sábado, 15 de fevereiro de 2014

Em miúda quis ser ...

Daquilo que me lembro, em miúda quis ser:

Educadora de infância

Arqueóloga

Psicóloga

Jornalista

Depois, e por motivos que ainda espero vir a conseguir  perceber, vim parar ao Direito.

Ultimamente,  tenho-me lembrado muito destas minhas inclinações.

As razões da lembrança são da várias ordens e uma dela prende-se com as milhentas entrevistas que tenho ouvido acerca dos incidentes ocorridos na praia do Meco e dos efeitos dos temporais.

Quando vejo as perguntas estúpidas que alguns jornalistas fazem a quem acaba de sofrer uma enorme perda emocional e, muitas vezes, material, chego a dar graças por não ter escolhido a profissão.

Imagino que seja extremamente difícil preencher o tempo de uma reportagem quando não se tem assunto que o justifique.

O que perguntar a uma mãe que perdeu um filho ou alguém que tem a casa devastada pelo vento e chuva?

2 minutos, que sejam, em televisão são uma eternidade e a luta pela audiência aguerrida. Tenho noção disso tudo.

Mas, como telespectadora sinto que mereço mais do que ouvir perguntas estúpidas e a puxar ao sentimento.

Fico passada quando assisto a tentativas desesperadas de levar os entrevistados a chorar.

Não me dou com esta ideia do vale tudo ... até a falta de sensibilidade.



1 comentário:

Obrigada por dar vida a este blog.

Volte sempre senhor carteiro

  Volte sempre senhor carteiro. Volte sempre.