sábado, 22 de agosto de 2020

Apesar dos pesares

Apesar dos pesares

Sorrisos e esgares

Do pouco que se sonhou

E o muito inesperado 

Só no agora se faz vida

Costas direitas

Peito cheio de ar

Olhar fixo em frente

Coração aberto para receber

O que for

Pois apesar dos pesares 

A vida tem sempre algo para dar


terça-feira, 11 de agosto de 2020

Sobre confiança

 Hoje vivi uma história deliciosa sobre confiança que não posso deixar de partilhar.

Marcámos mesa no restaurante Nossa Senhora do Almortão, em Almortão, um sítio lindo mas longe da povoação.

Quando chegámos vimos o aviso sobre a falta de multibanco, algo impensável para uma família citadina. Meios chateados, confesso, perguntámos onde ficava o ATM mais próximo e a resposta deixou-nos de queixo caído. Não se preocupem, depois passam em Idanha-a-Nova onde temos uma esplanada e pagam.

Idanha-a-Nova fica a 9 kms, refira-se.

Uma prova de confiança cega que muito me tocou.

Não menos importante, a perdiz estava de truz como diria o meu avô.

Recomendo, por todos os motivos

domingo, 2 de agosto de 2020

Há explicação para isto?

Por razões de trabalho, uma das minhas irmãs teve de ir para a Áustria devidamente munida do teste ao Covid. Sucede que fez escala na Suíça o que deve ter neutralizado o vírus pois, chegada ao destino ninguém lhe pediu o teste.
Mais tarde, já na Hungria, foi a um supermercado com duas colegas. Uma delas não tinha máscara e foi barrada por um segurança que (de máscara no queixo) lhe indicou uma farmácia. Comprada a máscara, colocou-a no queixo e entrou no supermercado.
E é Portugal o país de risco.
Como estes, tinha outros exemplos de comportamentos inexplicáveis face ao Covid. A única conclusão que consigo retirar é que este vírus enlouquece a malta.

sábado, 1 de agosto de 2020

É hora de desapego e partilha

Diz-me a experiência que a grande maioria de nós (os que têm possibilidade de se queixar nas redes sociais) tem excesso de bens materiais.
Isso não significa liquidez, obviamente, mas sejamos francos quem é que precisa de acumular roupa, louça, electrodomésticos, brinquedos (...)  intocados há séculos e que poderiam ser úteis a tantas famílias.
Desde que o Covid surgiu na vida da humanidade que a minha maior preocupação tem sido as suas consequências económico-sociais. Assusta-me (moderadamente) a questão da saúde, naturalmente, mas eu sou aquela que foi apanhada por cancro acerca do qual nem sequer se conhecem causas que o possam acordar. Por isso, o problema (gravíssimo) da saúde não pode ser o único foco da nossa atenção.
Isto tudo para não deixar esquecer que há muitas famílias a precisar daquilo que acumulamos e existirão muitas mais quando se acabarem as moratórias concedidas às empresas.
É momento de desapego e partilha. Aos que não acreditam em instituições, experimentem falar com amigos, vizinhos e conhecidos. Há sempre quem conheça alguém que precise do que temos a mais ou que passe a palavra.
Não custa mesmo nada, bem pelo contrário.
Final de sermão.

Volte sempre senhor carteiro

  Volte sempre senhor carteiro. Volte sempre.