A pequena, quando lhe convém, grande Leonor não me dá tréguas. Vive agarrada a mim, ao mesmo tempo que faz birras monumentais daquelas com direito a espernear no chão.
Está a conseguir, não só deixar-me à beira da loucura, por-me cheia de dúvidas existenciais.
Alguma coisa está a falhar?
As teorias são mais do que muitas. Tenho ouvido de tudo. Desde o mimo em excesso, que será compreensível por causa das circunstâncias que rodearam a sua gestação e primeiros meses de vida,até ao sofrimento pelo nascimento da Benedita.
Nos poucos momentos de racionalidade que vou conseguindo ter, penso que será só uma fase. Parece que a dos 2/3 anos nem sempre é fácil.
De duas coisas tenho a certeza, mimo (=amor) nunca fez mal a ninguém e não conseguiríamos dar-lhe mais atenção do que damos.
Sei que, rapidamente, vou lamentar o que me apetece fazer agora. Ter uns diazinhos de férias numa ilha deserta. Sózinha.
Daqui a muito pouco tempo não vai querer saber de mim, senão para lhe emprestar o multibanco. Mas,…