segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Devemos agradecer o profissionalismo?

Gostei particularmente do título deste artigo sobre o Eusébio, "Nunca passei por ele sem dizer Obrigado".

Nem de propósito, a questão dos agradecimentos aos profissionais que, pelos mais variados motivos, se têm cruzado comigo  tem pairado no meu pensamento.

Ultimamente, como contei aqui e aqui , ando numa de agradecer e podem crer que é algo que dá um gozo bestial.

Uns dias depois de agradecer ao pessoal do IPO, fiz o mesmo no Centro de Saúde de S. João de Ver. Podia dar-me para pior, pensarão alguns.

Manifestar sentimentos bons devia ser mais fácil do que exteriorizar os maus mas, infelizmente, temos pouco o hábito de o fazer.

Perdemos horas infindas a resmungar e criticar os outros, ainda que raramente, tenhamos a coragem de o fazer frontalmente.

Já fazer elogios é coisa rara e é pena.

A quimio trouxe-me para a flor da pele a vontade de abraçar e dar beijinhos. Juro. E tenho testemunhas. Lembro-me de deixar o meu pai encavado com os meus abraços repentinos.

Voltando ao tema. Agradecer a quem está a ser pago pelo seu trabalho pode, à primeira vista, parecer tolice mas, para mim, essa ideia está mais do que ultrapassada.

Para mim, um bom profissional tem de demonstrar humanismo. Não há volta a dar.

E é por isso que há dias dei por mim a, quase, lacrimejar enquanto agradecia à educadora da Tita todo o carinho que coloca no trabalho.

Ando assim, o que é que hei-de fazer?

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