domingo, 6 de janeiro de 2013

Dentro de cada mãe há um coração de touro

Por esta altura, e com todas as alterações planetárias, já não sei se continuo a ser do signo touro. Sei é que dentro de mim, e de todas as mães, há certamente um coração de touro. Só esta característica explicará o facto de as mães não cairem como tordos durante a infância dos seus filhos. Ontem hiper-ventilei e pensei que era o meu fim, depois de as minhas adoráveis crias se terem encerrado numa casa de banho. O manípulo está estragado e só funciona do lado de dentro. Ia morrendo quando ouvi o som da porta a fechar-se. Não morri, claro, mas entrei em pânico. Em vez de tentar resolver o problema calmamente, comei às voltas como uma barata tonta, corri a tocar na campainha do vizinho, telefonei ao meu pai (que o pai das crias estava longe). O vizinho, semopre amoroso, entrou em casa, falou com as meninas em tom calmo dizendo-lhes para não terem medo, pegou num alicate e resolveu tudo num segundo. A resolução era simples, eu tinha conseguido não fosse a histeria. Elas qualquer dia matam-me e não haverá coração de touro que me salve. E o pior agora, é a vergonha de encontrar o vizinho que se deve rebolar a rir à conta do papelinho patético que fiz.

2 comentários:

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