Ultimamente, as palavras preferidas da Leonor são cocó e xixi.
Não há nada que lhe dê mais gozo do que mimosear tudo e todos com elas. É isso e ameaçar de morte quem lhe cruza o caminho.
Na 6.ª feira chegou a casa com uma ferida no lábio. Perguntei-lhe como tinha acontecido aquilo e respondeu-te ter sido um amiguinho da escola.
Quando eu estava pronta para ir tirar satisfações com o rapazote, eis que de descose. "Sabes mãe, eu e a MM tentámos assassiná-lo, à hora do almoço, e ele, ao lanche, aleijou-me".
Com aquela confissão, a deixar perceber que a agressão ocorreu num quadro de "quase" legítima defesa", até percebi o miúdo.
Ontem foi a vez de o avô Fernando ser presenteado com uma canção cuja letra, improvisada, descrevia o "modus operandi" do assassinato (sim, porque a concretizar-se aquilo que a moça descreveu, não seria uma mera tentativa).
Em cima de um banquinho de palha, estrategicamente colocado em frente à televisão que o avô tentava ver, à Leonor começou a simular que tocava guitarra enquanto cantava qualquer coisa como "eu vou-te matar; puxo-te os pelos, salto-te na barriga ...".
Suponho que possa ser "normal nesta idade", mas às vezes torna-se assustador.
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Volte sempre senhor carteiro. Volte sempre.
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