sexta-feira, 11 de março de 2016

Coisas que não se explicam

Um dia destes assisti a uma conversa entre mãe e filha, que me tocou. A mãe, com alguma idade, queria pagar ``a filha por a ter acompanhado ao IPO.


A filha, surpreendida, insistia que não queria dinheiro nenhum pois estava so a cumprir uma das suas obrigações perante a mãe.


A mãe insistia e dizia que era assim que fazia com a outra filha.


Esta filha reforçou varias vezes que não estava a fazer nada de extraordinario, limitando-se a cumprir uma obrigação filial e que se a irmã aceitava dinheiro era algo que so tinha a ver a com a sua consciência.


Fiquei a pensar nesta conversa e como dizia tanto acerca das relações familiares. Revi-me, muito, naquela filha pois tenho a felicidade de viver no seio de uma familia em que não ha cobranças.


E, nem de proposito, passados uns dias recebi um agradecimento de uma senhora muito emocionada por eu ter proporcionado a minha avo (cuja saude começa a limitar cada vez mais) uma tarde na igreja, algo de que ela tanto gosta.


Recebi o agradecimento, sem poder  dizer a senhora o que me ia na alma ja que estava a decorrer uma cerimonia.


Tal como aquela filha, so estava a cumprir a minha obrigação de neta. A minha avo deu tudo por mim e tudo que possa fazer por ela sera sempre pouco e, certamente menos do que me deu dado o seu altruismo inigualavel.


Para mim isto e tão natural, que tenho dificuldade em perceber outros modelos de relacionamento em familia.


Nota - peço desculpa pela falta de acentuação, mas o computador hoje esta assim



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