quarta-feira, 10 de março de 2010

TAC

Hoje fui ao IPO fazer um TAC aos pulmões. Safei-me de levar o contraste porque tenho o corpo cheio de borbulhas e uma comichão horrível. Tudo indicava tratar-se de uma alergia e o médico optou por não arriscar.

A dificuldade do exame foi mesmo não poder mexer os braços para me coçar.

Curiosamente não stressei muito com a comichão, apesar de me ter lembrado (obviamente)da fase em que o Hodgkin resolveu manifestar-se através da urticária. Até
já tinha equacionado a hipótese de ter sido atacada por um bando de pulgas. Mas o meu receio maior era que pudesse ser algum problema relacionado com o cateter.

Para esclarecer a questão, fui à urgência da onco-hematologia. O médico que me atendeu, simpatiquíssimo, enviou-me para as urgências da dermatologia. Por sorte cruzei-me com o meu querido dermatologista (para dizer a verdade, enfiei a cabeça dentro do consultário dele) que disse logo que me atendia e foi ao consultório da colega buscar o meu processo. Um querido, tão espectacular que só podia ser de Eixo, concelho e distrito de Aveiro.

Pelo vistos o meu problema é algo tão vulgar como eczema. Não posso ver nada nos outros que quero logo ter igual (esta é uma private).

Costumo ter, mas nunca desta forma. Coisa chata para quem, como eu, é avessa a cremes/hidratação da pele e a beber muita água.

Vai exigir alguma disciplina, mas vou ficar como nova.

Agora é aguardar o resultado do TAC, que só conhecerei na consulta de Abril, a menos que tenha alguma crise de ansiedade (não costuma acontecer) e telefone à medica antes.

Uma vez mais, pude sentir o profissionalismo e humanismo de todo o pessoal que trabalha no IPO do Porto e não posso deixar de o referir.

Haverá, certamente, quem tenha experiências menos boas. Mas eu só posso dizer bem. Claro que já perderam o meu processo, há falhas administrativas, limitação de recursos, mas aqueles profissionais fazem milagres.

Lá dentro, e apesar dos milhares de pessoas que lá passam, não me sinto um número. Sou a Susana Alice e todos têm feito tudo o que está ao seu alcance para que tenha o melhor tratamento possível.

Claro que preferia nunca lá ter entrado, nunca me ter cruzado com aqueles médicos, enfermeiros, auxiliares, administrativos, voluntários, mas garanto que, por os ter conhecido, me sinto imensamente mais rica. Lá dentro sinto-me segura.

E tenho a certeza que o facto de sentir esta confiança naqueles que me rodeiam na minha 2.ª casa, tem sido crucial para a minha recuperação.

OBRIGADA

4 comentários:

  1. Toca a beber agua! E nao me perguntes pelos acentos das palavras porque com as minhas experiencias informaticas saem assim: "´´agua".A prop´´osito se algum dos leitores destes blogues me souber indicar a tecla m´´agica para corrigir isto, agradeço.
    Ainda bem que nao sa´´iste ``a tua m~~ae no capitulo da ansiedade. Fico tao feliz por isso. beijinho grande

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  2. Faço minhas essas palavras em relação ao IPO de Lisboa!

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  3. Boa!!
    Amiga, para beber água e tratar de cremes, cá estamos...
    Quando vamos comprar uns cremezinhos, hum...
    não vejo a hora, eh eh eh
    É engraçado como ficamos felizes de nos depararmos com um eczema, que para alguns é o maior drama de sua vidas,tem piada, o que a vida nos tráz.
    Beijocas

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  4. Amiga, sinto o mesmo quando vou ao HDF e senti isso quando, em 1987, no IPO de Lisboa fui operada à tiróide com diagnóstico (da biópsia aspirativa) de carcinoma (qq coisa) que, felizmente, após a cirurgia em que retirei metade da glândula, não se confirmou. Já nessa altura, o IPO estava muito humanizado e o pessoal era muito carinhoso. Lembro-me apenas duma auxiliar que me fez as perguntas habituais de quem não tem muita sensibilidade...
    Ainda bem que é um eczemazito.....hehheheh
    Um grande beijinho
    TeresaM

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