sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Tenho um pressentimento

Em vésperas de reiniciarem os treinos de basket, e a  pouco mais de 15 dias do novo ano lectivo, algo me diz que as patroas terão sérias dificuldades em enfiar as patoilas (que ao sol crescem desmesuradamente) nas sapatilhas abandonadas em Julho.

É hora de fazer testes, não vá a dificuldade ser uma verdadeira impossibilidade. É que se as calças pelo meio das canelas dão para desenrascar, com as sapatilhas não há volta a dar e os chinelos de praia são inadequados para a prática desportiva.

Já tenho, portanto, planos para o fim de semana.

Engolir sapos vivos

Há dias em que, em nome da paz e harmonia possível, engulo tantos sapos vivos que chego a ouvi-los coaxar dentro de mim.

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Vítima de Bullying

Sou, diariamente, vítima de bullying. Juro.
Começar o dia a ouvir à queima roupa que TODAS as minhas amigas são mais bonitas do que eu e que canto MESMO mal, sem qualquer contexto em que as afirmações se possam enquadrar, é o quê?
É tramada a minha rafeira mais pequena.

Que comecem os jogos!

A imagem que me surge na mente hoje é a de uma arena romana.
Lá dentro está uma valente gladiadora.
Os jogos estão a começar. Dá -lhe com força miúda. Em breve receberá os louros. Amo-te muito.

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Sabes, Leonor?

Sabes Leonor, percebi que o meu mundo não era redondo e finito no momento em que soube que o vinhas enformar.
Naquele instante senti-o infinito, como o Amor que nasceu muito antes de ti.
Fiquei com medo de cair, não fosse aleijar-te. Sabes, é grande a responsabilidade dos cuidadores de tesouros como tu, o futuro.
E tive medo. Muito medo, só a ti confessado nos monólogos tidos nos momentos de maior angústia.
Medo de não te acompanhar a cada passo. De te faltar nas alturas em que uma mãe, só por lá estar, resolve tudo com um simples beijinho. Desde o mais pequeno arranhão à enorme frustração causada pela perda de um jogo.
Tantas e tantas lágrimas chorei, culpando-me pelo facto de sentir essa angústia e recear que a sentisses também dentro do meu ventre. E tu, sempre firme, respondias-me da forma possível. Com movimentos, prova de vida, dando-me a única resposta que precisava para seguir. "Trata de ti, mãe. Eu estou bem, parecia ouvir então.
Até que chegou o dia de veres a luz do sol. Chegaste ao mundo exterior após a noite mais serena de que me recordo e foi indescritível a sensação de realização ao ver cumprida a minha 1.ª grande missão. Dar-te ao mundo, sã e salva.
Consegui Leonor, por ti e tudo que simbolizas no projecto de vida que idealizei de forma espontânea e inconsciente e começou no dia em que, com o papá, comecei a nossa família
 agora completa com o pequeno furacão Tita que tanto amamos.
Sabes Leonor, o Amor dá vida e meu mundo não é redondo. Tem a forma e as cores que nele pões.



terça-feira, 28 de agosto de 2018

Que posso dizer em minha defesa?

Estou aqui farta de pensar o que posso alegar em minha defesa para só agora ter descoberto esta música. Eu, que me digo grande apreciadora dos Queen.

Um verão diferente

É a primeira vez desde que me lembro de ser gente que, em finais de Agosto e sem qualquer limitação física, ainda não pus os meus pezinhos na areia da praia. E ela aqui tão perto.
A culpa não é só da falta do dom da ubiquidade  (há tanta coisa a descobrir) mas também da crescente falta de paciência para confusões. Gosto de ajuntamentos, qb e em locais determinados. Opções que me avivam ad memórias de praias passadas. Recordar também é viver.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Da discussão nasce a luz!

Estavam as patroas a discutir sobre o grau da minha culpa pelo facto de ter havido uma troca de pautas nas suas pastas, quando a mais velha teve um fugaz momento de lucidez.
-Eu sei que também é para mim ... mas nós temos de começar a arrumar as nossas coisas! Foram estas palavras, ditas entre dentes, que acenderam uma pequena luz dentro do túnel. Ainda há esperança que a domesticação das feras se torne realidade.

Tesouros de Aveiro

Tanto andámos que quase perdíamos a oportunidade (e que oportunidade) de fazer a visita guiada à exposição "Tesouros de Aveiro", que está no Museu de Aveiro.

Começando pelo final - apressem-se que a exposição termina já no dia 2 de setembro (domingo) e a visita é, a meu ver, obrigatória. Em especial, para quem ama Aveiro.

Durante a visita lembrei-me muito das vezes em que confrontei o meu pai quanto à utilidade de estudar história e ele me respondia que o conhecimento do nosso passado era essencial para que percebêssemos o presente. Nada mais verdadeiro.

Como fez questão de frisar o nosso guia e director do museu, Dr. José Christo, o maior tesouro é a preservação da memória. E, digo eu, essa preservação tem uma importância que vai muito além do romantismo e dos afectos.

Resumindo, gostei muito de ficar a conhecer um pouco mais da história da minha cidade em várias vertentes, desde à administrativa até à religiosa passando pela indústria, e dei por muito bem empregues as duas horas e meia que durou a visita e que poderiam ser muito mais porque, estou certa, muito mais haveria a dizer.

A excelência da visita deveu-se muito, e não seria justo omiti-lo, à forma entusiasta como o Dr. José Christo partilhou o seu imenso saber que teve o condão de nos teletransportar até aos lugares e tempos de outrora. Independentemente da actividade em causa é sempre uma lufada de ar fresco ver alguém tão feliz enquanto trabalha.

E para finalizar, os meus tesouros que aguentaram estoicamente a visita grande parte do tempo espojadas na cadeira, mas isso são pormenores.




domingo, 26 de agosto de 2018

Irmã mais velha

A pequena é peconhenta e não lhe dá um segundo de sossego. Num misto de idolatria e mera vontade de chatear, segue a irmã por todo o lado, desfaz-lhe os novelos de lã, a casinha das bonecas, torna as tentivas de leitura uma prova de obstáculos. A mais velha também não é santa nenhuma, note-se, mas de facto tem ali um osso duro de roer. Ainda por cima com o azar de ser quase sempre ela a ser a apanhada a molhar a sopa o que se deve a nós aparecermod no momento em que já esgotou os argumentos e a paciência (leia-se quando a gritaria é já insuportável e audível ao fundo da rua). Nos pequenos e raros, talvez por isso encantadores, momentos em que hasteiam a bandeira branca, é vê -la preocupada com a irmã evidenciando o instinto maternal que, por regra, as irmãs mais velhas têm. Às vezes parece que vivo com duas gatas assanhadas, mas o que é certo é que quando tento meter a colher formam uma equipa indestrutível.

sábado, 25 de agosto de 2018

Vocês são formidáveis!

Estou de coração cheio com todas as vossas manifestações de carinho, na sequência do post em que contei que a família se preparava para combater mais um cancro. Convosco é tudo sempre muito mais fácil. Àqueles que ficaram preocupados com os meus pais, irmãs e sogro uma palavra especial. Estão bem e recomendam-se. Estão na luta mas na retaguarda. Beijinhos grandes a todos. E, uma vez mais, obrigada por cada palavra de incentivo.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Coisas que, verdadeiramente, alegram os meus dias _post sério

E depois há as coisas que, genuinamente, alegram os meus dias. Num post escrito há tempos, e que não encontro agora, falava sobre a experiência de cumprimentar com um simples bom dias aqueles com quem nos cruzamos na rua e os efeitos maravilhosos que pode ter não só em quem recebe essa atenção inesperada como a quem a dá. Continuo a fazê-lo e tenho tido reacções muitíssimo giras, que me enchem a alma. Hoje, ao encontrar este vídeo, foi imediata a analogia. Podemos não chegar ao ponto de fazer Amigos (com A maiúsculo) mas é possível fazer amigos, se não nos esquecermos de como isso se faz. Vejam e não contenham o sorriso terno que, tenho a certeza, este vídeo vos fará nascer no rosto.


Algo que alegra os meus dias

Ir aos saldos e perceber que já só restam tamanhos S e XS é algo que alegra os meus dias. Nem me importa o facto de ter vestido um bikini XS na viagem de finalistas, no longínquo ano de 2000.
PS será que me convenço do que digo?

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

A fixação pelo Panteão

Com esta fixação pelo Panteão e a confusão sobre o que é realmente uma homenagem, preservação da memória e perpetuação da obra, o Ronaldo que se ponha fino (como se diz na terra do meu homem) que qualquer dia vai lá parar com os ossos, só que a respirar.

Haja paciência . E respeito, pela vontade daqueles que queremos honrar e dos familiares a quem pertencem, de direito e de facto.

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Direitos das pessoas em contexto de doença avançada e em fim de vida

Sendo as questões éticas bastante subjectivas em muitos casos, o legislador português resolveu agir e deixar preto no branco aqueles que são os direitos das pessoas em contexto de doença avançada e em fim de vida , incluindo aquilo a que chama direitos não clínicos, e até os dos seus cuidadores.

A Lei 31/2018 de 18 de Julho merece ser lida, não só por clarificar partes daqueles que são os argumentos dos opositores da eutanásia (direitos que decorrem da ética médica e que qualquer profissional com formação mínima em cuidados paliativos já assegura), como por conter conceitos curiosos e por ser claramente só mais um passinho daquele que é o caminho para respeitar o direito a viver de forma digna até ao fim.

Isto porque não basta prever direitos, é preciso que existam condições no terreno para que eles sejam uma realidade e neste ponto estamos muitíssimo atrasados como se sabe.

Não querendo maçar-vos com uma análise aprofundada (os juristas conseguem ser muito chatos, eu sei), limito-me a salientar alguns pontos do diploma:

Entre o conjunto de direitos das pessoas em contexto de doença avançada e em fim de vida, está o direito a não sofrerem de forma mantida, disruptiva e desproporcionada.

Considera -se, para este efeito, que uma pessoa se encontra em contexto de doença avançada e em fim de vida quando padeça de doença grave, que ameace a vida, em fase avançada, incurável e irreversível e exista prognóstico vital estimado de 6 a 12 meses.

As pessoas em contexto de doença avançada e em fim de vida têm direito a ser tratadas de acordo com os objectivos definidos no seu plano de tratamento, previamente discutido e acordado, e a não ser alvo de distanásia, através de obstinação terapêutica e diagnóstica, designadamente, pela aplicação de medidas que prolonguem ou agravem de modo desproporcionado o seu sofrimento, em conformidade com o previsto nos códigos deontológicos da Ordem dos Médicos e da Ordem dos Enfermeiros e nos termos de normas de orientação clínica aprovadas para o efeito


As pessoas em contexto de doença avançada e em fim de vida, desde que devidamente informadas sobre as consequências previsíveis dessa opção pelo médico responsável e pela equipa multidisciplinar que as acompanham, têm direito a recusar, nos termos da lei, o suporte artificial das funções vitais e a recusar a prestação de tratamentos não proporcionais nem adequados ao seu estado clínico e tratamentos, de qualquer natureza, que não visem exclusivamente a diminuição do sofrimento e a manutenção do conforto do doente, ou que prolonguem ou agravem esse sofrimento.

As pessoas em contexto de doença avançada e em fim de vida têm direito a receber cuidados paliativos através do Serviço Nacional de Saúde, com o âmbito e forma previstos na Lei de Bases dos Cuidados Paliativos.

 Considera-se ainda prestação de cuidados paliativos o apoio espiritual e o apoio religioso, caso o doente manifeste tal vontade, bem como o apoio estruturado à família, que se pode prolongar à fase do luto.


Os cuidadores informais da pessoa em contexto de doença avançada e em fim de vida que recebe cuidados paliativos em ambiente domiciliário têm direito a receber formação adequada e apoio estruturado, proporcionados pelo Estado através da articulação entre o Ministério da Saúde e o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

 Os profissionais de saúde devem requerer o direito ao descanso do cuidador informal da pessoa em contexto de doença avançada e em fim de vida que se encontra em ambiente domiciliário sempre que tal se justifique (NOTA -  este é um dos tais conceitos curiosos. Resta saber como se concretizará este direito ao descanso - em que moldes será previsto, presumivelmente no código do trabalho, a quem será requerido (?) - eu diria que em 1.º lugar terá de ser ao próprio legislador porque não o conheço no nosso ordenamento jurídico, etc, etc, etc.).

 No âmbito dos cuidados de saúde primários, os profissionais de saúde têm a obrigação de sinalizar todos os casos de pessoas em contexto de doença avançada e em fim de vida que se encontrem em ambiente domiciliário sem acesso ao devido apoio estruturado e profissionalizado

À pessoa em situação de últimos dias de vida, é assegurado o direito à recusa alimentar ou à prestação de determinados cuidados de higiene pessoal, respeitando, assim, o processo natural e fisiológico da sua condição clínica.

São direitos não clínicos das pessoas em contexto de doença avançada e em fim de vida, nos termos previstos na lei:
a) Realizar testamento vital e nomear procurador de cuidados de saúde;
b) Ser o único titular do direito à informação clínica relativa à sua situação de doença e tomar as medidas necessárias e convenientes à preservação da sua confidencialidade, podendo decidir com quem partilhar essa informação;
c) Dispor sobre o destino do seu corpo e órgãos, para depois da sua morte, nos termos da lei;
d) Designar familiar ou cuidador de referência que o assistam ou, quando tal se mostre impossível, designar procurador ou representante legal;
e) Receber os apoios e prestações sociais que lhes sejam devidas, a si ou à sua família, em função da situação de doença e de perda de autonomia.

Aguardemos serenamente pela operacionalização.

Tricotar com a avó na biblioteca

Chegou o dia pelo qual a patroa mais nova tanto esperou. Hoje vai integrar o grupo das tricotadeiras de Aveiro e tricotar na biblioteca.
Estava eu a pensar o privilégio que é poder partilhar momentos e hobbies com os avós, quande caí  na real. Nem sequer sei tricotar. Que raio de avó vou ser? Isto se conseguir reformar-me em tempo útil.  Fica a questão.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Quem dera

Quem dera fosse perene a Primavera como efémera é a vida
Quem dera  corressem os amores em voltas concêntricas
Regressando incessantemente ao ponto de partida
E nele renascendo em dobro.

Quem dera fossem só sonho todos os males
Quem dera findassem a cada novo dia
Soçobrando perante o amanhecer
E nele se transformando em venturas.

Quem dera.

Entre altos e baixos

Quando se fala sobre a nossa experiência com o cancro, o meu marido costuma dizer quanto o marcou a sucessão de notícias boas e más. Primeira gravidez, diagnóstico de cancro, a bebé está bem, internamento, a bebé nasceu bem, afinal é estadio IV... final feliz.
No fundo, aquilo que é a vida em regra. A lição que se retirou foi a de que nunca devemos baixar os braços. Depois da tempestade vem a bonanca como diz, e bem, o povo.
Neste momento, e depois da boa nova que é a vinda da minha sobrinha, a família recebeu a notícia de mais um cancro e prepara-se para outra batalha.
A minha maior dor presentemente ,  e digo-o de coração, é não poder ser eu a levar com ele.
 Não podendo, estarei juntamente com os outros soldados da família, em todas as frentes que me forem permitidas e, acima de tudo, na rectaguarda. Juntos venceremos mais esta batalha.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Reciclar materiais escolares

Este ano as patroas já foram avisadas que terão de fazer uma boa revisão aos 1000 estojos espalhados por mochilas e gavetas para reciclar o material escolar. O ano passado fizeram o mesmo e doaram à  Casa Municipal da Juventude mas desta vez é mesmo para uso das próprias.
A ideia é não só poupar uns euros, como recursos (é impressionante a madeira e água gastas para fazer lápis e folhas de papel). Queremos também refrear os impulsos consumistas destas duas meninas.Não faz sentido comprar mochilas, estojos e lancheiras novas só porque mudou a fronha da boneca preferida quando os que usaram no ano passado estão impecáveis.
Já andei a ver umas dicas para aproveitar material escolar. Vamos ver se resulta mesmo limpar as borrachas com álcool  (às tantas é básico mas para mim é  novidade).
Se houver por aí ideias que possam partilhar, a família agradece.

É oficial. Vou ser tia!

E é oficial. Vou ser tia! A sensação foi estranha inicialmente. Afinal, a minha mana só tem 30 anos. Eu ia levá -la à escola de carro. Tinha a mania que era a mãe dela. Senti que ia ser tia avó.
Passada a estranheza, estou derretidinha de todo. Mal posso esperar a hora de pegar na criaturinha ao colo.
Coisinha boa da tia.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Pelos caminhos de Portugal

Quando optámos por ir uns dias até ao interior, o objectivo era somente fugir ao vento e encontrar sossego. Ok, admito que andava desejosa por atacar uma boa chanfana.

Não tinha grandes expectativas o que, diz-me a experiência, é bom em regra.

O destino escolhido foi a Lousã que, além de tudo o mais, tem a vantagem de ser aqui ao lado e a aposta foi mais do que ganha.

Fiquei apaixonada pelas Aldeias do Xisto e pela coragem dos empreendedores que as estão a dinamizar e a contribuir para a preservação de um património cultural e natural colectivo.

 
Rendi-me às praias fluviais. Deliciei-me com a bicharada com a qual me cruzei nos caminhos, raposas, veados e muitas borboletas, entre outros.

Reforcei a convicção de que devia ser proibido sair de Portugal antes de lhe conhecer todos os cantinhos.

... E a chanfana não desiludiu.

 
 
 
 



 

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Desconvidada

Não é frequente identificar-me com as posições do BE mas desta vez fico satisfeita com o desconvite à Marine Le Pen que fica assim fora do painel de oradores da Web Summit.
Bem sei que andamos aqui em conceitos pouco lineares. A liberdade de expressão é um direito fundamental mas, até esta, não pode ser ilimitada sob pena de poder colocar em risco outros direitos fundamentais. Sei também que se corre o risco de suscitar curiosidade relativamente à senhora mas, pesados os prós e contras, acho que o desconvite foi a opção correcta.
Eu, pelo menos, dispenso bem ouvi-la, ainda que na tv.

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Direito a ir comprar pão

A patroa mais velha foi comprar pão sozinha. Na verdade, eu estava ao virar da esquina mas nada que diminua o orgulho que sentiu naquele momento.
Agora quer repetir o feito todos os dias. Mas ( há sempre um) terá de conquistar outro direito bem mais difícil de alcançar - sair de casa sem levar a mais nova atrás.  Avizinham-se tempos animados. Isto de ser irmã mais velha tem que se lhe diga.

Amizades de Verão

 
 
 
 
 
 





segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Raízes

Há sempre uma alegria imensa no regresso ao lugar onde brotaram as raízes que nos geraram ainda que, paradoxalmente, igual só esteja a paisagem. Precisamente aquilo que é  mais mutável.
Faltam os que davam forma e vida àquele lugar e o tornaram ponto de referência para aqueles que de lá nasceram e espalharam pelo mundo.
Jamais será o mesmo. Seja  a  ida, seja o ponto de chegada e o debitar de notícias sobre o que lá encontrámos. Lá e cá só estão as almas. Tão pouco, quando o que queríamos era ver aqueles sorrisos. Tanto se pensarmos quão cheio deixaram o nosso coração.

domingo, 12 de agosto de 2018

Mágico

Há algo de mágico nisto de percorrer Portugal por caminhos menos óbvios e, talvez por isso, mais próximos da origem de tudo.
Ficar apaixonada por cada recanto e prometer sempre voltar, jamais o fazendo por saber que há muito mais a descobrir e a mesma água nunca passa duas vezes por baixo da mesma ponte. Guardar cheiros e cores na memória que, podendo falhar, será em todo o caso mais fidedigna na sua subjectividade do que qualquer processo mecânico de gravação da impressão dos sentido.
Há magia neste caminho contra corrente, em que procuramos a foz ao invés de insistir em mergulhar num mar de gente.

sábado, 11 de agosto de 2018

Há muito tempo que não te via tão gordinha!

Quando uma tia avó nos recebe com um "há muito tempo que não te via tão gordinha" percebemos que temos de fazer alguma coisa (apesar de saber que, no seu ideal, me estava a chamar formosa.

E é mesmo há muito tempo que não me via assim. Pr'aí  30 anos. Aiiiii

domingo, 5 de agosto de 2018

A matemática pode evitar amuos!

-Porque é que estás amuada?!
-Porque o pai disse que me ia dar um terço da laranja e só me deu metade!

Sei que se não fosse por isto, a patroa estaria amuada por outro motivo. Há que admitir que as gajas são chatas à brava quando amuam (o que acontece frequentemente). Mas, no caso concreto, talvez umas noções de matemática tivessem evitado que prendesse o burro.

A melhor publicidade

Sem ter quaisquer dados estatísticos que o confirmem, sinto que não há publicidade melhor que a que vai passando boca a boca. Aquilo que o nosso Presidente Marcelo está a fazer vale muito mais que qualquet spot publicitário que passe no intervalo de um derbie futebolístico ou mil outdoors.
Pena tenho eu que outros não façam o mesmo e a Madonna se fique por Lisboa.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Cuidados Paliativos - resposta aterradora!

Recentemente enviei um e.mail ao Ministério da Saúde e a todos os grupos parlamentares relatando uma situação, da qual tenho conhecimento directo, que retrata a miséria que se vive em Portugal no que diz respeito aos Cuidados Paliativos.

No final do e.mail, um simples comentário sobre aquilo que acho ser imoral e que é defender a eutanásia a todo o custo sem ter o cuidado de defender uma boa rede de cuidados paliativos, de forma a dar dignidade até ao final da vida.

Mas não era esse, de todo, o propósito do e.mail. Simplesmente quis, junto daqueles que nos representam na Assembleia da República dar a conhecer uma realidade concreta e pedir que lhe dessem atenção.

Até ao momento recebi duas respostas. A do Bloco de Esquerda, que apreciei, na forma e teor.

Já a do grupo parlamentar "Os Verdes", que transcrevo abaixo, deixou-me verdadeiramente aterrorizada.

"Exma. Senhora,
 
Encarregam-me os senhores deputados – Heloísa Apolónia e José Luís Ferreira – de acusar a receção e agradecer a sua mensagem eletrónica, que mereceu a sua melhor atenção. Existe uma Lei de Bases dos Cuidados Paliativos e se não há maior investimento nesses cuidados, assim como nos cuidados continuados, é porque houve, ao longo dos tempos, quem trocasse esse investimento pelos valores do défice e metesse sempre o défice à frente de tudo. O Estado tem o dever de garantir o acesso dos doentes aos cuidados paliativos e de assegurar uma boa rede destes cuidados, com o objetivo de prevenir e aliviar o sofrimento físico, psicológico, social e espiritual e melhorar o bem-estar e o apoio aos doentes e às suas famílias, quando associado a doença grave ou incurável, em fase avançada e progressiva, como determina a lei.
Não é a despenalização da morte medicamente assistida, a pedido do doente e em casos extremos, que vai retirar 1 cêntimo que seja ao investimento nos cuidados paliativos, até porque não implica a contratação de mais médicos ou enfermeiros nem investimento em equipamento hospitalar.
 
Sem mais de momento, apresentamos os melhores cumprimentos,".
 
NOTA: o sublinhado é meu.
 
Nem uma palavra sobre  o facto de estarem atentos e defenderem condições para que o direito a viver dignamente até ao fim seja uma realidade e, aquilo que me choca mais, a preocupação de frisar que não será a despenalização da morte medicamente assistida que vai retirar "1 cêntimo que seja" ao investimento nos cuidados paliativos.
 
Quero muito acreditar que esta foi só uma resposta infeliz e até dou de barato que defendam a eutanásia, embora me choque a conclusão que  retiro da mesma - Os cuidados paliativos implicam custos e não há vontade política; já a eutanásia seria de graça pelo que não se percebe a inacção do Estado.
 
O que não concebo é que que coloquem a vida dos outros ao desbarato sem demonstrar sequer a intenção de combater a falta de vontade política em investir em cuidados paliativos, independentemente daquelas que sejam as convicções relativas à eutanásia.
 
Tão mau, que respondi:
 
"Boa tarde
 
acuso a recepção do v/ e.mail, que agradeço.
Constato, porém, que não me devo ter expressado bem no meu e.mail.
 
O que espero dos grupos parlamentares é que trabalhem junto do Estado no sentido de que os direitos dos cidadãos sejam salvaguardados. No caso concreto, o direito a viver com dignidade até ao fim, independentemente daquela que seja a sua posição relativamente à eutanásia.
 
Lamentavelmente, ao que parece, a preocupação é de que frisar que a despenalização da morte medicamente assistida não vai ter implicação nos cuidados paliativos.
 
Uma nota importante - no caso que apresentei houve direito a uma morte medicamente assistida; a pessoa em causa faleceu num hospital e teve acesso a meios medicamentosos que conseguiram evitar a dor. Cuidados paliativos são mais do que isso. Uma questão de semântica, ou talvez não".

Estamos assim, mais capazes de defender a morte como solução do que a dignidade no fim da vida.
 
Dá que pensar.

 
 
 

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Temos leitora!

O meu coração de mãe, ainda há 6 meses angustiado por a possibilidade da patroa mais nova ter algum tipo de problema com a leitura, rejubila agora que a encontrei a ler "Uma Aventura dos Sete", da Enid Blyton.

Devagarinho, a cachopa terminou já o 1.º capítulo e até sabe esclarecer a avó (igualmente fã da autora) que o cão se chama Ziguezague e não Tim, e dizer que a mãe (eu, portanto) é tão irritante quanto a Susana, irmão do Jaime.

Temos leitora!

O que é que eu fiz para merecer isto?!

  Já ninguém recebe postais de Natal! Ninguém excepto eu, que ainda não estou refeita da emoção sentida ao abrir  o envelope. Tens razão min...