terça-feira, 30 de abril de 2013

Segurança infantil

Tenho para mim que a minha mais nova tem uma vitivinicultora dentro dela, o que explicará o seu fascínio em atirar para o chão (de nossa casa) as grainhas das uvas que devora.

Ontem deixei-a, refastelada no sofá, com uma tacinha de bagos e fui para a cozinha fazer o jantar.

Pouco depois já estava agarrada às minhas pernas. Estranhei a rapidez com que apareceu e perguntei-lhe pelas uvas.

Resposta pronta "estão no chão". Corri para a sala e deparei-me com o lindo cenário de ter o chão pegado não só de grainhas de uva mas também de uvas esmagadas.

A rapariga deve pensar cultivar uma vinha dentro de casa.

Bem sei que se fosse uma mãe consciente teria ficado ao seu lado enquanto comia, mas também sei que essa consciência me levaria a outros vários problemas, nomeadamente a probabilidade de morrer de inanição ou ficar soterrada num monte de roupa suja.

Não posso estar em cima das crias o tempo todo, mesmo sabendo que têm um lado marcadamente selvagem.

São episódios como este que fazem com que sorria quando recebo comentários, como aquele ao post em que perguntava se fará mal à bexiga o facto de as crianças andarem descalças, nos quais é feita menção ao facto de a minha casa não estar suja ou ter objectos cortantes no chão.

Pois bem, a questão não será assim tão linear. Garanto a limpeza e segurança possíveis, na certeza de que as minhas filhas são capazes de tudo, o que é bom e mau.

Não posso, por exemplo, afirmar seguramente que não ande lá pelo chão uma lasca dos inúmeros pratos atirados ao ar pela Benedita parte, quando se passa dos carretos.

Cada vez mais me convenço que isto da segurança infantil é, em grande parte, uma questão de sorte.

Fazemos tudo o que podemos para os proteger, damos até a nossa vida. Depois é confiar no Espírito Santo.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Castigar ou humilhar?

Esta história de castigar, com conta, peso e medida, tem muito que se lhe diga.

Escolher o castigo, duração do mesmo e momento certo tem a sua ciência que eu, diga-se em abono da verdade, ainda não alcancei.


E a dificuldade não é só para os pais, como percebi este fim de semana quando a Leonor se zangou com uma traquinice do pai e lhe disse "se tornas a fazer isso, levas uma palmada e não sou mais tua filha".

Algo me diz que a pequena confundiu castigo com humilhação na sua luta para educar os pais.

Mas é curioso ver como sabe, perfeitamente, ir aos nossos pontos sensíveis. É que é logo a matar.

domingo, 28 de abril de 2013

Andar descalça faz mal às virgens?

Sou da geração em que era totalmente proibido às crianças andar descalças pois, sempre nos foi dito, que fazia mal à bexiga e originava infecções urinárias.

Havia até quem fosse mais longe e dissesse que andar descalça fazia mal às virgens (esta é uma teoria que achei deliciosa).

Agora que sou mãe e tenho a obrigação de zelar pela saúde das minhas filhas que, por sinal, têm alergia a sapatos e afins, agradecia encarecidamente a quem me pudesse eludicar sobre o tema.

Andar descalça faz mal à bexiga ou trata-se somente de um mito?

Porto/FCP/Porto

Ontem fomos, de comboio, até ao Porto.

Saímos em S. Bento e, quando estávamos a chegar a Santa Catarina, a Leonor questionou o pai "onde e que estão os senhores que jogam futebol?!!!".

Ao que parece, naquela cabecinha, o Porto limitava-se ao estádio do Dragão.

Pobrezinha.

sábado, 27 de abril de 2013

Passeios da escola


Sou do tempo em que os passeios da escola primária se limitavam a idas à Santa Rita (em Ermesinde, terra das gajas boas), no dia da Árvore, ao Jardim Zoológico de Lisboa, às ruínas de Conímbriga, ao Portugal dos Pequenitos e ao museu de cera em Fátima.

Actualmente os destinos dos passeios da escola, são muito mais diversificados. À conta disso, e  por enquanto só nas redondezas, a Leonor tem-se fartado de passear.

 Esta semana foi ao Museu do Brincar, em Vagos, que, diz quem já teve a sorte de lá ir, está muito giro - www.museudobrincar.com - e que deixo aqui como ideia para este fim de semana

2.ª feira a saída será à biblioteca municipal de Aveiro.

A mamã só tem de estar sempre preparada com o banco para colocar na cadeira do autocarro (e eu que sou do tempo em que os carros nem cinto tinham), umas moedinhas (quando a actividade assim o exige) e uma dose extra de paciência (que as criancinhas ficam especialmente excitadas nos dias em que vão laurear "com os amiguinhos").

Nessas manhãs, o barulho dentro do infantário é ensurdecedor, de tanta alegria extravasada.

E eu reclamo, reclamo, mas fico de lagriminha no olho ao ver a felicidade da minha mais velha e seus pares.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Rádio Ás, aquela máquina

A rádio Ás é uma webradio feita por malta de Aveiro o que, só por si, é condição quase suficiente para ser excelente.

O projecto é giríssimo, feito à base da carolice de malta muito dinâmica e dedicada a Aveiro.

Vale a pena ouvir e divulgar http://www.cm-aveiro.pt/radioas/

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Com pouco se pode ajudar muito a UNICEF



Andava desejosa  de ver as minhas pequenas com uns modelitos mais airosos, de  bracinhos ao léu, e hoje não perdi a oportunidade.

Vesti-lhes estes "vestidinhos de gémeas" (como disse uma miúda que passou por nós), da Vertbaudet, e lá fomos nós laurear para a Feira de Março.

As pequenas deliraram com os vestidos novos que serviram não só para que a mãe ficasse toda babada a olhar para elas, como para contribuir para uma campanha de vacinação da UNICEF à qual a Vertbaudet se associou e podem ver aqui http://www.vertbaudet.pt/page/vb_unicef.htm?INTCMPID=pe13:plot%20unicef .



E assim, com pouco para nós, podemos ajudar muito. Só para se ter noção, 1,50€, que foi quanto custou cada um dos gelados com os quais as meninas se lambuzaram, dão para comprar 20 doses de vacinas.



É sempre bom quando podemos juntar o útil ao agradável.

A isto se chama Liberdade

- Sabes, mãe, vou colar os convites nesta parede e no final da minha festa entrego-o aos meus amiguinhos. É uma boa ideia, não é mãe?


- Sim, Leonor, quase perfeita (disse eu, a brincar).

- Mas é uma boa ideia, ou não mãe?

- Achei gira a ideia de colar os convites na parede, mas os convites são para entregar antes da festa e não depois.

- Mãe, a festa é minha, certo?

- Sim, claro.

- Então eu é que decido o momento em que quero entregar o convite, certo?

- Certo, Leonor.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

É oficial. Chegámos à fase das queixinhas

Quando entramos em casa e a primeira coisa que ouvimos é "mãe, não estejas contente com a Tita que ela não comeu a sopa toda", percebemos que chegámos à, irritante, fase das queixinhas.

Haja paciência para mediar conflitos entre duas cachopas de "pêlo na venta" cujo lema é "antes quebrar que torcer" e que no final ainda são capazes de se unir para dar cabo daquela que as trouxe ao mundo.

Entrada gratuita na Feira de Março até domingo

Ontem, depois de escrever o último post, fez-se uma luzinha na minha cabeça.

Afinal até sei coisas interessantes da actualidade mundana. Não muitas, é certo.

Pois, a menos que tenha sonhado, li algures (penso que no Diário de Aveiro) que a entrada na Feira de Março será gratuita até ao encerramento (dia 28).

Uma medida simpática para feirantes e visitantes.

Por isso, bora lá comer a bela da farturinha, o pão com chouriço e dar uma volta nos carrinhos de choque (sendo que eu os dispenso bem).

terça-feira, 23 de abril de 2013

Swaps?!!! Importas-te de repetir?

Hoje ao jantar (na sequência de uma conversa da véspera):

Ele- Então, hoje já ouviste falar dos swaps?

Eu - ah... não. Quer dizer, ouvi qualquer coisa ....

Pelos vistos anda aí uma polémica à volta dos swaps, mas dei-me conta que a única coisa que sei àcerca da actualidade é a de que amanhã acaba o prazo de entrega do Relatório Único 2012 e dia 1 de Julho entra em vigor a obrigatoriedade de comunicar à AT os elementos dos documentos de transporte.

Acho que isto me coloca na lista das pessoas muito chatas e sem tema de conversa.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

A crise chegou à biblioteca


Desde pequena que gosto imenso de bibliotecas e nelas passei algumas horas a "viajar" através dos livros.

Um destes sábados de manhã, peguei nas minhas cachopas e fui com elas até à biblioteca municipal de Aveiro.

Fiquei surpreendida por encontrá-la tão vazia e meti conversa conversa com a funcionária que me disse que há bastante tempo que não faziam compras e ,por isso, as pessoas que passavam em busca de novidades acabavam por se afastar.

Mas há os jornais e revistas (pensei eu). Mas a funcionária continuou e disse, além disso, estivemos um ano sem jornais e revistas. Agora já temos jornais e uma revista.

Confesso que fiquei triste. Eu sei que existem restrições orçamentais mas nunca esperei que chegassem à assinatura de algo tão básico, numa biblioteca, como jornais e revistas.

Nesta altura em que tantas pessoas necessitam de arranjar formas de se distrairem, sem que isso passe por gastar dinheiro, ou procurar emprego (por exemplo), acho lamentável esta situação que, pelos vistos, estará a ser ultrapassada.

Com ou sem novidades, a biblioteca é sempre um sítio giro de frequentar e que as criancinhas adoram.

Seja com livros ou DVD´s, ainda que não sejam novidade, têm ali uma forma de se distrair e dar asas à imaginação. Podem também requisitar e levar para casa.

Uma boa forma de passar o tempo, que espero as minhas filhas continuem a apreciar.

domingo, 21 de abril de 2013

Afortunados

A Leonor virou-se para o pai e disse "somos muito afortunados. Vivemos numa linda casa e temos sempre comida".

Com o queixo quase no chão, o pai perguntou-lhe onde tinha ouvido aquilo, pois a palavra "afortunado" não é, propriamente, muito corrente.

Ao que parece, ouviu-a da boca mãe do Ruca.

Não saiu da sua cabecinha, mas aplica-se bem à família e deixou os papás com um sorriso de orelha a orelha.

Bela maneira de terminar um domingo no qual, para não variar, nos ia levando (juntamente com a sua cúmplice fiel Benedita) à loucura.

A prenda que me fazia feliz

A prenda que me fazia feliz, neste aniversário, era uma bicicleta para ir dar umas voltas até ao canal de S. Roque em dias de sol, como este.

Só tinha era de ter rodinhas.

Pensando bem, o que eu queria era um triciclo.

sábado, 20 de abril de 2013

Coisas que eu preferia não saber

- Mãe, há bocadinho deixei cair gelado ao chão.

- Ai sim? E foste lá limpar com um guardanapo?

- Não. Fui lá, com a colher, e zumba ... comi-o.

Há coisas que eu preferia não saber, mas também ninguém me mandou perguntar.

Um dia Especial e muita anisedade nocturna



A pequena Maria Leonor começa cedo a baldar-se às responsabilidades.

Na passada 5.ª feira, em vez de ir ao infantário, resolveu ir passear para o centro de Aveiro, com a tia e a avó Lili.

Ficou tão feliz (conforme se vê na foto) que até me contou todos os passos que deram, de forma pormenorizada e por sua iniciativa.

O passeio incluiu viagem de "taquici", paragem numa óptica (para comprar os ansiados óculos da Kitty) e ida ao "medicodonald´s".

Depois de relatar tudo, tintim por tintim, concluiu "foi um dia muito especial".

À noite é que foram elas para dormir. Queria, desesperadamente, que o pai chegasse, pois estava "ansiosa para lhe mostrar os óculos da Kitty".

 Quando lhe pedi para me explicar o que queria dizer ansiosa, respondeu "é quando as crianças têm brinquedos novos e os querem mostrar à família", descrição que me pareceu bastante ajustada.

Apesar de não ter tido a sorte de participar no passeio, o dia acabou por ser muito especial para mim também só de ver a alegria da minha mais velha.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Dr. Oz explica

Segundo o, sapiente, Dr. Oz, o excesso de gordura no abdomen está relacionado com o elevado nível de stress no cérebro, o que explica (digo eu) muita coisa na vida de uma mulher.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

As sentenças de Maria Leonor


"Isso não é justo" ou "O que estás a dizer não está correcto" são as sentenças gritadas pela Maria Leonor (ao mesmo tempo que esperneia e se atira para o chão) sempre que é contrariada o que, de resto, acontece com frequência.

Acho que é a chamada fase do egocentrismo que baralha a minha mais velha e a faz confundir justiça e correcção com os seus caprichos.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Hoje é dia de festa em casa da família Neves

Hoje é dia de festa em casa da família Neves.

O pai Neves faz 59 anos e estará rodeado da família que tanto ama (fica só a faltar a filha mais nova, exilada na Suécia, e o genro algures em África para o galinheiro ficar completo).

Não tendo tempo para grandes dedicatórias, até porque tenho de ir a correr para o colo dele, aqui fica a lembrança para a posteridade.

Parabéns pai. Uma beijoca grande

terça-feira, 16 de abril de 2013

Característica morfológica que me impede de "ir ao terceiro"

Embora cada vez menos, continuo a sentir à minha volta a expectativa de que "vá ao terceiro" (refiro-me a filhos obviamente).

Ora, há vários motivos para que tal maluqueira não deva aconteça. E quando digo maluqueira limito-me  ao meu contexto familiar, pois eu própria tenho 2 irmãs e acho o máximo.

Voltando aos motivos, um deles prende-se com uma característica morfológica do mais comum que há.

É que só tenho dois braços e duas pernas. Ou seja, já tenho os membros ocupados.

Passo a explicar.

Sento-me em qualquer lado, seja à mesa da cozinha seja na sanita, e vêm as minhas duas crias a correr para se sentarem também, cada uma numa das minhas pernas.

Se dou a mão a uma, tenho de dar à outra.

Se me deito tem de ser no meio delas, para que uma me mexa no cabelo e outra na boca (vá lá que têm diferentes rituais para adormecer e dá para conciliar).

Em resumo, só não me desmembraram ainda porque não calhou.

Como não há previsão que isto passe ainda durante o meu período fértil (parece que não, mas estou a poucas semanas de fazer 36 anos), está fora de questão "o terceiro", para gdescanso dos avózinhos a quem as duas pestes fazem questão de sugar todas as energias.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Always Alive

Se, há 24 horas, me dissessem que iria chorar a perda de alguém que conheci via net e só vi uma vez pessoalmente, não iria acreditar.

Acho que sempre fui muito formatada em termos de sentimentos.

Mas esta pessoa, que ontem chorei e hoje recordo com ternura e serenidade, era especial.

A Silvina, como gostava de se identificar, lutou uma dura batalha contra o cancro que, ao longo de 4 anos, a foi consumindo fisicamente.

Tive a sorte de me cruzar com ela na blogosfera e o privilégio de a receber em Aveiro e lhe mostrar um pouco da minha cidade.  A Tita partilhou com ela uma tripa de chocolate e ficaram grandes amigas.

Racionalmente, tinha noção de que não ficaria muito tempo entre nós mas acreditei sempre que um milagre aconteceria.

Ontem, quando soube que tinha chegado o fim da sua vida terrena, chorei muito. De repente, lembrei-me que a Silvina ficaria muito zangada se me visse assim.

Depois de uma noite mal dormida, acordei e percebi que o milagre era ela e o ensinamento que deixou a todos quantos tiveram a sorte de a conhecer.

Não consigo sequer ter noção do sofrimento por que passou, a todos os níveis, mas não foi isso que a fez parar.

Com mais ou menos limitações, foi sempre realizando os seus objectivos com uma determinação de leoa.

Apesar da sua história, e de se dizer muito fechada, não se fechou para o mundo.

Através do seu blogue foi partilhando a sua experiência, sem nunca esquecer o sofrimento dos outros.

Nunca esquecerei os postais de Natal, escritos com aquela letra perfeitinha, e a sua forma carinhosa de me tratar "Neves chérie".

Ontem chorei. Hoje, mais a frio, percebo que a Silvina não era nossa. Foi-nos, somente, emprestada e por isso teve de ser devolvida ao Criador.

Na ultima mensagem que me enviou dizia "still alive"; Eu respondo "Always alive", Tita catita.

domingo, 14 de abril de 2013

Ramona

O Ramona faz parte das minhas memórias de infância.

 Sou do tempo em que tinha uma jukebox, mesas de bilhar e um ambiente a fugir para o chunga.

Quando era pequenita os meus tios paravam por lá e, de vez em quando, o meu padrinho levava-me com ele. Eu adorava, como tudo aquilo que fazia com ele.

Entretanto, os tempos mudaram e o Ramona também. A todos os níveis. Agora é conhecido pelos hamburgers que, ontem, resolvemos experimentar.

Tivemos piedade da avó Lili, que se tinha ofereido para ficar com as meninas, enchemo-nos de coragem, e lá fomos os quatro.

O Ramona estava à pinha, como creio ser usual, mas acabámos por ter sorte e não esperámos muito pela mesa.

Os hamburgers são bons, apesar de eu ser mais dada a outro tipo de gastronomia, e as meninas até se portaram bem.

Só não conseguimos ir comer a bela da farturinha à Feira de Março, ao som da Ana Moura, porque não havia lugar para estacionar  nas redondezas e as alternativas implicavam fazer um longo caminho a alombar com as criaturas o que, claramente, nem a inegável qualidade vocal da artitsta justifica.

sábado, 13 de abril de 2013

Consultório sentimental de Maria Leonor

Leonor - Sabes mãe, quando for à Feira de Março, com os meus amiguinhos, tenho de dar as mãos aos meus pares.

Mãe - Muito bem. E quem vai ser o teu par?

Leonor- O Tiago

Mãe - E porquê o Tiago?

Leonor - Porque nós começámos a namorar.

Mãe - Glup! A namorar?!!! (inspira, expira ...). E porque é que escolheste o Tiago?

Leonor - Porque é sempre melhor namorar com quem já nos conhece.

Apesar de não concordar com a teoria da minha filha mais velha (só assim de repente lembro-me de 2 ou 3 casos em que, se houvesse algum conhecimento prévio, o namoro nunca aconteceria), gostei da sua capacidade de argumentação.

Realmente, o Tiago (que é o galã lá da salinha, disputado por todas as meninas) conhece-a há muito, pois andam juntos desde o berçário.

Mas é incrível, como as coisas mudam. Até aos meus 21 anos, não me atrevia a pronunciar um nome masculino dentro de casa. A minha filha, a dias de fazer 4 anos, diz-me com a maior naturalidade que namora e até desenvolve teorias sobre o Amor.

Será ela que é precoce ou eu que era atrasada?

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Os nossos vizinhos

Pouco tempo depois de mudarmos para esta casa, irá fazer em Julho dois anos, escrevi um post a lamentar o facto de os vizinhos não nos terem recebido com um  bolinho, tal como vemos nos filmes americanos.

Estava, naturalmente, a meter-me com os nossos amigos que viviam nas ruas adjacentes.

E digo viviam porque, vá-se lá saber porquê, três deles mudaram-se depois da nossa chegada. Quero acreditar que não exista relação directa com a nossa presença, embora não a estranhasse.

Pois bem, não fomos recebidos com bolinho, mas tivemos a sorte de encontrar os melhores vizinhos do mundo. Não tenho queixas de nenhuns, até porque a zona é muito pacata, mas refiro-me expressamente aos vizinhos da porta em frente.

Os nossos vizinhos são amorosos, sempre com um sorriso para nos saudar e prontos a ajudar naquilo de que vamos necessitando.

Desde resgatar criancinhas fechadas em casas de banho até carregá-las (as elas e outros volumes) escada abaixo.

Falo de uma família serena e simpática que, de repente, se viu obrigada a viver paredes meias com outra meia disfuncional e ruidosa, que a tudo tem resistido estóicamente. Até aos guinchos selváticos das duas inquilinas mais novas.

Como sei que vão passando por aqui, deixo um beijinho especial e o reconhecimento por todo o carinho com que nos têm tratado.

São os melhores vizinhos do mundo, sem dúvida.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Perceber as Regras

Leonor - Tens de perceber que há regras; as regras são importantes;

Eu - E quais são elas?

Leonor - A regra é assim, eu digo o que quero que tu faças e tu fazes; se não fizeres vais sentar-te na cadeira de pensar;

Eu- Estou a ver que eu é que tenho de arranjar uma cadeira de pensar e colocá-la ali no meio da sala. Sabes quem vai ser a 1.ª pessoa a sentar-se nela?

Tita - A mãeeeeeeee

quarta-feira, 10 de abril de 2013

O que se passará na cabeça dos avós?

Ainda hoje, com quase 36 anos, começo a choramingar quando o meu pai me "abre os olhos".

Em criança, a pergunta mais temida era "queres sentir o peso da minha mão?" e cheguei a senti-la.

Com o Nelson os métodos educativos ainda foram mais duros e, às vezes, a coisa metia cinto (confesso que tenho dificuldade em acreditar, após quase 9 anos de convivência com os meus sogros, mas eles confirmam).

Estes correctivos são criticados por muita gente, mas a verdade é que, pelo menos a nós, não terão provocado qualquer trauma irremediável e nunca nos refugiamos na droga ou no álcool.

O que me intriga é a mudança radical de comportamento que vejo existir na relação existente entre os avós (4 avós e 3 avôs, como gosta de dizer a Leonor contabilizando os bisavós) e as netas (minhas filhas).

Obviamente, não gostaria de os ver dar-lhe palmadas (para isso estão cá os papás  e as minhas palmadas são, como se sabe, extremamente eficazes - ironiazinha), mas esperava um pouco mais de autoridade.

Claro que se falarem com o meu pai vão ouvi-lo dizer que eu me devia impor mais, mas o certo é que se uma das crias recusa comer ninguém pode (à frente do avô) insistir, porque "a menina fica nervosa", etc,etc,etc

Bem sei que os tempos, responsabilidades e ansiedades são outros, o que explicará muita coisa, mas acho mesmo curioso este fenómeno.

Se houver por aí avós dispostos a debruçarem-se sobre esta questão e explicar o fenómeno, agradeço.

Até se portaram bem

Ontem, as meninas tiveram consulta em S.João de Ver (o Centro de Saúde é tão espectacular que nos mantivémos lá inscritos) e ficaram a tarde toda em casa com os avós paternos.

Quando, ao final do dia, entrei em casa pensei que por lá tinha passado um tornado. Estava tudo revirado do avesso, literalmente.

Não seria necessário perguntar, pois já sabia a resposta, mas quis saber como tinha corrido a tarde.

E a avó Mira lá começou "ai Susana, elas brigaram, gritaram, tentaram bater-nos, descalçaram-se, abriram não sei quantos iogurtes ....., mas até se portaram bem.

Se a avó o diz, quem sou eu para duvidar.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Nenhuma pergunta é inocente

Estávamos as duas, ainda ensonadas, a tomar o pequeno almoço, quando a Leonor me perguntou "O que é que me disseste ontem, mãe?".

Não percebi a questão e pedi para explicar a que se referia.

Ela repetiu "o que é que me disseste ontem", acrescentando "sobre o chupa-chupa".

Tive de sorrir. A cachopa é lixada.

Ontem, tinha-lhe dito que só hoje poderia comer um chupa-chupa e, claro, fez questão de me lembrar a promessa.

Lição do dia "nenhuma pergunta é inocente"

domingo, 7 de abril de 2013

Procura-se vestido comprido para mulher de estatura média-baixa

Alguma ideia sobre onde encontrar vestidos cmpridos, de cerimónia, para uma ragazza de estatura média a fugir pró baixa e que nunca vestiu nenhum (para além do vestido de casamento)?

Agradecem-se, encarecidamente, sugestões.

Sugestões gastronómicas da Benedita

Poderia dizer que a Benedita é gourmand mas falta-lhe algum polimento para tal (ainda há 10 minutos arremessou o prato da sopa, que se estilhaçou no chão em mil pedaços).

Digamos que a moça gosta dos prazeres da mesa e aprecia profundamente comida tradicional, preferencialmente pesada e apurada.

Ficam aqui algumas sugestões baseadas nas suas preferências:

Tripas à moda do Porto
Tripas enfarinhadas
Moelas
Mexilhões, camarões e sapateira
Caracóis com molho de manteiga
Queijinho (cabra ou ovelha)
Enchidos (desde o chouriço ao salpicão, passando pelo presunto)

E pergunto eu, quem pode censurar a cachopa ...

sábado, 6 de abril de 2013

1.º concerto da Leonor - Prokofiev

Já  tínhamos levado a Leonor a um concerto para bebés, na Casa da Música, mas ainda era muito pequenina pelo que posso dizer ter sido hoje a sua estreia num concerto.

Fomos ao Teatro Aveirense, ouvir o "Pedro e o Lobo", de Prokofiev, tocado pela Orquestra Filarmonia das Beiras.

O maestro, e narrador, foi o António Vitorino de Almeida, um verdadeiro entertainer que encantou pequenos e graúdos.

A Leonor gostou imenso e quando chegou a casa dos bisavós, correu para o piano do bisa Emílio que, infelizmente, já não se sente com saúde e coragem para tocar.

Há uns tempos atrás, ai de quem ousasse tocar no piano ou qualquer outro objecto daquela sala. Mas com a idade o coração amolece e a pequena lá esteve toda contente a martelar nas teclas.

A continuar com este gosto pela música, vamos inscrevê-la numa escola, que a rapariga é estouvada nos gestos e reacções, mas refinada nos gostos e delira com ópera e música clássica.





A precisar de ir ao pedopsiquiatra

Volta e meia fico como o tolo no meio da ponte, a questionar quem sou, enquanto mãe da Leonor e da Benedita.

Já  cheguei a ficar "proibida" de entrar em casa dos meus pais enquanto elas jantam porque, assim que me vêem, ficam meias destrambelhadas.

Só dormem se me deitar com elas, excepto qunado ficam sózinhas com o pai que as manda deitar sem que exista grande resistência.

Podia continuar com os exemplos, tão extensa é a lista, mas não vale a pena.

A verdade é padeço de um mal chamado falta de autoridade. Na prática, sou a banana cá de casa.

Acho que preciso de ir ao pedopsiquiatra para me encontrar.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Melhor que ganhar o Euromilhões

Melhor que ganhar o Euromilhões é receber a notícia que vem aí um rapagão cheio da saúde.

Depois de uns dias de angústia, eis que chegou a Boa Nova que encheu de alegria o coração das "tias" malucas.

Está tudo bem e os papás podem agora descomprimir e viver o resto da gravidez com merecida serenidade.

O cachopoesse tem umas palmadas no rabo prometidas. Ainda não nasceu e já chateia.

Como Neves que sou, consegui a proeza de ralhar com a mamã no momento em que me deu a notícia.

Desculpa "amore", foi dos nervos. É que me pregaste um grande susto com o tom de voz.

Sabes que a Amizade tem destas coisas e também eu, sem querer comparar os sentimentos, estou a descomprimir.

Estou muitooooooooooo feliz por vocês.

A partir de agora vai ser só festança rija. Acho que a coisa justificava um churrasquinho regado a Champomy.

Ementa do infantário

Se eu fosse uma mãe em condições, todos os dias iria parar para ver a ementa que está afixada no infantário e saberia o que as minhas crias comeriam nesse dia.

Ora, eu entro lá sempre esbaforida, a arrastar duas maldispostas. Aproveito todos os segundinhos para falar com as educadoras e auxiliares e saio, sempre atrasada, a correr para o trabalho.

Resultado, nunca vejo a ementa mas todos os dias insisto em fazer dela tema de conversa com a Leonor.

- Leonor, o que é que comeste hoje na escolinha?

- Humm, não me apetece dizer.

- Vá lá Leonor, a mãe gostava de saber.

- Olha, comi esparguete, massa, carne, salsichas ... e tinha mel, sal, pimenta ...

- Leonor, fala a sério. Diz à mãe o que foi o almoço.

- Olha, se queres saber, pergunta amanhã à São (a cozinheira e nossa amiga).

Dela não saco informação nenhuma. Parece que vou ter de começar a parar para ver a ementa ou não me safo. Daqui a uns tempos, tento com a Tita

quarta-feira, 3 de abril de 2013

9 anos depois o Amor continua no ar

Esperar por um gajo durante uma hora, logo no 1.º encontro, e não o mandar dar uma volta é, vejo agora, indício de que algo maior irá acontecer.

No nosso caso a coisa resultou em casamento.

Faz hoje 9 anos que começámos a namorar e continuo a receber lindas provas de Amor como a resposta que acabei de ouvir a um convite para ir ver a Maria João e o Mário Laginha.

"Não, não vale a pena. Não te vou submeter a essa tortura. Ainda por cima hoje é dia de banho".

Deu para perceber o romantismo? Ele gostava de ir, que eu sei. Eu não sou NADA apreciadora do trabalho/talento da dupla. E ainda por cima é dia de banho das nossas, omnipresentes, patroas.

O Amor é lindo.

"Defilhar - como viver a perda de um filho" - lançamento dia 06 de Abril

Não imagino o que seja perder um filho, mas convivo de perto com quem passou (passa) por isso.

Esta é uma realidade dura que não pode ser esquecida e é importante estudar.

No próximo dia 06 de Abril (sábado), pelas 17h, a Casa das Letras vai lançar o livro "Defilhar, como viver a perda de um filho", de Jos+e Eduardo Rebelo.

O lançamento acontecerá no Espaço do Luto, sito na Rua Almirante Cândido dos Reis, n.º 27-B, em Aveiro e contará com as intervenções de Idília Sá- Chaves, Professora do Departamento de Educação da Universidade de Aveiro e Marília Rua, Professora da Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro.

Fica o convite feito.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Hoje foi dia de IPO

Tal como prometido, cá estou eu a dar notícias da minha ida ao IPO.

Por parte da onco-hematologia está tudo bem e as consultas passam a ter periodicidade semestral (até agora ia lá de 4 em 4 meses).

A nefrologista também diz que não me quer ver antes disso, apesar de o valor de proteinuria na urina ter duplicado, comparado com o das últimas análises.

Na prática, e falando como uma leiga, a malha de que é composto o meu rim está lassa o que significa que, para além das impurezas, deixa passar também proteína.

Não seria suposto, mas também não será alarmante. Aumentei só a dosagem do medicamento e em Outubro se verá.

Desta vez sim, estou livre do IPO

 Depois da onco-hematologista me ter dado alta do IPO, foi a vez da nefrologista o fazer (ainda que com indicação de ser seguida em consulta...