quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Os desastres de Alice

A saída de casa foi tocada a chuva.


No carro, dois sacos distintos (um preto e outro laranja) com os sapatos que as patroas iriam calçar quando tirassem as galochas.


Chego ao destino, entrego a Tita ao avô que a levaria à escola.


Chegada à escola da Leonor percebo que troquei os sacos dos sapatos.


Explico à Leonor que terá de ficar de galochas até à hora do almoço, pois já não tenho tempo de fazer a troca.


A rapariga fica desgostosa e ainda mais quando confesso que também me esqueci da lancheira (resolvi a questão do lanche da manhã cedendo-lhe o iogurte que tinha colocado na carteira para comer no trabalho).


Enquanto refreava a vontade de me fustigar com urtigas, lembrei-me que o meu pai já devia ter dado conta da troca de sapatos e devia estar prestes a chamar a CPCJ, não sem antes de desancar ao telemóvel.


Lembrei-me então que ao desligar o despertador do telemóvel o tinha deixado cair para debaixo da cama e me tinha esquecido completamente do facto.


À hora do almoço lá fui remediar toda a trapalhada e montar o telemóvel, desfeito em três com a queda.


Tudo se resolveu. Só não me livrei de um ralhete daqueles dado pelo meu pai pelo facto de ter estado incontactável tanto tempo.


É verdade. Aos 37 anos e meio continuo uma criança irresponsável, aos olhos do papá (provavelmente com alguma razão).

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