Diz-me a experiência que a grande maioria de nós (os que têm possibilidade de se queixar nas redes sociais) tem excesso de bens materiais.
Isso não significa liquidez, obviamente, mas sejamos francos quem é que precisa de acumular roupa, louça, electrodomésticos, brinquedos (...) intocados há séculos e que poderiam ser úteis a tantas famílias.
Desde que o Covid surgiu na vida da humanidade que a minha maior preocupação tem sido as suas consequências económico-sociais. Assusta-me (moderadamente) a questão da saúde, naturalmente, mas eu sou aquela que foi apanhada por cancro acerca do qual nem sequer se conhecem causas que o possam acordar. Por isso, o problema (gravíssimo) da saúde não pode ser o único foco da nossa atenção.
Isto tudo para não deixar esquecer que há muitas famílias a precisar daquilo que acumulamos e existirão muitas mais quando se acabarem as moratórias concedidas às empresas.
É momento de desapego e partilha. Aos que não acreditam em instituições, experimentem falar com amigos, vizinhos e conhecidos. Há sempre quem conheça alguém que precise do que temos a mais ou que passe a palavra.
Não custa mesmo nada, bem pelo contrário.
Final de sermão.
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