sábado, 24 de novembro de 2018

Sinto-me confusa

Há tempos, um político cá do burgo perguntou-me se era a corrigir algo mal feito pelas minhas filhas que as educaria.

Fiquei a pensar na questão, na importância de as patroas receberem bons exemplos por parte dos adultos e aprenderem a arcar com a responsabilidade pelas suas falhas.
Tudo  muito certo e óbvio pareceu-me.
Hoje porém, ao ouvir na rádio que estou a equacionar alterar o regime de controlo de assiduidade dos deputados para evitar fraudes, fiquei baralhada.
Há adultos que, diga-se passagem, são só os responsáveis pelos destinos da nação a fazer asneiras nos registos de tempo de trabalho e a situação que se equaciona é alterar o dito sistema.
A sério? !!! Se fosse deputada ficaria ofendida (ainda que a dose de tolerância dos colegas seja, no caso, muito generosa).
Em que ficamos? Que exemplo é este e que moral teremos nós para repreender os nossos filhos pelas asneirolas que fazem, depois de eles terem visto o telejornal? Estou confusa. Será que a solução do meu dilema é proibir as patroas de ver o telejornal?

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