terça-feira, 31 de julho de 2018

Coitadinhas das crianças que passam tanto tempo na escola!

Vai uma mãe a correr que nem louca, para as crias não estarem mais tempo na escola, e é recebida com um olhar de desdém e a informação que o filme começou  "ainda agora"!
Toma lá que é para aprender!

Afinal já tinha estado lá

Na sequência do post de ontem (podem ler AQUI), fica a prova. Já tinha estado lá (e a Tita também).


 

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Vale tanto a pena acreditar e seguir em frente. Tanto!



Estava em pleno piquenique anual, com Amigos de todas as horas, naqueles momentos em que se desfiam memórias quando a madrinha da Tita lembrou que tinha sido naquele mesmo local que, oito anos antes, lhe tinha contado a boa nova.

E eu que estava convencida ser a primeira vez que ali estava, dei por mim a recuar no tempo e a tentar recordar-se de outros pormenores que não a grande angústia sentida naquele dia.

Concluí que a angústia me consumia de tal modo que impediu que lembrasse a beleza do local. Estive ali só, e literalmente, de corpo presente.

Só que queria que chegasse 2.ª feira para poder falar com a minha onco-hematologista.

O medo que senti relativamente ao que aquela gravidez, 6 meses após terminar a quimio,  podia significar para a minha saúde ou para o embrião tolheu-me de tal forma que nem consegui perceber a bênção que foi não ter ficado infértil, outro grande medo que tinha.

Às vezes é assim, os medos cegam-nos e impedem-nos de viver. Naquele momento eu devia saltar de alegria e, no entanto, completamente amedrontada.

Ontem estava feliz só porque sim. Tinha ali parte daqueles que mais me dizem. O local é lindo, respirávamos serenidade.

A tal angústia de há oito anos não foi sequer uma miragem, que não me lembrava dela e quando lembrei que felicidade senti.

Vale tanto a pena acreditar e seguir em frente. Tanto!

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Eu sei, não sou burra!

Eu sei, não sou burra! Esta será, provavelmente, uma das respostas mais irritantes de que há memória. Não sei lá onde eque a patroa mais nova a ouviu, só sei que a repete à exaustão. Pior que esta só  a "não tenho armas para me armar!".
Mil perdões aos meus paizinhos, caso me tenha algum dia dado para estas respostas palermas.

Dia dos Avós (aos meus)

 
Queridos avós
Tão bom ter saudades nossas.
Sinal da vossa presença eterna, no meu passado, presente e futuro.
Prova do Amor que vos devoto
Incomensurável e firme.
Vivo enquanto eu viver
Eterno se eu o pudesse ser, como são para mim.
 
 
 
 
 
 

terça-feira, 24 de julho de 2018

TOP é "bué da fixe"

Ainda sou do tempo em que não se dizia bué e a palavra fixe se bastava a ela própria para caracterizar aquilo de que gostávamos muito.

Agora isso tudo é TOP e TOP é "bué da fixe".

A malta tem de adaptar aos tempos, até na semântica.

Alegria pura

 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Só se estraga uma família!

Chego à escola e sou rodeada de criancinhas que me colocam a par do circo matinal. As irmãs andaram à pancada e, no final, ficaram as duas de castigo. Umas meninas adoráveis, aquelas que eu dei à  luz.

Oficialmente chata.

-Tita,  pára com isso! Não tem piada!
- E tu achas piada a alguma coisa?!

sábado, 21 de julho de 2018

6 longos dias

A cachopa ia acompanhada por malta que me merece a maior confiança ou, naturalmente, não teria deixado que fosse.
Vi montes de fotos e videos, diariamente. Recebi mais do que 1 telefonema por dia, contrariamente ao constante do programa.
A experiência é brutal, para ela mas também para nós pais e mana.
Tudo muito bem, tudo muito bonito mas a simples ideia de que poderia precisar de nós e nós estarmos a 300 kms é terrível. Sim, porque há necessidades que só os pais conseguem satisfazer. E não digo mães, para ser politicamente correcta, admito.
No último dia, em que não conto as horas mas todos os segundos, recebo um telefonema a pedir para ir jantar a casa de uma amiguinha quando chegar.
Nem sei que sinta mas, tentando ser racional, deve ser felicidade (para além de alívio). A cachopa vem feliz.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

O fim dos Maias na escola

Quando li o primeiro título sobre o final da leitura obrigatória dos Maias nas escolas, o meu cérebro foi lesto em pensamentos do contra. Olha agora, como é que é possível?!
Depois lá me lembrei das reivindicações de currículos menos rígidos e standard. Por fim, fui inteligente ao ponto de ter a iniciativa de ler a notícia com atenção.
Ficar pelos títulos dá asneira, a maior parte das vezes e os Maias já não são leitura obrigatória há algum tempo, pelos vistos.
Mas, cá para mim, seja os Maias seja outra obra de Eça deviam ser de leitura obrigatória, segundo a lei de vida. Não só pelas belas descrições de personagens e paisagens, como pelo facto de ser uma inigualável maneira de aprender português a sério.
Assim, se não for na escola que seja em cada. Todos a ler Eça.

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Vá malta, tudo a rezar o responso ao Santo António.

Já estiva mais longe de perder a cabeça mas por enquanto fico-me pelo cartão multibanco.
Bora rezar o responso a Santo António e pedir-lhe que alumie o seu caminho até ao dito cujo?
Obrigada

Direitos das pessoas em contexto de doença avançada e em fim de vida

Os Direitos das pessoas em contexto de doença avançada e em fim de vida constam, desde hoje, expressamente da lei.

Melhor dizendo, eles existem há muito e estão agora expressamente consagrados na Lei 31/2018 .

Gostaria de poder dizer que me sinto feliz com este "avanço" mas, na verdade, o único sentimento que me invade é o do receio que este não passe de mais um lindo documento que, à semelhança de muitos outros, estará engavetado e na prática continue tudo na mesma.

Creio que caberá também à sociedade civil (cada um de nós,  portanto) não se conformar com palavras bonitas e defender condições para que esses direitos sejam efectivamente respeitados.

E aqui, honra seja feita ao grupo parlamentar do BE que, pelo menos, acusa e agradece os emails recebidos. Dos outros não posso dizer o mesmo. E tenho pena.

terça-feira, 17 de julho de 2018

Tão bom ver-te voar!

Saudades e orgulho, é este o misto de sentimentos que neste momento me invade e aperta o nó que teima em formar-se na garganta.
E, no entanto, não tenho motivos para chorar, senão de alegria.
Deve ser da infinitude deste Amor.
Tão bom ver-te voar, meu pequeno grande milagre, e saber-te realizada.
Indescritível esta sensação de perceber que a razão do meu viver se constrói também a cada passo que dás.
 
 
 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Não me sinto nada bem

-Mãe,  não me sinto nada bem!
- Que tens?
- Não sei ... é que estou habituada a ter a mana sempre aqui. Tenho saudades!

Nota - tinham passado 12 horas

Kolinda e Marcelo

Terminou o Mundial e, enquanto em França os vencedores andam a fazer distúrbios, é a Croácia mais particularmente a Presidente Kolinda que anda nas bocas do mundo.

Aposto que já lhe chamam a Presidente dos afectos.

Eu cá dava tudo para vê-la junto do nosso Marcelo que, aposto, nunca a deixaria à chuva como o Putin.

São dois fofinhos.

O mundo é uma aldeia.

Vi esta foto no facebook e não resisti a partilha-la. O mundo é mesmo uma aldeia. Não sei porque insistimos em renegar Adão e Eva.

domingo, 15 de julho de 2018

1 semana a soro

E chegou o dia. A patroa mais velha vai distanciar-se de mim cerca de 300 kms, rumo a uma semana de aventuras com os amigos do basket. Para trás fiquei eu. Será uma semana a soro.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Tudo eu, tudo eu!

-Mãe, a mana e os primos não me dizem o que quer dizer aquele gesto (e exemplifica utilizando o dedo médio da mão direita e o polegar e indicador da mão esquerda). Dizes-me tu o que é?

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Cola e nódoas de fruta

Serve o presente para desabafar e pedir ajuda. Há por aí dicas milagrosas para dar cabo da cola e nódoas de fruta que as patroas fazem questão de deixar em todas as peças novas de roupa que vestem?
Agradeço, antecipadamente.

O chamado sentimento de impunidade infantil

- Tita, não posso chegar atrasada ao trabalho. Despacha-te! Queres que eu seja despedida?!.
- Eles sabem que tu tens filhas!!!

quarta-feira, 11 de julho de 2018

A psicologia explica

Fiquei, à semelhança de todos, muito feliz com o final feliz que tiveram os 13 aventureiros tailandeses resgatados da gruta.  Foi muito bonito constatar que o trabalho conjunto produz efeitos muito positivos, assim todos queiram.

Apesar disso, não me sai da cabeça um comentário que ouvi, ainda o resgate não tinha acontecido de alguém que dizia que toda esta preocupação colectiva era uma hipocrisia quando existiam tantos refugiados a morrer diariamente no mar com os quais poucos se preocupam (para não falar em tantas outras tragédias vividas neste mundo).


Não acho que seja hipocrisia e, pelos vistos, A psicologia explica . Mas dá que pensar.

A chave do meu coração

-Mãe,  vou contar-te uma coisa mas não te vais zangar comigo.
Dito isto, com olhinhos de cachorro abandonado, até podia dizer-me que destruiu a minha colecção de livros da velha Anita.

terça-feira, 10 de julho de 2018

A (minha) vida após o linfoma

Há dias conversava com alguém que conheci recentemente. Durante a conversa, a pessoa em causa fez uma piada qualquer sobre o cancro e, quando se apercebeu, ficou muito atrapalhada e pediu mil desculpas.

Descansei-a, dizendo que a piada não me tinha melindrado até porque era muito mais feliz depois de ter tido cancro.

Neste ponto, os olhos da minha interlocutora esbugalharam-se e eu senti-me um pouco tonta e na necessidade de explicar este sentimento.

Numa junta médica a que fui durante a quimio, um dos médicos disse-me em tom de alento "linfoma de Hodgkin? Então são 6 meses e fica boa".

Efectivamente, a minha quimio durou 6 meses e desde então (passados 8 anos e meio) não tenho tido nada de muito relevante em termos físicos.

Em termos psicológicos não será bem assim. Há medos e dúvidas que irão sempre pairar no ar mas não há volta a dar. O pior que poderia acontecer seria deixar-me condicionar por eles e isso acho que não acontece.

Sou bem mais feliz depois do linfoma, sem dúvida alguma. Claro que dispensava bem a experiência mas se calhar, não fosse ela, e continuava a passar pela vida sem a disfrutar plenamente naquilo que tem de mais simples.

Provavelmente porque tudo o que paira à volta de uma doença como esta nos mostra quão valioso é cada segundo.

Aprendi a disfrutar tudo ao máximo, a elogiar tudo e todos (só e quando acho que o elogio é devido, naturalmente).

Fiquei sem a mínima pachorra para desperdícios, de que natureza forem e, admito, relaxada em muitos pormenores, ao ponto de irritar quem leva tudo um pouco mais a sério.

Não é por mal, mas é incontornável.

"Guardar só o que é bom de guardar", "descomplicar", "amar muito", em resumo VIVER são as minhas prioridades.

Sim, sou mais feliz depois do linfoma.

Só há uma coisa que permanece imutável. A alergia a adrenalina. Para mim, um simples escorrega infantil é uma aventura radical.

domingo, 8 de julho de 2018

Afinal quando começa a adolescência?

Afinal quando é que começa a adolescência? A patroa mais velha ainda só vai nos 9 anos e já está parvinha de todo. Tenho medo. Muito medo.

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Porque é que falas sempre bruta?!

Porque é que falas sempre bruta?! Foi assim, a pés juntos, que a patroa mais nova me confrontou com o tom de voz utilizado.
Quero acreditar que só acontece quando tenho de repetir o comando mais de 29 vezes.
Ou então serei mesmo rude, como me chamaram há anos.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Um regalo de dia

Depois da passar o dia a tratar das férias alheias, eis que chegam as patroas a casa vindas da praia, todas encardidas e cheias de ateia. Um regalo

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Muito assídua e muito pontual

Em fase de receber as avaliações das patroas é inevitável lembrar as minhas que, invariavelmente, referiam o facto de ser "muito assídua e muito pontual". 
E os anos que eu levei a pensar que a palavra assídua vinha de asseio. Santa ignorância.

Por quem não esqueci

Não conhecia o Ricardo Camacho, confesso, mas conhecia a sua música. Os Sétima Legião acompanharam parte importante do meu crescimento e, no momento em que um dos seus parte, não posso agora deixar de partilhar um bocadinho daquilo que foi a sua vida em jeito de agradecimento.

Esperneou

-A tua irmã já viu que tens a camisola dela vestida?
-Já!
-E não disse nada?!
- Esperneou!

terça-feira, 3 de julho de 2018

Ainda o plogging e memórias de verões idos

Depois de escrever o último post, vieram-me à memória os verões da minha infância e os concursos de recolha de lixo que organizavam na praia da Barra. Era ver a malta a percorrer o areal e a encher os sacos, com alguma areia à mistura para enganar a balança e receber um qualquer brinde de merchandising. Hoje estou saudosista.

Plogging - faço jogging e não sabia!

Ando cada vez mais sensível à questão da poluição e necessidade de reciclar. Afinal é sempre tempo de aprender. Nos últimos tempos tenho apanhado algum lixo, em especial plástico, pelo caminho.

Na rua onde moro então é mato, fruto da conjugação entre vento, falta de cuidado e muita indiferença.

O que não sabia é que este gesto já tem nome "plogging" e é considerado uma variante moderna do jogging. Ok, não será bem plogging aquilo que faço, mas já não falta tudo para me tornar uma atleta.




Saibam mais sobre o plogging AQUI

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Tourada

Todas as noites há tourada cá em casa à hora de deitar. Acho que a noite tem efeitos aceleradores sobre a patroa mais nova, que se acentuaram agora que teima em ler antes de dormir mas diz que só consegue se o fizer em voz alta. Isto tudo enquanto a companheira de quarto tenta,desesperadamente, dormir. Daqui resultam diálogos que seriam hilariantes, não gossem estridentes e prolongados.

Haja Alegria!


O que é que eu fiz para merecer isto?!

  Já ninguém recebe postais de Natal! Ninguém excepto eu, que ainda não estou refeita da emoção sentida ao abrir  o envelope. Tens razão min...