domingo, 31 de dezembro de 2017

2017 - Pequena retrospectiva sem filtros

40 anos de vida, 10 de casada. Muitos motivos para sorrir, alguns para chorar. Um ano rico em emoções, rodeada  por aqueles que estão sempre no sítio e momento certos.
Nada mais posso pedir.
Aqui fica uma pequena retrospectiva, sem filtros.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

sábado, 30 de dezembro de 2017

A pensar no Réveillon

A quase 24 horas do grande momento, uma dúvida. Como é que eu vou aguentar acordada até à meia noite?

Atenção

Mesmo correndo o risco de fazer com que este post se assemelhe a um texto da coluna sentimental de uma qualquer revista rosa, cá vai a minha reflexão sobre um tema que me parece essencial a qualquer relacionamento - a atenção.

Respeito, compreensão, paciência ... são algumas das características que associamos ao sucesso de um relacionamento (NOTA - relacionamento de qualquer natureza e não somente amoroso).

Esquecemo-nos quase sempre (por mim falo) da atenção. Quantas e quantas vezes não fui surpreendida com os efeitos da minha falta de atenção aos outros. Quantas e quantas vezes não percebi a razão de uma cara zangada ou triste. Pior que isso, nem me apercebi dessa cara zangada ou triste. Não tive noção que as minhas palavras, ou silêncio, magoaram. Passei ao lado da necessidade de atenção, precisamente por estar desatenta.

A falta de atenção afasta, cria desentendimentos, pode matar sentimentos. Sem atenção, é impossível qie exista compreensão. Se não percebo o motivo da falta de paciência, nunca poderei compreender palavras menos simpáticas. Óbvio, não?

Tão simples e ao mesmo tempo tão difícil estar atento.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Coisas a NÃO fazer em 2018

Andava aqui um pouco renitente em reler os meus últimos posts de 2016, certa de não ter cumprido muito mais de metade dos objectivos que tinha para este ano e que permanecem imutáveis há alguns anos, diga-se de passagem.

Em boa hora quebrei a resistência já que, faz por estes dias um ano, troquei a lista de objectivos pela de coisas a não fazer (a minha memória é tão espectacular que já nem me lembrava deste, só aparentemente pequeno, pormenor).

E, curiosamente ou não, fiquei imediatamente mais animada. Acho que em 2017 consegui não fazer algumas das coisas que queria. É uma das coisas porreiras de se ter 40 anos. Saber bem o que não queremos e assumi-lo sem receio que nos excluam do grupo da malta "cool".

De maneira que, para 2018, manterei a minha lista de coisas a NÃO fazer, entre as quais se encontram em lugar cimeiro os fretes (como diria a minha querida Amiga e Madrinha Dina, não sou camionista para os fazer).



Socorro, dei à luz um papagaio!

-Tita, lê esta palavra.
-Papoila!
-Papoila?!
-Ah não, espera, é tulipa!
-Tulipa?!
-Dália?

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

O Pai Natal não existe!

Este ano concluímos que estava chegada a hora de revelar às patroas a verdadeira identidade do Pai Natal. Apesar de todas as pistas e incongruências detectadas nas histórias que lhes contavam, as pequenas não queriam ver o óbvio.
Para a Tita foi indiferente. Já a Leonor ficou muito desiludida com a dura realidade.
Foi bonito enquanto durou.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Neste Natal de 2017


Nos últimos anos, uma série de partidas e outras ausências físicas foi alterando o nosso Natal. Mudou o local da consoada, o horário de início. Foram-se juntando a nós outros convivas. 

Finda a festa, fica a alegria de perceber que o essencial se mantém imutável. A alegria da partilha e o sentimento de família.

E neste Natal de 2017 marca-me particularmente a confirmação de que família é algo que se constrói, em cima de risos e lágrimas; concordâncias e discordâncuas; brincadeiras e amuos mas, essencialmente, em cima de fortes princípios e disponibilidade para amar.

Ao chegar a esta conclusão sinto verdadeiramente que as ausências dos que partiram são, de facto, meramente físicas e que os meus avós e padrinho estiveram presentes, como sempre. Só não estão visíveis na foto.

Afinal foram eles que fundaram os alicerces desta família.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Compre agora e comece a pagar em Março!

Concerteza por limitação minha, há muita coisa na humanidade que não consigo compreender. No cimo da lista está o facto de haver que compre presentes de Natal a crédito.
Duas coisas sei eu, com certeza. O Natal não é isto e as memórias são curtas.

Vamos falar de advogados

Começando pelo princípio, e porque vejo uma grande confusão à volta daquilo que é o papel dos advogados na sociedade, vamos perceber o significado da palavra.

Advogado -do latim "ad vocatus" - o que "chama a si" (uma causa) ou "é chamado" (a defender uma causa).

Logo aqui se podem extrair duas conclusões:

1 - Contrariamente àquilo que ouço diariamente de "não podemos falar porque está aqui uma advogada", um advogado é uma das pessoas em quem mais podemos confiar já que, quando em exercício de funções, se encontra vinculado ao dever de sigilo. Note-se que este dever não é meramente moral mas legalmente imposto.

Um advogado tem de defender o seu cliente o que, desde logo, implica que deva saber tudo o que há para saber (outra das coisas que os próprios muitas vezes não encaixam).

Não se sentindo em condições para efectuar a tal defesa, só existe um caminho o de renunciar ao mandato, guardando para si os factos a que teve acesso.

Vamos a um exemplo concreto e verídico. Determinado advogado é consultado por alguém que lhe confessa ter atropelado mortalmente uma pessoa e fugido do local. Na sequência da conversa, percebe que a vítima é familiar de um grande amigo seu. Naturalmente, sente não estar em condições de efectuar a melhor defesa. Solução - não aceitou a causa, mas não também não pode denunciar a pessoa em causa.

Não esquecer que a pessoa em causa merece a melhor defesa possível.  Ninguém sabe, até se investigar a situação, se o atropelamente aconteceu porque rebentou um pneu do carro, porque vinha a alta velocidade a fugir de um perigoso grupo de criminosos, porque adormeceu ao volante depois de ter trabalhado 24 horas seguidas ou por estar alcoolizado. Presunção de inocência sempre, combinado?

Parece-me clarinho como a água da fonte e é uma das primeiras coisas que se aprende no estágio

2- No seguimento da primeira conclusão, o advogado defende alguém ou a sua causa, não acusa. Para isso existe o Ministério Público.

Em resumo um advogado que, efectivamente o seja, é alguém em quem se pode depositar toda a confiança.

Depois há os maus e que não merecem a cédula profissional, ou por serem fraquinhos tecnicamente ou por não se regerem pelos princípios deontológicos que deviam ter entranhados em si.

Mas isso não é nada de extraordinário, Acontece entre médicos, contabilistas, padeiros, coveiros, futebolistas e seus presidentes, costureiras ........ ETC, ETC, ETC.

Estamos entendidos?

NOTA: tenho quase a certeza de ter escrito um post quase igual há uns anos atrás, mas vão perdoar-me. Até os advogados precisam de desabafar.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

No dia em que deixar de me desiludir será mau

Há dias, no meio do frenesim, houve uma situação que me deixou desiludida.

De imediato comecei a trocar impressões com os meus botões, muito zangada comigo própria por nesta fase da vida ainda me desiludir. Tenho momentos de alguma arrogância em que acho imune a desilusões.

Estava eu nas minhas cogitações quando se deu um clique. Felizmente ainda me desiludo. Significa que continuo a acreditar em mudanças Mau será no dia em que deixar de me desiludir. Deve ser terrivelmente mau viver sem esperança.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

A culpa é da mãe!

-Estás a ver o que dá andares sempre descalça? Estás com o nariz todo entupido!
- A culpa é da mãe, que não me encontra os chinelos!
Nota da mae: limitei-me a mandar a patroa procurar os chinelos, tarefa altamente fatigante numa casa em que procurar no armário é sempre a última opção.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Nota-se que têm berço!

Mãe - Tita, vê lá se não perdes os sapatos da boneca como aconteceu da outra vez!
Leonor - Não te preocupes que hoje estou lá eu e dou-lhe logo nas trombas!

domingo, 17 de dezembro de 2017

Vivaldi que me perdoe

A minutos de entrar em palco, só peco a Vivaldi que me perdoe. Divirto- me à brava com isto e em momento algum quero desonrar a sua obra. Prometo fazer o meu melhor play back para não estragar.

sábado, 16 de dezembro de 2017

9 anos de mudanças

Faz precisamente hoje 9 anos que, entre os preparativos para um natal especial no qual teria a minha primeira filha no ventre, recebi o terrível diagnóstico que o meu cérebro havia de fazer o favor de codificar. De tudo o que ouviouvi só retive a famosa frase "vai ter de vir comigo, minha querida". O destino era o IPO. Não me lembro desse Natal. Só  de andar muito confusa, como que a viver uma vida que não fosse minha. E culpada, muito culpada pelo sofrimento que estava a causar aos mais proximos e àquela criança que, segundo os livros, estaria a sentir toda a minha angústia.
Passaram 9 anos e cá estou, a fazer uma vida normalissima e sem me colocar nenhuma restrição, senão a de limitar perdas de tempo e focar no essencial da vida. Cada segundo, cada respirar, cada Natal, cada segunda-feira de manhã...cada nada. Tudo é cada vez mais valioso.
Nada mudou mas, em mim, tudo está diferente. Estou cada vez mais viva!

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

30 anos de Porto - Peñarol

Antes de mais, uma declaração prévia. Não sou, nem nunca fui portista.
Sem prejuízo este jogo, realizado faz hoje 30 anos, ficará sempre na minha memória. Foram muitas as vezes que vi aquela cassete de vídeo. Por algum motivo que desconheço, as condições climatéricas em que ocorreu fascinavam-me. Até a bola rebentou. Algo que hoje me parece completamente louco e desumano, confesso, na altura teve em mim um efeito engraçado.
Hoje não resisti a partilhar a memória.
Não sou portista, repito, mas as vitórias fora de portas orgulham-me muito.
Parabéns FCP.

Parabéns mãe


Está hoje de parabéns a minha mãe. 61 viçosas Primaveras!
Como qualquer filha que se preze, nem sempre sou justa e carinhosa.
Aliás, poucas vezes o sou. Mas creio que se deve só ao facto de ter a certeza de um amor incondicional, que nem a minha parvoíce consegue sequer beliscar.
 À minha mãe devo a vida, na sua génese naturalmente mas também naquilo que tem de melhor. A família, que tanto preza e une e é para mim um porto seguro.
Devo ainda o facto de ter a minha avó, no seu mundo mas com uma qualidade de vida que jamais teria não fosse a dedicação da melhor filha (mãe e avó) do mundo.
Neste dia, que é seu, fica a minha homenagem pública com uma imagem que diz tudo.
Parabéns mãe!


segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Raríssimas e, por isso, não dominantes

Ao acompanhar a mais recente novela à volta de um alegado desvio de fundos na associação Raríssimas, ocorrem-me vários pensamentos.

O primeiro vai, provavelmente por defeito profissional, para o princípio da presunção de inocência  que vejo cada vez mais banalizado. Melhor dizendo, ignorado.

E isto é gravíssimo pois gera, antes de mais, verdadeiros linchamentos em praça pública. Digo sempre que ninguém está livre de ter um vizinho maluco que faça queixa de nós ao Ministério Público e mau seria se não houvesse direito ao contraditório.

No caso concreto da Raríssimas, e entidades criadas com fins similares, é ainda mais grave pois a opinião pública não julga na praça pública somente as pessoas sob suspeita. Tomar a parte pelo todo é outra das manias do ser humano.

E com estes escândalos não perdem só as instituições em causa, mas todas as outras. O claro exemplo académico do "paga o justo pelo pecador".

Não ignoro que existem muitas pessoas, nos mais variados cargos, são capazes de dormir descansadinhas, apesar de andarem a depauperar recursos alheios e que o hábito não faz o monge.

Mas tenho a certeza que existem muitas mais que trabalham de forma séria e sem outro interesse que não o de melhorar o mundo em que vivemos.

É nessas que continuo a depositar as minhas esperanças.

Quanto às desconfianças só espero que sejam desfeitas em sede própria e eu quem tiver de ser punido o seja severamente.

Que não seja pelas desconfianças que os indignados (todos os que se podem orgulhar de ser honestos com os outros e consigo também) deixem de se dedicar a causas nobres, ou serão como aqueles que tanto criticam - egoístas.


domingo, 10 de dezembro de 2017

Hoje ficou mais rica a memória colectiva de Aveiro

Creio que não existe aveirense que desconheça o Atita, sempre bem disposto e muito extrovertido era um verdadeiro tubarão dos mares. Professor de natação de muitos, nadador salvador de excelência cujo CV conta a história de dezenas de vidas salvas.

Na passada 5.ª feira recebeu, das mãos do nosso Presidente da República, a Medalha de Ordem de Mérito. Teve a felicidade de ser distinguido em vida, como deveria ser sempre.

Hoje partiu. O 1.º ano do banho de 2018 na praia da Barra será certamente diferente mas não duvido que esteja lá em cima, brincalhão como sempre, a comandar a malta.

A memória colectiva de Aveiro ficou agora mais rica.

Vamos sentir a sua falta nas ruas de Aveiro, tanto quanto o privilégio de o ter tido nas nossas águas.

sábado, 9 de dezembro de 2017

Dureza

Aquele momento em que estamos no sofá a ver o csi e temos de nos levantar para ir acordar as patroas.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Sim, o Pai Natal existe!

De tanto querer acreditar deixam-se enredar em teorias, evolutivas consoante as respostas de que necessitam para saciar dúvidas cada vez mais complexas.
É preciso acreditar para que ele venha.
Afinal, toda a gente sabe que os coelhos põem ovos.
Sim, o Pai Natal existe!

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Uma filha babada, no dia internacional do voluntariado

Como sabem, tenho um carinho especial por projectos de voluntariado e, como tal, não podia deixar passar em branco o dia internacional do voluntariado.

E o de hoje em particular, no qual vejo ser dado destaque ao Banco do Tempo, em que a minha mãe diz ter "tropeçado" e que tanto bem faz a todos quantos nele participam, doando e recebendo disponibilidade.

Podem ver a entrevista AQUI

Ass. uma filha babada

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Os Zé Pedro deste mundo

Ao saber da morte do Zé Pedro um dos meus primeiros pensamentos, e presumo que o de muitas outras pessoas, foi para o seu passado de excessos.

Logo de imediato lembrei-me que, poucos dias antes, havia perdido um familiar próximo ao qual sempre conheci hábitos de vida muito saudáveis. Em comum, a doença e uma enorme tenacidade.

Há quem fale em "pagar os excessos", rápido no atirar a pedra, esquecendo-se que a morte é das coisas mais democráticas que pode existir, parafraseando Belmiro de Azevedo outro valente que nos deixou por estes dias.

Nós, os que ficámos, temos a obrigação de os honrar fazendo aquilo por que mais lutaram - Viver

Envergonhada e desolada

Hoje vejo o meu Beira Mar nas capas de jornal e sinto-me envergonhada. Sei bem que 3 ou 4 matarruanos nada dizem sobre Aveiro e as suas gentes mas cenas destas, que se têm multiplicado recentemente, destroem uma imagem que sempre tive do velhinho Mário Duarte. Um lugar de festa, onde se podia passar um bom tempo em família. Mais do que resultados e campeonatos, é isto que me desola - a selvajaria.
Oxalá Aveiro saiba varrer estes energúmenos para longe.

Podias ao menos chorar!

Brigaram todas as 78 horas que estiveram juntas, tirando as poucas horas de sono. Do nasxer ao pôr do sol, enquanto faziam a árvore de natal e o presépio. ..
De uma das vezes, estava a maior ao ataque, ri-me de uma parvoíce qualquer e ofendi a pequena. "Tas a rir-te de quê? !!! Podias ao menos chorar!".
E venha o próximo fim de semana prolongado

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Mas sempre, pr'a sempre, vou gostar de ti

Mais um bravo se vai e que nos deixa o exemplo "remar,remar". Sempre.

Uma só vida

Uma só vida, replicada por milhões de minutos, esvai-se em fracções de segundo, com ela levando outras que parcialmente se transfiguram.
Um só coração a bombear grandeza tão pequena, procura sentido no que à vista desarmada se afigura desprovido dele.
Uma só razão que os sentidos tanto toldam, preocupados que andam na busca da perfeição essa antítese da felicidade por ser sinónimo de inexistência.
Uma só direcção, seja qual for o caminho, aquela que nos leva em frente. Sempre vacilando na eterna dúvida sobre o que devemos ser neste mundo. A mesma que nos impulsiona e faz viver, com medo de errar mas nunca desistindo de viver melhor. Uma só vida, que será eterna até querermos.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Decisão difícil

Tenho pouco mais de 24h para tomar uma decisão difícil. Faço, ou não, árvore de natal?
Aproveitando o desabafo, e para o caso de decidir fazer, desde já agradeço as dicas que possam partilhar sobre a forma de afastar gatos dessa enorme tentação que são as bolinhas reluzentes suspensas em ramos a tremelicar.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Tem tudo para correr bem

-Mãe,  amanhã tenho ficha de avaliação!
-Tens, meu amor?! De quê, matemática ou português?
-Não sei!
E foi brincar.
Isto tem tudo para correr bem.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Tempo de criar novas memórias

Num dia particularmente duro, tive a alegria de rever uma querida Amiga.

Discutíamos aquela que é, para nós, a melhor idade e ficámos divididas entre os 30 e os 40 anos, argumentando com a experiência pessoal de cada uma.

A dada altura disse-me a minha Amiga que o problema da idade não é  o do envelhecimento em si, mas o facto de vermos desaparecer à nossa volta muitos dos que nos são queridos e, com eles, algumas tradições que só faziam sentido manter se estivessem entre nós.

Concluímos estar na altura de criar novas memórias, não no sentido de eliminar as outras (muito longe disso) mas como forma de prosseguir .

E, de facto, a única alternativa é essa. Prosseguir e (re) viver, memórias antigas e criar novas que um dia hão-de ser lembradas pelos que ficarem depois de nós.

Apesar de inevitável, o processo é doloroso até para quem como eu achava já estar imune a certas dores.

Na verdade, nos últimos 10 anos vi partir algumas das pessoas que mais marcaram a minha vida e imaginário. Fui lidando com as perdas, que sei fazerem parte da vida, de forma mais ou menos pacífica.

Tive inclusive uma luta pela minha própria vida e cheguei ao ponto de me tornar arrogante pela sensação de quase imunidade a certas dores.

Hoje carrego um peso grande no coração. Saudade dos que já não consigo ver. A certeza de os ter vivos em mim, nas tais memórias, alivia o fardo. Conseguir obter algumas respostas também irá ajudar.

Será uma questão de tempo. Aquele que não prescindo de aproveitar ao segundo.







quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Só Deus tem os que mais ama

Hoje partiu um homem bom, cheio de valor (es ) e que construiu a vida a pulso.
Depois de uma duríssima batalha contra uma doença feroz, conseguiu finalmente repousar.
Deixa-nos um grande legado. O exemplo de uma verticalidade à prova de bala.
A mim, particularmente, deixa-me também um enorme conjunto de dúvidas. Para quê?  Talvez um dia as esclareça. De momento as ideias estão muito confusas. Houve aqui uma grande inversão à ordem natural da vida. Um filho, mais um, que partiu à frente da mãe. Para quê?
De momento só me vem à memória a voz do Luís Represas a cantar "Só Deus tem os que mais ama". Acredito mas hoje essa resposta não me basta.
Até  sempre meu primo. Dá aí um abraço aos nossos.

Sou feliz agora

Sentei-a ao meu colo para falarmos sobre o nosso dia. Contou-me que, na escola, tinham falado sobre sentimentos. "Feliz, triste,zangada".
Perguntei-lhe o que a fazia sentir-se feliz e respondeu numa só palavra "agora".
A minha bebé sente-se feliz no colinho da mãe. Ela, que nunca gostou de ser embalada. E eu senti-me a pessoa mais felizarda ao cimo da terra. O que pode ser melhor do que sentir felicidade "agora"?

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Provincianismo

Provinciana que sou, tive de ir ao Porto para acertar num dermatologista que, ironia so destino, é de Aveiro onde também dá consultas.
Podia pois falar com conhecimento de causa sobre o provincianismo que é  desvalorizar o que temos à porta por achar que nas grandes metrópoles é que é. Acho o máximo o povinho que gosta de pagar grandes contas de honorários a profissionais só pela imagem que eles criaram, ignorando a qualidade dos da terra. Só  porque são da terra.
E muito teria a dizer, mas nunca chegaria à qualidade da prosa do meu Amigo André Lamas Leite, mais um dos prodigiosos alunos que passaram pela ESAS (outro grande é  o grande letrista Miguel Araújo ).
ESTE brilhante texto resume tudo.

A importância de fechar a torneira

Os lindos dias de sol outonal (hoje escondido) que nos deleitam ultimamente têm como reverso a preocupante seca severa que o país atravessa.

Faço aqui o meu MEA CULPA e confesso que a poupança de água é algo à qual inicialmente só dava atenção (e não a devida) por questões económicas.

- deixar a torneira aberta enquanto lavava os dentes
- lavar a loiça debaixo de água corrente
- demorar tempos infindos no duche

(....)

São inúmeros os exemplos dos meus erros que, cada vez mais, procuro evitar mas com muita dificuldade. Encurtar o duche, então, mata-me.

Bem sei que o maior gasto de água não ocorre nas nossas actividades do dia a dia mas a verdade é que se somarmos toda a água gasta diariamente em nossa casa, ficaremos de cabelo em pé.

Eu, pelo menos, fiquei ao consultar o microsite do programa "Feche a Torneira" que podem consultar
 AQUI


Estando em causa o nosso futuro o qual, certamente, vale muito mais que a nossa carteira. Há que ponderar seriamente uma mudança de hábitos.

Vamos lá fechar a torneira.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Os professores da minha vida

Fui aluna do ensino público e do ensino privado.

Tive excelentes professores e, curiosamente ou não, os que me marcaram para a vida enquanto cidadã eram do ensino público.

Tive outros cuja cara ou nome nem sequer retive, por terem passado despercebidos. Maus professores também constam do meu CV.

Nada de muito diferente da história de cada um daqueles que ler este post certamente.

Tenho o maior dos respeitos pelos professores e a imensa felicidade de ver que, até ao momento e na sua breve história de vida, as minhas crias têm tido a sorte de se cruzar com excelentes educadoras e professores. Também no caso delas, quer no sector privado quer no sector público.

Percebo muitas das queixas dos professores e apoio as suas reivindicações mas não posso deixar de subscrever a crónica do João Miguel Tavares

Não há professores. Cada professor é um professor.

Que me perdoe quem pensa o contrário, mas a antiguidade por si não pode ser um posto e o mérito deve ser dado a quem o tem, sob pena até de injustiçar aqueles que o têm em maior grau.

Não é à toa que no sector privado, as partes da contratação colectiva têm vindo a acabar com as diuturnidades.

Digo eu.



Hoje vou falar-vos da Ana Paula




Talvez o voluntariado seja um monte de tretas. Foi este título chamativo  que me levou a clicar, ler a crónica do João Brites e lembrar-me da Ana Paula.
A Ana Paula tem a minha idade e duas lindas meninas.
Todos os sábados à tarde, faça sol ou chuva, a Ana Paula vai até a um lar de idosos e dedica o seu tempo a fazer trabalhos manuais com os nossos avós.
E não está lá uma hora, mas a tarde toda. Assim, sem correr, dá -lhes atenção, distribui carinho. Faz algo que não tem preço.
A Ana Paula terá certamente muito mais que fazer nos sábados à  tarde, mas decidiu dar o seu tempo para levar a felicidade a idosos que não lhe são nada.  Acredito que cada sorriso e abraço que recebe em troca lhe encham a alma. Todos os que dão gratuitamente, recebem em dobro.
E tenho a certeza, tal como o cronista, que o voluntariado sério e sem pretensão de reconhecimento externo não é um monte de tretas mas um dos mais fortes e belos compromissos que se podem assumir.
À Ana Paula, a quem já fiz questão de agradecer pessoalmente, a minha eterna gratidão e admiração.

LEIAM a crónica aqui.

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

A relação médico-paciente como património cultural imaterial da humanidade

Há iniciativas que  me deixam sem saber que pensar, de tal modo me dividem.

Uma delas é, seguramente, esta dos nuestros hermanos espanhóis que pretendem ver a relação médico-paciente ser reconhecida como património cultural imaterial da humanidade.

A ideia é fofinha, sem dúvida. A relação médico-paciente é das mais importantes que conheço e cria-se, na minha experiência, sem necessidade de recomendações relativamente a qualquer dos lados.

Os médicos da minha vida (com uma honrosa excepção) caíram-me ao colo como presente de Deus. Ninguém mos recomendou, nem eu pedi referências. Fui e confiei.

Tinham de ser eles. Não só por serem bons tecnicamente, mas porque se criou uma empatia geradora de confiança infinita que é essencial neste tal relacionamento.

Não fossem essa empatia e confiança e partiria para outros relacionamentos.

E, podem não concordar, mas para mim a empatia é o factor chave. Um bom médico para mim não será, seguramente, o melhor médico para outra pessoa.

Se assistissem à forma como me foi transmitido o diagnóstico do linfoma de Hodgkin, perceberiam o que quero dizer. Para muitos seria inconcebível a forma "fria" como as palavras foram ditas.

Para mim, e no tipo de relação que tenho com aquela médica, foi normalíssimo.

Daí que me cause muita espécie isto de se sentir necessidade de reconhecimento externo do valor, ainda que imaterial, de uma relação tão especial e própria.

Mesmo que tenha subjacente objectivos mais palpáveis como o de combater a ideia tonta de pré-definir tempos máximos de consulta, como se os médicos fossem também eles tontos e os pacientes máquinas com iguais necessidades.

Há consultas que não levam mais de um minuto; todos sabemos da existência de hipocondríacos e carentes de atenção. Há outras que, certamente, exigirão muito mais do que 15 minutos.

A isto chama-se humanismo do sistema. Quanto ao dos médicos, ou é inato ou não se vai lá com declarações de património cultural imaterial da humanidade.

E é isso. É uma ideia fofinha, mas não mais do que isso.


domingo, 19 de novembro de 2017

Mas tu só conheces a palavra não!!!

Quase no final do fim de semana, a patroa mais velha virou-se para mim e disparou de rajada "mas tu só conheces a palavra nao?!".

Assim de repente, senti-me uma chata. Impressão minha, certamente.

Hoje, Dia Mundial dos pobres, e sempre


"Não amemos com palavras mas com obras"




"Este Dia pretende estimular, em primeiro lugar, os crentes, para que reajam à cultura do descarte e do desperdício, assumindo a cultura do encontro. Ao mesmo tempo, o convite é dirigido a todos, independentemente da sua pertença religiosa, para que se abram à partilha com os pobres em todas as formas de solidariedade, como sinal concreto de fraternidade." (Papa Francisco)

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Entre as senhoras

Depois de me levar ao limite da paciência, resolveu rezar. -Mãe, diz aquela "entre as senhoras". E lá rezamos a Ave Maria. Uma pequena beata, a patroa mais nova.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

A adolescente que ainda vive em mim

Há músicas que me fazem perceber que ainda há em mim um pouquinho da adolescente tonta e romântica que ficou lá atrás.

Esta é uma delas.


segunda-feira, 13 de novembro de 2017

A novela do Panteão

Chamem-me fútil, mas estou a adorar a novela do Panteão. Prefiro mil vezes ligar a televisão e vê-la, logo ao começar o dia, do que ser confrontada com notícias sobre o défice e o desemprego.

Embora comece a tornar-se enfadonha, admito, tem de tudo um pouco para nos prender ao ecran.

Penso que podiam ter ido um pouco além no enredo. Parece que, afinal, o jantar não ocorreu entre os túmulos, mas numa sala adjacente o que, confesso, me desiludiu depois de ter imaginado um cenário mais dantesco que metia velas acesas e tudo.

A cena do pedido de desculpas do organizador da Web Summit traz um pouco de humor. Tem piada, sentir necessidade de pedir desculpa por fazer algo admitido pelo Estado português, não tem? Para além de dever provocar um sentimento algo estranho em relação aos portugueses. Um povo meio tolo, diria eu se fosse irlandesa.

A indignação sentida pelo nosso PM. A discussão política em torno da trama. Tudo ingredientes de primeira para alguém como eu, que já pisou dezenas de túmulos em visitas culturais e de lazer a igrejas e outros monumentos, e até casou entre dois deles. Numa igreja também, diga-se.

Peço desculpa se não me sinto indigna.

sábado, 11 de novembro de 2017

30 Anos! Como está crescida a minha bebé mais velha.

A notícia de que iria ter mais uma irmã foi, creio que já o tinha dito por estas bandas, a primeira das melhores que recebi na vida.

 Fiquei eufórica e creio que fui acometida por uma maternidade psicológica que me levou, entre outras coisas, a gastar parte da semana em cromos das Spice Girls para dar à pequena.

Muitas vezes a ouvi dizer-me que se a mãe não lhe dava certas ordens, não seria eu que o faria.

A minha bebé mais velha faz hoje 30 anos e eu estou numa emoção que não se aguenta.

Parabéns Xuaninha. Que sejas sempre muito feliz.



sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Mãe, tu já és adulta?!

- Mãe, tu já és adulta?!
- Claro que sou, porque perguntas isso?
- Pareces tão nova!!!

E pronto, era só para partilhar isto.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

A que temperatura morrem as lagartas?

Dúvida do dia, até  para por questões caseiras - a que temperatura morrem as lagartas?


Pela Vida, sempre

Como sabem, a defesa da Vida é uma das causas que me diz muito.

Não só fui concebida em circunstâncias que, para muitos, justificariam um Aborto como vivi uma situação de doença durante a qual o Aborto foi falado (ainda que remotamente, e nunca como algo que tivesse de decidir).

Para além disso, sobrevivi à dita doença cuja taxa de sobrevida era (há 8 anos) de 65% dado o estadio IV do bicho. Por isso quando vi a divulgação da caminhada promovida pela ADAV no passado fim de semana, não hesitei.

Participar nesta caminhada pela vida, juntamente com as minhas patroas, a quem dei  a vida que me devolvem diariamente, foi uma emoção indescritível. Pela Vida, sempre.


terça-feira, 7 de novembro de 2017

A sementinha do pai

Não sei quem teve a ideia de usar a imagem da sementinha que o pai dá à mãe para explicar às crianças a origem da vida, mas devo dizer que foi brilhante... até certo ponto. A explicação relativa à sementinha do pai consegue originar reacções distintas e de uma complementaridade improvável. Ternura e explosão de riso andam lado a lado neste processo e as questões sucedem-se, deixando-nos encavacados. Se a sementinha é pequena como é que o pai conseguiu vê-la para a dar à mãe? A sementinha sabe mal? O que acontece ao bebé se a mãe morder a sementinha? Estas são algumas questões que temos ouvido por estes dias mas que, piada à parte, evidenciam que a explicação da sementinha começa a ser claramente insuficiente. Por agora, a coisa vai passando entre os pingos da chuva mas desconfio que será por pouco tempo. Um dia teremos de explicar a coisa mais cientificamente. Socorro ...

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Paternidade/sacerdócio

Hoje chamou-me a atenção a notícia sobre um padre português que assumiu a paternidade de uma bebé. Não sei os contornos do caso, nem me interessam na verdade. Sei só que: 1.º O Padre violou o voto de celibato 2.º A assunção da paternidade será, numa interpretação literal das regras da Igreja, inconciliável com o sacerdócio Esta será a visão crua da história, concorde-se ou não com o celibato dos sacerdotes (e eu não concordo, de todo). Acontece que se há situações em que não nos devemos ficar pela literalidade das regras, esta é uma delas. Algo me diz que este Padre violou o voto de celibato mas não o de castidade. A educação no Amor, um dos propósitos da Igreja e sinónimo de castidade, fez com que este padre assumisse a paternidade perante o mundo. Algo muito corajoso e ao alcance de poucos, neste contexto. Um verdadeiro acto de Amor. Seria certamente muito mais fácil esconder esta realidade, mudar de terra e apresentar a sobrinha ou simplesmente partir sozinho para longe, deixando que as memórias se fossem esvaindo. Mas isso sim iria contrariar tudo aquilo que a Igreja significa. Amor. Que esta família seja feliz, em comunidade. Que os homens que fazem as leis humanas as corrijam, de modo a que deixem de fazer do celibato um impedimento a verdadeiras vocações paternas e pastorais.

Falso Alarme

Tudo está bem, quando acaba em bem, diz o povo. Afinal, tudo não passou de um falso alarme. As LOL não esgotaram em todo o Aveiro e uma já mora lá em casa. Iupi, iupi.

sábado, 4 de novembro de 2017

É o drama, um horror

É o drama,um horror. As LOL estão esgotadas nos hipers de Aveiro. Coitadinhas das minhas patroas. Como sobreviverão a tal desilusão.

Assédio moral

Caminhávamos as três, lado a lado. De repente percebi que a patroa mais velha havia parado uns metros atrás. Parei também e chamei-a para que se juntasse a nós. A resposta foi surpreendente - " Rica mãe, perdes uma filha e nem reparas! Se fosse dinheiro, davas logo conta!". Estarei a ver mal ou isto cabe no conceito de assédio moral?

Mais vale tarde que nunca, mas é lamentável que nos acostumemos a viver com esta máxima

Foram precisas 38 queixas de violência e racismo na Urban Beach, e umas providenciais filmagens mediatizadas, para as entidades se mexerem. Bom sei que mais vale tarde que nunca mas há situações em que esta máxima não é de todo aceitável. Que os agressores sejam punidos exemplarmente e tratados àquilo que, eventualmente, terão dentro do crânio.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Gosto

Gosto particularmente do refrão desta música "Enquanto houver estrada para andar, a gente vai continuar", que me inspira a prosseguir.

Gosto do Palma. Gosto desta Resistência e de cada um dos seus elementos individualmente.

Gosto de tudo, basicamente. Espero que gostem também,


quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Halloween 2017 - se a professora diz, temos de obedecer

Na terça-feira, a patroa mais velha foi para a escola trajada a rigor (modéstia à parte, a garota dá uma linda bruxa). A unica condição que a professora colocou foi que não usasse adereços na sala de aula.
Diferentemente, na sala da patroa pequena não se comemorava de todo o Halloween.
E foi engraçado a serenidade com que encarou a situação e me disse "se a professora manda, temos de obedecer", algo impensável se por algum motivo fosse eu a emanar a directriz.
Abstraindo da pontinha de inveja que me assola, há a realçar a linda relação de respeito que a pequena tem com a professora, bem rwveladora da forma como esta a soube cativar.
Nada mais tranquilizador para uma alma materna.

Halloween 2017 - 1.º grande choque geracional dentro de portas

O Halloween 2017 ficará marcado na hsitória da família como o 1.º grande choque de gerações.

O papá, esquecendo-se que nasceu no século passado, a defender a tese de que é algo importado e não faz parte da tradição portuguesa. As crias, que participam em actividades de Halloween desde que são gente, a contrapor.

E assim se passaram alguns jantares a discutir o sexo dos anjos. Inevitável a estafada evidência que "a tradição já não é o que era!".

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Caminhada Solidária pela Vida - é já 4 de Novembro



Bom dia! Bom dia!

No próximo dia 4 de novembro, pelas 16h00, a ADAV-Aveiro, Associação de Defesa e Apoio da Vida, promove em Aveiro, com início junto ao Cais da Fonte Nova, a 1.ª Caminhada 100% Solidária Pela Vida, associando-se assim à jornada nacional da Caminhada Pela Vida, que irá decorrer em Lisboa e no Porto nesse mesmo dia.

 Caminhada, para além de celebrar a Vida em todas as suas vertentes, juntando pessoas de todas as idades, tem também um propósito muito específico que é o de apoiar a ADAV Aveiro (https://www.facebook.com/ADAV-Aveiro-IPSS), uma IPSS que se dedica ao apoio de jovens mães do distrito de Aveiro e dos seus bebés e famílias.

Nos últimos 8 anos (2010-2017), a ADAV – Aveiro apoiou 242 grávidas, 14 delas menores de 18 anos, e 553 famílias com filhos até 3 anos. Este apoio foi dado não só em géneros alimentícios, mas também em apoio jurídico, apoio de dentista e de preparação para o parto. Foram apoiadas 1323 crianças.

Pessoalmente, parece-me a maneira perfeita de terminar uma semana em que lembraremos de forma especial os nossos mortos. Honrá-los, celebrando a vida.

As inscrições podem ser realizadas via email ou aqui: https://goo.gl/EFkuzw

Participem!
 
 
 
 
Por isso, no dia 4 de novembro, gostaríamos de juntar nesta caminhada, pelo menos, meio milhar de pessoas

sábado, 28 de outubro de 2017

Greve

Ontem, ao assistir`a entrevistas feitas a utentes de hospitais afectados pela greve, veio-me à memória uma frase que uma professora me ensinou há anos. "Ninguém é uma ilha de si próprio".

Todos os entrevistados foram unânimes em perceber os motivos dos grevistas, mas ....não deixavam de dizer que, apesar disso, eles deviam pensar nos utentes. O mesmo discurso foi replicado pelos pais dos alunos mandados para casa.

Resumindo e concluindo. Fazemos todos falta uns aos outros. Por isso vivemos em comunidade ou sociedade, se preferirem a terminologia.

Escolha surpreendente

Quando disse às patroas que a arruada de Halloween do CPE coincidia, parcialmente, com a catequese e por isso não poderiam participar desde o início, a mais pequena começou a estrebuchar e dizer que não ia.

Contrapus logo e, com voz autoritária, disse-lhe que não poderia faltar à catequese. Que os compromissos são para cumprir, bla, bla, bla.

Eis senão quando, a cachopa me arruma quando interrompe o meu ralhete para dizer "mas eu NÃO QUERO ir ao basket; QUERO IR à catequese!".

Toma lá, que é para aprenderes,

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Falta de aviso. Mea Culpa, Mea Culpa.

-M - Olha, tinha pensado ir comprar-te alguma coisa para o Halloween mas depois desta cena de mau comportamento já esqueci a ideia.

- L - Mas tu não me avisaste!

Perante isto só me resta um assumir de culpas e a promessa, pública, de amanhã,
antes do habitual bom dia,  emitir o necessário aviso. "Meninas têm de se portar bem, senão a mãe passa-se e não vos compra nada para o Halloween".

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Foi por um triz

T - Mãe, quem é o pai Natal?
M - É um segredo muito bem guardado. Ninguém sabe!
L - O Pai Natal é como o bikudo!
T - Mãe, o bicudo pode ser várias pessoas?
M - Pode.
T - Ah ..... então ......
M- Então o quê? (nota -voz trémula)
T - Então, eu posso vir a ser o bicudo um dia ....

Ufffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffff

Somos todos muito solidários

Tragédias como estas causadas pelos incêndios, trazem à superfície o melhor que há em cada um de nós, sem dúvida alguma.

E isso vê-se pela mobilização da população que não hesita em colaborar com quem perdeu tudo, doando aquilo que tem a mais ou até, acredito que em alguns casos, privando-se de algumas coisas.

E isto é bonito de ver, mas não deixa de revelar o outro lado. O do frenesim em que vivemos diariamente e frequente alheamento face às dificuldades do vizinho do lado.

Não devia ser preciso chegar ao Natal ou haver estas tragédias para nos lembrarmos de quem precisa.

Mais que isso, dar algo que nos sobeja não devia bastar para nos serenizar a consciência e achar que fazemos tudo o que está ao nosso alcance por aqueles que precisam até porque há muito quem esteja carente de atenção, o que se supre com tempo e não bens corpóreos.

Outra coisa, frequentemente esquecida, é o respeito por quem recebe. Por paradoxal que pareça, desrespeitamos com frequência aqueles que queremos ajudar porque, pura e simplesmente, não olhamos para eles para perceber de que necessitam.

Lembra-me uma história, ouvida em tempos, de um conjunto de pessoas que resolveu ajudar uma família, a questão é que todos levaram açúcar e os elementos da família eram diabéticos. Pois ...

Qual de nós nunca se achou no direito de achar saber o que o outro precisa e se sentiu até ofendido pelo facto de o outro não ter dado pulinhos de contentamento ao receber a ajuda, provavelmente, dispensável no caso concreto em que outras necessidades imperavam.

ESTE post da minha mana benjamin faz-me, porém, continuar a acreditar na capacidade que temos de ver e ir além dos nossos horizontes. Perceber que o outro é nosso semelhante. Não é "um pobre".

Aquilo que até ela pensou ser lirismo é o que nos falta, grande parte das vezes. É verdade, há quem não goste de chocolate. É um direito legítimo que assiste, mesmo "aos pobres".

E, no caso, ainda que quem recebeu possa não gostar da escolha, houve pelo menos o cuidado de pensar num semelhante.


terça-feira, 24 de outubro de 2017

Encantamento

A raposa e a cegonha. Esta é a história que fica na história da minha cria mais velha. Na minha memória, eternizado, o momento que partilhei AQUI , no qual percebeu que já sabia ler.

Agora, e no normal seguimento da vida, segue-se-lhe a cria mais pequena na sua teimosia (ou será persistência?) a insistir em ser ela a ler o livro novo e a arrancar-me lágrimas de riso com a narrativa.

P, o, esta não sei; m, o, esta não conheço ....

Deixam-me sempre num estado de encantamento, os primeiros passos das minhas bebés.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Dia Mundial da biblioteca escolar

Como grande amante de biblioteca, não podia deixar passar em branco o Dia Mundial da biblioteca escolar.
Hoje lembro-me com especial carinho da biblioteca do ciclo, onde gostava de passar a hora de almoço. E tenho a alegria de ver as minhas crias encantadas com a descoberta da leitura, seguindo-me os passos no gosto por bibliotecas.
Não há nada como viajar e sonhar através das páginas de um livro. Adoro.

Só que não!!!

Estão cansados? Doi-vos a cabeça? O melhor que podem fazer é enfiarem-se num pavilhão o ouvir dezenas de bolas de basket a bater no chão.
Só  que não!!!
Não fora os diospiros que me esperam em casa, e vou devorar depois de os carregar de canela, atirava-me para o chão a espernear!

Tintin, o oftalmologista

Acabo de descobrir um dos segredos mais bem guardados da história. O Tintin não é jornalista, tal como diz. O safado é oftalmologista e acaba de me dizer que tenho de marcar consulta rapidamente, se quiser ler as suas aventuras.
Bem vinda aos 40.

domingo, 22 de outubro de 2017

Lápis azul

Após ouvirmos a palavra estúpida pela milésima vez, o lápis azul entrou em campo.
Vai daí, o último insulto do dia foi um elevado "és pobre e mal agradecida".
Patroas chiques, as minhas.

Sensível, eu?

Por momentos baixou a guarda e distraidamente começou a fazer cafuné à  irmã que, deliciada, aproveitou para pedir ajuda.
-Ajuda-me a tirar a camisola, maninha!
Aquela voz despertou-a, levando-a a reentrar na carapaça  mas não sem antes advertir a irmã - Tita, não sejas carente!

sábado, 21 de outubro de 2017

Dar de graça

Por estes dias, enquanto completava a colecção de cartas do PD, a patroa mais velha mostrou-me vezes sem conta aquelas que lhe tinham sido dadas "de graça".
Lá lhe explique, outras tantas vezes, que aquilo que é dado não tem contrapartida pelo que não precisava da acrescentar o "de graça".
Terá tempo para perceber que no mundo dos crescidos a coisa não é assim tão linear e há almocos só aparentemente grátis.
Divagações à parte, temos uma montanha de cartas repetidas para dar "de graça" e, por favor, sem contrapartidas. Os interessados que se acusem.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Menino Jesus da Cartolinha

 
 
Em plena sé de Miranda do Douro, deparei-me com um altar dedicado ao Menino Jesus da Cartolinha, cuja lenda desconhecia.
Existem várias teorias quanto à origem da veneração deste Menino Jesus mas ninguém pode assegurar qual a mais fidedigna. Contudo isso será, passados tantos anos, irrelevante. Importante é preservar estes tesouros da nossa história, em especial aqueles que estando no interior do país estão mais escondidos.
Vale a pena a visita a Miranda do Douro e ao seu protector. 
 
 
 
 
 



Sou uma mãe horrível!

-Mãe, onde estão as bolachas que compramos no fim de semana?
-Levei-as para comer no trabalho?
- Sabias que eu gosto delas e fizeste isso?!!! É por coisas destas que tenho de mudar de mãe!

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Se não fossem eles!

Das várias coisas que me têm marcado ao ouvir as pessoas afectadas pelos incêndios, uma é a frase "se não fossem eles, fechava", dita por vários empresários referindo-se aos seus trabalhadores.
Não sei se sentem o mesmo mas a mim tem um efeito reconfortante e renovador da esperança na humanidade.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Explicações caseiras

A pouco, entre insultos e arranhões, a Leonor começa a mostrar o seu instinto de mana mais velha e assumiu a tarefa de lhe dar explicações. Hoje a lição versou a escrita, difícil, do algarismo 2.
Enquanto espreito as explicações, o meu coração vai dando pulinhos de alegria e orgulho nestas duas crias a cujo crescimento assisto com grande encantamento.

Recomeço

 
 
 
Logo que me levantei, o meu impulso foi abrir a janela para sentir o cheiro da terra molhada. E que diferente é ele hoje, dominado pela preponderância das cinzas.

Ainda assim, acredito que esta terra molhada simbolize o recomeço. Portugal terá, literalmente, que se reerguer das cinzas e recomeçar muita coisa. E recomeçar é, no caso e a meu ver, muito diferente de regressar à normalidade já que essa tem os resultados desastrosos que vem.

Que os resultados do famoso estudo independente sejam bem interiorizados por todos e acima de tudo saiam o papel. Que a prevenção seja uma realidade. Que todos, sem excepção, aprendamos com isto. Que nunca mais se repita. Isso será recomeçar.

NOTA - tirei esta foto há mais de uma semana, depois de passar por várias áreas ardidas, precisamente por me lembrar um recomeço. O negro, ponteado aqui e além por sinais de vida a querer irromper.

Vamos recomeçar, cada um à sua maneira.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Bem feita!

Quando era miúda, andei muito tempo chocada com o facto de a minha mãezinha não nos deixar com as 2 bonecas da sua infância que tinha lá em casa.
Passado algum tempo lá acedeu aos nossos pedidos e, como seria de prever, a coisa correu mal. Conseguimos partir logo a cabeça de uma, de plástico rígido. A outra resistiu mais algum tempo mas também levou caminho.
Não deixarei de me penitenciar pelo desaparecimento das bonecas. Como castigo, deparo-me agora com as roupinhas que as patroas vestiram no dia em que nasceram, e guardei com tanto carinho, espalhadas pela casa, vestidas nos meus netos de plástico. Algo me diz que por mais que as volte a esconder, tornarão a descobri-las.
Bem feita!

Desolada

Quando saí casa ontem ao final da tarde, senti o cheiro intenso a fumo  e vi a negritude das nuvens mas estive longe de ter noção do que se estava a passar no país.

Só esta manhã caí na triste realidade de vidas perdidas; casas e carros destruídos; centenas de postos de trabalho em causa; chuva que não cai e memórias demasiado curtas.

Triste e preocupante demais. Estou desolada com a situação e sinto-me impotente perante tamanha catástrofe que levará anos a ser resolvida.

Anos que não podemos esperar para que surjam medidas que evitem novas catástrofes.

Anseio por chuva, que apague o fogo e não as memórias dele. Para que não estejamos sempre a falar do mesmo.

A minha solidariedade vai para os mais directamente afectados, neste momento que a todos afecta.


domingo, 15 de outubro de 2017

"Tá queto!"

No próximo ano, os pais de estudantes deslocados vão poder deduzir ao IRS as despesas com o alojamento, o que é algo da mais elementar justiça.
Agora é só terem a sorte de encontrar um senhorio que emita recibo, que a malta quer bons cuidados de saúde e reforma jeitosa, mas pagar impostos  "tá queto", como se diz na terra do meu homem.

sábado, 14 de outubro de 2017

Convicção abalada

-Mãe, quando tiver 10 anos dás -me um telemóvel?
-Não!
-Porque as crianças de 10 anos não precisam de telemóvel para nada!
-Mas todos têm e eu também vou precisar. Imagina que há um em que não tenho aulas à tarde e o avô se engano. Vou ter de o contactar!

Xeque Mate!

Voltei à catequese

Ontem voltei à catequese, para acompanhar a patroa mais nova. Na nossa paróquia, como devo ter explicado há dois anos, optaram pela chamada catequese familiar. Os pais acomoanham os meninos e depois, nos respectivos grupos, vão -se debatendo alguns temas e partilhadas experiências.
Sou particularmente fã deste modelo que me parece fazer todo o sentido. Como dizia um dos animadores, só podemos transmitir aquilo que conhecemos. Se eu quero transmitir princípios e valores cristãos, tenho de conhecer Cristo. Pessoalmente, tenho muito mais que fazer numa sexta-feira à noite do que entrar em piloto automático e levar a cachopa à catequese só porque "faz parte".  Vou porque saio sempre enriquecida. Há sempre uma imagem ou palavra que inquieta e deixa a pensar no "quem sou, que faço, para quê" coisa que, por mais confortável que seja, o sofá não consegue.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Como é que se apanha cancro?

Cá em casa temos como princípio falar abertamente sobre cancro. A mamã, outros familiares e amigos já o tiveram ou têm. É uma realidade incontornável. Acima de tudo queremos que saibam a verdade. É uma coisa má, mas não tem de ser um bicho papão.
Claro que não é nada fácil explicar isto às miúdas e quando nos perguntam, como ainda há  dias, como é  que se apanha cancro a primeira reacção é a de hesitação. Felizmente o papá, com a sua sensatez, é  optimo nas explicações e muito sensível na identificação do ponto até onde devem ir.
Eu , confesso, fico-me pela cabeça baixa e pela luta no sentido de desfazer o nó que se me cria na garganta já que a carga emocional da temática, no que tem de mau bom, é gigantesca.

Mãe, a polícia foi à minha escola!

-Mãe, hoje a polícia foi à minha escola!
-Porquê?! O que aconteceu?!!!
-Foi dizer-nos que quando andamos de bicicleta devemos usar capacete, joelheiras, cotoveleiras e aquela coisa para as maos.
- Também foi à  minha! Sabias que devemos pôr fita cola na câmara dos computadores e ter cuidado com as fotos que colocamos na internet?

Conclusões

1- sou uma pateta que continua a ter o impulso de associar a polícia a coisas más

2 - estas acções da escola segura são muitíssimo valiosas. Por mais que possamos abordar as questões com os nossos filhos, para eles nunca saberemos tanto como um polícia.

Espero que repitam a iniciativa muitas vezes e por todo o país.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Alguém tem de o dizer

Há verdades que têm de ser ditas e o papel, ingrato na verdade, tem de ser cumprido por alguém.

No caso, a Leonor fê-lo espontaneamente.

"Tita, tu não precisas de um médico do corpo. Precisas de um médico da cabeça!".

Jantares animados, os nossos.

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Pobretes mas alegretes

Ao ouvir o resumo da acusação que o Ministério Público deduziu contra o, presumível inocente, José Sócrates, veio-me à ideia a velha piada "só eu é que não tenho amigos destes". Para, logo a seguir, descer à terra e recordar uma expressão que ouvi muitas vezes aos meus pais "pobretes mas alegretes". Os meus Amigos são os melhores, mesmo que não me paguem mesada.

Independência suspensa


No sábado passado, em passeio por Zamora, fomos dando conta das bandeiras espanholas que ornamentavam muitas janelas ao longo da cidade, tal qual se viu em Portugal após a vitória no Euro 2016, só que aqui com outro significado. Vimo-las como apelo à união que alguns teimam abalar.

A dada altura, deparámo-nos com uma praça do centro histórico repleta de gente com bandeiras, hasteadas ou simplesmente a decorar carrinhos de bebé.

O que me impressionou foi a serenidade daquela manifestação, numa praça que hora e meia estava praticamente vazia. Não havia palavras de ordem, somente pessoas que conversavam normalmente e só chamavam a atenção pelo facto de ostentarem uma bandeira do seu país. 

Assim sim, se defendem ideais e promove a união, independentemente das diferentes convicções. Pacificamente.

Neste momento, a Catalunha tem a sua independência suspensa seja lá isso o que for. Quero acreditar que o argumento apresentado para uma declaração política que, à primeira vista se assemelha a um "bate e foge", seja sinónimo de uma réstia de bom senso e que esta réstia impere, para bem de todos.






terça-feira, 10 de outubro de 2017

Maria Sangrenta

Juro que se apanhasse a alma iluminada que se lembrou de trazer à baila a velha lenda da Maria Sangrenta (Bloody Mary na versão mais internacional), lhe tirava o escalpe.

Anda-me a patroa mais velha cheia de medo da figura que, sorte a nossa, só sairá do espelho à meia noite e se tivermos doze velas acesas (na versão conhecida cá em casa) o que reduz muito a probabilidade de tal suceder.

Seja como for, é parvo como tudo andar com estas histórias para assustar crianças.

Haja pachorra.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Já me via ali, a guardar vacas e a sonhar

E por breves instantes, já me via ali a guardar vacas e a sonhar.
 
 
 
 

 
 
 

Trouche mouche

A patroa mais nova lembra-me constantemente que faço tudo à  trouche mouche.
E eu que andei 40 anos a dizer trouxa moucha.
Ignorante!

sábado, 7 de outubro de 2017

Encantada

Quanto mais conheço deste nosso cantinho à beira mar plantado, mais fico apaixonada.
A celebração de uma década de vida em comum, trouxe-nos até Miranda do Douro  e estou encantada. Esta terra merece todas as visitas que lhe possamos fazer. E a carne ... ai a carne. Qualquer coisa de endoidecer. Em breve, mostrarei algumas fotos que temo não conseguirem fazer jus à sua beleza.Só vendo, ao vivo e a cores.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

10 anos!

Muita coisa aconteceu no mundo, e na nossa vida, nestes últimos 10 anos.
Casamos, tivemos duas filhas. Pelo meio, a batalha com mr. Hodgkin. Risos e lágrimas, abraços e turras. 
Em Portugal tivemos a visita da Troika, mas ganhámos o Campeonato da Europa de Futebol e o Festival Eurovisão da Canção.

Uma vida cheia, como deve ser.

E no dia de hoje, a certeza de que aquilo que nos une e temos vindo a construir é incomparavelmente maior e mais sólido do que no dia em que tudo começou - 6 de Outubro de 2007.

E viva o Amor!













quinta-feira, 5 de outubro de 2017

O meu receio revelou-se infundado

Passado quase um mês  de aulas, é com enorme alívio que percebo que o meu receio quanto à  adaptação da Tita à  escola era infundado.
A minha patroa mais nova está a revelar-se uma aluna empenhada, ainda que alvo avessa aos trabalhos de casa.
Um orgulho, este meu pequeno furacão.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

A minha oração favorita

Há uma oração que conheci na escola primária através do professor Pereira e, definitivamente, faz parte da minha vida até porque tenho  bênção de me cruzar diariamente com pessoas que a assumiram como lema e colocam em prática.

Uma delas é, claro, a minha avó.

Confesso que não me recordava o autor, mas o facebook tem este lado bom de nos chamar a atenção para dias evocativos de pessoas e relembrar as suas obras.

Assim, no dia em que se homenageia S. Francisco de Assis, partilho convosco a minha oração preferida:


"Senhor, fazei de mim um instrumento da vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive
para a Vida Eterna".

Desarmada

Provocou-me, testou todos os meus limites de paciência e quando me viu prestes a explodir, puxou-me para ela, enquanto dizia  "vá, anda cá  mãe querida".

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Até tenho medo de perguntar

Neste preciso momento, tenho uma criatura de 8 anos a escrever uma lista das coisas que quer para o Natal. Ainda não a ouvi falar no velhinho das barbas brancas? Será que foi invadida pelo cepticismo? Até tenho medo de perguntar.

Individualista

A cria mais velha terminou o dia a chorar porque uma coleguinha lhe chamou individualista. O meu instinto de protecção fez com que tivesse vontade de ir ter com a menina que fez a minha chorar e lhe desse um ralhete. A minha sensatez levou-me a procurar as palavras mais correctas para lhe mostrar que só devemos valorizar o que é, de facto, importante e ignorar as patetices. É bem possível que a minha cria tenha sido individualista na jogada e tem de saber aceitar críticas, mas tem também de perceber que não se pode melindrar com coisas poucas. Consegui serenizar a cachopa, mas custou-me a evidência que jamais lhe evitarei todas as lágrimas.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Expressão de dizer!

-Cala-te, mãe!
-Tita, não se fala assim para a mãe!
- Ai pá, é só uma expressão de dizer!

Isaltino, desatino?

Assim, de repente, esta reeleição do Isaltino é um desatino. Contudo, gosto de possibilidade romântica da regeneração e capacidade de acolhimento da sociedade no sentido de uma plena reinserção. Afinal, as penas não podem ser meramente punitivas ou estaremos perante o falhanço total do sistema. Se em 3, se conseguir a reabilitação de 1, não será mau de todo.
Qualquer que seja a teoria, será sempre um case study.

domingo, 1 de outubro de 2017

Ler com o coração (no sentido literal)

Um dos exercícios que a Tita trouxe para fazer em casa no fim de semana, passava por ler em voz alta as palavras que conhecia de entre um conjunto escrito no livro.
De repente ouvia-a dizer "padrinho". Estranhei, pois não é uma palavra propriamente fácil para miudos do primeiro ano, e fui dar uma espreitadela ao livro. Lá estava a palavra "rua", muito semelhante a padrinho  Rui que, embora sendo da mana, está sempre no coração da jovem aluna.

sábado, 30 de setembro de 2017

Triste e desiludida

Bem sei que, aos 40, não era suposto ficar triste e desiludida com a pobreza de espírito alheia mas a verdade é  que  acontece e hoje foi um desses dias.
Desafiei o meu pai para reeditar uma tarde de bola no Mário Duarte, levei as cachopas e o peluche do Beira Mar e achei que teria uma tarde em cheio. Lamentavelmente, estavam lá também uns energúmenos que acharam  por bem insultar e dar socos no banco de suplentesa da própria equipa e originar um momento muito feio, com agressões à mistura. Felizmente as pequenas não se aperceberam, entretidas que estavam a tentar perceber as regras do jogo.
Sei que aquelas pessoas nada dizem quanto aos verdadeiros adeptos do meu clube, mas custa-me muito vê-las de camisola amarela, dizendo-se beiramarenses. Quanto aos que exibem os troncos nus, devia haver alguém que lhes explicasse que a imagem não dá estilo. É simplesmente patética.

Dia de reflexão

A minutos do chamado dia de reflexão é inevitável recordar o meu avô e o seu apeumo em dia de eleições. Manhã cedo, lá vestia o seu fato e ia votar com profundo sentido de dever cívico. Foi isso que me transmitiu e é assim que vejo o acto de votar. Muito mais que um direito pelo qual muitos ainda anseiam, um dever que cada um de nós deve cumprir pelo simples facto de viver em sociedade e não se poder demitir das suas responsabilidades enquanto cidadão. Decidir o melhor.

O que é que eu fiz para merecer isto?!

  Já ninguém recebe postais de Natal! Ninguém excepto eu, que ainda não estou refeita da emoção sentida ao abrir  o envelope. Tens razão min...