quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Eu também escolhi viver!

Falávamos online sobre o Covid (que mais), quando uma de nós disse - "eu escolhi viver" - dando exemplos daquilo que tem feito nestes tempos ao nível da sua vida social.

Sei que esta minha amiga está consciente que, provavelmente, um destes dias ficará infectada com Covid mas isso não a impediu de viver, tomando todos os cuidados ao seu alcance pois é muito responsável e sensata. 

Tive pena de não estar ao lado dela naquela hora para lhe dar um grande abraço e dizer quanto me revejo na sua corajosa decisão. 

No momento em que vivemos com o medo ao rubro é fácil esquecermo-nos que ninguém é dono da vida, que do nada o coração pode (tão simplesmente) deixar de bater, podemos ser surpreendidos com uma doença grave vinda de não se sabe onde (e muitos mais são os exemplos que podia dar sobre o sopro que é a vida).

Não faz (pois) sentido deixar de viver por causa do medo que algo que pode (ou não) vir a acontecer.

Especialmente quando não temos qualquer controle sobre essa tal coisa.

Eu também escolhi viver. 

A vida foi-me dada uma segunda vez, mau seria se a desperdiçasse. Claro que não me enfio em locais apinhados, uso (com grande sacrifício) máscara, lavo bem as mãos (já o fazia antes, note-se), arejo a casa, já tenho a 3ª dose da vacina agendada (...), ou seja tomo os cuidados que posso ter de acordo com aquele que é o conhecimento actual.

Mas   vivo.  E estou consciente que (provavelmente) mais tarde ou mais cedo serei apanhada pelo bicho mas tenho a certeza que pior que isso seria ter-me deixado morrer de medo até esse dia.




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