Ontem tive a felicidade de passar o final de tarde a partilhar a minha história de vida com um grupo de jovens que frequentam o 10. ano de catequese em Santo António de Vagos (obrigada catequistas Paulo e Virgínia pelo desafio lançado).
Não me canso dizer que poder partilhar a minha história me ajuda a dar sentido à doença pois acredito que poderá ajudar quem a ouve, tal como a história de outros me tem ajudado a mim.
E a verdade é que a partilha é, por natureza, bilateral. Acabo sempre por receber algo.
Ontem foi um desses momentos em que recebi muito mais do que um lindo ramo de tulipas (é inacreditável a beleza de um flor tão frágil) e um lanchinho.
Começou logo à saída do carro. Não houve uma única pessoa que tenha passado por nós sem desejar boa noite. Assim, sem nos conhecer de lado nenhum. Fiquei apaixonada com a simpatia daquelas pessoas.
Ia com algum receio de ser uma seca para aquela malta cheia de sangue na guelra. Não sei se fui ou não. Sei que a conversa foi longa e enriquecedora no que a mim diz respeito. Descobri que, apesar devtudo aquilo que tenho dito e escrito, ainda há muitas questões sobre as quais não pensei nem falei com aqueles que têm estado comigo.
A dada altura perguntaram ao meu marido se nunca tinha pensado em deixar-me e isso trouxe à baila a questão do efeito do cancro no casal (que merece ter direito a um post autónomo).
Enfim, uma experiência muito boa a de ontem em que dei o que tinha e recebi em dobro.
domingo, 15 de janeiro de 2017
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