Não consigo fugir à meditação de fim de ano e, estando nesse processo, decidi relembrar a que fiz no final de 2013 (podem ler aqui).
A minha surpresa não podia ser maior, ao ver aquilo que desejei que acontecesse em 2014 - recuperar a serenidade!
Isto porque estava convencida que não tinha alcançado nada daquilo a que me tinha proposto, de uma lista de 5 míseros pontos.
- Não li 6 livros (mas gostei dos que li; aliás só termino livros dos quais goste)
- Não escrevi um livro (mas escrevi 1 página e mais de 500 posts no blogue)
- Não tive aulas de canto (mas fiz uma aula experimental)
- Não bordei um quadro (mas bordei uns pontos)
- Não caminhei 1 única vez antes das patroas acordarem (aqui o falhanço foi redondo)
Apesar disso RECUPEREI aquilo que mais queria, a tal serenidade que me tinha sido roubada por uns infelizes sem alma.
O ano foi intenso ao nível das emoções; foi o ano em que ficámos sem a presença física do nosso patriarca.
Contudo, e apesar da dureza das circunstâncias em que a partida ocorreu, sinto (e sem qualquer tipo de demagogia) que o Amor se fez ainda mais presente na família e, mais uma vez, saímos fortalecidos de mais uma prova que a vida nos colocou no caminho (isto sem prejuízo de, exteriormente, continuarmos sempre a embirrar uns com os outros).
Foi também um ano marcado por uma notícia que ninguém quer receber, a da doença de uma Amiga, e que me levou a pegar nas armas para, juntamente, com ela dar mais uma coça ao parvo do linfoma.
E foi o ano em que cruzei a meta (mental) dos 5 anos pós quimio.
Foi por isso, e apesar das adversidades, um ano especial.
Em 2015, para além dos óbvios e mais ou menos (in)confessáveis, o meu grande propósito é o de diminuir o número de fretes.
Estou uma rapariga cada vez mais hedonista, ainda que consciente que a minha vontade nao é livre e, acima de tudo, que a minha liberdade começa onde a dos outros acaba o que a torna algo difícil de gerir.
A todos quantos me lêem um excelente ano de 2015, pleno de objectivos alçançados e com o mínimo de fretes possível.
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