domingo, 31 de dezembro de 2017

2017 - Pequena retrospectiva sem filtros

40 anos de vida, 10 de casada. Muitos motivos para sorrir, alguns para chorar. Um ano rico em emoções, rodeada  por aqueles que estão sempre no sítio e momento certos.
Nada mais posso pedir.
Aqui fica uma pequena retrospectiva, sem filtros.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

sábado, 30 de dezembro de 2017

A pensar no Réveillon

A quase 24 horas do grande momento, uma dúvida. Como é que eu vou aguentar acordada até à meia noite?

Atenção

Mesmo correndo o risco de fazer com que este post se assemelhe a um texto da coluna sentimental de uma qualquer revista rosa, cá vai a minha reflexão sobre um tema que me parece essencial a qualquer relacionamento - a atenção.

Respeito, compreensão, paciência ... são algumas das características que associamos ao sucesso de um relacionamento (NOTA - relacionamento de qualquer natureza e não somente amoroso).

Esquecemo-nos quase sempre (por mim falo) da atenção. Quantas e quantas vezes não fui surpreendida com os efeitos da minha falta de atenção aos outros. Quantas e quantas vezes não percebi a razão de uma cara zangada ou triste. Pior que isso, nem me apercebi dessa cara zangada ou triste. Não tive noção que as minhas palavras, ou silêncio, magoaram. Passei ao lado da necessidade de atenção, precisamente por estar desatenta.

A falta de atenção afasta, cria desentendimentos, pode matar sentimentos. Sem atenção, é impossível qie exista compreensão. Se não percebo o motivo da falta de paciência, nunca poderei compreender palavras menos simpáticas. Óbvio, não?

Tão simples e ao mesmo tempo tão difícil estar atento.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Coisas a NÃO fazer em 2018

Andava aqui um pouco renitente em reler os meus últimos posts de 2016, certa de não ter cumprido muito mais de metade dos objectivos que tinha para este ano e que permanecem imutáveis há alguns anos, diga-se de passagem.

Em boa hora quebrei a resistência já que, faz por estes dias um ano, troquei a lista de objectivos pela de coisas a não fazer (a minha memória é tão espectacular que já nem me lembrava deste, só aparentemente pequeno, pormenor).

E, curiosamente ou não, fiquei imediatamente mais animada. Acho que em 2017 consegui não fazer algumas das coisas que queria. É uma das coisas porreiras de se ter 40 anos. Saber bem o que não queremos e assumi-lo sem receio que nos excluam do grupo da malta "cool".

De maneira que, para 2018, manterei a minha lista de coisas a NÃO fazer, entre as quais se encontram em lugar cimeiro os fretes (como diria a minha querida Amiga e Madrinha Dina, não sou camionista para os fazer).



Socorro, dei à luz um papagaio!

-Tita, lê esta palavra.
-Papoila!
-Papoila?!
-Ah não, espera, é tulipa!
-Tulipa?!
-Dália?

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

O Pai Natal não existe!

Este ano concluímos que estava chegada a hora de revelar às patroas a verdadeira identidade do Pai Natal. Apesar de todas as pistas e incongruências detectadas nas histórias que lhes contavam, as pequenas não queriam ver o óbvio.
Para a Tita foi indiferente. Já a Leonor ficou muito desiludida com a dura realidade.
Foi bonito enquanto durou.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Neste Natal de 2017


Nos últimos anos, uma série de partidas e outras ausências físicas foi alterando o nosso Natal. Mudou o local da consoada, o horário de início. Foram-se juntando a nós outros convivas. 

Finda a festa, fica a alegria de perceber que o essencial se mantém imutável. A alegria da partilha e o sentimento de família.

E neste Natal de 2017 marca-me particularmente a confirmação de que família é algo que se constrói, em cima de risos e lágrimas; concordâncias e discordâncuas; brincadeiras e amuos mas, essencialmente, em cima de fortes princípios e disponibilidade para amar.

Ao chegar a esta conclusão sinto verdadeiramente que as ausências dos que partiram são, de facto, meramente físicas e que os meus avós e padrinho estiveram presentes, como sempre. Só não estão visíveis na foto.

Afinal foram eles que fundaram os alicerces desta família.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Compre agora e comece a pagar em Março!

Concerteza por limitação minha, há muita coisa na humanidade que não consigo compreender. No cimo da lista está o facto de haver que compre presentes de Natal a crédito.
Duas coisas sei eu, com certeza. O Natal não é isto e as memórias são curtas.

Vamos falar de advogados

Começando pelo princípio, e porque vejo uma grande confusão à volta daquilo que é o papel dos advogados na sociedade, vamos perceber o significado da palavra.

Advogado -do latim "ad vocatus" - o que "chama a si" (uma causa) ou "é chamado" (a defender uma causa).

Logo aqui se podem extrair duas conclusões:

1 - Contrariamente àquilo que ouço diariamente de "não podemos falar porque está aqui uma advogada", um advogado é uma das pessoas em quem mais podemos confiar já que, quando em exercício de funções, se encontra vinculado ao dever de sigilo. Note-se que este dever não é meramente moral mas legalmente imposto.

Um advogado tem de defender o seu cliente o que, desde logo, implica que deva saber tudo o que há para saber (outra das coisas que os próprios muitas vezes não encaixam).

Não se sentindo em condições para efectuar a tal defesa, só existe um caminho o de renunciar ao mandato, guardando para si os factos a que teve acesso.

Vamos a um exemplo concreto e verídico. Determinado advogado é consultado por alguém que lhe confessa ter atropelado mortalmente uma pessoa e fugido do local. Na sequência da conversa, percebe que a vítima é familiar de um grande amigo seu. Naturalmente, sente não estar em condições de efectuar a melhor defesa. Solução - não aceitou a causa, mas não também não pode denunciar a pessoa em causa.

Não esquecer que a pessoa em causa merece a melhor defesa possível.  Ninguém sabe, até se investigar a situação, se o atropelamente aconteceu porque rebentou um pneu do carro, porque vinha a alta velocidade a fugir de um perigoso grupo de criminosos, porque adormeceu ao volante depois de ter trabalhado 24 horas seguidas ou por estar alcoolizado. Presunção de inocência sempre, combinado?

Parece-me clarinho como a água da fonte e é uma das primeiras coisas que se aprende no estágio

2- No seguimento da primeira conclusão, o advogado defende alguém ou a sua causa, não acusa. Para isso existe o Ministério Público.

Em resumo um advogado que, efectivamente o seja, é alguém em quem se pode depositar toda a confiança.

Depois há os maus e que não merecem a cédula profissional, ou por serem fraquinhos tecnicamente ou por não se regerem pelos princípios deontológicos que deviam ter entranhados em si.

Mas isso não é nada de extraordinário, Acontece entre médicos, contabilistas, padeiros, coveiros, futebolistas e seus presidentes, costureiras ........ ETC, ETC, ETC.

Estamos entendidos?

NOTA: tenho quase a certeza de ter escrito um post quase igual há uns anos atrás, mas vão perdoar-me. Até os advogados precisam de desabafar.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

No dia em que deixar de me desiludir será mau

Há dias, no meio do frenesim, houve uma situação que me deixou desiludida.

De imediato comecei a trocar impressões com os meus botões, muito zangada comigo própria por nesta fase da vida ainda me desiludir. Tenho momentos de alguma arrogância em que acho imune a desilusões.

Estava eu nas minhas cogitações quando se deu um clique. Felizmente ainda me desiludo. Significa que continuo a acreditar em mudanças Mau será no dia em que deixar de me desiludir. Deve ser terrivelmente mau viver sem esperança.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

A culpa é da mãe!

-Estás a ver o que dá andares sempre descalça? Estás com o nariz todo entupido!
- A culpa é da mãe, que não me encontra os chinelos!
Nota da mae: limitei-me a mandar a patroa procurar os chinelos, tarefa altamente fatigante numa casa em que procurar no armário é sempre a última opção.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Nota-se que têm berço!

Mãe - Tita, vê lá se não perdes os sapatos da boneca como aconteceu da outra vez!
Leonor - Não te preocupes que hoje estou lá eu e dou-lhe logo nas trombas!

domingo, 17 de dezembro de 2017

Vivaldi que me perdoe

A minutos de entrar em palco, só peco a Vivaldi que me perdoe. Divirto- me à brava com isto e em momento algum quero desonrar a sua obra. Prometo fazer o meu melhor play back para não estragar.

sábado, 16 de dezembro de 2017

9 anos de mudanças

Faz precisamente hoje 9 anos que, entre os preparativos para um natal especial no qual teria a minha primeira filha no ventre, recebi o terrível diagnóstico que o meu cérebro havia de fazer o favor de codificar. De tudo o que ouviouvi só retive a famosa frase "vai ter de vir comigo, minha querida". O destino era o IPO. Não me lembro desse Natal. Só  de andar muito confusa, como que a viver uma vida que não fosse minha. E culpada, muito culpada pelo sofrimento que estava a causar aos mais proximos e àquela criança que, segundo os livros, estaria a sentir toda a minha angústia.
Passaram 9 anos e cá estou, a fazer uma vida normalissima e sem me colocar nenhuma restrição, senão a de limitar perdas de tempo e focar no essencial da vida. Cada segundo, cada respirar, cada Natal, cada segunda-feira de manhã...cada nada. Tudo é cada vez mais valioso.
Nada mudou mas, em mim, tudo está diferente. Estou cada vez mais viva!

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

30 anos de Porto - Peñarol

Antes de mais, uma declaração prévia. Não sou, nem nunca fui portista.
Sem prejuízo este jogo, realizado faz hoje 30 anos, ficará sempre na minha memória. Foram muitas as vezes que vi aquela cassete de vídeo. Por algum motivo que desconheço, as condições climatéricas em que ocorreu fascinavam-me. Até a bola rebentou. Algo que hoje me parece completamente louco e desumano, confesso, na altura teve em mim um efeito engraçado.
Hoje não resisti a partilhar a memória.
Não sou portista, repito, mas as vitórias fora de portas orgulham-me muito.
Parabéns FCP.

Parabéns mãe


Está hoje de parabéns a minha mãe. 61 viçosas Primaveras!
Como qualquer filha que se preze, nem sempre sou justa e carinhosa.
Aliás, poucas vezes o sou. Mas creio que se deve só ao facto de ter a certeza de um amor incondicional, que nem a minha parvoíce consegue sequer beliscar.
 À minha mãe devo a vida, na sua génese naturalmente mas também naquilo que tem de melhor. A família, que tanto preza e une e é para mim um porto seguro.
Devo ainda o facto de ter a minha avó, no seu mundo mas com uma qualidade de vida que jamais teria não fosse a dedicação da melhor filha (mãe e avó) do mundo.
Neste dia, que é seu, fica a minha homenagem pública com uma imagem que diz tudo.
Parabéns mãe!


segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Raríssimas e, por isso, não dominantes

Ao acompanhar a mais recente novela à volta de um alegado desvio de fundos na associação Raríssimas, ocorrem-me vários pensamentos.

O primeiro vai, provavelmente por defeito profissional, para o princípio da presunção de inocência  que vejo cada vez mais banalizado. Melhor dizendo, ignorado.

E isto é gravíssimo pois gera, antes de mais, verdadeiros linchamentos em praça pública. Digo sempre que ninguém está livre de ter um vizinho maluco que faça queixa de nós ao Ministério Público e mau seria se não houvesse direito ao contraditório.

No caso concreto da Raríssimas, e entidades criadas com fins similares, é ainda mais grave pois a opinião pública não julga na praça pública somente as pessoas sob suspeita. Tomar a parte pelo todo é outra das manias do ser humano.

E com estes escândalos não perdem só as instituições em causa, mas todas as outras. O claro exemplo académico do "paga o justo pelo pecador".

Não ignoro que existem muitas pessoas, nos mais variados cargos, são capazes de dormir descansadinhas, apesar de andarem a depauperar recursos alheios e que o hábito não faz o monge.

Mas tenho a certeza que existem muitas mais que trabalham de forma séria e sem outro interesse que não o de melhorar o mundo em que vivemos.

É nessas que continuo a depositar as minhas esperanças.

Quanto às desconfianças só espero que sejam desfeitas em sede própria e eu quem tiver de ser punido o seja severamente.

Que não seja pelas desconfianças que os indignados (todos os que se podem orgulhar de ser honestos com os outros e consigo também) deixem de se dedicar a causas nobres, ou serão como aqueles que tanto criticam - egoístas.


domingo, 10 de dezembro de 2017

Hoje ficou mais rica a memória colectiva de Aveiro

Creio que não existe aveirense que desconheça o Atita, sempre bem disposto e muito extrovertido era um verdadeiro tubarão dos mares. Professor de natação de muitos, nadador salvador de excelência cujo CV conta a história de dezenas de vidas salvas.

Na passada 5.ª feira recebeu, das mãos do nosso Presidente da República, a Medalha de Ordem de Mérito. Teve a felicidade de ser distinguido em vida, como deveria ser sempre.

Hoje partiu. O 1.º ano do banho de 2018 na praia da Barra será certamente diferente mas não duvido que esteja lá em cima, brincalhão como sempre, a comandar a malta.

A memória colectiva de Aveiro ficou agora mais rica.

Vamos sentir a sua falta nas ruas de Aveiro, tanto quanto o privilégio de o ter tido nas nossas águas.

sábado, 9 de dezembro de 2017

Dureza

Aquele momento em que estamos no sofá a ver o csi e temos de nos levantar para ir acordar as patroas.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Sim, o Pai Natal existe!

De tanto querer acreditar deixam-se enredar em teorias, evolutivas consoante as respostas de que necessitam para saciar dúvidas cada vez mais complexas.
É preciso acreditar para que ele venha.
Afinal, toda a gente sabe que os coelhos põem ovos.
Sim, o Pai Natal existe!

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Uma filha babada, no dia internacional do voluntariado

Como sabem, tenho um carinho especial por projectos de voluntariado e, como tal, não podia deixar passar em branco o dia internacional do voluntariado.

E o de hoje em particular, no qual vejo ser dado destaque ao Banco do Tempo, em que a minha mãe diz ter "tropeçado" e que tanto bem faz a todos quantos nele participam, doando e recebendo disponibilidade.

Podem ver a entrevista AQUI

Ass. uma filha babada

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Os Zé Pedro deste mundo

Ao saber da morte do Zé Pedro um dos meus primeiros pensamentos, e presumo que o de muitas outras pessoas, foi para o seu passado de excessos.

Logo de imediato lembrei-me que, poucos dias antes, havia perdido um familiar próximo ao qual sempre conheci hábitos de vida muito saudáveis. Em comum, a doença e uma enorme tenacidade.

Há quem fale em "pagar os excessos", rápido no atirar a pedra, esquecendo-se que a morte é das coisas mais democráticas que pode existir, parafraseando Belmiro de Azevedo outro valente que nos deixou por estes dias.

Nós, os que ficámos, temos a obrigação de os honrar fazendo aquilo por que mais lutaram - Viver

Envergonhada e desolada

Hoje vejo o meu Beira Mar nas capas de jornal e sinto-me envergonhada. Sei bem que 3 ou 4 matarruanos nada dizem sobre Aveiro e as suas gentes mas cenas destas, que se têm multiplicado recentemente, destroem uma imagem que sempre tive do velhinho Mário Duarte. Um lugar de festa, onde se podia passar um bom tempo em família. Mais do que resultados e campeonatos, é isto que me desola - a selvajaria.
Oxalá Aveiro saiba varrer estes energúmenos para longe.

Podias ao menos chorar!

Brigaram todas as 78 horas que estiveram juntas, tirando as poucas horas de sono. Do nasxer ao pôr do sol, enquanto faziam a árvore de natal e o presépio. ..
De uma das vezes, estava a maior ao ataque, ri-me de uma parvoíce qualquer e ofendi a pequena. "Tas a rir-te de quê? !!! Podias ao menos chorar!".
E venha o próximo fim de semana prolongado

O que é que eu fiz para merecer isto?!

  Já ninguém recebe postais de Natal! Ninguém excepto eu, que ainda não estou refeita da emoção sentida ao abrir  o envelope. Tens razão min...