sexta-feira, 4 de maio de 2012

E tu, como te sentes?

Quando o cancro chega, atinge tudo e todos. Às dores de quem tem de enfrentar cirurgias e, duros, tratamentos, somam-se os medos, angústias e incertezas de quem o vive na pele e daqueles que o rodeiam. ´ Tal como na gravidez, em que o pai fica frequentemente para 2.º plano, na doença é muito fácil esquecer os amigos e familiares que, apesar de essenciais à recuperação, regra geral sofrem em silêncio. Não está certo nem errado. É assim que as coisas, naturalmente, se passam. É normal que quem tem o dever de apoiar não se sinta no direito de exteriorizar a dor; é normal que quem rodeia tenha dúvidas e faça todas as perguntas possíveis e imaginárias, sem ter noção de que algumas dessas perguntas (pelo facto de colocarem hipóteses muito duras) ferem profundamente o destinatário. Com o tempo, este "esquecimento" de apoiar quem tem como papel apoiar tem vindo a desaparecer. A própria Liga POrtuguesa contra o Cancro tem consultas, gratuitas, de onco-psicologia para familiares de pacientes oncológicos, o que é de louvar. Quero com este postlembrar a importância da pergunta, que quase sempre fica por fazer, "E tu, como te sentes?"

2 comentários:

  1. E tu, como te sentes? (espero que bem)
    Beijinhos grandes*

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  2. Posso dizer por experiênia própria que essas consultas para familiares são de grande importância. Infelizmente não as tive à minha disposição mas sei que me teriam feito bem. Espero que comece a haver cad vez mais iniciativas do género. Beijinho.

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