quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem



Eu não acredito em bruxas, apesar de ter duas cá em casa.

São sete da manhã e esta linda bruxinha, que podem ver na foto,  já está aqui ao meu lado a cantar "Halloween, Halloween, hoje é dia de Halloween, os fantasmas a aparecem, Halloween, Halloween; os morcegos  a aparecerem Halloween, Halloween".






Este ano a cachopa vai transformar-se em morcego e está excitadíssima porque há noite irá pela rua, com os amiguinhos, brincar ao "doces ou travessuras". Apesar de eu não ser grande fã desta tradição importada, não resisto a participar pois faço questão de estar presente em todas as actividades da escolinha.

Só espero não levar com nenhum ovo no meio da testa.



quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Uma escova de cabelo pode ser mais agressiva que um punhal

A avaliar pelos guinchos da Tita, assim que vê a escova de cabelo a aproximar-se, este simples objecto pode ser mais agressivo que um punhal.

É ela a gritar e eu a lembrar-me desta música

Boa 4.ª feira

terça-feira, 29 de outubro de 2013

História triste sobre como não existem vidas perfeitas

Tal como o resto de Portugal, tenho lido aquilo que se tem escrito sobre a separação da Bárbara Guimarães e do Manuel Maria Carrilho.

Não vou dizer que tenha ficado surpreeendida com a separação porque já vou tendo alguma experiência que me faz perceber que o facto de vermos, em jornais e revistas, fotografias de pessoas sorridentes e com uma vida, aparentemente, glamourosa, não significa que essas pessoas vivam num mundo perfeito.

Eram um casal como os outros, com a diferença de serem mediáticos (circunstância que não invejo a ninguém) e, como tal, teriam os seus problemas.

A mim, enquanto leitora de jornais e revistas, não me interessa saber quem batia em quem, se um dos dois bebia ou se houve tentativas de violação.

Já sei que se separaram porque tinham problemas e isso bastava-me. A resolução desses problemas só tinha de acontecer em privado e sem lavagem de roupa suja.

O que eu, enquanto leitora de jornais e revistas, gostaria de ver era uma imprensa competente e sem necessidade de baixar o nível.

 Não vejo o  interesse tem fazer menção à nacionalidade do serralhareiro que, alegadamente, terá sido chamado para arrombar a porta, muito menos vascular pormenores íntimos em frente a crianças que devem estar a sofrer imenso.

O que eu gostaria era de saber que as crianças envolvidas nesta história estão a ser preservadas de todos os pormenores sórdidos, pois bem lhes basta ver os pais a divoriar-se.

Gostaria muito também que esta história servisse para que algumas mentes mais fracas, e que vivem na ilusão de ser famosas, percebam que fama e dinheiro (que às vezes é fogo de vista) não são sinónimo de felicidade e deixem de viver com essa obsessão.

Que quem gosta de julgar os outros por aquilo que vê, ou imagina, perceba que os telhados de uma casa podem esconder muita coisa e não se deve falar do que não se sabe.

E que o princípio da presunção de inocência continuasse a significar alguma coisa, mesmo admitindo ser difícil mantê-lo em mente perante comportamentos públicos tão difíceis de engolir.

Enfim, acredito que todos poderíamos ganhar muito se soubessemos retirar as devidas lições deste tipo de situação, mas suponho que esteja a ser demasiado sonhadora.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Lanchinho à Tuga

Quando a dona da ccasa onvidou uns amigos para o lanchinho no domingo à tarde, a partir das 15h30m, não deve ter perebido bem onde se estava a meter.

Os amigos foram chegando e, com eles, vieram uns rojões, camarões, tripas à moda do Porto, quibe, ameijoas, frango de churrasco (...), acompanhados dos respectivos docinhos.

Foi só um lanchinho, mas a ocasião assim o exigia que os motivos de festejo eram vários começando pelo mais importante, a Amizade.

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domingo, 27 de outubro de 2013

Recebemos o que damos e mais nada!

Quando pedi o livro de felicitações do IPO, imaginei que poderia responder uma resposta querida como esta.





Mas estava longe de pensar que receberia um telefonema de "um dos profissionais visados".

Quando atendi o telemóvel e ou "fala o Dr. JCD" pensei que estava a sonhar. Foi uma surpresa e peras (e como eu gosto de surpresas, meu Deus).

O meu querido dermatologista agradeceu as minhas palavras e retribuiu-as com um "não se esqueça que a heroína foi você".

Eu diria que podemos partilhar as culpas.

Não escondo a vaidade que sinto na minha recuperação ou estaria a ser hipócrita, mas lembrarei sempre aquele cotovelo que me afagou a barriga, grávida de 19 semanas, durante a 1.ª biópsia.

E é assim, recebemos sempre o que damos ou, numa versão mais profissional, "comportamento gera comportamento", que é como quem diz, sorriso origina sorriso, trombas originam trombas.

Na 9.ª edição do Aveiro Night Runners. Fui e sobrevivi!

Finalmente, depois de vários adiamentos relacionados essencialmente com a preguicite aguda de que padeço, participei na Aveiro Night Runners.

Dada a minha deplorável condição física, integrei a versão caminhada.

Foi só começar a caminhar, num passo mais apressado, entre o carro e o local da partida para aparecer a famosa "dor de burro".

Comecei a ver a coisa mal parada. Não caminhava, a sério, há anos (no sentido literal da expressão).

Depois, ao ver a malta fazer o aquecimento, a "dor de burro" aumentou e instalou-se nos dois lados.

Lá tive de inspirar e expirar, cerrar os dentes e partir, determinada a fazer o máximo que conseguisse.

A coisa correu muito melhor do que eu imaginava. Foi uma hora de caminhada pela cidade que amo, a dar à língua e soltar gargalhadas.

Cheguei ao fim encharcada em suor e a cheirar a cavalo, mas com vontade de repetir.

PS

Obrigada Vanda Fonseca, por não me deixares ficar em casa

sábado, 26 de outubro de 2013

É Escravo do(s) seu(s) filho(s)?

Andava eu nas minhas navegações pela net, quando encontrei um teste cujo título me chamou a atenção É escravo do(s) seu(s) filho(s)?

Não resisti e, apesar de não ser grande adepta de perguntas de resposta múltipla, fiz o teste já que, como sabem, esta é uma questão que me atormenta.

Sei que as minhas filhas me vêem como escrava, mas nada como recorrer a ferramentas feitas por profissionais para ter uma perspectiva diferente.

O resultado não foi assim tão mau quanto eu julgava.

"O seu filho lida com uns pais... racionais! Você passa demasiado tempo a explicar-lhe as suas razões e motivações mas ele nem sempre as compreende. Ainda não tem maturidade suficiente para compreender os seusargumentos de adulto.

Essa atitude acaba por gerar um clima de confiança e uma plataforma de entendimento muito positiva mas é importante que deixe espaço para a espontaneidade e para a inocência próprias desta fase. Não se culpabilize por facilitar ou baixar a fasquia quando entende que o deve fazer. "

Curiosamente, ou não, está muito na linha daquilo que o papá costuma dizer-me "tu explicas demais ...".

Pelos vistos será verdade mas, a acreditar neste resultado, o caminho não estará completamente errado.

Parece bruxedo

Durante a semana, deixo-as dormir o máximo tempo possível.

Às vezes, são 07h45m e estou eu a abaná-las para que despertem de um sono profundo.

Ao sábado acordam às 07h00 em ponto, todas espevitadas, sem dar hipótese, sequer, de ficarem na ronha na cama dos pais onde, durante a semana, insistem em dormir.

Se isto não é bruxedo, não sei o que é.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

F**** , os meus desenhos!!!

Como sabem, a Leonor anda na fase de desenhar, e escrever, em todos os papelinhos que encontra. Depois recorta-os e deixa-os caídos pela casa.

Há dias que não temos onde pôr os pés e me obriga e tomar decisões quanto ao destino a dar a algumas das suas obras primas.

Para quem, como eu, gosta de atribuir valor sentimental a tudo o que vê, decidir o que fazer aos desenhos da Leonor é muito duro.

A vontade é guardá-los todos, correndo o risco de me tornar uma acumuladora compulsiva, daquelas que, mais tarde ou mais cedo, vê a vida retratada no TLC.

Um destes dias deitei o coração ao largo, mordi os lábios e pus uma resma desses desenhos no lixo.

Na manhã seguinte, e como não poderia deixar de ser, a 1.ª coisa que a Leonor viu foi o balde do lixo.

Aquilo que descobriu deixou-a tão chocada que soltou um, muito espontâneo, "F****, os meus desenhos!!!!", que levou o pai às lágrimas, de tanto rir, e me fez sentir a pior mãe do mundo, pela desilusão causada à artista.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Toda a gente sabe o que são fufas

A primeira vez que ouvi a Tita gritar "as minhas fufas?", arregalei os olhos.

Como mãe que sou, acho que a minha filha fala muitíssimo bem e que só um surdo é que não percebe o que diz.

Estranhei foi que ela conhecesse a palavra, pelo que resolvi ficar atenta.  A cachopa continuou a fazer a pergunta, enquanto percorria a casa, até que encontrou as ditas fufas que são, nem mais nem menos do que as pantufas da Hello Kitty.

Claro que, agora que descobri a associação entre o som que ela emite e a palavra que quer pronunciar, me parece óbvio que aquilo que a um ouvido destreinado soa como "fufa" é pantufa, dito com a melhor dicção do mundo.


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Há quem goste de sentir medo e há quem goste de ler coisas que não percebe

De há uns tempos para cá, este blogue tem vindo a ser acompanhado por um anónimo que, nos seus comentários curtos e incisivos, diz que não percebe nada do que eu escrevo.

Confesso que tenho pensado bastante no que motiva alguém a ler,  sem que a tal seja coagido, algo que não percebe já que, ao que me consta, o blogue não integra o plano curricular de nenhum curso.

Gosto de pensar que este alguém sente adrenalina ao ler coisas que não percebe, o que me coloca (no que ao estilo de escrita diz respeito) quase ao nível do Professor Gomes Canotilho, o famoso constitucionalista que editou um clássico das faculdades de Direito que tem aí umas 500 páginas, cheias de expressões alemãs de metro e meio aportuguesadas.

Relativamente às dúvidas do anónimo terei todo o gosto em esclarecê-las. Gostava era que se identificasse, porque me parece assim meia estranha esta aura de mistério.

Em todo o caso, concluo que há quem goste da sensação de medo e há quem goste de ler coisas que não percebe.

Como diria o povo "há gostos para tudo".

Começou o massacre

A Leonor pensa que eu sou o Pai Natal. Vai daí, massacra-me o cérebro com pedidos de prendas.

Sempre que apanha um catálogo, ou vê anúncios de brinquedos na televisão, faz questão de me chamar e dizer a famosa frase "mãe, eu quero aquilo e aquilo e aquilo", que é basicamente tudo.

Os pedidos são tantos que chega a ficar baralhada e, às vezes, faz uma 2.ª pergunta (à qual acho piada), "mãe, já te pedi aquilo?".

Sei que isto é normalíssimo e que a Leonor não faz mais do que qualquer um adulto faria, se pudesse. Eu própria, admito, vou deixando umas mensagens subliminares ao senhor das barbas.

Mas também me parece uma excelente altura para lhe(s) transmitir alguns princípios de solidariedade e mostrar limites.

Nem que eu fosse multimilionária daria tudo o que as minhas filhas pedem, simplesmente porque a vida não nos dá tudo o que queremos e há que saber lidar com essas contrariedades.

 Com esta história dos pedidos de prendas, posso fazer uma analogia simples com o resto e tentar dar mais um passo nesta aventura que é preparar as minhas filhas para enfrentar a vida.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Notícias do IPO, no dia em que pedi o livro de ...feliicitações

As notícias que trago do IPO não podiam ser melhores.

Está tudo ok e até a proteinuria desceu (apesar de continuar mais elevada do que seria suposto).

Agora só volto em Abril.

Em regra, dia de IPO é dia de estragos alimentares. Como tenho sempre algum tempo entre consultas, vou até ao shopping e enfardo tudo o que me aparece à frente.

Desta vez achei que devia arranjar maneira de me distrair sem ter que me enfiar na Hussel e resolvi pedir o livro de felicitações  do IPO.

Afinal ando sempre a elogiar a equipa, mas raras vezes o faço à própria. Hoje foi dia de formalizar o agradecimento e eternizar o apreço. Ficaram, para memória futura, os meus sentimentos em relação àqueles profissionais.

O mesmo não poderei dizer do sistema informático e da implementação dos "Kiosk Bem me Quer", mas isso fica para outro post até porque se há sítio em que o importante é a parte humana é ali.

Ouvir atrás das portas

Ultimamente, tenho passado algum do meu tempo a ouvir atrás das portas.

Não se preocupem, que não é uma conduta que generalize no dia a dia. Só o faço com as minhas filhas.

Ouvir a conversa das crianças, sem que elas percebam´, é um exercício interessante que, entre outras coisas,  nos ajuda a conhecer-lhes algumas manhas e perceber, por exemplo, quem  começou a bulha, magoou quem e se realmente existe dói dói.

 Muitas vezes tenho de (sor)riso quando me vêem, ou antecipam a minha chegada, e me tentam enganar com uma simulação de dor e um choro mais falso que Judas.

Outras vezes são traídas pela inocência, como ontem quando perguntei à Leonor porque é que tinha arranhado a Tita  e me respondeu "eu não a arranhei, bati-lhe".

Mas giro, giro é ver como a verdade transparece das suas caritas quando as olho de frente e faço uma pergunta cuja resposta não querem dar.

Umas pantomineiras, estas cachopas.

domingo, 20 de outubro de 2013

Fazer patifarias o dia todo é muito cansativo






PS Pelos vistos, adormecer no chão é relaxante para quem passa o dia a fazer patifarias e a dar cabo da paciência dos pais. É a 2.ª noite consecutiva que acontece. De repemte, deixamos de a ver e ouvir e acabamos por descobri-la estendida no chão a dormir.

Vão-se lá perceber estes gostos.


sábado, 19 de outubro de 2013

A receita rápida e pouco calórica que me deixou meia agoniada

Como sabem, sou muito permeável à palavra promoção.

Vai daí, resolvi comprar uma embalagem de salmão fumado que estava "muito em conta". Não gosto muito, mas o marido sim e acreditei que encontraria uma forma de o tornar comestível (aos olhos das minhas papilas gustativas).

Coincidentemente, uma colega falou-me numa receita  que faz parte (creio eu) da famosa dieta prescrita pela Ágata Roquette e me pareceu interessante.

Foi assim que, hoje ao jantar, resolvi fazer uma omolete com salmão fumado e  fatias de queijo (a minha colega fez com fiambre de aves).

A receita é rápida e, supostamente, pouco calórica. Admito que seja boa, para quem gostar de salmão fumado.

Eu não consegui apreciar e ainda estou agoniada.

Parece-me que há alguém que só volta a comer salmão fumado fora de casa.

Como é que se faz o I e o A e o B e o C (...)?

Eis que chegámos à fase da descoberta das letras.

Os nossos dias agora são passados a ouvir a pergunta "como é que se faz o i", que se vai repetindo à exaustão, relativamente a todas as outras letras do alfabeto.

Como não pode descurar a parte prática, a jovem Maria Leonor vai escrevendo as letras (de forma mais ou menos fiel) em todos os suportes físicos que vai encontrando pela casa, sempre seguida da sua discípula Maria Benedita, que parece apreciar mais a leitura do que a escrita, e gosta de pegar em livros para ler histórias saídas do seu imaginário.



sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Parabéns, todos os dias, Casa da Cruz

 
Quando se vai buscar uma criança ao infantário e ela não quer vir embora. podem ser feitas duas leituras.
 
Uma é a de que a criança será maltratada em casa. Outra a que a criança é bem tratada no infantário.
 
Ora, uma vez que as minhas crias não sofrem maus tratos em casa, só posso concluir que são muito bem tratadas na "escolinha".
 
Hoje a Casa da Cruz faz 15 anos, mas os parabéns são devidos todos os dias à excelente equipa, que tanto acarinha as minhas filhas e tem sido decisiva para as pequenas tenham algumas noções de civismo. Apesar de, pelo menos comigo, nem sempre se lembrarem de aplicar os ensinamentos, estou convicta que a semente lançada acabará por dar frutos.
 
 



 
 
 




Afinal podem acontecer coisas boas numa ida ao cabeleireiro

Desta vez foi isto.

Grande Bryan Adams, sempre em grande. O jovem Buble também se vai safando.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Hoje foi dia ...

Hoje foi dia de:

1 - lembrar o velho ensinamento da avózinha "se Deus te escolheu foi porque achou que eras capaz"


2 - receber, minutos antes de me lançar às feras, uma chamada do infantário para comunicar que a Leonor estava com febre

3 - lançar-me às feras

5 - confirmar o ensinamento referido no ponto 1, não sem antes confirmar que prefiro, de longe, escrever a falar

6 - chegar a casa e, em simultâneo com a descarga de adrenalina, fazer uma tarte para as ladies levarem amanhã para a festa de aniversário do infantário

Uma canseira, portanto

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

As negas do sistema

Cada vez tenho mais a certeza que são os informáticos quem domina o mundo.

Não há dia que passe que não ouça "mas o programa calcula assim...", quando se fala em créditos laborais; já fui a correr para o balcão da Via Verde depois de ter recebido uma carta que, vim a saber, "foi emitida errónea e automaticamente pelo sistema" (para milhares de pessoas); já recebi um e.mail a notificar-me do prazo para cumprimento de uma obrigação declarativa, logo seguido de outro a dizer que o anterior tinha sido enviado devido a um "erro informático".

A peripécia mais recente, relacionada com o poder da informática (e dos programadores), chegou do IPO.

Cada vez que vou à consulta de nefrologia, o que me obriga a fazer colheita de urina de 24 horas andando o dia todo de garrafão às costas.

Uns dias antes da consulta, o meu querido sogro vai lá entregar a encomenda para que os resultados estejam disponíveis atempadamente.

Tudo tem funcionado lindamente. No dia da consulta, faço só análises ao sangue e os resultados das análises à urina estão prontos.

Desta vez recebi um telefonema de um senhor, muito aflito, que me perguntava porque é que a urina ia ser entregue naquele dia, se as análises estavam marcadas só para dia 21. Lá lhe expliquei como costumava fazer,  que o fazia assim por indicação da minha nefrologista e que nunca tinha sido levantado nenhum problema.

O senhor respondeu-me que não sabia como havia de o fazer, pois só havia uma requisição e o "sistema não deixava separar"!!!!

Apesar das dúvidas, lá recebeu o garrafão e fiquei incumbida de, no dia 21, avisar que a urina já lá estava.

Espero bem que isto equivalha a dizer que os resultados das análises à urina já devem estar no famoso sistema pois, caso contrário, a deslocação será quase em vão. E digo quase porque, no mesmo dia, tenho a consulta de onco-hematologia (e as análises ao sangue), pelo que sempre se aproveitará alguma coisa.

A culpa é do "sistema", como diria o outro.

Como é que não hei-de ficar chanfrada?

Depois de um dia a estudar o acórdão do Tribunal Constitucional n.º 602/2013 (algo que se deseja a pouca gente, não pela fundamentação em si, pois até é clara, mas pelas questões futuras que levantará nas relações laborais), eis que dou por mim, às 05h00 da manhã, a ver o Canal Panda (enquanto fazia nebulizações à Leonor).


Já me vejo a entrar no hospício, num futuro que temo mais próximo do que o desejável.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

5 anos, os novos 18

A Leonor acredita que a vida mudará no dia em que fizer 5 anos e anda a preparar esse dia com o máximo cuidado.

Já escolheu os copos e os pratos para a festa; colou desenhos nos vidros da porta da sala para os convidados verem e delineou, mentalmente, a lista daqueles que terão o privilégio de estar com ela no grande dia.

Ao vê-la sonhar com um facto que só ocorrerá daqui a mais de 6 meses, uma eternidade à escala da sua idade, lembro-me de mim e das expectativas criadas à volta do dia 10 de Maio de 1995, em que faria 18 anos e tudo seria diferente.

Olhando para trás, dá-me vontade de sorrir pois a vida ensina-nos que não existem datas marcadas para nada e tudo vai fluindo à medida que o destino quer.

Ontem à noite, sem querer limitá-la nos seus sonhos, achei por bem explicar-lhe que antes dela fazer 5 anos, fará a Tita 3.

Os olhos da Leonor brilharam, a Tita começou a dar gritinhos de alegria

Agora andam entretidas os preparativos das duas festas que, à medida que o tempo vai avançado,  se vão tornando cada vez mais minuciosos.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Tenho na minha carteira a módica quantidade de ....

Este fim de semana resolvi fazer uma arrumação à minha carteira dos documentos e cheguei à conclusão que carrego para cima de 30 cartões das mais variadas lojas.

Isto, a somar aos incontornáveis documentos e ao, levezinho, cartão de débito.

Esta situação, bem vistas as coisas ridícula, é reveladora da mais actual tendência do marketing e que passa por amarrar o consumidor com a ilusão de só ter a ganhar com o regresso à loja.

Juntamente com as sms de 5.ª feira,  nas quais são prometidas vantagens exclusivas a quem, como eu, faz questão de se pôr a jeito ao alimentar as bases de dados de todos os cantinhos por onde passa, a malta acaba por ficar agarrada ao vício dos cartãozinhos.

Começo a crer que este vício é capaz de explicar muitas das escolioses que por aí andam e não devo andar muito longe da verdade.

Aproveitamento de peito de frango


As quiches são uma excelente forma de aproveitar sobras de comida.

Regra geral tenho sempre bases de massa quebrada no frigorifico, prontas para a ocasião.

Normalmente faço-as ao domingo à noite, depois de ver o que sobrou das refeições do fim de semana.

Desta vez utilizei peito de frango (a malta cá em casa é fidalga e vai deixando sempre essa parte para o fim), cogumelos e alho francês (não acho grande piada, mas enfim).

Salteei os ingredientes em azeite, com alho e cebola.

Coloquei na base e cobri com uma mistura de natas, leite, 4 ovos e um pouco de queijo ralado da ilha (devidamente temperada com sal e pimenta).

Já vi receitas com  5 ovos, outras com 3. A quantidade de natas também pode variar. Desta vez coloquei um pacote inteiro, mas podemos utilizar menos e acrescentar leite. É mesmo à vontade do freguês. O que interessa é que fica saboroso e é uma execelente forma de reciclar comida que, provavelmente, iria ficando esquecida no frigorífico.

domingo, 13 de outubro de 2013

Expulsões da Casa do Gaiato

Ouvi hoje na rádio que foram expulsos 8 rapazes da Casa do Gaiato por, alegadamente, preferirem jogar futebol na equipa da freguesia, ao invés de jogar pela equipa da Casa.

Como sei que todas as histórias têm tantas versões quantas as partes envolvidas, não vou fazer juízos precipitados.

Quero acreditar que a culpa daqueles rapazes vá para além do facto de se recusarem a representar a Casa do Gaiato em jogos de futebol, ou a coisa será mais grave do que aparenta ser.

Gostaria muito que o responsável pela decisão apresentasse a sua versão pois este é um daqueles casos em que a opinião pública deve ser esclarecida.

Está em causa não só o futuro de 8 jovens, e respectivas famílias, mas a própria imagem da Igreja já que, todos sabemos, estas notícias são um prato cheio para aqueles que não sabem distinguir a parte do todo.

Recuso-me a acreditar que em pleno século XXI alguém, independentemente do credo e posição social, expulse  jovens em risco de exclusão de uma casa de acolhimento pelo facto de eles não quererem jogar futebol. Tem de haver aqui mais alguma coisa.

Digam-me que há.


Caso de polícia

Ontem fiquei a saber, via facebook, que a Leonor teve um desaguizado com uma das suas melhores amigas

Como não me tinha contado nada, perguntei-lhe diretamente se se tinha zangado com a MM.

Respondeu-me que sim, porque a MM tinha uma colher da casinha e não quis dar-lha, supostamente, para arrumar.

Sabia que o episódio tinha sido um pouco mais grave e insisti para que me contasse como tinha sido a briga.

Resposta, elucidativa, da lady - "não te explico nada e se continuas com essa conversa dou-te um murro no nariz".

Perante a ameaça, optei por desisitir da inquirição.

Entretanto fiquei a saber, por uma testemunha mais do que credível, que a Leonor apanhou a MM pelas costas e lhe apertou o pescoço.

Horas mais tarde, voltei à carga.

Desta vez a Leonor endureceu as ameaças, e deixou bem claro que, se eu insistisse nas perguntas, deixaria de me dar flores.

Percebi que falava a sério e nunca mais lhe perguntei nada, mas temo bem que a minha mais velha se torne um caso de polícia.

À MM, o meu pedido de desculpas (se ajudar alguma coisa, juro que não  incito a Leonor à violência) e o conselho de que responda na mesma moeda para ver se gosta (iria apostar que não).

PS sei que o conselho pode parecer contraditório, para quem não quer incitar à violência, mas estamos a falar de uma legítima defesa com intuito correctivo (mais coisa menos coisa, defendida por alguns pedagogos e que, se utilizada correctamente, me parece apropriada)

sábado, 12 de outubro de 2013

Apaixonei-me ao ver a novela

Tenho conseguido ver uns minutinhos da nova novela da SIC, "Sol de Inverno".

Estou a gostar da novela, no geral, mas mesmo que não gostasse, os minutinhos em que a vi iam valer pelo facto de me ter apaixonado por esta música "Tava na Tua".

Sempre gostei da Sara Tavares, mas não sei onde tenho andado pois desconhecia o Luiz Caracol (falha grave pelo pouco que vi).

Espero que gostem.

E assim me despeço, que tenho de ir pesquisar um bocadito sobre o homem.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Oferecida

-Olá, chamo-me Olívia. Queres casar comigo?
- Não. Agora estou a ler.
- Mas eu sou uma princesa!
- Ah...
- Então, queres namorar comigo?

Diálogo entre dois bonecos (by Maria Leonor)

Dia 21 é dia de IPO

Dia 21 é dia de IPO.

Desde que lá entrei pela 1.ª vez fará em Dezembro 5 anos, nunca tinha estado tanto tempo sem lá ir e sem ser picada para análises.

Já passaram 6 meses, o que é um óptimo sinal.

Como sempre me acontece em vésperas das consultas, ando ansiosa que chegue o dia. Como sabem, vivo uma mescla de emoções nessas idas a um sítio tão significativo para mim.

Para além de alguma ansiedade, natural creio eu, existe o conforto de regressar aonde me trataram tão bem.

Claro que a esta sensação de conforto se somam as emoções relacionadas com memórias difíceis (que, curiosamente, nem se relacionam com a minha situação pessoal, mas com tudo aquilo por que o meu padrinho passou) e com as pessoas que por lá vejo a lutar.

Tudo isto faz com que, no regresso, sinta ter levado uma carga de pancada e fique sem qualquer capacidade de produzir no resto do dia. Aquilo cansa!

Mas o que tem de ser tem muita força.

O importante é que conto dar umas boas risadas com a minha onco-hematologista e ouvir a voz suave da nefrologista dizer que, finalmente, os valores da proteinuria baixaram (desta vez acho que mereço pois até me portei bem e tomei os comprimidos quase todas as noites).

Depois emitirei o habitual Boletim Clínico.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Surpresa

Adoro que me façam surpresas. Gosto daquelas prendas que deixam perceber que quem as ofereceu me conhece bem e/ou esteve atento a algum pormenor relacionado com um comentário ou olhar meu.

O valor patrimonial não é para aqui chamado. Até pode ser um alfinete.

No meio do turbilhão que tem sido a minha vida nos últimos dias, fui surpreendida por quem menos esperava. Os meus pais.

A surpresa não se relacionou com o gesto, muito menos com o momento em que o tiveram, pois sempre tive a certeza que seriam capazes de o fazer.

A surpresa foi terem conseguido guardar segredo e tornar algo, que neles é normalíssmo, numa linda surpresa com direito a 4 corações, a simbolizar a família Neves Pinto.

Isso sim, foi totalmente inesperado pois quem conhece os meus pais sabe que têm uma certa dificuldade em fazer surpresas. Na verdade, são capazes de desembrulhar, em pleno shopping, a prenda que acabaram de comprar para as netas, só para a mostrar aos amigos.

Nunca esquecerei esta surpresa e tudo o que simbolizou.

Os meus pais são, de facto, os melhores do mundo.

Marilyn Manson, ao natural

Marilyn Manson ao natural  - descubra as diferenças

Realmente, a maquilhagem faz milagres (ou não, consoante o sentido estético de quem vê)

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Regulamentação da venda ao público de frango assado

Porque hoje é um daqueles dias em que só me apetece descer do salto e dizer "duas à pressa".


Porque descer do salto implicava ficar ao nível de gente muito baixa.


E, pior do que isso, implicava esquecer a educação que os meus pais me deram, resolvi partilhar uma curiosidade descoberta aquando duma pesquisa de legislação sobre controlo metrológico.


 "No caso especifico do frango assado o método de venda deste encontra-se devidamente regulamentado e só pode ser vendido a peso com referência a preço/kg conforme a Portaria 694/80 de 20 de Setembro (Regulamenta a Venda ao publico de Frango Assado )".

E é isso.

Hoje é dia de ... tirar as fotos de Natal

O Advento é tempo de preparar o Natal, mas até ele tem de ser preparado.

Vai daí, hoje será dia de tirar a tradicional foto de Natal na escola.

Este ritual tem, para uma mãe, muito que se lhe diga, já que esta é daquelas fotos que vai ser vista centenas de vezes ao longo da vida das crias.

Começa logo na escolha da fatiota, dificultada pelo facto de estarmos no Outono, altura em que a temperatura não é carne nem peixe, de se a imagem captada  se destinar a uma montagem com motivos natalícios.

Depois temos sempre de contar com a, forte, probabilidade, de as cachopas se recusarem a vestir a roupa escolhida.

Este ano temos três elementos para juntar à foto, o ranho, as olheiras e as picadelas de mosquito na cara (uma delas situada mesmo abaixo de um olho da Leonor, tendo deixado um rasto que parece que levou um soco).

Novidade, novidade, somente o facto de este ano me ter contido no número de fotos encomendadas.

Em vez de 100, encomendei só umas 50.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Tanto quis, que conseguiu

A minha mais nova é hipocondríaca e ninguém me convence do contrário. A avó bem pode dizer que só quer imitar a mana, pela admiração que lhe tem, mas a verdade é que a pequena Tita sente as dores dos outros e acha que elas só passam se tomar a mesma medicação.

Pois bem, desta vez é a sério. A febre passou da Leonor para a Tita e o termómetro não mente.

Se os pais escaparem mais ou menos incólumes já não será mau. Uma dorzinha de garganta e o nariz entupido já ninguém me tira.






Está tudo a levar caminho

1.º  foi a varinha mágica, depois o jarro eléctrico e a sandwicheira. O secador de cabela também anda a ameaçar.

Após 6 anos de uso, os pequenos electrodomésticos da família Neves Pinto estão todos a levar caminho (como diria a ala alentejana da família).

Onde andam as varinhas mágicas e os aspiradores que duram há 37 anos?

Ah, já sei. É em casa da minha mãe e da minha sogra.

domingo, 6 de outubro de 2013

Imagens do retiro da família Neves Pinto

Como sempre, a estadia no Mosteiro de S. Cristóvão de Lafões foi encantadora.
 
Mais uma vez, deve ser para aí a 5.ª ou 6.ª, não consegui acompanhar a visita guiada na totalidade (podem imaginar porquê), mas juntando todos os bocadinhos das várias visitas devo conseguir 1 completa.
 
Para quem gosta de história, e tem curiosidade em saber mais sobre a Ordem de Cister, a visita a este Mosteiro é um pitéu.
 
A culpa é do seu encantador proprietário, o Professor Walter Osswald, a quem, não esquecendo a sua simpatiquissima esposa, Portugal pode agradecer o facto de ter sido salvo das ruínas um espólio cultural muito interessante.
 
E porque as imagens valem mais do que mil palavras, deixo um resumo fotográfico da comemoração do nosso 6.º aniversário de casamento.
 
 
 

Ficámos, como lordes, no Frei Tomás


Fomos à fonte

 
 
 
Fomos à missa, receber o novo pároco de S. Cristóvão de Lafões (bem simpático, por sinal)
 
 
 
Estudámos a anatomia das lesmas
 
 
Relaxámos, durante 1 milésimo de segundo
 
 
Plantámos o pinheiro que a Joana e o Juliano ofereceram no dia do casamento

E ainda vimos esquilos, apanhámos ouriços e bolotas, descemos até  ao rimos e vimos uma cascata (na verdade, eu e a Tita ficámos a meio do caminho, mas o papá e a Leonor dizem que aquilo é bem giro e nós acreditamos).

Bodas de perfume (ou de açúcar)

E a brincar, a brincar se passou meia dúzia de anos.

Hoje estamos aqui, mas tudo começou, a 2, há 6 anos, na capela de Nossa Senhora da Penha de França (na Vista Alegre).

 

 
 
Depois, a 13 de Maio de 2009, tornámo-nos 3
 
 
 
E a 18 de Março de 2011, 4
 
 
 
E o resultado do nosso projecto
 
 
 

sábado, 5 de outubro de 2013

Mães e mulheres de Portugal, deixem de lhes passar as camisas


Nós mulheres, queixamo-nos muito dos homens e de, regra geral, sermos sobrecarregadas com tarefas domésticas, filhos e outras responsabilidades que prejudicam as nossas ambições em termos de carreira.

E dizemos que queremos um sistema de quotas, que venha criar algum equilíbrio nisto tudo, garantindo o acesso de mulheres a cargos políticos e profissionais.

Como mulher, assumo a "mea culpa".

Sou eu que não consigo esperar que chegue o momento oportuno para apanhar as meias do chão e opto por fazê-lo eu; sou eu que, apesar de resmungar muito, adoro que as minhas filhas me chamem para tudo e corro ao mínimo ai.

Isto do machismo é uma questão cultural, todos sabemos, e nunca acabará enquanto não formos mudando mentalidades e posturas.

Foi por isso que gostei muito do comentário do Papa Francisco, em resposta a um senhora que dizia que o filho, de 30 anos, não definia o seu futuro e independência.

A solução, tão simples, apresentada pelo Papa Francisco foi "deixe de lhe passar as camisas".

Não podia estar mais de acordo com esta resposta, cujo conteúdo pode parecer simples mas tem muito de simbólico. E claro que isto não se aplica só aos homens, mas a toda a família que, mais do que nunca deve partilhar tarefas e responsabilidades.

 Assim lanço o aqui o desafio "mães e mulheres de Portugal, deixem de lhes passar as camisas".

Cá em casa já o fiz (e o marido agradece pois não acha piada a mangas com 5 vincos)

Sabemos que estamos a precisar de fazer um retiro

Sabemos que estamos a precisar de fazer um retiro quando, aos 36 anos, nos enfiamos numa banheira cheia de água quente, a comer chocolate kinder (sacado dos saquinhos que as meninas trazem das festas de aniversário dos amiguinhos) e com intenção de ler um livro da Enid Blyton (que, entretanto, abandonamos por  as pálpebras se terem colado).

Aconteceu comigo, no final de uma verdadeira semana de cão (o que não podia ser mais apropriado dado o facto de se assinalar o Dia Mundial do Animal).

Tenho de ir consultar a Dr.ª Wikipédia, para ver quais as comemorações da próxima semana que, espero eu, seja mais calma embora desconfie que não.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Os bichinhos cá de casa

No dia mundial do animal, os bichinhos da família.

 
As Marias
 
 
Mimi
 
 
 
Tita
 
 
Íris
 

 
Leonor

O dia em que fui trocada por um pão com presunto

Regra geral, quando entro em casa a Benedita corre para mim, aos saltos e a gritar de alegria, para se agarrar às minhas pernas.

Ontem foi quase assim. A única nuance residiu no facto de a corrida não ter como objectivo alcançar as minhas pernas, mas sim o pão com presunto que tinha nas mãos. Agarrou-o e fugiu, para o poder comer descansadinha no seu canto.

E eu, que tinha chegado a casa super cansada, a precisar de algo que me subisse a tensão (o presunto) e de mimo (o abraço da Benedita) fiquei feita parva no meio da sala, a ver a pequena larápia pirar-se.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A utilidade de um cancro

Esta semana está a ser dura, a vários níveis.

Hoje ao jantar o meu marido contou-me que tinha recebido um telefonema preocupante e que dava a entender que iríamos ter mais um problema (coisa que, graças a Deus não veio a acontecer).

Quando acabou de contar a história disse-me "na altura pensei, que se lixe. Isto há-de ser como a doença da Susana. Num dia uma notícia má, no dia seguinte uma notícia boa".

Acho que só a lembrança desta grande lição de vida me faria sorrir neste fim de dia.

É isso mesmo, há que relativizar tudo. Claro que podíamos ter aprendido a lição de forma mais suave, mas o que interessa é que aprendemos.

Amanhã o dia será melhor. Pelo menos, faremos o que estiver ao nosso alcance para que seja.

Boletim Clínico das Marias

Maria Leonor

Continua com febre, que vai e vem
Ressona como uma locomotiva (de tão congestionada que está)
Mantêm os inchaços atrás das orelhas

Diiagnóstico: adenoidite

Está a tomar antibiótico desde 2.ª feira e hoje volta ao médico

Maria Benedita

Acredita, convictamente ter todos os sintomas da irmã e precisar do mesmo tipo de tratamentos.

Na realidade, anda ligeiramente ranhosa e com alguma tosse

Diagnóstico: hipocondríaca

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Diálogo com uma paciente

"Mãe, não consigo respirar".

"Oh minha querida, quando chegarmos a casa a mãe põe-te soro fisiológico"

"Mas mãe, eu quero respirar já".

Acareação

A noite passada houve xixi, na cama onde dormiram a Tita e seu papá.

O papá diz que foi a Tita.

A Tita jura, a pés juntos, que foi o papá.

Parece-me que terei de fazer acareação entre os dois, logo à noite.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Não sei se ria se chore

A Leonor continua doente.

Tal como tinha feito ontem, quis esperar por mim para almoçar.

Lá consegui enfiar-lhe alguma coisa para o bucho e tentei adormecê-la, antes de voltar ao trabalho.

Deitámo-nos as duas e a espertinha, sabendo que eu acabaria por ir embora, abraçou-se de forma a detectar qualquer movimento que fizesse.

Não consegui que adormecesse e tive de ir para o trabalho, deixando-a em prantos.

Ao final de uma tarde de muito nervoso miudinho, toca o telefone do meu gabinete.

Quando atendi, ouvi uma voz conhecida "importas-te de pedir à tua filha que páre de chorar? Esteve assim a tarde toda". Ao fundo, ouvia a Leonor a gritar por mim.

Desesperada, a minha mãe contou-me que a menina estava cheia de febre e não parou de chorar a tarde toda.

Fiquei com o coração ainda mais apertado e assim que pude, voei até ela (sendo que o assim que pude, significou uma hora depois daquela  a que era suposto eu sair).

Quando cheguei a casa, a pequena estava toda transpirada e com os olhos inchados, mas felizmente esses eram os únicos vestígios de uma tarde difícil.

O BEN-U-RON faz milagres e, sob o efeito dele, a doentinha até canta e dança.

O que é que eu fiz para merecer isto?!

  Já ninguém recebe postais de Natal! Ninguém excepto eu, que ainda não estou refeita da emoção sentida ao abrir  o envelope. Tens razão min...