedido as análises. O que acontece é que, para obter os resultados, é necessário utilizar uns kits quaisquer e, para os aproveitar, o laboratório só analisa as colheitas quando tem vários pedidos de análises.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

DIA MUNDIAL CONTRA O CANCRO

Hoje é o Dia Mundial contra o Cancro e só o soube agora, ao passar por blogues de algumas amigas virtuais.

Há dias em que me incomoda muito ouvir falar em cancro. Estou um pouco farta do tema, mas tenho consciência que é óptimo que seja tão falado na imprensa, desde logo para que as pessoas tenham noção que há alterações de hábitos de vida que podem ajudar a prevenir o cancro (deixar de fumar, evitar solários e exposição solar exagerada ...).

Isto para não falar nos exemplos de sucesso que a imprensa mostra, as vitórias de quem se depara com este problema e o supera. Estes casos, que são cada vez mais numerosos, dão força a quem tem de enfrentar a doença e ajudam a dissipar a conotação que existe entre cancro e morte. É que quase pior que receber a notícia de que se tem cancro é ter de lidar com olhares de pena e comentários do género "coitada, tão nova e agora com um bebé".

Por isso é importante lembrar e marcar este dia. E nada melhor para marcar este dia do que a notícia (que soube há 2 dias) de que a Carmen já encontrou um dador compatível. As células do cordão umbilical de um dador estrangeiro vão ser utilizadas, assim que a pequenita estiver em condições de as receber. Não é garantia de cura, mas é um grande passo nesse sentido.

Só que falta ainda um dador para o Afonso, a Sofia, a Marta e tantos outros. Por isso há que continuar à procura. A família da Carmen, num acto de comovente altruísmo, continua a sua missão de divulgação desta causa, salvar vidas, e lançou um desafio ao país, o de entrar para o Guiness com o maior número de dadores de medula óssea. Seria um orgulho para Portugal e finalmente existiria um recorde com sentido.

Bora lá?

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

As nossas mini-grande férias




Finalmente conseguimos ter uns diazitos de férias os três. O Nelson bem precisava, o ano passado foi "gozando" (palavra tão mal empregue) os dias de forma avulsa, para me acompanhar a consultas e tratamentos no IPO.

Lá fomos até ao Douro. Eu parecia uma criança que nunca tinha saído de casa. Senti-me tão feliz.

É engraçado como tudo o que faço e vivo agora me parece especial. Faço uma festa da coisa mais banal, seja pelo susto que apanhei, seja por ser a 1.ª vez que a Leonor a vive.

Gostei muito de conhecer o Douro, cada vez gosto mais de descobrir o nosso lindo país. A foto que coloco é da paisagem que víamos do nosso quarto.

Nem quero pensar quantos quilos aumentei, que aquela gente mete alheira em tudo e eu, como sabem, não tenho controlo nesta boquinha.

Achei imensa piada à nova moda de servir pão e azeite, como "amuse bouche", coisa mais chique. Quem se havia de se rebolar a rir era o meu tio António, lá no Alentejo. Modernices.

Enfim, foram uns dias muito bons e especiais.

Voltei recauchutada e muito mais leve, apesar do peso.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

85 Primaveras


Faz hoje 85 anos que nasceu, na freguesia da Urra, concelho e distrito de Portalegre, um menino a quem foi dado o nome de Emílio Romão Raimundo de Matos.

Por surpresas da vida, a família teve de deixar o Alentejo e rumar a Coimbra, onde o menino foi crescendo e despertando para a música.

Cedo foi começando a tocar a sua concertina nos bailaricos das terras vizinhas, para sustentar a família. O seu talento para a música foi chamando a atenção e o povo de Coimbra, por iniciativa do Diário de Coimbra que organizou um espectáculo de circo, mobilizou-se para angariar fundos e comprar um piano para aquele menino que se destacava dos demais.

O seu talento, espírito de sacrifício e capacidade de trabalho, não passaram despercebidos, o que lhe permitiu, com a ajuda de alguns mecenas, estudar e concluir, brilhantemente, os cursos superiores de música e composição.

Dedicou grande parte da vida ao ensino e penso poder dizer, sem estar longe da verdade, que marcou muita gente.

A mim marcou certamente e muito.

Está escrito no meu album de criança, pelo punho da minha mãe, "aos 10 meses preferia o colo do avô materno a qualquer outro".

Muito mais podia dizer sobre o meu avô, que é uma pessoa muito peculiar e tem um percurso fascinante. Sou uma neta babada.

Sò queria 10% da sua capacidade de trabalho, organização e método, memória, cultura geral...

Parabéns Avô.

CORRECÇÃO IMPORTANTE

Este post tem como objectivo fazer uma correcção importantíssima para que, como diz a minha Dininha, ninguém se acorbade.

Tenho feito apelos para que se voluntariem como dadores de medula óssea.

Erronemanente tenho chamado a essa iniciativa colheita de medula óssea quando, em bom rigor, se trata somente de uma pequena colheita de sangue (tal qual como quando fazemos análises) para inscrição numa base de dadores de medula óssea.

Correcção feita, espero que os medos que possam existir por aí se tenham esfumado todos.

15 anos depois

15 anos depois, eis que tive alta da consulta de onco-hematologia.  Diz a médica que as maleitas de que me queixo parecem ser coisas de “pes...