sábado, 8 de março de 2014

O Dia da Mulher e as Resoluções do Conselho de Ministros



Neste Dia da Mulher, deixo-vos uma imagem daquele que é o espelho da minha alma, aquelas em que deposito a esperança de ver um mundo menos conflituoso e mais equilibrado.

São estas meninas, mulheres de amanhã, a quem tento transmitir os princípios que acredito farão delas capazes de ser semeadoras de paz e harmonia (tal como eu tento ser, mesmo na tempestade).

As últimas notícias sobre os números da violência física, sexual e psicológica são tenebrosos e mantém-se a desigualdade salarial entre homens e mulheres. O que mais me preocupa nisto tudo é que não me parece que o cenário vá mudar muito brevemente.

Falamos, acima de tudo, de questões culturais. Aquelas que não mudam com as boas intenções do Conselho de Ministros.

Aliás é  inacreditável que em pleno século XXI seja necessário, em Portugal, o Conselho de Ministros publicar uma Resolução que visa promover medidas de igualdade salarial entre mulheres e homens e que termina com uma frase que seria cómica, não fosse o assunto tão sério:
 
"Determinar que a assunção de compromissos para a execução das medidas previstas na presente resolução depende da existência de fundos disponíveis por parte das entidades públicas competentes".
 
Ora, não é novidade nenhuma que não existem fundos disponíveis e, mesmo que os houvesse, a sua aplicação não passaria  de uma maneira artificial de tentar resolver algo que passa por fazer uma lobotomia a cérebros mais pequenos.

Não esqueço o julgamento a que assisti e no qual uma mãe testemunhava as agressões (horríveis) a que tinha assistido por parte do genro à filha.

Quando o juiz lhe  perguntava o que é que ela fazia, a senhora respondeu "eu só dizia à minha filha para ter paciência, porque uma mulher divorciada ....".

Esta ainda é a realidade aqui no nosso cantinho à beira mar plantado.

Cabe-nos a todos, homens e mulheres, mudá-la.

 

1 comentário:

  1. São as mulherzinhas mais lindas do mundo.
    E é verdade, infelizmente essa mentalidade ainda existe. Aqui na Suécia não se vê esse estigma da mulher divorciada mas existem outros problemas, nomeadamente a nível de salários e penalização de violadores (que muitas vezes escapam à justiça).
    E se é verdade que nos cabe a todos mudar as mentalidades, ter o apoio de leis justas não iria fazer mal à causa...
    Beijinho

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