quinta-feira, 22 de novembro de 2012

"Doadores" de medula desistentes

A psicóloga que há dentro de mim tem imensa curiosidade em perceber o motivo pelo qual há muitos "doadores" de medula óssea que se negam a sê-lo, quando são chamados por serem compatíveis com alguém cuja vida depende das suas células.

Não me entra na cabeça. A sério. E pelos vistos são mais do que muitos em todo o mundo.

E gostava de conhecer os seus motivos, pois  sou daquelas que acha que tudo, em especial as reacções emocionais, tem uma justificação seja ela mais ou menos razoável.

Desafio uma destas pessoas a dar o seu testemunho, prometendo anonimato se assim o pretenderem.

Sem uma explicação plausível, a minha vontade é escarrapachar o nome e cara dessas pessoas nas montras de padarias e talhos e enfiá-las uns tempitos nos cuidados intensivos de uma qualquer unidade de oncologia.

Não é justo que alguém negue o direito de outrem à vida, especialmente se esse direito depende de algo tão inócuo quanto a doacção de medula óssea.

Estamos a falar de algo que se regenera, não de um órgão vital. Qual é o medo?

Não percebo, mas gostaria.

1 comentário:

  1. É realmente algo que também me tem feito muita comichão no tico e no teco.

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