domingo, 28 de junho de 2020

Caminho




Caminho
Para onde não sei
Caminho porque sei 
Que não sabendo o caminho
Sei-o sempre em frente.

Preciso da vossa ajuda e sensibilidade

Como já contei aqui, fui ao estádio Mário Duarte buscar a relíquia que podem ver na foto e que em tempos foi amarela.
Mesmo sabendo que irei ser gozada o resto da minha pela maioria, e correndo o risco de ver as malas na porta, estou decidida a recuperar a cadeirinha.
Preciso pois da vossa ajuda e sensibilidade. Há ideias por aí?

sábado, 27 de junho de 2020

É o terror

Entro num espaço fechado e deixo de ver por causa das lentes dos óculos  embaciadas.
Tiro os óculos e ainda vejo menos. Por alguma coisa preciso deles.
Entretanto quase sufoco, que nunca me dei bem com coisas que se me tapem o nariz e a boca.
É o terror.

sexta-feira, 26 de junho de 2020

O ano lectivo acabou. Demos graças

Já saí da escola há umas décadas mas celebro o dia de hoje como nunca o fiz durante o meu percurso escolar.
Este terceiro período foi alucinante. Uma verdadeira prova de fogo que espero não se repita.
A única certeza que tenho é que todos saímos dele um bocado mais tolo.
Quanto às aprendizagens (e falo nas pessoais) o tempo o dirá.
Concordando, ou não, com o que foi feito tenho de deixar um enorme agradecimento aos professores que (tal como as famílias) foram carne para canhão nesta provação que é viver em plena pandemia.

domingo, 21 de junho de 2020

Na hora do adeus ao estádio Mário Duarte

Durante anos não falhei um jogo do Beira Mar no estádio Mário Duarte e acompanhei a equipa em muitos dos jogos na zona norte. Vila da Feira (sou desse tempo), Vila das Aves, Santo Tirso, Moreira de Cónegos, Porto (Boavista, Salgueiros), Póvoa do Varzim, Paços de Ferreira (...).
Tantas e tantas tardes de domingo, passadas com o meu pai. A rezar para que não desistisse de sair de casa nos dias de chuva intensa em que, sabíamos, o relvado ia estar um autêntico lamaçal ou que não decidisse regressar por achar o preço dos bilhetes muito caro.
Tantas e tantas memórias. Do caderninho em que apontava os resultados dos vários jogos da jornada. Da vitória que era não descer de divisão. Da tristeza pela injustiça de algumas derrotas (como se alguma fosse justa para que perde). Do carrinho dos gelados. Dos cachorros quentes vendidos por jovens empreendedores. Da alegria de era (simplesmente) poder ir.
Com o tempo (e as decisões de alguns que a todos acabam por tocar) fui vendo o clube ir ao fundo. Ficar sem a casa de sempre. Mas também vi a força dos adeptos que (com tenacidade) voltaram a dar alguma cor ao velhinho estádio Mário Duarte, mesmo sabendo que o seu fim estava (há muito) anunciado. É assim a dedicação, movida pela eterna esperança de que o tal final seja (afinal) feliz.
Até que chegou a hora do adeus. A Direcção convidou os adeptos a fazer uma última visita e a levar uma recordação. 
E lá fui eu de máscara (como os tempos impõem) e lagriminha no olho à conta das 1001 memórias, dos Amigos lembrados, de tantas vidas lá vividas.
Fui e trouxe uma cadeira desbotada, em tempos amarela. Se precisava de uma cadeira para me lembrar do estádio Mário Duarte? Não, não precisava. O que lá vivi nunca me será tirado. 
Afinal tudo tem um fim. Novos dias virão e, naquele espaço, muitos ganharão nova vida já que servirá para ampliar o hospital. Parece-me um excelente destino para o Mário Duarte.
Ei avante rapaziada, ei avante sem parar. Ei avante, ei avante. Beira Mar, Beira Mar, Beira Mar!







quarta-feira, 17 de junho de 2020

A honra de ser nomeado fiel depositário de um diário

- Mãe, não sei onde guardar a chave do meu diário!
- Primeiro tens de arranjar uma caixinha e depois pensar num sítio para a colocar.
- Pai, fica aqui a guardar o meu diário!
E assim o pai foi nomeado fiel depositário do diário, sem ter noção da honra que é ser merecedor de tamanho voto de confiança.

domingo, 14 de junho de 2020

70 Primaveras


O melhor sogro do mundo fez ontem 70 anos e sabíamos que a melhor prenda que lhe podíamos dar seria estar com os seus tesouros que não via há tempo demais. Assim resolvemos rumar até Ponte de Lima e recriar (naquilo que é possível) o mesmo dia de há 10 anos. Ementa incluída. Foi tão bom ver a sua cara de felicidade.






quinta-feira, 11 de junho de 2020

Agora percebi a origem do racismo

Foi preciso começar a ver notícias sobre malta a vandalizar estátuas do Cristovao Colombo e canais de TV a retirar da sua programação filmes como “E tudo o vento levou” para perceber a origem do racismo.
O problema é que somos todos uma cambada de acéfalos a quem insistem em ensinar história mas que depois não consegue perceber que entretanto chegámos ao séc. XXI.
É por isso que há pais que (neste tal séc. XXI) recusam deixar os filhos numa festa infantil por o animador ser negro (toda a gente sabe que os loiros de olhos azuis são muito mais confiáveis.
Vamos (pois) arrancar as páginas dos livros de história e todo e qualquer tipo de referência ao passado.
É assim que se ultrapassa o racismo. Vão-se mas é encher de pulgas com estas manifestações grunhas e inconsequentes.

sábado, 6 de junho de 2020

Objectividade subjectiva

Quem me acompanha pelas redes sociais já viu estas fotos. Objectivamente, trata-se do tronco de um manequim amarrado a um poste. Como adereços, um soutien branco e (entretanto) uma máscara cirúrgica.
Subjectivamente, este manequim já deu origem a 1001 teorias. Há quem o ache aterrador, há quem o ache uma forma de expressão artística. Outros interpretam-no como forma de protesto ou denúncia. E até existe quem o leve para os lados da feitiçaria.
Eu cá estou cada vez mais curiosa em relação ao significado que o autor lhe atribuiu, certa de que se este manequim estivesse no Museu de Serralves seria considerado uma obra de arte contemporânea.
Engraçado como algo tão objectivo quanto um manequim amarrado a um poste desperta tanta subjectividade não é?



O karma é tramado

-Mãe, cala-te! Não cantes, que vergonha!
Filho és pai serás.

terça-feira, 2 de junho de 2020

Acordem-me quando o SCP for campeão

Podia ter recorrido a qualquer outro evento incerto ou pouco provável, mas caí na tentação da piada fácil.
Acordem-me quando o SCP for campeão, por favor. Preciso de hibernar.

15 anos depois

15 anos depois, eis que tive alta da consulta de onco-hematologia.  Diz a médica que as maleitas de que me queixo parecem ser coisas de “pes...