Hoje as minhas cicatrizes de guerra voltaram a chamar a atenção da Leonor que me fez uma série de perguntas difíceis. Já tínhamos falado, ate a conselho da pediatra, sobre o bichinho que causou as cicatrizes mas nunca me tinha perguntado o nome. Depois de hesitar, acabei por lhe dizer que o bichinho se chamava cancro.
Achei que estava chegada a hora de dar nome às coisas, especialmente porque percebi que falar em bichinho estava a confundir a Leonor que queria saber como o tinha apanhado e se ele ainda existia em Portugal.
Não foi facil até porque há respostas que nunca terei mas a verdade é que a minha filha tem o direito de saber porque é que a mãe teve de deixar de lhe dar mama logo aos dois anos.
Felizmente, a palavra cancro não lhe diz nada e ouviu as respostas que procurava com a maior naturalidade.
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E u acho que por vezes é mais difícil para nós, do que para eles. Qd contei ao M, tb porque ele me perguntou, tb achei que a resposta tinha sido mais difícil para mim do que para ele.
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