Não tenho conhecimentos que me permitam aprofundar a questão de modo mais técnico e fundamentado, como faz o JMT, por exemplo, mas não deixo de ter opinião e sentido crítico.
Sou grande defensora da preservação da cultura e tradições portuguesas. Gosto imenso de museus e sinto o coração apertado quando vejo estado de degradação em que está grande parte deles.
Não ignoro que quase todas as grandes obras/monumentos, que agora são incontornáveis, foram consideradas megalómanas no tempo em que foram feitas (até a Torre Eiffel que é a Torre Eiffel).
Mas, olhando para tudo o que isto envolve, só me ocorre uma expressão bem popular. "Quem não tem dinheiro não tem vícios".
É muito bonito propalar a defesa do património cultural (e contra isso nada) só é pena que, nessa defesa cega e originada por politiquices, se esqueça o esforço financeiro que isso acarreta para os portugueses já tão asfixiados.
Não deixa de ter piada (ainda que seja daquela bem negra) que aqueles que se opõem ferozmente à venda dos quadros de Miró sejam os mesmos que, com a mesma ferocidade, criticam as medidas de austeridade defendendo (e bem, neste ponto) que os portugueses estão a chegar ao limite do sacrifício.
Só tenho pena que não avancem para aquilo que realmente importa é que é ver propostas concretas de medidas alternativas que sirvam não só para evitar os cortes já efectuados como para contrabalançar o valor que deixará de entrar nos cofres do Estado pelo facto de não se conseguir vender os quadros. Para não falar na possibilidade, cada vez mais real, de a leiloeira britânica vir a exigir uma compensação por todos os custos já suportados com esta brincadeira (ontem ouvi, assim por alto, falar em 5.000.000€).
Será que se acredita mesmo que as receitas com entradas em museus e viagens turísticas serão suficientes para equilibrar as coisas?
Chamem-me céptica mas eu não acredito.
Deixem lá ir os Mirós. Portugal tem um espólio cultural riquíssimo que está ao abandono.Vamos concentrar-nos a preservar aquilo que já cá temos. E isto nada tem a ver com o facto de o senhor não ser português, diria o mesmo se os quadros fossem do Zé Augusto (a malta de Aveiro conhece).
Mas, olhando para tudo o que isto envolve, só me ocorre uma expressão bem popular. "Quem não tem dinheiro não tem vícios".
É muito bonito propalar a defesa do património cultural (e contra isso nada) só é pena que, nessa defesa cega e originada por politiquices, se esqueça o esforço financeiro que isso acarreta para os portugueses já tão asfixiados.
Não deixa de ter piada (ainda que seja daquela bem negra) que aqueles que se opõem ferozmente à venda dos quadros de Miró sejam os mesmos que, com a mesma ferocidade, criticam as medidas de austeridade defendendo (e bem, neste ponto) que os portugueses estão a chegar ao limite do sacrifício.
Só tenho pena que não avancem para aquilo que realmente importa é que é ver propostas concretas de medidas alternativas que sirvam não só para evitar os cortes já efectuados como para contrabalançar o valor que deixará de entrar nos cofres do Estado pelo facto de não se conseguir vender os quadros. Para não falar na possibilidade, cada vez mais real, de a leiloeira britânica vir a exigir uma compensação por todos os custos já suportados com esta brincadeira (ontem ouvi, assim por alto, falar em 5.000.000€).
Será que se acredita mesmo que as receitas com entradas em museus e viagens turísticas serão suficientes para equilibrar as coisas?
Chamem-me céptica mas eu não acredito.
Deixem lá ir os Mirós. Portugal tem um espólio cultural riquíssimo que está ao abandono.Vamos concentrar-nos a preservar aquilo que já cá temos. E isto nada tem a ver com o facto de o senhor não ser português, diria o mesmo se os quadros fossem do Zé Augusto (a malta de Aveiro conhece).
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