A Tita é arisca.
Pedir-lhe um beijinho ou abraço é arriscar levar uma estalada.
Dá beijinhos e abraços quando bem lhe apetece. Não adianta forçar.
Para meu desgosto, nunca gostou de ser embalada. Prefere que me deite ao lado dela para me sujeitar ao seu estranho ritual de adormecimento, meter os dedos na minha boca.
A tontinha tem o vício de enfiar os deditos, todos quantos couberem, na minha boa e aí ficar a escarafunchar. Claro está que acaba por espetar as unhas e, com frequência, faz-me uivar de dor.
Este fim de semana então foi um fartote. Como esteve doente, exagerou na dose, e tenho as gengivas em chaga.
É certo que também me consolei a dar-lhe colo, coisa que dispensava pois só aconteceu devido à febre, mas a pequena podia ter outra forma de sentir a mamã. Isto dói.
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Volte sempre senhor carteiro. Volte sempre.
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