O 11 de Setembro de 2011 foi, creio eu, marcante para toda a humanidade. A tragédia que aconteceu é algo que não se esquecerá e nos faz (ou devia fazer) pensar sobre o que é que nós, humanidade, andamos a fazer a este mundo.
Pessoalmente o dia ficou marcado, também, por uma experiência de vida.
Lembro-me de ter a televisão da cozinha em silêncio e ver imagens de um avião e de umas torres, mas não me apercebi do que tinha acontecido pois estava distraída a pensar na viagem que faria nesse mesmo dia à noite.
Tinha acabado o curso em 2000 e, ao mesmo tempo que concluía o estágio, procurava um rumo profissional para a minha vida.
Como os meus pais sempre nos ensinaram que temos de esgaravatar, embora na prática nunca nos tenham exigido isso até acabarmos o curso, concorri para um lugar na Câmara Municipal do Funchal.
Iria, pois, viajar sózinha para a Madeira nessa noite. Estranhei o facto de o meu pai me ter ligado a perguntar se estava com medo e, seguidamente, o meu avô perguntar se "ainda ia", mas estava mesmo a leste dos acontecimentos.
Só quase na altura de sair para o aeroporto é que tive noção do que tinha acontecido e do "peso" que era voar nessa noite.
Não tive muito medo, confesso, pois deve ter sido a noite em que a segurança estava mais alerta.
Fui, porque achava que devia ir. Tinha de começar a definir a minha vida, o que poderia passar pelo Funchal.
Mas confesso que fui na esperança de ficar em 2.º lugar, apesar de ter dito a mim mesma que, independentemente do que gostaria ( e que era, obviamente, morar na Aveiro dos meus amores) daria o meu melhor.
Quis o destino que o meu desejo se cumprisse e cá estou eu na minha terra.
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Volte sempre senhor carteiro. Volte sempre.
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No meio de tudo acabaste por ter sorte. Já te imaginaste a viver sozinha lá na ilha? :)
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