Ontem foi dia de reunião de apresentação na pré, mas antes de mais talvez seja melhor explicar o que isto é.
Pode parecer parvo, aos olhos de quem domina estas terminologias, mas nestes meus primeiros contactos com a escola pública tenho-me apercebido que há muitos pais perdidos (como eu), sem perceber o seu significado, especialmente porque esta malta gosta muito de siglas.
A pré a que me refiro, basicamente, é o ano que antecede a entrada na escola primária pública.
A primeira conclusão que retirei da reunião é que ninguém deve ir para lá sem, previamente, fazer o trabalho de casa, o que passará por ir ao site imprimir um glossário para perceber o que significam as tais siglas (estou a ironizar quanto ao site; não sei que esta valência está lá, mas era bom que estivesse).
A segunda conclusão foi a de que a de que este ano servirá, para adaptação da Leonor mas também dos pais, pois o sistema é completamente diferente.
A minha memória, por exemplo, vai ter de melhorar bastante pois se me esquecer de carregar o cartão para o almoço, a cachopa poderá ficar a pão e água.
De referir que para efectuar os carregamentos temos de ir à Câmara Municipal ou ter a sorte de a máquina disponível na escola do lado estar a funcionar (consta, e estou só a relatar o que me disseram, que nem sempre acontece).
Ah, e as questões referentes ao almoço e ao prolongamento (logo direi o que isto é) devem ser esclarecidas junto da colaboradora contratada pela Câmara, não tendo a escola nada a ver com elas (nem com as questões, nem com os esclarecimentos bem entendido).
O dia dos meninos na pré divide-se. grosso modo, entre componente lectiva (com a educadora em sala) e o tal prolongamento que será já com uma animadora contratada pela Câmara. A componente lectiva será entre as 09h e as 15h30.
Antes e depois disso, os pais terão de pedir o chamado prolongamento, cujo valor depende dos rendimentos dos pais mas atingirá, no máximo, 35€/mês.
Percebi ontem o erro crasso que é perguntar se nas férias (Natal, Carnaval ....) a pré encerra. Não estamos a falar de férias mas de interrupções lectivas. Como diria a minha mãezinha "temos de ser rigorosos". E não, a escola não encerra. Creio que só não há a presença da educadora em sala.
Causou-me alguma estranheza o facto de ter sido apresentada uma conta, dividida em igual proporção por todos os pais (pelo menos no momento não foi feita menção a "escalões", consoante o rendimento), relativa a material básico como lápis e borrachas, material esse que será comprado pelo responsável dos pais, e não pela escola, assim que todos os pais paguem a sua quota parte.
Assim de repente, parece-me ir um bocado contra o princípio da escola gratuita, mas talvez seja eu que esteja a ver mal a coisa.
Outra coisa interessante é a de a regra, em termos de votação, será a da unanimidade dos votos emitidos pelos pais presentes. Coisa rara e nunca vista, e que leva a democracia ao extremo (na minha modesta opinião).
No caso, estava a ser definido o número de visitas de estudo (1 ou 2) e a solução é ou querem (e vão) todos ou não vai nenhum porque não pode deixar nenhum menino sózinho na escola.
Dividindo a questão em partes, a minha leitura é. Se o pai conseguiu estar na reunião e participar na votação teve sorte. Se não esteve, e discorda, azar. Não percebi é como é que vão resolver a questão, já que não me parece muito razoável inviabilizar a visita por causa de uma única criança. Claro que se a solução fosse deixar a criança sózinha na escola, eu própria me iria opor à visita.
Sistema "sui generis" este.
* NOTA - Este texto reflecte somente a minha experiência pessoal, naturalmente condicionada pela subjectividade inerente à condição humana.
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