Ontem, antes de sair de casa, D.ª Maria Leonor resolveu fazer a brincadeira mais parva de que tenho memória. Esconder-se.
Estava tudo a postos, depois da habitual correria matinal, chamei-a para lhe vestir o casaco e nem um som se ouvia. Chamei mais umas cinco vezes (as do costume) e nada.
Resolvi recorrer ao velho truque do "Pronto Tita, vamos embora. A mana fica" e nem um ai. Subi a parada e disse "não vens, Leonor? Então as galochas ficam em casa.". E nada. Só silêncio.
Não consigo descrever a angústia que senti ao percorrer a casa de cima a baixo, à procura da cachopa. Foi inevitável a lembrança de casos mediáticos como o da Maddie.
De repente diz a Tita "mãe, a mana está aqui". E lá estava a engraçadinha, refastelada em cima de uns cobertores, num local fora do meu campo de visão.
A sensação de alívio foi tão grande quanto a vontade de lhe derreter o rabo com palmadas. Teve sorte, prevaleceu o alívio e ouviu só um grande ralhete.
E assim começam os meus dias. Sempre a bulir.
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
15 anos depois
15 anos depois, eis que tive alta da consulta de onco-hematologia. Diz a médica que as maleitas de que me queixo parecem ser coisas de “pes...
-
Já ninguém recebe postais de Natal! Ninguém excepto eu, que ainda não estou refeita da emoção sentida ao abrir o envelope. Tens razão min...
-
Prometeram-me filhós, que na minha terra são bilharacos, aos quais outros chamam sonhos. Uma confusão total, esta dos doces de natal, que m...
-
Esta semana recebi um telefonema de alguém muito preocupado e a precisar de desabafar pois um familiar acabava de ser diagnosticado com canc...
Sem comentários:
Enviar um comentário
Obrigada por dar vida a este blog.