terça-feira, 31 de maio de 2011

E trabalhar, não?

A menina tornou-se conhecida pela virgindade. Deu entrevistas, fez sessões fotográficas,escreveu um livro, tornou-se cronista. E aquilo que parecia um acto louvável, a afirmação de um princípio e a sua defesa sem vergonha, tornou-se um negócio.

Agora o negócio cresceu. A menina veio anunciar ao mundo que deixou de o ser. Perdeu a virgindade, mas não foi com o amor da sua vida, tal como pretendia. Entretanto aumentou os seios e até agradeceu publicamente ao cirurgião benemérito. E voltaram as entrevistas.

Fico, ansiosa, à espera do próximo capítulo. Provavelmente a cirurugia de reconstrução do hímen.

E trabalhar, não? Ups, ela trabalha e nunca se esquece de dizer publicamente o nome da entidade empregadora. O rendimento é que, pelos vistos, não será suficiente para realizar todos os seus sonhos.

E, assim, aquilo que tinha tudo para ser um grande exemplo de vida, transformou-se num negócio altamente lucrativo. Que pena.

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