Quando a minha filha me perguntou se sabia que tinha começado hoje uma guerra, lembrei-me de quando andava na escola primária e estava convencida que as guerras eram coisas do passado em que todos andavam a cavalo e usavam armaduras.
Com o crescimento percebi como estava errada e hoje vejo a minha filha a começar a tomar essa consciência e a, juntamente com as suas amigas de adolescência, usar as redes sociais para divulgar a notícia triste com que acordámos deixando de lado (por momentos) selfies e outras fotos cor de rosa.
Estou desolada com esta guerra mas tenho dentro de mim alguma esperança de que sirva para gerar alguma empatia nos mais novos, os adultos do futuro.
E digo isto numa semana que (na minha vida) já estava a ser marcada pela constatação de que um dos graves problemas da humanidade é precisamente a falta de empatia, fenómeno agravado pela pandemia segundo alguns estudos.
Com o coração na Ucrânia e nos seus habitantes, não filtrarei cá em casa notícias nem imagens do conflito.
Desejo fortemente educar as minhas filhas para que venham a ser construtoras de um mundo melhor onde quer que estejam e acredito que isso só é possível se estivermos de olhos e coração bem abertos. Pode ser duro mas nunca será tão duro como para quem sente na pele os efeitos desta e outras guerras que teimamos em manter.
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