sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Sou mesmo bruta

Ontem à noite, quando me preparava para ir para a cama, olhei à volta e apeteceu-me chorar, de desânimo, pelo estado caótico em que a minha sala se encontra (vamos abstarir-nos do resto da casa).

Enquanto me consumia com a dúvida de se algum dia terei a casa em condições de receber quem quer que seja que chegue de repente (o que me parece altamente improvável), fez-se luz.

Aquilo que eu estava a ver não era desarrumação, é arte contemporânea

Aqueles panos de cozinha (cada um de seu padrão) esticados no chão, o telefone portátil (cuidadosamente) pousado num intervalo entre os panos,a caixa dos talheres (só por sorte vazia) colocada num dos cantos. Tudo tem uma razão de ser para as artistas. Talvez por isso as artistas fiquem tão magoadas comigo quando ouso tirar as peças do sítio.

É arte contemporânea e há quem pague para a ver. Em Serralves há peças bem menos criativas, posso assegurar.

Só eu, bruta que nem um carro, ainda não tinha percebido. Com um bom marketing (Evita vai pensando nisso) ainda pode render uns cobres.

3 comentários:

  1. essa arte, que, ignorante como sou, não entendo, também existe na minha casa, sobretudo a certas horas em que duas artistas cá estão!
    curiosa coincidência, a tua mãe também é bruta!

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    1. Caso para dizer, era uma família de brutas. A mãe era bruta, a filha era bruta, a cozinheira era bruta, a motorista era bruta.

      E a castanha? A castanha tb

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  2. Conheço esse tipo de arte... às vezes até sou eu a artista cá de casa... muitas vezes.
    Não me parece que sejamos brutas. Acho, isso sim, que temos olho para as artes onde outros vêm falta de "arrumação" o que quer que isso seja, realmente.

    Abraços <3

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